Boa tarde meus amigos e amigas do CDC.
A vida é cheia de tanta coisa, e pelos caminhos da vida, em cada curva, podemos ser surpreendidos pelo passado.
Minha vida sempre foi assim meu povo.
Alguns momentos de muita agitação, outros mais calmos, mas sempre cheios de muitas emoções e recordações!!
Esses dias atrás, estava olhando uma caixa com algumas fotos meio desbotadas, me lembrei de umas pessoas, e um reencontro ao acaso...
Esse causo me aconteceu em 2009, eu estava de passagem pela capital paulista, o mês era junho, fazia um frio do cão.
Recordo que 2009 foi recorde em chuvas no Estado de São Paulo. Naquele ano, em algumas regiões, choveu todos os meses do ano.
Estava voltando do lindo Paraná, no trabalho, tudo certo, minhas responsabilidades em dia, teria quase uns 10 dias tranquilo, então resolvi voltar passando por Curitiba, e de lá tocar para São Paulo, depois subiria até a velha Minas Gerais.
E assim eu fiz...
Segui pela Régis Bittencourt até a capital paulista, fui até o fim e pelo que conhecia, toquei por outra avenida grande até sair na marginal fedorenta do rio Pinheiros.
Era um feriado de Corpus Christi, véspera do dia dos namorados.
Estava com uma S10 prata, cabine dupla, turbinada, boa demais da conta, ouvindo uns country americano, parecendo que tinha voltado uns 20 anos no tempo!!!
Cheguei na marginal fedorenta, rodei uma meia hora, entrei na Tietê, e de lá, fui caçar o retorno para entrar na Rodovia Anhanguera.
Meus pensamentos naquelas viagens voavam longe.
Eu ia acendendo cigarros, tomando meu cafezinho que sempre carreguei comigo, de vez em quando o bom e velho Hall's cereja, outro antigo costume!
Pelo horário que passei por aqueles lugares, o trânsito não estava tão ruim.
E quando rompi na Anhanguera, passava um pouco das 7:00hs, tempo meio chuvoso, estrada um sabão.
Fui na boa até Cajamar, passava um pouco das 8:00hs, eu senti um pouco de sono, vontade de mijar, dei uma parada naquela cidade.
A Anhanguera corta no meio o município, local pequeno, mas bem localizado. Entrei e fui caçar um posto para encher o tanque de diesel, comprar mais uns cigarros, Hall's, Coca-Cola e dar uma aliviada na bexiga.
Devo ter demorado uma meia hora no lugar, e com tudo nos conformes, sai da vila e segui sentido Campinas.
Bem mais adiante, por conta da Coca e do café que passei a noite bebendo, precisei parar outra vez.
O lugar que escolhi era velho conhecido dos viajantes que passavam por aquela rodovia.
O famoso Frango Assado de Louveira.
Entrei meio apurado no lugar, estacionei e fui mijar outra vez.
Quando cheguei no banheiro, mijei igual um cavalo, foi aquele alívio.
Lavei as patas, tirei o chapéu e lavei o rosto e os cabelos…
No trajeto de volta até onde deixei estacionada a caminhonete, estava tranquilo, cigarrão queimando na boca, todo sossegado, sem novidades, até que…
Perto de onde estacionei, vi duas moças do lado de fora de um carro grande, comprido, um Ford que não lembro o nome, mas era prata o bichão.
Depois eu vi que eram bonitas as moças, mas o que chamou a atenção do velho peão aqui, era o traje delas.
Estavam com calças rancheira, bota texana, camisão xadrez e a moça que estava no passageiro usava um chapéu branco. Pela minha experiência, sabia que não eram do meio rural, e sim duas dondoquinhas indo passear em algum sítio ou fazenda.
Me aproximei, apertei o alarme da caminhonete, e quando apitou destravando a porta, a moça do chapéu procurou onde estava o condutor.
Virou a cabeça e quando me viu, ficou me encarando. Pela proximidade pude ver bem o rosto da dita cuja, que era jovem, aparentando uns 22 anos no máximo.
Cheguei na porta da caminhonete, cabeça baixa, só olhando por baixo da aba, quando a moça que estava na direção do outro carro pergunta:
- O cowboy, tá indo pra Americana também… vai no rodeio…
Olhei para a moça e respondi que não, estava subindo para Minas, e devolvi uma outra pergunta:
- E as meninas, são fazendeira ou peoa…trajadas assim, pensei que eram duas boiadeiras…
Pronto, era o que precisava, aquele gracejo!
A moça do chapéu já veio se apresentar, me esticando a mãozinha, e oferecendo o rostinho para os beijinhos. Logo chegou a que estava ao volante do carrão, e a prosa correu solta.
Moravam em São Paulo as moças, eram primas, a do chapéu contou que tinha uma loja de roupas, a outra trabalhava em posto de gasolina. Mas adiante eu soube que o pai dela tinha alguns postos de gasolina.
A moça que estava com o chapéu branco, tinha 22 anos, a dona do carrão, 23 primaveras. Essa última, dona de um par de coxas, medindo 1,65 mais ou menos, morena bronzeada, mas cabelos tingidos, quer dizer, desbotados. Era bem bonita a danada, que ficava bem com aquele cabelo loirão se destacando na pele morena.
A outra, era mais clarinha um pouco, cabelos pretos, olhos igual uma jabuticaba, narizinho arrebitado, boquinha pequena, bem delicadinha, e seios bem volumosos.
E quiseram saber onde eu estava indo, o que fazia por aquelas bandas.
Contei o que fazia, de onde tinha vindo, e para onde pretendia chegar em alguns dias.
Lembro de quando contei minha idade, elas se entreolharam e depois comentaram que eu estava muito bem e em forma para um titio com mais de 40 anos. 😀
Eu estava achando engraçado aquele papo, aquela conversinha mole das duas para o meu lado, e com a minha pouca bagagem, sabia onde poderia parar aquele papo.
E sendo eu mesmo, perguntei o que duas moças lindas faziam sozinhas por aquela beira de estrada, sem um homem junto para cuidar delas.
Foi só risada por parte das duas, e disseram que eu era muito quadrado, e onde se viu, em uma altura daquelas, em pleno século 21, eu achar que duas mulheres precisavam de homem para protegê-las.
A que estava dirigindo, arrumou a cabeleira tingida, me pediu um cigarro e enquanto acendia, me mediu, meio que disfarçando.
Soltou uma fumaça, tossiu, e disse que o Marlboro Vermelho era forte demais pra ela, que preferia cigarro de canela. Eu já tinha sentido o cheiro daquele cigarro, bem doce e enjoativo!
A moça se desculpou, me devolveu o cigarro, que estava com a marca do batom no filtro.
Pediu para a morena do chapéu pegar no porta-luvas o cigarro delas, e feito isso, ficaram pitando comigo e jogando conversa fora.
Fiz elas rir demais, contando uns causos, e o que mais marcou naquele papo, foi quando contei que na minha época de mocidade, se uma moça desse um papel de bala ou bombom dobrado e dado um nó, queria pedir um beijo, e nos bailes se você recebesse um cigarro aceso com marca do batom da moça, era sinal de que queria uns agarros.
A loira colocou a mão na boca, arregalou os olhos e ficou encarando a morena:
- Nooossa, o peão fala igualzinho a tiiiiaaaaa… kkklkkk… o mesmo papo... meu Deeeeeus… de onde você falou que era mesmo?
Respondi que não tinha falado de onde eu era, e sim para onde estava indo. Mas fiz o capricho da moça, e contei onde havia nascido e me criado.
As duas ficaram surpresas, dizendo que a tal tia era da minha região, e sempre contava dos bailes, dos namoros, das agitações da época dela.
Confesso que até fiquei curioso em saber quem era a tal tia, mas as duas foram me enchendo de perguntas, querendo saber da minha família, o que faziam…
Sei que ficamos umas duas horas conversando, rindo, e parece que eu as conhecia há um bom tempo.
A loira em certa altura da conversa me perguntou na bucha:
- E esse tal de peão Beto, ou Betão para os chegados, era muito namorador naquela época...ou será que ainda é?
Respirei fundo, acendi um cigarro, soltei a fumaça (lembrando daquela época), olhei no fundo dos olhos dela e disse com a maior sinceridade:
-- Não sei quem é a tua tia, mas pergunte pra ela dos bailes que tinham no lugar… tal de tal… E quem era o maior biscateiro e perdido da região!
Foi uma sessão de risos, gritos, perplexidade com a minha sinceridade, e foram me especulando sobre o passado.
E como surpresa pouca é bobagem…
Toca o celular da loira, que foi até o carro para atender:
-- Alô… oooiiii tia… não, não...está tudo bem sim… paramos para abastecer, beber um suco… e estamos aqui conversando com um cowboyzão que conhecemos no estacionamento…
A mulher gritava do outro lado da linha, e pude ouvir, por conta da moça ter vindo do meu lado:
-- tudo beeeem tia… sossega...ele é muito gente boa, conversador, e a senhora nem sabe… Ele é lá da sua região, e pediu para perguntar (piscando pra mim) sobre o baile lá do…tal lugar… e a senhora nem sabe… ele também pediu para perguntar, se a senhora se lembra quem era o maior biscateiro do lugar…
Um breve momento de silêncio, depois uma explosão de gargalhadas:
-- Isso mesmo tia… grandão, olho verde, cara de safado… (me olhando de lado e rindo)
Eu ouvia a mulher esgoelando do outro lado da linha, tossindo e rindo.
A morena também ficou igual eu sem entender o que estava acontecendo!!
A loira chega com o telefone meio de lado no rosto e me pergunta se era eu que namorava uma mocinha ciumenta até dizer chega, que fazia escândalo quando alguma menina falava comigo... filha do fulano de tal, que comprava boi...e a mãe professora lá de Prudente...
Pensei a hora… Pronto, fui encontrado!😂
Falei que era eu mesmo, o Betão…
Ela disse para tia que eu era o tal, e que estava ali, parado falando com elas:
-- Não, tia… deixa ver… Ah… não tá usando aliança não… é… não...ele não falou nenhuma gracinha pra nós duas, mas tem a cara de safado sim…
E riram até dizer chega, até a menina me entregar o celular para eu descobrir quem era a tal mulher tia das moças!
Quando falei o alô:
-- Eu não acredito que é você Beto...meu Deeeeeeeus… o que você está fazendo aí com as minhas sobrinhas.. Sou a Re… lembra de mim… eu era amiga da … sua namorada ciumentérrima!!!
Depois de muita risada, me recordei da tal amiga da minha namoradinha! Aquilo tinha pra mais de 20 anos, e foi uma viagem no tempo ouvir aquela voz!!
E perguntou o que eu fazia por lá, e como havia conhecido as meninas, onde estava morando…
Ficamos uma meia hora ao telefone, com as moças grudadas ao lado, prestando atenção na nossa conversa.
Por fim me disse que estava morando em Americana a mais de 15 anos, estava esperando suas sobrinhas e alguns amigos da família no seu sítio, que ficava indo para Piracicaba, e a turma se reuniria no feriado com ela. Também lembrou que estava tendo o rodeio na cidade, e se eu fosse ficar pela região, seria um imenso prazer me reencontrar…
Respondi que se não fosse atrapalhar, eu iria sim!
E deixamos combinado de eu seguir as meninas até o sítio. Passei o celular para a loira, que foi combinando tudo com a tia.
A morena gatinha tirou o chapéu e me falou toda dengosa:
-- Que coisa maluca, vocês eram amigos a anos atrás...nossa, parece coisa do destino… mas olha, se prepara viu, a nossa turma é toda maluca…não repare!!
Achei até bom aquele reencontro, pois desde os ocorridos que me levaram a nunca mais voltar ao meu amado Oeste Paulista, eu quase não falava com pessoas da minha região. E aquilo seria uma boa oportunidade de matar a saudade, recordar, pois naquela época, eu não falava tanto do passado, quanto falo e penso hoje em dia!!!
A loira terminou a prosa com a tia, e foi mandando eu não perdê-las de vista.
Quando entramos na Anhanguera, era quase meio-dia, a moça loira não tinha um pé leve na direção!
Gastamos uns 40 minutos para chegar na cidade, quando passamos pela alça de acesso, fui piscando farol e pedindo para as moças encostarem, coisa que fizeram perto da rotatória da cidade.
Encostei do lado e disse que precisava comprar algumas coisas, e que me levassem até um mercado.
Acompanhei as moças até um mercado grande, não sei onde fica, mas tinha preço bom nas coisas.
Entramos os três no mercado que fecharia em poucos minutos por ser feriado, e fui pegar uns barbeadores, sabonete…
Perguntei que tipo de carne gostavam, que eu levaria para assar enquanto fosse relembrando os causos com a tia.
Me disseram que nem fizesse aquilo, pois a tia não gostava que levassem nada, e carne devia estar sobrando!
Bom, ouvindo aquilo, só me restou pegar um carrinho lotado de cervejas e refrigerantes.
Até aquele momento, pela euforia dos acontecimentos, nem lembrei de perguntar se a tia estava casada, e se o marido dela gostava de alguma outra bebida, pinga ou whisky, e se não acharia ruim eu aparecer por lá!
As meninas contaram meio acanhadas que o tio havia falecido havia 3 anos, em decorrência de um problema de saúde, que não me explicaram, e eu também não fui especular!
Peguei uns dois pacotes de cigarro, três Red Label pra turma, umas garrafas de vinho e fui pagar a conta.
Quando saímos do mercado, que já havia fechado as portas comigo e as moças dentro, passava um pouco das 14:00 hs.
Segui as moças que pegaram a estrada indo para Piracicaba, e rodamos uma meia hora, entramos em uma estradinha de terra, passamos por umas chácaras bonitas, umas roças não me lembro do que, mais um quilômetro, e chegamos no sítio da minha velha conhecida Re…
O lugar era bem zelado, tudo arrumado, em volta da casa havia um alambrado, grama aparada, muitas flores.
As meninas buzinaram e logo veio um rapaz alto, bem magro abrir a porteira. Entramos, ele ficou me olhando, acenou a cabeça educadamente, e assim que passei, fechou a porteira, voltando correndo.
Seguimos por um caminho pavimentado com bloquetes de cimento, passamos do lado da casa, era grande, janelas de madeira envernizadas, alguns toldos, uma porta de correr de vidro bem grande dos dois lados do que devia ser a sala.
Seguimos devagar por conta de uns cachorros, e quando passamos da casa, chegamos na área da piscina, tudo cercado com uma grandinha de alumínio, bem bonito.
Havia logo na frente da piscina, uma área coberta grande, um balcão todo em pedra lustrada, muitos bancos altos de madeira, mesas e cadeiras, e uma churrasqueira enorme, feita em tijolo à vista meio amarelinho.
Viramos à direita e passamos por trás daquele rancho chic, e mais uns 40 metros no fundo, uns seis quartos com garagem coberta na frente, tipo de hotel de beira de estrada.
Em volta disso tudo, um pasto bem formadinho, algumas vacas e uns cavalos pastando em um cercado de madeiras pintadas de branco, perto de umas baias.
A moça parou o carrão em uma vaga daquelas, e eu deixei a caminhonete mais adiante um pouco, perto de um pomar. Afinal, eu ia dar um oi, prosear e mais à noite correr trecho!
Quando desci, olhei o lugar e fiquei bobo com a organização e beleza daquilo tudo!
As moças foram me chamando, e vieram me pegar pela mão e levar até onde estava a tia.
No meio do caminho topamos o rapaz que abriu a porteira. Me apresentaram a ele como um amigo da mãe dele dos tempos de juventude.
Ele me cumprimentou tentando se fazer de firme, mãos igual a das primas, dando para perceber que era daqueles criadão com a vó, mas foi muito educado, isso não posso dizer!
E foi me conduzindo até a casona chic da Re, que eu nem me lembrava a quantos anos não encontrava.
Quando chegamos na porta da sala, ela aparece toda arrumada, arrumando os cabelos, ajeitando a roupa, toda cheia de cerimônia:
-- Meu Deus do céu, eu não estou acreditando… o famoso Betão...aqui na minha casa, depois de todos esses anos.
Ela tinha lágrimas nos olhos, e eu devo confessar que me emocionei revendo aquela moça, que nem tinha tanta amizade com ela, mas me fez recordar de uma época boa demais da minha vida!
Me deu um abraço, e ficamos os dois, muito emocionados pelo momento!
Depois de um tempinho a loira chega, toda doidinha e manda parar aquela choradeira, que estavam ali para festar, e não queriam ver ninguém triste.
A Re com as mãos nos meus ombros, deu um passo para trás me olhou de baixo acima, dos lados e falou:
-- Era bem isso que vocês estão vendo, só está com os cabelos mais grisalhos, algumas cicatrizes...bigode e cavanhaque não usava, mas era isso que vocês estão vendo… essa mesma cara de lambão…
Aí acabou a tristeza do momento e foi muita risada da forma como ela me descreveu.
Ainda fez graça sobre como ela estava parecendo a mesma jovem de 20, 21 anos atrás, ou ainda mais bela!!
Chamou uma moça que trabalhava na casa e pediu para trazer cerveja, perguntou se estávamos com fome, foi abraçar as sobrinhas…
Logo chegou cerveja em umas taças bonitas, e uns disquinhos para não molhar as mãos e onde fosse colocar o copo, igual em choperia…
A minha velha conhecida era chic demais da conta!
As meninas contaram que eu havia comprado cerveja e mais outras coisas. A Re ficou uma arara, dizendo que não precisava… mas depois de muito eu insistir, pediu para chamar o caseiro e ajudar a tirar as coisas da caminhonete.
Eu já escalei o filho dela para me ajudar, e ir tirar as coisas da caçamba.
Ele veio pisando firme, e quando chegamos na caminhonete o caseiro estava esperando. Tinha nas mãos um carrinho para pegar caixas, e já fomos descendo tudo, para na sequência, o caseiro descer com tudo para o rancho da churrasqueira.
O menino do meu lado, andando firme, estufando o peito, fazendo cara de homenzinho!
Voltamos para dentro da casa, a Re estava contando uns ocorridos na nossa época de jovem.
As moças interessadas já me olharam com aquela cara de curiosidade, e foram fazendo aquele fuá, pedindo para eu contar tudinho…
A Re, boa anfitriã, vendo que a prosa ia ser comprida, pois desde novo eu era contador de causo, chamou a empregada da casa, pediu para avisar seu marido, o caseiro, que era para acender a churrasqueira e preparar tudo.
Devia estar beirando as 16:00 hs, o clima estava gostoso apesar de ser junho, eu me sentindo à vontade, tranquilo, fui seguindo o povo até o lugar onde iam assar as carnes.
Deixa contar sobre essa velha conhecida.
Ela era da turma dos metidinhos da cidade, seus avós eram cafeicultores fortes nos áureos tempos do café. Então, a turma da Re eram aqueles tontos que quiseram me bater naquele fim de ano, onde um deles levou um primo lutador para me dar uma coça, e não deu certo!😂
Ela era muito amiga da minha namoradinha daquela época, me lembrava bem dela quando aparecia na praça toda esnobe no meio dos playboys do lugar!
Mas quando comecei a namorar, minha namorada se afastou de todas, até das amigas mais chegadas, tudo por medo e ciúmes.
Depois da minha namorada, a Re era a mais gata daquela turma, tendo um corpo até mais gostoso que o da minha namorada, só não possuía aquele rostinho bem feito que a ciumentinha possuía!
Me lembro dela na casa da menina, quando tinha crises de ciúmes, passava mal, ficava com febre. E essa Re sempre aparecia para dar um apoio à amiga.
E das amigas da minha namorada, aquela eu até suportava, porque as outras eram muito metidas.
Mas naquela ocasião, a Re não era mais aquela de 20 anos atrás, estava um pouco mais fortinha, rosto mudou um pouco, os cabelos estavam diferentes, havia mudado a cor…
E fomos nos sentar para uma boa prosa, e esperar a carne assada.
Até ofereci ajuda na churrasqueira, mas a Re quase infarta quando eu disse aquilo! Me repreendeu e disse que não era para eu mover uma palha!
Que fazer né! Então aproveitei.
E chegou cerveja, arrumaram uns pães, uns cremes e patês de tudo que era tipo, salada, e mais uns trem doido que nem sei o que era, mas devia ser de comer!
E fomos lembrando dos bailes, saímos na conversa que iniciou aquele reencontro, e foi muita alegria, ela contando como eu aparecia na cidade, ou montado a cavalo, ou de caminhonete...as raivas que eu fazia a amiga dela passar por conta do meu jeito mulherengo, como provocava a rapaziada metida do lugar... minhas pavoagens sem camisa na porta da sorveteria e na praça...
Ai as sobrinhas ficaram todas acesas pro lado do titio cowboy! 😂
E queriam saber mais, e mais e mais…
A Re falou a elas que não sabiam do perigo que correram à beira da estrada conversando comigo!
Falaram juntas um " COMO ASSIM TIA ", e quiseram saber quem era eu!
A Re tomou mais uma talagada de whisky, bebericou na cerveja, me pediu um cigarro, deixando as moças perplexas com a atitude da titia, que até então, era toda na dela, comportada…
O rapaz olhou para a mãe, disse que não achava legal ela misturar bebida e fumar, uma vez que havia deixado o vício no tabaco a mais de ano.
A Re mandou ele ir ficar no computador, na internet, coisa que devia ser constante para o rapaz. Eu tentei intervir, pedindo para ele ficar ali do meu lado, mas o rapaz se levantou, me olhou balançando a cabeça, e saiu com cara de contrariado.
As sobrinhas dela me falaram para não reparar, que o menino era daquele jeito, não gostava de festa, e a vida dele era computador.
A Re matando a cerveja, dá mais umas tragadas no cigarro, pergunta se já tinha carne pronta.
Logo o caseiro chegou trazendo picanha, maminha, linguiça, frango…
Deixou tudo em uma tábua, e foi cortando os pedaços, nos servindo, e assim que deixou um bom tanto fatiado, a Re pediu para ele preparar um tipo de vasilha e encher de carne para ele e sua esposa.
E podia ir, que só mais tarde chegaria o restante da turma.
O homem fez rapidinho o que foi mandado, e saiu mais ligeiro do que chegou!
E ficamos nós quatro comendo, bebendo, fumando e falando da vida.
Ela me contou que havia se casado com um rapaz de Marília, de uma família conhecida (cheia da grana), foram para São Paulo trabalhar em um negócio de família, uma empresa do seu sogro e do falecido… depois foram para Campinas, e quando ficou grávida, se mudaram para Americana, mas ficavam mais no sítio. Relatou o falecimento do esposo, e tagarelou mais um bocado!
Mesmo sem eu ter perguntado, contou que minha ex ciumenta acabou se casando em Presidente Prudente, mas não vivia bem com o marido, ele batia nela!
Eu confesso que não gostei de saber daquilo, fiquei bem chateado com a má sorte da pequena !
A Re ainda comentou com as sobrinhas:
-- Esse sujeito aqui (apontando pra mim), era o maior galinha da região, safado, mal falado...mas duvido que encostasse um dedo na minha amiga! Pelo contrário, ele levava vários arranhões e tapas da "fulana", e não fazia nada, só deixava ela falando e ia biscatear!
E é verdade, eu aprendi com meus heróis, pai e tio, que eram brutos, grosseiros, mas jamais encostaram a mão para bater nas esposas!
A hora ia correndo, o sol caindo, e minha colega contando das confusões, do dia que eu briguei perto do cemitério, meus companheiros batendo nos amigos folgados dela. Lembrou da vez que livrei o Magrelo folgado do mercado de apanhar no baile em Dracena. Ela estava junto da turma deles, quando o magrelo tirou para dançar uma menina que era paquera de outro playboy lá de Prudente.
Foi quando entrei no meio, e um deles me conheceu das andanças com meu tio, e tirou o amigo da surra certa!
Ainda zuei e disse que nos amigos folgados dela, só eu podia bater!
E muitas risadas, seguida de uma história que eu nunca soube!
Me contou que depois da surra que dei no Magrelo, ele mudou, e o pai dele até comentava com os amigos que agradeciam a surra que os filhos levaram, pois estavam indo por um caminho ruim!!!
Eita...coisas da juventude e da vida!!!
E a bebida foi subindo em nós quatro, e as sobrinhas perguntando coisas sobre minha vida amorosa, se a tia sabia mais pobres a meu respeito:
-- Olha… eu e o Beto não éramos tão próximos assim, ele não se misturava com os meninos da nossa " tchurma "... Mas o que se sabia, era que ele comia tooodas… as amigas galinha dele, a principal era uma morena bunduda que trabalhava na sorveteria, mulheres casadas, putas em zona no Mato Grosso, Goiás… andava com um tio, que era mais mal falado ainda… por ai vocês calculem quem era essa figura!!
As moças me olharam com aquela carinha de malinagem, riram um bocado e continuaram bebendo!
Eu negando tudo, e dizendo que era conversa do povo, tudo mentira…
A Re coloca mais uma dose, vira metade, pede outro cigarro, acende e prossegue:
-- Sabe Beto, hoje quando liguei pra essas meninas, que eu amo, uma filha da minha irmã, a outra, é por parte do meu falecido… até assustei… você era safado demais cara…
As moças insistiram em perguntar mais:
-- O Beto...Ele era mal falado, fazia aquelas coisas que na época... nem conseguíamos imaginar, tarado de tudo…
Ai aguçou a curiosidade das duas moças, que estavam ficando altas por conta do whisky e da cerveja, querendo saber o que é que eu fazia de tão pecaminoso:
-- Corria na boca do povo que esse sem vergonha lambia (olhando pro lados e falando mais baixo) as pererecas de tudo que era mulher que caia na lábia dele!
As meninas racharam de rir, disseram que antigamente podia ser estranho, pecado, mas naquela época, era esquisito quem não fazia...😂😂
A Re, matou o resto do whisky, olhou pras duas e as chamou com o indicador:
-- É, hoje tá tudo liberado, mas uma coisa vocês nem imaginam… (arregalando os olhos e balançando a cabeça esperando uma resposta)...ele tem um bichão óh…
E fez um gesto com as mãos no ar mostrando o tamanho que ela imaginava ser o meu cacete! 🙈😀😂
As duas estavam assanhadas na beira da estrada pro meu lado, mas naquela hora, até taparam o rosto, fingindo vergonha, mas eu já era bem vivido, e conhecia aquele brilho no olhar de uma mulher com vontade!
Eu pedi licença e fui até o banheiro dar uma mijada, e seguindo as orientações fui até uma porta nos fundo, entrei no corredor e segui até os banheiros do lugar!
Haviam quatro portas, escolhi uma do canto e fui me aliviar.
Depois de aliviar a bexiga, me arrumei, fui lavar as mãos em uma pia que ficava em um canto perto dos banheiros.
Estava quase acabando de me lavar, sinto um cutucão nas minhas costas:
-- Então o senhor era assim...todo safado! Confesso que fiquei com uma pontinha de curiosidade!!!
Era a loira, que me seguindo até o banheiro, foi me falar aquilo. Eu sabia que a bebida tinha deixado as moças alteradas, mas não imaginava que aquela mocinha viria atrás!
Olhei bem no fundo dos olhos da moça, fiz um carinho no seu rosto:
-- Ah menina, você nem imagina o que aprontei por esse mundão… mas se tiver oportunidade, mato sua curiosidade!!
E fui saindo, deixando a moça encostada na parede, com carinha de danada, e olhar de mulher pidona.
Ouvi ela fechando a porta do banheiro, e fui voltando para junto da minha amiga e da outra sobrinha.
Ao chegar na mesa, flagrei as duas rindo e falando do meu jeitão.
Me sentei, tomei mais um gole de cerveja, e até a loira voltar do banheiro, ficamos contando causos.
Já estava escurecendo, quando ouvimos buzinas na entrada do sítio. A Re já estava gritando o caseiro, e pediu para eu esperar por ali mesmo, que iria recepcionar o restante do pessoal que passaria o feriado com ela.
E fiquei ali comendo uma carne, papeando com as outras duas…
Ouvimos quando subiram dois carros, seguindo e estacionando em frente ao alojamento das visitas.
E não demorou nada, apareceu um outro povo, sorrindo, fazendo algazarra.
Eram 8 pessoas, sendo dois casais, um da nossa idade, e mais quatro mulheres, que depois soube, eram amigas da Re e do seu falecido.
Um daqueles já foi perguntando se o rodeio seria ali no sítio da Re, pois um cowboy havia chegado, e vieram me cumprimentar…
O caseiro voltou para as brasas, e rolou bebida demais, comidas e ligaram um som, e foi uma farra.
Como eu era a novidade na turma, meio que virei o centro das atenções. Eu sentia toda a mulherada se assanhando pro meu lado, até as casadas…
Sei que eu e minha colega ficamos relembrando minhas presepadas do tempo de juventude.
Quiseram saber das viagens com a comitiva, sobre as aventuras no Mato Grosso, Goiás e todos lugares onde passei.
Para minha surpresa, a Re pede para o caseiro deixar por um instante a churrasqueira, e ir correndo até o escritório do seu falecido, trazer um berrante que tinha de enfeite na parede.
Não gastou 3 minutos o homem , e lá vem ele com um berrantão marca ferradura, guampas escuras bem polidas, e com jeito de nunca ter sido usado:
- Beto, esse berrante está pendurado na parede do escritório a mais de 10 anos, meu marido ganhou de um amigo dele, e nunca ouvimos o som desse treco… será que funciona?
Outra mais engraçadinha pergunta para a Re se não faltava pilha… E foi uma tremenda gozação daquele povo, sobre o tal berrante!
Me entregou a buzina, pedindo para eu tocar, pois de fato, todos que frequentavam o local, tinham curiosidade em ouvir o som daquele berrante.
Pedi licença, peguei o berrante, analisei e disse que talvez não saísse nada de primeira, pois cada berrante tem o seu bocal, e os meus tinham a peça onde se sopra (bocal) mais raso.
Todos anciosos me olhando, levei à boca o berrante e dei umas sopradas, testei a vazão do ar, dei umas beiçadas e logo o som ecoou pelo terreiro todo.
Peguei a manha da coisa e fui repicando o berrante, chamando nos toques… as vacas que estavam no pastinho ali perto vieram berrar na beira da cerca, e a cavalada toda relinchando.
Não é sempre que acontece isso, pois o gado e a tropa você ensina a atender o berrante. Poucas vezes me aconteceu aquilo, mas foi muito divertido poder mostrar para aquele povo como eu fazia nos anos de comitiva.
É uma coisa de doido povo, mesmo quem nunca ouviu um berrante tocando e ecoando longe na estrada, ao escutar, mesmo que pela primeira vez, sente alguma coisa.
Uns sentem uma sensação de saudade, outros se arrepiam… mas o fato é, o som de um berrante mexe com a mente e o coração das pessoas!!!
Foi bonito aquele momento, e quando parei de tocar, abaixei o berrante, abri os olhos, e vi todos calados e muito admirados.
A Re me agradeceu muito por eu ter feito aquilo. Disse que o som era diferente, e causava um arrepio na alma.
Depois me sentei, devolvi o berrante e contei a todos o quanto eu sentia saudade das viagens pelas boiadeiras sem fim de um Brasil que não existia mais.
A Re me deu um abraço, agradeceu pelo que fiz e por estar ali com eles, e já mandou vir mais cerveja e tudo quanto mais havia.
A festa estava boa, eu contando meus causos, até a sobrinha loira da Re me chamar para dançar.
Pensei, uai… bora então né!
Colocaram um modão e já fui dançar com a mocinha, que era boa no bailado.
Já que o povo animou e afastaram as mesas e vieram pro arrasta pé.
A mocinha se agarrou firmemente, e me olhou nos olhos, procurando algum sinal em mim, que demonstrasse alguma outra intenção.
Eu estava na dela, mas lá na estrada. Ali eu estava querendo aproveitar a festa, conversar com o povo.
E logo a outra moça, aquela do chapéu branco, pediu que queria dançar comigo… e bailamos, depois dancei com a Re, e as outras..
Gastei a sola, e quando me sentei, estava cansado de rodopiar e arrastar a sola da bota no chão.
Bebi uma cervejinha, fumei um cigarro, e enquanto o povo ainda dançava, a moça loira chegou disfarçando do meu lado e disse perto do meu ouvido:
-- O titio é bom de dança heim… mas… será que ainda é bom em outras coisas? Ou será que aquele peão pegador safado ficou no passado???
Olhei para a cara da moça assanhada, encarei e alertei:
-- Menina, não abusa da sorte, que já fiz muita potranca deitar com os arreios…
Ela riu, pegou meu copo, tomou um gole, chegou mais perto ainda do meu ouvido:
-- Menina eu deixei de ser a muito tempo, Betão, e quero saber se o titio ainda aguenta uma brincadeirinha com essa potranca aqui!!!
Disse que não queria arrumar problema ali na casa da tia, que a tempos não via, e poderia estragar tudo com uma aventura!
Outra vez falou, só que mais dengosinha, coisa que toda vida amei:
-- É disso que eu falo tio… uma aventura gostosa! Mata minha curiosidade vai… tô com vontade Beto… o senhor ainda chupa as pererecas das meninas?
E fez bico e cara de manhosa.
A velha sucuri mexeu na zorba e já foi me dando aquele assanhamento, olhei nos seus olhos e avisei:
-- Vamos esperar a hora mais avançada, quando o povo estiver mais cansado de comer e beber… ai damos uma escapada. Deixa com o tio aqui, que toda vida fui mestre nessas armações!
Riu com carinha de maliciosa, foi bailando sozinha até o meio do povo, e ficou fazendo passinhos country toda alegrinha.
Uma das amigas solteiras que estava dançando com a Re, no acabar a moda que tocava, veio até onde eu estava sentado, pediu licença e foi chegando:
-- Poxa Beto, que bacana esse reencontro… a Re estava me falando o quanto vocês se divertiam lá na região de vocês…
E ficamos jogando conversa fora, rindo, logo outras duas vieram sentar e participar do assunto…
A mocinha sentiu que as amigas da tia estavam muito risonhas ouvindo meus causos, chegou na mesa e foi me puxando pela mão me chamando para dançar.
Levantei e fui dançar com a mocinha, que mostrando alteração pelo álcool foi reclamando:
-- Ah essa mulherada é foda… já estão com fogo no rabo pro seu lado… conheço aquelas ali Beto… mas eu cheguei primeiro.
Comecei a me achar no meio daquela mulherada assanhada, e deixei a coisa rolar solta!
Eram quase 21:00 hs, a morena do chapéu lembrou que tinha festa na cidade, e se o povo não ia pro rodeio.
Eu nem me lembrava, só queria esfregar o cacete na loira, que a cada roçada, me olhava com aquela carinha de afoita.
A outra prima me perguntou se eu não iria na festa do CCA (Clube dos Cavaleiros de Americana), que sempre foi um festão.
Sugiro a quem nunca foi, e indico alguns outros rodeios bons aqui no Estado de São Paulo:
Americana, Jaguariúna, São José do Rio Preto, Adamantina, Osvaldo Cruz, Dracena, Junqueirópolis, Tupã, Fernandópolis… Barretos nem preciso falar… Se aquele camping do Pinheirinho falasse 😀😂
Disse pra menina que estava cansado de recintos de festa, mas que se ficasse na região, iria no outro dia!
A moça fez cara de decepção, foi sentar e beber, enquanto me olhava dançar com a outra prima.
A Re estava de fogo, seu filho nem apareceu no churrasco, os casais conversando, a mulherada bebendo, e as horas passando ligeiras.
Bem depois da meia-noite, povo todo cheio, cachaça até a tampa, alguns foram dormir para acordar cedo no outro dia e aproveitar o sítio.
A Re me avisou para ficar, tomar um banho, escolher um quarto e ir descansar. Que no outro dia andariam à cavalo, e que a festança continuaria até o domingo. Me deu um abraço, agradeceu minha presença e foi voltando para sua casona.
As duas primas estavam conversando em um canto, e quando anunciei a todos que ia caçar um banho e uma cama, me despedindo, a loira me olhou com aquele fogo, prometendo me pegar de jeito.
Fui saindo do lugar da festa, subindo o caminho até onde havia estacionado a caminhonete… quando abri no alarme, abri a porta e peguei minha bolsa de viagem, ouço as duas chegando perto.
A morena, toda dengosinha e alterada na cachaça foi a primeira a falar:
É Beto, tô sabendo que você vai ficar com a " fulana "... Eu é que vou ficar chupando o dedo né...
A prima loira que estava no esquema chegou perto, me abraçou e sendo bem safada sugeriu:
- Porque você não vem dormir com nós duas Betão… tá um friozinho gostoso…
Eu pegava muita mulher pelo trechão, nos rodeios e festas, mas juro que não imaginava me acontecer aquilo, uma proposta daquelas vinda de duas moças, que eram sobrinhas da minha velha conhecida!!!
Nem pensei muito, só pedi para me mostrar onde estavam dormindo, que logo mais seguiria até lá.
As duas seguiram para para o quarto onde deixaram o carro estacionado na frente, entraram deixando a luz acesa na frente.
Assim que fechei a porta da caminhonete, minha bolsa nas costas, ouço o restante da turma subindo para os quartos.
Disfarcei, entrei no último quarto, deixei minhas tralhas no chão e fui tomar um banho.
De onde estava eu ouvi o povo se arrumando nos quartos, barulho de descarga, conversa, zíper de mala abrindo…
O quarto era grande, tinha uma cama de casal e um beliche no outro canto e um banheiro bem instalado.
Tomei um banho quente tranquilo, fiz a barba, me arrumei e fui dar uma espiada no ambiente do lado de fora.
Estava de calção e camisa, chapéu e chinelo, olhei no relógio, era uma e tantas da manhã, acendi um cigarro, olhei o céu, tudo tranquilo, na casa da sede tudo apagado, apenas eu e os grilos ali pelos jardins, nos outros quartos tudo silencioso também.
Quando apaguei o toco do cigarro, fui caminhando igual gato até onde as moças estavam dormindo. Bati bem de leve na porta, apenas uma vez, e logo ouvi um cochicho vindo de dentro.
Meu coração acelerou na hora, o pau já animou em pensar no que poderia acontecer.
E aconteceu povo!!! 😀
A loira abriu a porta toda cheirosa, e sussurrando, pediu para eu entrar e não fazer barulho.
Assim que trancou a porta, mandou eu ficar a vontade, que a prima estava no banho.
As malas e tudo quanto mais estavam na beliche, e pelo que vi, as duas se arancharam na cama de casal.
Sentei na ponta da cama grande, a loira estava com um abrigo de moletom, uma toalha nos cabelos, e muito cheirosa.
Parou na minha frente, me empurrou na cama, tirou a toalha dos cabelos, jogando e mexendo com os dedos, se arrumando e fazendo cara de quem ia aprontar.
Subiu na cama, engatinhou, beijou minhas coxas, começou abrir minha camisa, suas mãos passeavam pelo meu corpo, e a cada passada no meu cacete, dava um apertão.
Subiu me beijando o peito, pescoço, até alcançar minha boca.
Me beijou com um carinho imenso. Sua boquinha era quente, sua língua era muito ágil, e me deixou ligado no 220, só com aqueles carinhos.
Peguei na barra da blusa, senti que estava sem sutiã, e fui subindo até deixar a danadinha com os peitos balançando no meu rosto.
Eram macios, biquinhos pequenos, com uma leve marca de bronzeado. O mamilo era meio avermelhado, e ao toque da minha língua, ficou todo enrugadinho, causando um suspiro longo na moça.
Mamei nos dois peitos, enquanto apertava sua bunda e coxas torneadas.
A loira subiu em cima, e ficou roçando no meu cacete, enquanto gemia baixinho.
Sem tirar da boca seu mamilo, abaixei um pouco a calça do abrigo, podendo sentir aquele rabo gostoso, que estava com uma calcinha minúscula socada entre as polpas macias.
Abrindo com a mão esquerda aquele rabo gostoso, com os dedos da destra fui bolinar a mocinha, que estava muito afim de sentar na rola do titio aqui!!!
Fiquei dedilhando o volume da bucetinha, caçando as pregas do cuzinho, até sentir o fundo do forrinho da tanga melecadinho.
Passei o dedo por dentro, e fui mexer na fonte daquela baba quentinha.
A loira tinha uma buceta depilada, parecia uma porcelana de tão lisa.
Quando enfiei o dedo grosso, a menina gemeu um aiai tão gostoso, que a rola pulsou dentro da zorba:
-- Ai tio...que dedo grosso...aiiii...põe devagarinho… assim… isso… aaii… Sente como tô ficando molhada tio!!!
E fui fazendo do jeito que a mocinha queria, devagar, enfiava metade do dedo médio e tirava, rodava nas laterais, balançava o grelinho, puxava os lábios e com o indicador, fiquei coçando a porta do cuzinho e as preguinhas.
Estava com meu tesão a milhão, sentindo a xaninha meledinha, passando a baba na porta do cuzinho da moça, mamando aqueles peitos macios…
Sugeri ela virar, vir por cima da minha boca, fazendo um 69 gostoso. Eu precisava sentir o sabor da moça bem de perto.
A loira se levantou, se livrou do resto da roupa, e com um movimento ligeiro, foi sentado na minha boca.
Roçava a bucetinha desde o meu queixo até o nariz, espelhando aquela lubrificação divina no meu rosto.
Abracei a anca da menina e travei ela com a bucetinha na minha boca. Enfiei a língua até onde deu e fui beber aquele melado quente, com um cheiro muito gostoso de bucetinha no cio.
Ela deitou por cima e foi abaixando meu calção, pegando com suas mãos quentes meu cacete, e enquanto ia me punhetando, ouvi a sapeca dizer:
Caralho… que pauzão tio… nossa… que rolona gostosa… então é verdade!!!!
Caiu de boca, mamou a chapeleta com pressão, e com as mãos, dava apertões no meu saco, mostrando que sabia mamar uma vara a potranquinha loira.
Arrumei meu rosto, coloquei a língua no cuzinho da gostosa, e soquei a língua.
Quando sentiu minha língua rompendo a entrada do cú, parou de mamar meu cacete e só gemia, rebolava e punhetava com rapidez, dando apertões mais violentos, conforme minha língua entrava um pouco mais fundo no seu rabinho:
- Safado, gosta de chupar um cú...aiii...filho da puta, titio safado…enfia mais... mais… essa língua quente no meu cú...
Largou minha rola, se ergueu um pouco e foi siriricar a bucetinha, enquanto eu socava a língua no seu cuzinho.
Ela mexia com tanta rapidez os dedinhos, que naquele momento, fazia escorrer o caldo no meu rosto, deixando seu cuzinho com o gosto da xoxotinha quente.
Aquela mocinha ficou tão excitada que na hora de gozar, tapou a boca com uma das mãos, e esfregou com raiva o rabo no meu rosto, tendo tremores e arrepios por todo seu corpo bronzeado.
Se jogou por cima do meu peito e barriga, ficou largada, beijando minha rola, mãos nos meus joelhos, esfregava o rostinho, enquanto mexia devagar, toda manhosa, sua buceta ensopada no meu queixo e boca.
Enquanto a moça loira pegava um ar, a prima morena, que devia estar assistindo à toda cena, se aproxima e me fala:
- Que tio safado, eu bem que estava imaginando que você tinha uma pegada gostosa… que rola…
Soltou a toalha, ficou nua, revelando seu corpo maravilhoso.
Seus seios eram grandes, bicos pontudos bem marrons, a bucetinha também lisinha sem nenhum pêlo, era volumosa, seus grandes lábios eram bem salientes, estavam todos enrolados, parecendo um sanduíche.
Chegou perto do meu rosto, pude sentir sua respiração com cheiro de álcool, os olhos estavam vermelhos, ainda parecia um pouco alta, mas muito linda, beijou minha orelha e sussurrou:
Não vou beijar tua boca, seu safado, chupador de buceta… peão velho tarado… tava aí chupando o cú da minha prima e agora quer beijo… não não…
A loira foi saindo de cima, deixando espaço pra morena, que não perdeu tempo e foi mamar minha rola.
Sua boquinha era pequena, mas tinha uma agilidade na mamada, que me arrancou suspiros profundos.
Chamei ela por cima, mas ela balançou a cabeça negativamente, deu mais umas chupadas e pediu:
- Agora vou me deitar...tô meio zonza ainda cowboy… quero que você me chupe também, mas deitada… Assim óh…
Se esparramou na cama e abriu bem as pernas, me oferecendo a buceta toda arreganhada.
Tirei o resto da roupa, subi em cima da menina e fui lamber e chupar o fundo do seu canal. A morena tinha uma buceta linda, enchi a boca com aqueles lábios carnudos. A cada sugada naquela buceta linda, ela ficava mais ensopada, gemendo baixo, enquanto a loira pediu calma para não gemer alto por conta das pessoas nos outros quartos.
Ergui ela um pouco mais e enfiei a língua no seu cuzinho. A morena gemeu alto, demonstrando um tesão absurdo nas preguinhas:
- Prima… ela ta chupando meu cú...me fudendo com a língua… que safado… Esse tio é um cachorro…
Depois de lamber muito aquela buceta e cuzinho, peguei seu pezinho, fui lamber as solas, morder calcanhar, chupar os dedinhos…
Era mais nova a morena, mas parecia estar mais preparada pro meu trabuco, e agoniado de ralar a vara no lençol, fui comer aquela buceta quente.
Peguei a mocinha pelas canelas, arrumei seu corpo no colchão, deixei na posição de frango assado e fui fuder gostoso.
Peguei o cacete, dei umas batidas com a cabeçona da rola em cima do grelo, fui empurrando no canal ensopado, sentindo a quentura que vinha de dentro.
A moça olhou para a prima meio aflita, ofegante e muito ansiosa:
- Ele vai me regaçar...caralho… tô sentindo abrindo tudo… vai me rasgar… Caraaaalhooo…
Empurrei até a metade do cacete na buceta da morena, fiquei imóvel, até a menina se acostumar à grossura da pica.
Ajudei a relaxar mamando naqueles seios grandes, enquanto a loira fazia carinhos na minha nuca.
Não era sempre, mas naquela época, eu ainda aprontava um bocado.
A morena ficou mais relaxada depois das chupadas nos seus seios, me abraçou e pediu para eu mexer devagar.
Tirava e socava a rola até onde ela aguentava, e se fosse um pouco além, ela dava trancos nas pernas e soltava um ai sofrido… creio que sentindo as paredes da bucetinha se alargando.
A loira pegou meu rosto, segurou meus cabelos e beijou minha boca com carinho.
Estava maravilhoso, beijando aqueles lábios gostosos, enfiando a rola na bucetinha, fui ficando com vontade de gozar.
Sugeri mudar a posição, senão ia gozar!
Pedi para a morena ficar de quatro, me atendeu, arrebitou a bunda pra cima, abaixou a cabeça no travesseiro, me oferecendo a buceta para terminar aquela metida boa.
Segurei ela por trás, encaixei a rola e fui socando com um pouco de força.
Ela gemeu alto, não se conteve, estava muito excitada, e aquela posição a deixou doidinha.
A prima loira também quis rola, se posicionou do nosso lado, empinou o rabo e ficou pedindo um pouco de atenção.
Soquei um pouco mais na morena, enquanto enfiava o dedo na buceta da loira. Essa moça estava toda melada, o cuzinho piscando, em claro sinal de vontade de vara.
Disse para a morena que ia comer a prima, mas a moça protestou, falando que queria gozar também.
Aumentei as bombadas, enfiei o dedão do cuzinho da potranca, que teve que morder o travesseiro.
Socava aos trancos na buceta que se abria aos poucos, com a mão esquerda fui masturbar seu grelo.
Foi o que faltava, pois não demorou muito, e a morena anunciou que estava gozando na minha vara:
- Issooo tiiioooo… põe com força… Assiiiiim… vou gozar na sua rola….
Eu já não era mais um jovem, e custei segurar a gozada, que estava quase pra explodir…
Fui tirar a rola para tentar segurar a vontade de gozar, mas a morena linda pediu toda dengosa para eu não parar de meter… Que queria mais, e mais…
Dei uns tapas fortes naquela bunda gostosa, mais umas socadas firmes e profundas, e para minha grata surpresa e felicidade da menina, veio outro gozo da moça… que se soltou da minha vara, e ficou se contorcendo no colchão, toda suada.
Dei um tempo, peguei um ar, a cabeça da rola soltando faísca, me recuperando, ouço a loira balançando a anca e pedindo:
- Minha vez agora...né tio! Quero na bucetinha também…
Me posicionei atrás da loira, peguei pela cintura, posicionei a rola na entrada da xana e fui empurrando.
A danada era mais apertada que a morena, e a vontade de gozar era grande!
Empurrei até passar a cabeça da rola, fiquei parado, mas a safada ficou choramingando:
- Aiiii… ta doendo Betooo… é muito grossa...vai me rasgar a bucetinha… aaaiii… Devagar tio!
A rola formigou, não seria mais capaz de segurar a porra. Avisei que ia gozar, que não dava mais pra aguentar!!!
A loira se virou rápido, chamou a prima, que só virou o rosto e ganhou a primeira jateada de porra.
Acertei bem no meio do rosto da morena, deixando nariz e boca com um risco de porra. A loira veio rápido e colocou a boca, recebendo um bom tanto da minha gala.
Ainda soltei um pouco nas costas e na bunda da mais nova, que nem se movia.
Quando parei de gozar, desabei por cima das moças.
Estava acabado, suado, rola soltando faísca.
Ficamos um tempo naquele love a três, abraçados, rindo. As duas me chamando de coroa safadão, titio sem vergonha, tarado…
Perguntei qual das duas ia buscar uma coca-cola gelada, e pela morena ser a mais nova, sobrou pra ela a missão.
Demorou, mas se vestiu, limpou o rosto e foi buscar uma coquinha.
Bebemos dois litros, fumamos um pouco, e voltamos para a safadeza.
Eu estava refeito e pronto para uma outra trepada. Só que desta vez iniciei na loira, que não demorou nada para estar gozando na minha rola!
E fomos assim até as 4:00hs da manhã.
Paradas estratégicas pro Véio aqui aguentar o baque, afinal, as moças tinham um fogo na buceta, e eu não tinha mais 20 anos!!!
No outro dia acordei no meio das moças, e já passava das 10:00 hs. Pulei assustado da cama, fui olhar fora do quarto, mas não tinha ninguém circulando ainda.
Peguei minhas coisas e voltei ao meu alojamento. Lá, tomei um banho gostoso, estava me sentindo cansado, mas feliz por ter me deitado com duas mocinhas lindas.
Só que me sentia velho, com dor nas costas, coisa que não me acontecia depois de uma noitada. Em outros tempos eu estaria me lembrando da trepada, e batendo uma punheta.
Eu estava envelhecendo, e a ficha ia caindo a cada dia, a cada viagem, a cada noite mal dormida.
Me vesti, sai do quarto e fui olhar tudo por ali. Ouvi um barulho de balde de alumínio, daqueles de 10 litros, para tirar leite.
Era o caseiro terminando de ordenhar três vacas.
Fui lá ver o homem trabalhar e trocar um dedo de prosa mais ele.
Proseamos, e depois de guardar o leite em um tambor, ajudei ele a levar para casa, sua esposa fazia queijo. Minha amiga Re levava um pouco pra casa, e o que sobrava deixava ele vender.
Bebi um café na casa deles, depois fui com o homem tratar dos cavalos.
A Rê possuía uma tropa bonita no sítio. Eram dois quartos de milha e quatro mangalargas paulista.
Sei que esse povo acordou depois do meio dia.
Passei um final de semana bom demais, troquei número de telefone com as moças e a minha amiga.
E rendeu até o domingo à tarde aquela brincadeira gostosa!!!
Uma outra hora eu conto como fizemos um esquema na cidade, e fomos dar uma brincadinha em um motel!!
Minha amiga desconfiou, mas não disse nada, eu também não toquei no assunto...
E vida que seguiu!
Foi bom reencontrar aquele povo, e me fazer pensar em duas coisa.
Que eu tinha muita saudade da minha vida do passado, e que estava ficando velho!!!