Capítulo 26
Ouvir o sobrenome Matarazzo dos belos lábios que desejava não foi nada agradável para Felipe. Lembrar de Ivan foi inevitável e isso foi transparecido no seu rosto.
Sônia estranhou a seriedade instantânea do rapaz e o olhou interrogativa.
_ Matarazzo é a empresa onde o meu pai trabalhou por anos como engenheiro e foi demitido sem mais nem menos e não recebeu pelos serviços prestados, porque o chefão é um filho da puta.
Sônia sorriu maliciosamente.
_ Eu esperava ser chamada de puta durante o sexo e não agora de imediato.
Felipe a olhou espantado. Duvidou se ouviu corretamente.
_ Eu sou a viúva do Raúl Matarazzo, mãe do filho da puta.
_ Não é possível!
_ Por que não?
_ Você é muito...muito gostosa para ter um filho daquela idade.
_ Vou logo avisando que não posso fazer nada pelo seu papai. Não tenho nenhum poder sobre a empresa. Mas, se você estiver tristinho pelo que aconteceu com o seu papai, eu posso ser uma ótima consoladora.
_ Realmente, eu estou muito tristinho. Vou precisar muito do seu consolo.
Depois de uma curta conversa, com trocas de palavras picantes, Felipe a levou a um motel.
_ É neste motel rampeiro que você traz uma senhora decente?_ Sônia disse retirando os saltos altos.
_ Senhora você pode até ser por causa da idade, mas decente já é forçar a barra.
_ Que indelicado!
_ Delicadeza é para os fracos._ Felipe a joga na cama._ O meu negócio é te destruir.
Sônia sorri, deslizando a ponta da língua pelos lábios, vendo o rapaz se despir.
Nu, ele deita na cama, passando as mãos pelas pernas dela, levantado o seu vestido até depois dos seios. Desliza a língua entre os seios da mulher, enquanto ela alisa o seu membro.
Para facilitar, Sônia retira o próprio vestido o jogando no chão.
A mulher vai a loucura sentindo aquelas mãos masculas tocando os seios por cima do sutiã de renda preta. Ela o abraçou e o beijou, sentindo a sua língua úmida e quente, fazendo a sua calcinha umidecer.
O sutiã é tirado com brutalidade. Os bicos rosados dos seus seios são tocados pela língua do jovem, e os gemidos são inevitáveis.
A língua percorre a barriga até chegar na vagina. A calcinha é tirada com os dentes.
Sônia se contorce de prazer, penetrando os dedos entre os cachos de Felipe, enquanto sente a língua do rapaz satisfazer o seu clitóris.
A mulher o puxou em direção à sua boca e o beijou novamente. Jogando Felipe na cama, Sônia assume a condução da situação.
Beija a virilha do rapaz, com a boca procura o seu membro latejando de desejo.
Felipe vai ao paraíso com o melhor sexo oral que teve na vida. Apesar de ter apenas vinte sete anos, Felipe já teve vários parceiros sexuais homens e mulheres, mas nenhum deles como ela, com sua audácia, competência para levá-lo à loucura.
A cavalgada é iniciada com Sônia sentada sobre o pau de Felipe. O rapaz estava dominado pelo tesão sentido aquela vagina quente e a visão daqueles seios rígidos pulando com o movimento.
Os gemidos eram tão altos, que poderiam ser ouvidos pelos corredores do motel.
As posições foram mudadas. Desta vez, Sônia era comida de quatro, rebolando como uma profissional do sexo. O vigor e a juventudo de Felipe a satisfazia de um jeito que a deixava louca de prazer, indo e levando o rapaz ao orgasmo.
Jogados sobre a cama, os dois tentavam recuperar o fôlego.
_ Caralho! Eu já peguei muita mulher na vida, mas como você nunca! Que boceta é essa?
_ Você ainda não viu nada.
_ Eu adoraria ver.
_ Pronto para o segundo round?
Felipe sorriu maliciosamente e a puxou para si, a beijando.
Depois de várias tentativas, Sônia finalmente conseguiu encaixar a chave na porta. A embriaguez não a permitia se equilibrar em cima dos saltos.
Para a sua surpresa, Renato a aguardava sentado na poltrona. Somente a luz fraca de um abajur e da lua invadindo a sala pela janela iluminavam o ambiente.
O executivo saboreava um copo de Uísque, enquanto aguardava a chegada da mulher. A sua expressão era séria e misteriosa.
_ Você tá aí? Pensei que tinha ido embora.
Renato sentiu a distância o hálito de bebida barata vindo da mulher. As palavras enroladas saiam da sua boca.
_ Eu fui ao seu encontro no bar, mas o barman me disse que você havia saído com um cara.
Sônia se jogou no sofá e suspirou satisfeita, quebrando as expectativas de Renato, que esperava que ela inventasse alguma desculpa por medo de perdê-lo.
_ E não adianta negar. Olhe o estado que você chegou.
_ Negar? Eu? Por que eu negaria? Sair sim com um homem. E que homem! Fui ao céu, gozei várias vezes.
_ Me poupe dos detalhes sórdidos! Você não tem vergonha de marcar comigo e sair com outro, me deixando plantado? Eu sou um palhaço pra você?
_ Se você o visse me entenderia. Ele é lindo, jovem, tem vigor, pegada. A pele é firme e não meio flácida como a sua. E o pau? Muito bem dotado e com uma potência que você não tem há anos.
Renato conteve a vontade de dar uma bofetada no rosto da amante.
_ Piranha!
Sônia fez sinal negativo com o dedo.
_ Não, não e não! Piranha não. Eu prefiro puta... Ou melhor, pu-ti-nha.
A mulher gargalhava deixando-o ainda mais humilhado.
_ Pra mim já deu, Sônia. Cansei de você e das suas putarias. Esse palhaço aqui você não tem mais.
_ Tenho sim. Você morre de tesão por mim. É viciado no meu corpo. E está fazendo tempestade num copo d'água. O que tem demais dividir um pouquinho com o pobre rapaz? Deixe de ser egoísta, Renato!
Renato saiu do apartamento prometendo a si mesmo que nunca se submiteria as humilhações de Sônia.
Victor cavalgava em cima do membro de Ivan, enquanto esse o masturbava. Ambos gemiam inebriados de prazer. Os corpos nus e suados se deliciavam um com outro.
Ivan apreciava o belo rostinho do namorado mordendo os lábios e revirando os olhos de prazer. Quando Victor abriu a boca, Ivan penetrou o seu dedo e o loiro o chupou como se fosse um pau, deixando Ivan ainda mais louco. Não resistiu e gozou dentro do menino, gemendo alto.
Como o loiro ainda não havia gozado, Ivan girou, mudando de posição: ficando por cima e Victor deitado. Continuou a masturbação, enquanto beijava o namorado. Terminando numa mordidinha no lábio inferior e em seguida deslizando a língua até os mamilos.
A língua foi descendo pela barriga, até chegar no pênis do menino. O empresário trocou a mão pela boca, se deliciando com o gosto do menino, que gozou em seguida. Cuspiu para o lado e beijou o namorado.
Ambos sorriam ofegantes. Victor virou para o lado, deixando a cabeça no peito de Ivan.
_ Caralho, moleque! Você amarrou a minha piroca mesmo. Eu sou louco por ti.
Victor gargalhou envaidecido. _E olha que eu pensava que com essa carinha de inocente, tu fosse todo travadinho.
_ Quem vê cara não vê performance.
Victor o beijou novamente.
_ Eu te amo demais, homem! Como foi lá na casa da Luíza?
_ O de sempre. Na próxima semana o apartamento vai está no nome dela e a minha priminha barra irmã vai está com a chave nas mãos.
_ O Gael estava lá?_ Victor perguntou sério.
_ Sim. Por quê?
_ Vocês conversaram?
_ Não. _ Ivan acendeu um cigarro e deu uma tragada.
_ Não mesmo?
_ Eu já disse que não. Por que a pergunta?
_ Ah, eu fiquei preocupado. Sabe, vocês dois juntos no mesmo lugar. Bobagem minha.
_ Foi você quem me pediu para ir lá falar com a Luíza.
_ Eu sei. Mas, eu fico com um pouco de ciúmes.
Ivan acariciou os cabelos de Victor. Olhava-o com tanta ternura e carinho que desejou parar o tempo para poder contemplá-lo para sempre.
_ Você não precisa ter ciúmes de ninguém. O meu coração é seu.
_ Eu sei. O meu coração também é seu.
_ E quem deveria ter ciúmes aqui sou eu. Afinal, o Gael é o seu ex.
_ Mas você gostava dele.
_ E você não?
_ Era gotinha em vista do quanto gosto de você.
_ Oh, meu solzinho.
As bocas se encontraram num beijo demorado e molhado. Victor segurou a mão de Ivan e percorreu o dedo, delicadamente, sobre a cicatriz.
_ O que é isso? Eu lembro que o Gael tinha uma cicatriz igual.
_ Isso foi besteira. Foi um pacto de sangue que fizemos quando crianças. Na verdade, a ideia foi minha, mas eu me arrependo tanto por causa dessa cicatriz horrorosa.
Victor quis perguntar qual foi o pacto que eles fizeram, mas temeu se machucar com a resposta. Com ciúmes, propôs:
_ Eu quero fazer um pacto de sangue contigo.
A gargalhada de Ivan o irritou. Victor se sentiu ridicularizado.
_ Qual é a graça?
_ Oh, solzinho eu não fazer pacto nenhum contigo.
_ Por que não?
_ Porque eu não quero ferir estas lindas mãozinhas.
_ Mas eu quero está ligado a você para sempre. Com o Gael você fez.
Ivan segurou na mão de Victor e a beijou.
_ Olha como ela é ciumenta! Pra essa mãozinha aqui eu tenho outros planos. Ivan sentou na cama. Retirou da gaveta da escrivaninha uma caixinha de veludo preta.
Victor arregalou os olhos umedecidos e pôs as mãos sobre a boca.
_ Ah, eu não acredito, amor!_ Victor disse com a voz chorosa.
O empresário pôs a aliança no dedo do amado.
_ Você deixa a vida mais leve. Me encanta com esse jeitinho de menino doce, e olha que consegue ser fofo mesmo estando bravo. Você me enfeitiça com a sua meiga e deliciosa sedução. Quer ser meu marido?
_ É lógico, caralho! Ah, não acredito! Vou morrer de emoção!
_ Morre não. Eu amo tu.
Victor se atirou nos braços de Ivan e o beijou num celinho demorado. Em seguida, encheu o rosto do amado de beijo.
_ Eu te amo! Eu te amo! Eu te amo muito, meu príncipe.
_ Agora é a sua vez de pôr a aliança em mim.
Victor estava tão emocionado que havia esquecido. Trêmulo, colocou a aliança em Ivan.
_ Meu noivo. Ai eu não acredito. A Virgínia vai ficar louca quando souber. Ela pode ser a nossa madrinha? Aliás, casamento entre dois homens tem madrinha?
"A minha mãe vai ficar louca. Ela vai ficar com ciúmes. "
_ Oh, se vai. Do jeito que ela pega no seu pé. Vamos comer? Tô morrendo de fome.
O jantar foi servido no quarto. Victor estava tão feliz que não tirou a aliança nem para tomar banho. O casal decidiu não descer para a sala de cinema para ficar deitados na cama assistindo filme na TV de 100 polegadas do quarto.
A paz reinava no local. Os dois abraçados, com os corpos aconchegados um no outro, debaixo do edredom. A iluminação era somente a da TV. Victor deitava entre as pernas de Ivan, com as costas apoiadas no peito do moreno, que o abraçava.
_ Eu amo ficar assim juntinho de ti. É tão gostosinh esses nossos momentos, Ivan. O meu coração fica apertado quando tenho que ir embora.
_ Você não precisa ir embora. Pode...aliás, deve trazer as suas coisas pra cá para viver comigo.
_ Mas, a gente nem casou, amor!
_ Não precisamos esperar até o casamento para vivermos juntos. Somos dois adultos apaixonados e livres.
_ Eu adoraria, mas tenho que conversar com a minha mãe antes. Eu não quero fazer as coisas assim e deixar a minha família chateada. Eles são muito especiais pra mim. E ainda tem o colégio. Ele fica longe daqui e estamos em reta final.
_ Amor, eu contrato o motorista para ficar fixo. Assim você pode ir a qualquer lugar. E sobre a sua mãe, eu posso te ajudar a conversar com ela.
_ Ah, seria ótimo. Obrigado, benzinho. Amor, vamos tomar um banho de espumas? Aí você me come gostoso na banheira.
_ Hum! Eu é que não sou louco de recusar uma proposta dessas. Vai lá preparando a jacuzzi que eu já vou.
Victor foi ao banheiro empolgado e saltitante. O empresário aproveitou para olhar o celular e estranhou vê uma mensagem de Felipe no direct do seu Instagram.
Vê a foto de Victor sendo beijado por Gael provocou-o uma raiva intensa. Sentia o coração sendo triturado pelo ciúme. Como Gael ousava a tocar no homem que o pertence?
Demorou alguns segundos para Ivan perceber que a foto era antiga, já que na época, Victor tinha um corte de cabelo diferente do atual. Contudo, isso não foi o suficiente para dissipar a sua raiva. Com toda a sua força, atirou o celular na parede, que caiu quebrado no chão.
"Você não vem, amor? Tô te esperando. "
A voz de Victor o trouxe de volta à realidade. Ele caminhou até o banheiro. Da soleira da porta ficou observando Victor brincar com as espumas de sabão, levantado a perna para observar as espumas nos seus dedos.
Ao vê Ivan, o loiro sorriu de um jeito doce.
_ Vem, meu nenem.
Ivan entrou na banheira e beijou o seu amado, acariciando a sua face. Olhando no fundo dos seus olhos azuis disse:
_ Você me pertence. Só eu posso te tocar. Eu quero que isso fique bem claro.
Victor sentou no colo do empresário, envolveu os braços pelo seu pescoço e o olhou com a sua meiguice encantadora e o beijou.