Verdades secretas 39

Um conto erótico de Arthur Miguel
Categoria: Gay
Contém 3825 palavras
Data: 30/03/2021 23:21:37
Assuntos: Amor, Gay, Mistério, Sexo, Tesão

Capítulo 39

O som suave do violino ecoava pelo closet. Victor ouvia a música que Ítalo compôs para ele, enquanto ajustava o nó da gravata. Apreciava-se vestido com um terno preto para dar o passo mais importante da sua vida.

A cerimônia do seu casamento aconteceria dali a algumas horas. Vendo pelo espelho a sua imagem vestido de noivo, Victor contempla a felicidade da realização de um sonho.

Para ele era uma dádiva se unir ao homem que ama em matrimônio.

Prometeu a si mesmo retribuir a Ivan toda a felicidade que o empresário lhe proporcionava.

No entanto, a lembrança da última vez que estivera com Ítalo, na noite de natal, ainda se mantia nítida em sua mente.

Quando chegou a entrada do seu condomínio, Ítalo o aguardava vestido com uma calça preta e uma camisa de mesma cor. Os seus cachos estavam molhados caídos sobre a sua testa, o deixando ainda mais sexy.

O cheiro do seu perfume e o toque das suas mãos que produzem músicas tão bonitas fizeram Victor sentir-se o pior dos pecadores por desejar outro homem que não era o seu noivo.

_ O que você quer? Seja breve.

Ítalo notou o nervosismo no loiro, que olhava para todos os lados com medo de ser flagrado.

_ Quero dizer que eu te amo.

_ Ítalo...

Victor sentiu os dedos do violinista tocarem nos seus lábios.

_ Eu não sei o que está acontecendo comigo. Eu não consigo parar de pensar em você. No nosso beijo. Te desejo como louco. Sonho com a sua boca, com o seu corpo e sei que você também me deseja.

'Quero te pedir que não se case com Ivan. Eu sei que há uma voz dentro de ti que grita de desejo por mim. Peço que a ouça. Eu não sou rico como o Ivan. Não posso te oferecer nem a metade do que ele te dá, mas vou fazer o possível para te fazer feliz do jeito que você merece.'

Victor se afastou do violinista, ficando a poucos passos de distância.

_ Eu sei dos meus sentimentos. Tenho certeza que a Ivan que amo. É com ele que vou me casar. Não tem nada a ver com dinheiro. Eu peço que você me compreenda.

'Desejo que você encontre alguém que te ame do jeito que você mereça. Espero que você aceite e não faça mais o que está fazendo. Você pode acabar atrapalhando a minha vida. E se o Ivan entendesse de um jeito errado?'

_ Ivan não te merece. Ele não é uma boa pessoa. Será que você não vê? Ele destruiu a vida do Gael porque não aceitou uma rejeição. Já parou para imaginar o que ele faria com você se não o agradasse?

Nessa hora, Victor ficou mexido. Percebeu que as palavras de Ítalo faziam algum sentido.

_ Eu já te disse para parar com isso! Não adianta! Eu amo Ivan. Te peço para que se afaste de mim. Eu gostaria muito de manter uma amizade contigo, mas pelo visto não é possível. Já pensou se o Ivan nos pega aqui? Puxa, hoje é uma noite especial pra mim. Estou com o meu noivo e com a minha família. Eu não quero estragar tudo.

_ Eu sei que você gosta de mim.

_ Ítalo, pelo amor de deus!

_ Tudo bem. Ivan não presta e um dia você vai perceber isso. E vai doer. Você vai sofrer muito. Quando isso acontecer, pode me procurar. Não tenha vergonha de me ligar. Eu estarei te esperando e vou te receber de braços abertos.

_ Você está agourando o meu relacionamento?

_ Não. Eu não preciso fazer isso. Algo dentro de mim me diz que Ivan vai te machucar muito e meu coração dói por não poder evitar. Mas, saiba que quando precisar de um ombro. Pode contar com o meu.

Ítalo se despediu dando um beijo no rosto do louro, que o observou partir em sua moto.

_ Você está lindo, meu solzinho. Dá até vontade de pular logo para a noite de núpcias.

Ivan sussurrou essas palavras ao pé do ouvido do noivo, enquanto o abraçava por trás.

_ Não dá azar a gente se vê antes do casamento?

_lógico que não! Isso crendice idiota dos héteros.

Victor obervou como o seu noivo ficava lindo vestido de terno azul escuro. Tão perfeito, que o fez suspirar.

Mesmo correndo contra o tempo, a agência de casamentos conseguiu realizar todo o trabalho com a eficiência e rapidez que Ivan exigiu.

Victor não se incomodava em esperar um pouco mais para realizar o casamento, mas Ivan foi irredutível na sua decisão de se casar o mais depressa possível. Como vivia com medo de perder o amado, não admitia perder tempo.

A celebração foi feita de um jeito simples e sofisticado. O lugar escolhido foi uma mansão bem conservada, construída no século XIX.

Conhecida como centro cultural e por realizar celebrações de matrimônios de pessoas de alto poder aquisitivo.

A cerimônia civil foi realizada num dos salões decorado especificamente para isso, com cadeiras clássicas de madeira, acolchoadas e estofadas de branco. Flores brancas como Hortênsias e palmas compuseram a decoração.

O salão seguinte, foi onde celebraram a festa com mesas redondas para os convidados, compostas por talheres de prata, pratos de porcelanas e taças de cristais e arranjos de flores brancas enfeitando as mesas.

O bolo de três andares reinava sobre a mesa principal.

A pista de dança era larga e espaçosa o suficiente para que todos pudessem bailar.

A emoção foi inevitável para o casal de noivos. Sorriam com os olhares e lábios, orgulhosos de se unirem em matrimônio. O amor era celebrado de uma forma estupenda, com os seus corações preenchidos de ternuras e desejo de caminharem juntos durante o resto de suas vidas.

As alianças foram trocadas simbolizando um laço de amor entre o casal de amantes. Ouvir o juiz de paz os declararem casados foi para eles uma alegria incomensurável, expressada num longo beijo e bater de palmas dos convidados.

Virgínia e Renato se orgulhavam de serem testemunhas da felicidade dos amigos. A menina agradeceu aos céus por completar dezoito anos algumas semanas antes do casamento.

Renato se orgulhava da felicidade do amigo. Para ele, Ivan era merecedor de tudo de bom que o amor pudesse proporcionar.

Andréia ficou satisfeita em presenciar a felicidade do filho. Apesar de doer vendo o seu passarinho voar, ela suspirava aliviada de Victor viver numa época, onde celebrar o amor não era mais impedido pela lei. Desejava em silêncio que a felicidade reinasse sobre a vida do seu filho e genro.

Adrian se orgulhava do seu sobrinho querido. Com lágrimas nos olhos se recordou da terrível noite em que o encontrou quase morto na parada do ônibus, do medo desesperador de perder o seu queridinho e agora todo aquele terror estava no passado. Alegrou-se em vê o seu menino feliz se casando com um homem lindo e rico.

Os avós também compartilharam da mesma alegria. Mas, Roseli estranhou o fato da mãe de Ivan não ter sido convidada.

Luíza foi a contra gosto. Não queria magoar o irmão, mas acabou cedendo as insistência da mãe para acompanhá-la. Fernanda comentou com a filha a estranhesa em vê que a cozinheira da casa do casal Matarazzo, Maria, havia sido convidada.

_ Quem diria que Ivan tão esnobe convidaria a cozinheira? O que não é tão espantoso, já que se casou com um rapaz de uma classe social um pouco abaixo da dele. Agora convidar a empregada foi um pouco além do limite.

_ Você também é a empregada dele e está aqui. Por caso se esqueceu que agora é a secretária do Ivan?

_ Mas é diferente. Eu sou da família.

_ O Victor me disse que gosta muito da Maria. A ideia de convidá-la veio dele. Ivan jamais faria isso.

_Está tudo tão bonito, né minha filha! Bem que poderia ser o seu irmão o noivo. Mas, Gael é burro.

_ Uh, é, mãe! Você não era toda preconceituosa com as uniões homoafetivas? Agora está aí se lamentando que não é Gael que está no lugar do Victor.

_ Eu era preconceituosa. Graças a deus mudei o meu jeito de pensar. O amor é igual para todas as sexualidades. É bom e todos devem ter direito a serem felizes. Preconceito só serve para tornar as pessoas infelizes.

_ Hum! Parabéns, hein dona Fernanda! Quem te viu quem te vê. Evoluiu como um Pokémon.

Luíza se negou a entrar na fila para abraçar Ivan, dizendo que não era hipócrita o suficiente para isso. Optando por abraçar Victor mais adiante, quando estivesse distante do marido.

O dia estava lindo do lado de fora, com o céu com poucas nuvens e um calor não tão desconfortável como sempre faz nessa época do ano na cidade maravilhosa.

_ Eu desejo muito que vocês dois sejam muito felizes. E que você, Ivan, cuide muito bem do meu coração. Esse menino vale ouro.

_ Disso a senhora pode ficar tranquila, dona Roseli. O seu coração está muito bem cuidado nas minhas mãos._ disse Ivan beijando o amado.

_ E você, muito obrigada por tudo que fez e faz pelo meu neto. Nós não somos ricos e refinados como a sua família, mas te recebemos de braços abertos na nossa.

_ A senhora não sabe o quanto eu fico feliz em ouvir isso. Eu gosto muito de todos vocês.

_ E dê brinde tem eu, que sou a "madrinha" do casal._ disse Virgínia.

_ Você é um encosto isso sim.

_ Que maldade, dona Roseli. Ah, e também tem o Renato para compor a família, já que vai se casar com a Andréia.

Andréia a olhou de um jeito repressor.

_ Você fala demais, menina.

_ Fala com razão. Logo, logo seremos nós. _ disse Renato beijando Andréia e todos gritando.

_ Beijo hétero a uma hora dessas?! Isso é uma afronta a moral e os bons costumes._ brincou Victor abraçando o casal.

Ivan admirou a ausência de preconceito da família de Victor, no fundo, desejando ter tido uma família semelhante.

_ Eu só estou preocupada com essa lua de mel. Tinha que ser tão longe e num lugar tão frio? Victor, vê se agasalha bem, porque o seu nariz sangra no frio.

_ Começou a minha mãe.

_ É verdade. Ou você tá pensando que o frio europeu é como o do Rio de Janeiro? Lá parece um freezer. Ah, e não esquece de levar a bombinha para asma, tome os seus remédios certinhos. E Ivan, eu fiquei sabendo que você gosta de esquiar, mas não deixe o Victor fazer estripulias , porque ele não sabe. Pode acabar se machucando e ...

_ Mãe, eu não sou mais um menino. Sou um homem casado.

_ O fato de ser um homem casado não anula o fato de ser o meu filho.

_ Pra nós você continua sendo o nosso menino.

_ Pronto, vovó e mamãe juntas. Socorro!_ Victor disse beijando o rosto das duas mulheres da sua vida.

Depois depois de muitas insistências, Victor havia conguido convencer o marido a dançar com ele. A pista foi esvaziada para que o casal Matarazzo reinasse sobre ela. Os convidados se aglomeravam em volta para observar.

Ao som de Save the last dance for me, os amantes se conectaram numa valsa. Seus olhos sorriam um para outro. Victor era conduzido pelo marido como uma dama pelo cavalheiro. Girou apoiado no braço erguido do moreno sorrindo apaixonado.

Teve o seu corpo abaixado sob o de Ivan, erguendo a perna. Em seguida, as pontas dos seus narizes se tocarem e sorrisos iluminavam os seus rostos.

Naquele momento, o carinho os dominava. Desejavam em silêncio serem capazes de proporcionarem felicidades um ao outro. Fazendo os votos de amor e fidelidade através dos sentimentos e sorrisos numa sintonia perfeita que guiava os seus corações como a música guiava os seus corpos.

Ao final da música, Ivan erguia Victor um pouco acima o elevando ao status de senhor do seu coração. Beijaram-se na última frase cantada. Sendo aplaudidos por todos em volta.

A festa seguiu por toda a tarde terminando no início da noite. Virgínia insistia que o casal deveria jogar o buquê.

_ Não tem como jogar buquê porque não há noiva._ disse Ivan com a intenção de fazer a menina mudar de ideia.

_ Isso não tem nada a ver. O que mais tem aqui são flores.

_ Por que esse interesse todo em jogar buquê de flores, menina ?_ quis saber Paulo .

_ Vai que eu dê sorte de pegar e também me case? Ah, por favor, gente!

_ Por mim tudo bem. E pra você, amor?_ perguntou Victor.

_ Quem vai jogar?

_ Vocês dois, ora! Jogam juntos.

O casal aceitou participar da brincadeira. Pediram para que os organizadores da festa providenciassem um buquê de flores improvisado. De costas para os convidados o casal segurava juntos o buquê de hortênsias.

Muitas mulheres e homens se aglomeravam em volta, empolgados para pegar. Contudo, para a surpresa de todos, o buquê foi arremessado com tanta força que voou sobre todos indo parar no colo de Renato, que não tinha a intenção de pegá -lo.

_ Ih, Andréia, você já pode ir providenciando o vestido de noiva._ gritou Ivan e todos riram.

Andréia corou de vergonha, mas estava feliz por dentro. Renato a ergueu num abraço giratório e a beijou.

Victor ficou surpreendido ao saber pelo marido que a Suíça é um país tão pequeno que o seu tamanho equivale ao Estado do Espírito Santo.

Pelo moderno, confortável e luxuoso trem viajou por essa terra mágica, onde seus olhos puderam se maravilhar com as majestosas paisagens de montanhas brancas, túneis, a margem de lagos enormes. O que mais encantou os seus olhos foi o lago de Interlaken.

O ar congelante batia em seu rosto, a neve tremia sobre os seus pés e a vista era cercada de picos de quatro mil metros. Lembrou -se das palavras da sua mãe dizendo que o frio europeu poderia ser insuportável para um garoto carioca. E Victor odiou ter que concordar com ela.

Mesmo sob casacos, cachecol, gorros, luvas, calças e sobretudo o frio o incomodava em grande escala. Por isso, buscava nos braços de Ivan calor para se aquecer.

O loiro ficava admirado ao perceber que Ivan lidava com aquele inverno rigoroso com naturalidade, o que era compreensível, já que passou a maior parte da sua vida vivendo na Suíça.

As ferrovias que conectavam os cantos mais remotos do país, davam para Victor a imprensão de que foram construídas estrategicamente para presentear os olhos com as visões tão deslumbrantes, que para ele valeria a pena o sacrifício de suportar o frio cruel na sua pele acostumada com os verões escaldantes das cidades cariocas.

O coração de Ivan se aqueceu ao ver aqueles lindos olhos cor do céu brilharem mirando a montanha de Matterhon. Victor apontava-a com o dedo indicador, admirado os quatro mil e metros de rocha e gelo.

_ Olha amor! É incrível! Você deve tá me achando um idiota, né? Mas, eu estou me sentindo num filme. Nunca na minha vida imaginei ver uma montanha tão linda de perto.

_ Eu não te acho um idiota. Você não sabe o quanto eu fico feliz em vê esse sorriso lindo e saber que fui responsável por ele.

Um beijo de amor foi inevitável. Tocando as suas peles frias.

A montanha colossal dominava da paisagem da pequena Vila de Zermatt, local escolhido por Ivan para que o casal passasse os primeiros dias. Os charmes dos seus telhados cobertos pela neve, fez com que Victor brincasse que estavam salpicados de açúcar.

A ausência de carros nas ruas provocou estranhamento em Victor. A mistura do moderno e antigo davam ao local um ar de magia. Uma igrejinha badalava os sinos para avisar que o tempo não parou, mas para o casal seria de grande alegria se parasse.

Victor ficou mais uma vez surpreendido quando Ivan o disse que na Suíça vários idiomas conviviam, tais quais: alemão, francês, italiano, romanche e etc.

_ Puta que pariu! Como eu vou me comunicar por aqui? Você fala três idiomas, pode se virar. Eu tô fodido.

_ Não se preocupe. O inglês é falado amplamente em todo território nacional.

Victor se sentiu um pouco aliviado. Não que ele falasse inglês tão bem quanto Ivan, mas não era nenhum ignorante na língua.

O hotel escolhido era de um charme encantador. O quarto era um dos mais luxuosos que Victor vira na vida.

As paredes de vidros proporcionava uma visão encantadora da neve cobrindo as árvores gigantescas. O loiro percorria as delicadas mãos sobre a lareira. Era a primeira vez que via uma de perto.

_ O engraçado é que aqui dentro não faz tanto frio assim.

_ É por causa dos aquecedores.

_ Estou me sentindo num palácio, Ivan!

_ Eu escolhi com essa intenção para agradar o meu rei sol.

O loiro se atirou nos braços do marido, beijando-o apaixonadamente. Sentindo as mãos do amado percorrendo o seu corpo, parando na bunda, entrando por dentro da calça. O seu corpo começava a reagir as investidas de Ivan. Seu membro ereto anunciava que o tesão despertara a todo vapor e a sua mão foi de encontro ao pênis de dezoito centímetros do marido, que latejava de desejo para se abrigar no buraquinho quente e rosado de Victor.

Entre beijos e amassos, Victor gargalhou por um instante, causando estranhamento em Ivan.

_ O que foi, amor?_ perguntou sorrindo.

_ Eu tô me sentindo muito chique porque vou ser comido na Suíça.

Ivan também gargalhou achando graça no deslumbramento do amado.

_ Deixa chegar as férias que eu vou te levar para vários lugares. Aí sim você vai ser comido no mundo inteiro.

As risadinhas do loiro encantavam Ivan. Naquele momento, o empresário sentia-se seguro por estar longe de qualquer ameaça ao seu casamento, onde o seu terrível segredo não o amendrontava. Era o momento só deles. Um pertencia ao outro, se completavam em felicidade e desejo.

Abrigados debaixo dos grossos edredons do hotel, o casal se amava despidos. Os beijos eram intensos, úmidos, conectando os seus corpos ao prazer.

Victor deslizava a língua sobre o corpo magro do amado, beijando o seu peito, pernas e virilha. Ivan sentia o seu corpo arrepiar quando o loiro dava leves mordidas na sua barriga.

Sentiu a boca quente e úmida engolir os seus testículos, enquanto era masturbado. Gemia prevendo que foderia aquela boca gostosa que tanto o satisfazia.

Victor engolia o pênis com vontade. Com a cabeça em movimento, proporcionava a Ivan um prazer tremendo, fazendo os seus olhos revirarem para a cima.

Sugerido por Ivan, o casal mudou para a posição 69, onde um satisfez o outro com suas bocas sedentas pelo pau um do outro.

Apesar de atingir o orgasmo, Ivan não estava satisfeito. Queria mais. Cobiçava se abrigar dentro do cu do passivo, que tanto amava.

Ordenou que Victor deitasse de bruços empinando a bunda. O loiro gemia como louco sentindo a língua do amado penetrando dentro das suas intimidades. Apertava o travesseiro para conter a vontade de gritar de prazer.

Depois de passado o lubrificante, Ivan entrou com todo carinho, saboreando o ânus se satisfazendo. Os movimentos que começaram lentos, foram aumentando até que se tornaram frenéticos e o loiro não teve como resistir e se entregou a paixão gemendo cada vez mais alto. O barulho da bunda de Victor batendo nos seus quadris, sentindo a pressão do cu do passivo contraindo o seu pênis e a voz de Victor implorando para ser fodido levaram Ivan ao um gozo, aquecendo o cu do passivo com o seu líquido leitoso.

Entre respirações ofegantes e beijos quentes, o casal se amou no pôs sexo.

_ Você está cada vez melhor. O meu cu bate palmas de pé pra você, meu rei.

Em silêncio, com sorriso bobo Ivan observava o amado sorrir satisfeito. Para ele, era muito satisfatório proporcionar alegria ao homem que ama.

Victor percorria a ponta do dedo sobre o rosto de Ivan e o beijava nos lábios, faces e queixo. Penetrava os dedos entre os seus cabelos negros e lisos.

_ Sabe, voltar ao Brasil não estava nos meus planos. Eu gostava de viver aqui. Mas, te olhando assim todo lindo, peladinho, felizinho e tão meu, eu percebo que voltar foi a melhor decisão que tomei na vida.

Victor entrelaçou os dedos finos entre os dedos de Ivan, observando as alianças se tocarem. Beijou a mão do amado e disse:

_ Meu marido.

_ Sim, senhor Victor Matarazzo.

Victor inclinava a cabeça para rir.

_ A Virgínia me disse que o meu novo nome parece ao de um mafioso italiano.

_ A Virgínia é uma figura.

O casal decidiu pedir o jantar no quarto. E adormeceram depois de fazer amor mais algumas vezes.

No dia seguinte, os recém casados aproveitaram o dia passeando pela vila de Zermatt, onde Ivan apresentou ao marido as paisagens, pontos turísticos e lojas diversas.

O loiro não resistiu a uma linda loja de chocolates e quis provar os famosos chocolates suíços. Ficou admirado com a quantidade de variedades.

Ivan decidiu deixar o amado escolhendo os doces, enquanto foi para a rua fumar um cigarro.

O loiro ficou surpreendido ao sentir um toque no seu ombro e uma voz feminina chamando pelo seu nome.

_ Victor! Caralho! É você? Que bom te ver!

Victor não ficou nada feliz em ver na sua frente a ex-namorada do marido. Uma ponta de ciúme o dominou. Contudo, disfarçou com um sorriso amarelo.

Carla ficou muito feliz em vê-lo vivo, pois sempre lamentava a possível morte injusta do rapaz. Ela estava acompanhada de um moreno alto, forte, de barba e bigode e cabelos curtos.

_ Nossa! Como esse mundo é pequeno. Como você está?

_ Bem. Graças a deus.

Carla o abraçou com vontade, como se matasse a saudade de um grande amigo. Apresentou-o ao namorado também brasileiro que moravam juntos numa pequena casinha.

Seu nome era Vinícius, ele era natural de Porto Alegre como ela e estava no país para cursar história da arte.

_ E você? Está a passeio? Trabalho? Estudo?

Sem jeito, Victor retirou uma das luvas e ergueu o dedo mostrando a aliança.

_ Lua de mel.

_ Aiiiii! Que foda! Você não poderia ter escolhido um lugar melhor! Aqui tudo é muito lindo! E cadê o felizardo? É o Gael?

_ Na verdade... Não!

_ Não!

_ Então, quem é o sortudo?

Victor sorriu em vê Ivan se aproximando distraído digitando no celular. Sentiu-se aliviado em apontá-lo sem precisar dizer o nome.

Quando os olhares de Carla e Ivan se encontraram, o choque foi devastador. Arregalaram-se num espanto recíproco.

_ Este é o meu marido. O meu amor.

_ Ivan, você se casou com o Victor?! Caralho! Você é um psicopata! Um doente!

E-mail para contato: letrando@yahoo.com

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Comentários

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Obrigada por estar sempre aqui interagindo conosco e esclarecendo as dúvidas. A única coisa que me deixa ansiosa mesmo é quando você fica um ou até dois dias sem postar kkkkkk

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Gente, sempre me perguntam por aqui ou por e-mails quantos capítulos a história terá.

Vou responder somente esta vez. Eu não sei

A história está sendo publicada conforme está sendo escrita. Eu sei qual os rumos ela terá, mas não gosto de fazer tudo programadinho.

Sobre a dúvida se Ivan gosta ou não de fazer passivo, se vcs lerem outros capítulos com atenção, terão a certeza que não. Ele prefere ser ativo isso ficou claro no capítulo em que transou com Gael pela primeira vez.

Felipe também é ativo, já Gael é versátil. Sobre o Ítalo, vcs verão nos próximos capítulos.

Espero ter tirado as dúvidas de vcs.

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Espero q tudo seja revelado! Carla sendo a grande libertadora seria top! Depois Ivan detonando com a mãe e Felipe e por fim sofrendo um atentado na frente de Vintor deixando entre a vida é a morte e entre juras de amor de ambos os reconciliandos para sempre, seria toooooop! Diante de tanto sofrimento com a covid precisamos de finais felizes na iccao!

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Lembrem-se: Estupro é todo ato de conotação sexual (oral, penetração, beijos, toques) em que não há consentimento de alguma das partes envolvidas. É uma pauta importante e não deve ser tratado como algo leviano. Respeito a opinião de todos e sei que algumas pessoas se exitam com a "idéia" do estupro como forma de prazer e, desde que seja encenado tá ok. Porém, abordar numa história o assunto de forma apenas sexual seria sim um desserviço e desrespeito as vítimas.

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Phoenix77, eu me excluo desses leitores! Inclusive, achei um pouco sádico a idéia do estupro coletivo. Apesar de que no momento em que se força o sexo caracteriza estupro, a minha sujestão também seria um estupro mas, não seria tão doloroso fisicamente ao Ivan pois o que doeria seria a culpa, seria uma dor psicológica ele ter que trair o homem que ele ama e mais um motivo modo dele ficar preso nessa chantagem. Eu não me recordo do Ivan passivo então não acho que ele curte e seria sádico abordar o estupro, coletivo que é ainda pior, como gatilho de prazer (?). A história já aborda muitas pautas importantes como homofóbia, diferença de classes, corrupção, elitismo abandono parental... e tudo sendo muito bem servido aos leitores para abrir mais uma causa e principalmente um estupro para ser posto de uma forma vil seria desserviço. Por isso eu sugerir que fosse com um homem ou mulher: durante o ato ele sentiria prazer e esqueceria do Victor (talvez até houvesse um 2º round) e aí a culpa o corroeria.

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O casamento e a lua de mel foram tão perfeitos. Queria poder ver mais de Ivan e Victor na Suíça. Mas agora, a Carla vai contar tudo... não estou preparado para este momento.

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kkkk a galera esqueceu que todo aquele lance da chantagem foi porque o Ivan foi flagrado contando pra Carla o que ele fez com o Victor. É claro que ela sabia. Achei criativo fazer ele descobrir dessa forma. Minha teoria é que o Ivan não vai viver muito tempo e que o Victor vai herdar o dinheiro dele e se transformar de Paulina para Paola Bracho com todo mundo da história!

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No dia seguinte, Sônia ameaçou Carla, dizendo que sabia onde a família dela morava e que poderia matá-los caso a mulher abrisse a boca. Ela comprou a passagem para que Carla voltasse para a Europa.

Carla ficou horrorizada com a atitude de Ivan, portanto não há nenhum possibilidade de um envolvimento sexual entre eles.

Sônia quis tirar Carla do caminho para garantir que o segredo de Ivan estaria bem guardado e assim ela poder chantagea-lo.

Carla ficou chocada em vê que Ivan se casou com a própria vítima.

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A_Escritora, sim. Na noite do atentado, Ivan chegou em casa transtornado devido ao arrependimento e confessou para a então namorada o que havia feito. As escondidas, Sônia filmou tudo.

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Eu pensei que a verdade seria revelada antes ou até mesmo durante o casamento. A Carla sabe da verdade? Agora eu não me lembro🤔

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