Galera, este conto teve previsão inicial para ter seis episódios porém conforme eu escrevo percebo que em seis episódios fica impossível concluir essa história. 'ENTRE NóS' terá dez episódios. Sendo o último dividido em duas partes para concluir tanto o arco do Mathias quanto o do Rodrigo. Ou seja tecnicamente são onze publicações, sendo o capítulo de numero dez dividido em duas partes.
Também queria anunciar que, embora o arco principal dos irmãos Davi e Mathias e até mesmo do garoto de programa Rodrigo se encerre neste conto, devido a alguns pedidos eu resolvi que vou escrever um conto sobre o Rodrigo, que foi um personagem tão aceito por vocês.
O conto se chamará 'meu nome é RODRIGO' e tem previsão para ter CINCO episódios. A história contará como que um menino simples em uma cidadezinha pequena no interior se transformou em um garoto de programa, e vai até aquela noite fatídica em que ele conhece o Mathias. Espero de verdade que gostem de mais esse conto que começa assim que 'ENTRE NóS' chegar ao fim. Fiquem agora com o capítulo seis.
Claramente Beth me ameaçava, era tipo um: 'ou você aceita ou faço da sua vida um inferno e como acho bom você descartar a segunda opção, fique com a primeira.'
- Trezentos mil é uma boa quantia... mais ainda quero negociar - comecei e Beth sorriu vitoriosa - Gosto assim... trezentos mil e uma passagem pro país que você quiser, vai ter a chance de recomeçar.
- Prefiro a Pimentel Editorial pra mim... quando pode passar pro meu nome? - me sentei em sua cadeira e por um instante pensei que ela fosse me fuzilar apenas com o olhar. Beth parecia uma loba faminta.
- Isso é algum tipo de brincadeira? - ele perguntou - Brincadeira comigo só na cama meu amor... essa é a minha proposta. Me afasto do seu filho e você passa essa editora pro meu nome.
- Você vai se arrepender de falar assim comigo.
- Eu imagino que a madame goste de ter tudo sobre controle e achou que me teria também.
- Só o que me faltava... um michê com princípios.
- Acho que a senhora tem uma ideia equivocada de garoto de programa então vamos lá... profissão não influencia em caráter. Você por exemplo é uma puta empresária mais deixa muito a desejar nesse quesito básico.
- Eu posso destruir a sua vida.
- Devo me preocupar? saio daqui direto pra delegacia? Aliás como a senhora soube que do seu filho?
- Tenho os meus contatos... Agora saía daqui.
- Que feio perseguindo o próprio filho. Espero que não tenha visto a nossa transa porque olha... ele manda beeem.
- SAI DAQUI AGORA SEU IMUNDO! - ela começou a gritar.
- Imundo não, isso eu te garanto... o seu filho adora o meu cheiro... mais quer saber, já que não aceitou a minha proposta passe bem e tenha um infeliz dia. Tchau.
Deixei Beth naquela sala com o luxo dela e a tremenda cara de pau e saí.
Duas horas após ter voltado pra casa Luiz Augusto me liga:
- Eu fiquei sabendo... minha mãe não tinha esse direito.
- Desculpa pela forma que falei com ela mais aquela mulher me tirou dos nervosos.
- Você não tem que me pedir desculpas, na verdade quem tem que pedir sou eu... eu vou fazer umas fotos agora, posso passar aí de noite? - ele perguntou.
- Não dá... tenho programa pra fazer.
- Eu pago a sua noite e outra por mim você não faz mais programa.
- Tenho aluguel pra pagar, as contas não esperam eu arrumar um emprego que pague apenas um salário mínimo. Tchau. - desliguei.
Aquela conversa com a Beth por mais desagradável que tenha sido me fez ver que Luiz Augusto e eu somos de mundos diferentes e um relacionamento não daria certo.
Por mais que já estivesse envolvido eu precisava urgentemente voltar a minha realidade que era completamente diferente da dele.
Naquela mesma noite me arrumei e fui pra rua e quando um cliente me abordou surgiu Luiz Augusto - Com Licença, ele tá comigo - ele falou se dirigindo ao cliente e o fazendo ir embora.
- Você acabou de mandar o meu cliente embora... valeu muito - falei e quando me virei ele pegou no meu braço.
- Por mim você não dorme com mais ninguém.
- Por você né... sério Luiz volta pra sua mãe chique e preconceituosa e praquela editora.
- Eu quero você e quero agora.
- Tenho que trabalhar... - ele me interrompeu - Eu pago uma noite com você.
Ele me levou ao mesmo Motel onde tivemos a nossa primeira noite e lá de me deu R$1000,00.
- O programa tá longe de ser tão caro - falei - Isso deve pagar uma noite - ele me devolveu um sorriso forçado e comecei a tirar a minha roupa.
- O que você tá fazendo? - ele perguntou, me interrompendo assim que comecei a tirar minha calça - Luiz você contratou os serviços de um garoto de programa e os meus serviços é lhe proporcionar prazer, não vou fazer isso de roupa.
- Eu não te quero apenas como um objeto sexual... - o interrompi - Mais é isso que eu sou... caso ainda não sabia, já está sabendo.
- A gente teve umas trocas tão legais e vai deixar a minha mãe fazer a sua cabeça?
- Luiz ela só me colocou no meu lugar... eu vi sua foto nos principais blogs de fofoca, imagina a sua imagem quando souberem que além de gay está namorando um garoto de programa...
- Ninguém tem nada a ver com a minha vida cacete. Você não vai mais ser garoto de programa.
- Desde que eu me entendo por gente as pessoas só querem uma coisa comigo... meu corpo - As lágrimas começaram a rolar e Luiz me abraçou com força - Eu não quero só o seu corpo... quero você por inteiro.
Nos olhamos e ele me beijou, um beijo quente e apaixonado como jamais achei possível de sentir novamente.
- A ultima vez que senti por alguém o que sinto por você acabei nas ruas oferecendo o meu corpo... eu tenho pavor de... - ele me beijou - Esquece quem te feriu... eu tô aqui pra concertar isso.
- Vamos tomar um banho de hidro - ele me puxou em direção a banheira e começou a me despir, fez o mesmo com suas roupas as deixando num canto especifico. Entramos na banheira e ele se sentou atrás de mim, massageava as minhas costas e beijava a minha nuca.
- Eu quero te fazer muito feliz... aceita namorar comigo? - olhei pra ele e ele devolveu com um longo selinho - Como é? - perguntei - Não vou repetir... sei que não é um pedido dos sonhos mais tem sentimentos, eu juro.
- E como vamos ficar? sua mãe não vai gostar... - ele riu - Eu não tô nem aí se a minha mãe vai gostar ou não... quero você.
Me virei ficando de frente pra ele - Eu aceito - falei e ele me beijou.
Nós ficamos nos beijando durante um bom tempo, ou pelo menos até eu sentir o pau dele crescer na minha mão e montar em seu colo, foi o encaixe perfeito. Ele ficou me penetrando de forma lenta até me levar pra cama... deitados molhados e cheios de sabão e lá fiquei de quatro enquanto ele continuava dentro de mim me dando leves tapas na bunda a cada rebolada e desse jeito acabou gozando no meu cuzinho... Aquilo era maravilhoso.
- Tive uma ideia! - ele falou assim que nos deitamos juntinhos - Que ideia? - perguntei.
- Esquece a ilha agora. - olhei pra ele e enxerguei um riso de vitória.
- Sábado a minha mãe vai dar um evento, vai ter muitas personalidades da mídia... vai ser lá em casa... eu vou te pedir em namoro publicamente.
- Você tem noção que a sua mãe vai enlouquecer - falei - essa é a ideia - ele me respondeu.
CONTINUA...