Capítulo 27
Com dedo esticado, Victor mostrava a aliança de noivado para a família e Virgínia.
Roseli disse que aprovava a relação do neto com Ivan, mas o achava muito jovem para dar um passo tão sério na relação, posicionamento que Andréia concordou em silêncio.
Contudo, Virgínia e Adrian vibravam de alegria. A adolescente abraçava o amigo.
_ Ah, que foda! Amigo, você merece tanto ser feliz. Mas, já vou logo dizendo que sou a madrinha.
_ Com certeza.
_ Eu estou trabalhando numa agência de casamentos dessa babadeira. Tipo chiquérrima. Pode contar comigo para te ajudar na organização da cerimônia e festa. _ disse Adrian beijando o rosto do sobrinho.
Andréia levantou do sofá.
_ Eu não aprovo.
Todos a olharam espantados. Victor sentiu o coração bater apertado.
_ Por que, mãe?_O adolescente perguntou tristonho.
_ Pelo mesmo motivo da Roseli. Você é muito jovem. Meu, filho você está indo muito afundo nessa relação. Primeiro foram as roupas de grife. Agora essa história de casamento!
Você precisa ir com calma. Você não pode se ludibriar por coisas que pertencem ao mundo dele e não o seu. E se ele te abandonar? Como você fica?
_ Credo, mãe! Está agourando o meu noivado? É assim que você quer me vê feliz?
_ A sua felicidade é o que eu mais quero no mundo. Só acho que você precisa ir com calma. O Ivan nos ajudou muito quando você esteve internado, mas eu sinto algo estranho nele. Não tão explícito como era com o outro. É algo sombrio. Como se tivesse alguma coisa que nós não sabemos.
_ Isso é exagero da sua parte! Você quer me prender a você pro resto da vida e quer me impedir de crescer.
_ Não é isso...
_ É sim. Por que você tá fazendo isso comigo? Eu sou tão feliz com ele. O Ivan é uma pessoa incrível. Ele tem bom coração. É incapaz de me fazer mal. Ele me ama e eu o amo. Não há nada de errado num casal que se ama querer viver juntos.
Apesar da sua intuição materna, Andréia duvidou se estivesse exagerando. Comoveu-se com a expressão tristonha do filho e o abraçou.
_ Eu te amo muito. Eu só não tô me sentindo segura com essa relação. Mas, não posso fazer nada. Você já é maior de idade. Se quiser se casar, eu não posso impedir.
_ Não é assim. Eu quero a sua bênção. Você é muito importante pra mim.
_ Você terá. Mas, eu preciso conversar com o seu noivo primeiro.
_Pra que, mãe?
_ Ora, porque eu preciso. Tenho que averiguar direitinho quais são as intenções dele.
_ Mãe!
Victor olhou para o tio como sempre faz quando quer pedir ajuda. Adrian levantou da sofá e segurou nas costas de Andréia.
_ Vamos conversar, irmãzinha.
Eles foram até o quarto dela. E Adrian trancou a porta.
_ O que está pegando, Andréia? Agora deu para implicar com o Ivan e voltou a pegar no pé do Vitinho? Puxa, o menino passou por tantas coisas ruins. Ele está feliz! Está apaixonado!
_ Esse é o meu medo. Vitinho está muito apaixonado por esse homem. Bem diferente do que era com outro, que era paixonite de adolescente. Desta vez, eu sei que o meu filho está se entregando por completo.
_ E qual é o problema disso?
Andréia girou, pondo as mãos nos quadris. Ela respirou fundo antes de dizer:
_ Ivan é um homem sedutor. É bonito, é educado, é romântico e rico. Mas é um milionário e muito mais velho que o meu filho. Eu sei que há amor por parte do Vitinho, mas se o Ivan só o vê como mais um garotinho bonito que ele pode comprar com presentes caros e depois descartá-lo? O Victor vai sofrer tanto.
_ Pense comigo: um homem rico, bonito, sedutor, educado e romântico pede em casamento um menino de uma classe social diferente da dele, mas que é lindo, encantador, tem um coração de ouro. O que há no meio disso? A resposta é amor, mulher! Amor.
"Dá pra vê nos olhos do Ivan quando olham para o Vitinho o brilho do amor!"
_ Eu quero muito que você esteja certo.
_ Sabe do que você precisa? De um macho! você viveu para o Vitinho a sua vida inteira. Tá na hora de deixar o passarinho voar e você viver a própria vida.
_ Eu vou conversar com o Ivan. Vou ser bem direta com ele.
Adrian revirou os olhos para cima.
_ Pelo visto você nem me ouviu.
Naquela noite, além da notícia do noivado, Victor pretendia anunciar que recebeu o convite de Ivan para ir morar na sua casa. Com medo de decepicionar a mãe, o menino prefiriu se manter calado e adiar esse desejo desagradando a Ivan.
O empresário foi convidado por Andréia para ir à sua casa no fim da tarde. Ele tinha a intenção de levar Victor com ele naquele dia. Passou o dia inteiro feliz com a possibilidade de ter o seu menino ao seu lado. Imaginou o quão bom seria chegar em casa todos os dias e ser agraciado com a presença do homem que ama.
No portão da casa de Victor, o casal se beijava abraçados.
_ Vim te buscar hoje. Eu não vejo agora de dormir agarradinho com o meu solzinho todos os dias.
_ Amor, eu preciso te falar uma coisinha.
Ivan ficou sério já presumindo que viria alguma problematização.
_ Eu acho melhor a gente esperar um pouco mais para vivermos juntos.
_ Você tá de sacanagem, né? Que porra é essa?
O loiro se assustou com a expressão brava do namorado. Argumentou que Andréia não aceitava a situação e que queria dar um tempo para que a mãe se acostumasse com a ideia.
_ Quando você vai deixar de ser um menino para se tornar um homem? Eu pedi a você em casamento e que viesse viver comigo não a ela. A sua mãe não deve aprovar ou desaprovar nada.
_ Eu sei. Mas, eu não posso decepicionar a minha família. Eu quero ficar contigo de boa e que todos ficam felizes assim como eu estou.
_ Você não está pensando em todos porque está me excluindo. E a mim, hein? Não conta pra você?
_ Claro que conta, meu amor! Eu não estou negando o seu pedido. Nós vamos nos casarmos e eu vou morar contigo, mas só tô te pedindo um tempo.
_ A minha resposta é não, caralho! Você quer viver comigo como eu quero viver contigo, mas está sendo um covarde para não desagradar a mamãe. Francamente, Victor!
_ Você está agindo como um menino mimado.
_ Eu sou mimado? Você está fazendo as vontades da sua mãe mesmo sendo um adulto e eu sou o mimado? Não tem papo, Victor. Eu te quero pra mim. Ou você se comporta como um adulto ou...
_ Ou o quê?
Victor temia que Ivan desistisse da relação. Para a seu alívio, Andréia chegou no portão no mesmo instante, interrompendo a conversa.
O empresário não conseguiu disfarçar a cara insatisfeita. Estava louco de ódio, desejando gritar a sua insatisfação na cara da sogra.
Contudo, prefiriu se conter para não gerar grandes conflitos.
Andréia percebeu a expressão triste do filho e ficou preocupada. Deu um beijo no rosto do louro e cumprimentou o genro com um "boa tarde" e um abraço e foi retribuida.
A mulher o convidou para entrar. Paulo ofereceu um pedaço de bolo ao namorado do neto e uma xícara de café, que Ivan teve vontade de recusar, mas acabou aceitando por cortesia.
Ivan era bem tratado pela família de Victor. Todos tinham por ele um carinho e gratidão pelo o que fez por Victor. Mas, Andréia sentia que havia algo estranho em Ivan e ele percebia essa desconfiança.
Por ter a consciência pesada, Ivan temia a sogra. Tinha medo de que ela descobrisse a verdade.
Com o seu talento nato para atuação, Ivan escondeu a raiva atrás de um sorriso simpático. Andréia pediu para que todos a deixasse a sós com o genro, deixando Victor ainda mais tenso. O empresário não estava nem um pouco a fim de ter aquela conversa, mas permaneceu sentado arquitetando quais palavras usaria, enquanto a ouvia.
_ Ivan, eu quero deixar bem claro que eu não tenho nada contra você. Muito pelo contrário, eu sou muito grata por tudo que fez e pelo que faz ao meu filho.
"Mas, não podemos esquecer que nós dois temos quase a mesma idade e o Victor é praticamente uma criança. Eu acho que vocês dois estão imdo rápido demais. Casamento é algo muito sério. Vocês precisam ter certeza se é isso mesmo que vocês querem.
"O Victor é um menino doce e sensível. Ele está muito apaixonado por você. Caso você venha mudar de ideia e o abandonar isso o fará sofrer muito. Pense bem para não magoar o meu filho."
A irritação de Ivan estava alta. Ele queria dizer para ela tomar conta da própria vida e deixar o filho em paz. Para não se intrometer na relação deles. Contudo, pensou em usar um falso sentimentalismo para persuadir a sogra.
Ele sabia que Victor era muito ligado à mãe e temia que ela o influenciasse contra ele.
_ Andréia, eu admiro muito essa sua preocupação com o nosso menino. Eu fico até emocionado de saber que o Victor tem uma família tão maravilhosa, que cuida dele e o protege. Eu entendo muito a sua preocupação, afinal o Victor é muito especial e não merece ter o coração quebrado.
"Sabe, eu sou muito sortudo mesmo...aliás, nós somos, porque ter o Victor em nossas vidas é mais que privilégio. Você acredita que eu nunca conheci o amor? A minha família nunca foi carinhosa e afetuosa. A minha mãe é fria comigo e isso me dói muito. Ela até prefiriu se afastar de mim para viver com o amante mesmo eu implorando para que vivesse comigo.
"A saudade do meu pai me destrói. Eu sou uma pessoa muito solitária. Aí o Victor chegou na minha vida e trouxe a alegria. Ele me faz sentir fome de vida. Ele me faz feliz, me completa. E eu te garanto que farei de tudo para fazê-lo feliz para retribuir tudo de bom que ele me faz. Você pede ficar tranquila que comigo o nosso menino está seguro."
Andréia ficou comovida com as palavras de Ivan. Sentiu dó dele acreditando nas suas mentiras sobre a família, mas a sua intuição gritava, a deixando confusa.
_ Eu sinto muito pela sua família. E fico muito feliz das suas boas intenções com o meu filho. Mas, eu ainda acho que vocês estão sendo precipitados. De jeito nenhum, eu quero atrapalhar a relação de vocês, mas acho que vocês precisam ir com calma.
A conversa foi longa. Apesar, de todos argumentos do empresário, ela se manteve firme no seu posicionamento.
Ivan foi embora bravo. E Victor ficou triste por Ivan.
No dia seguinte, no escritório, mandou chamar Renato na sua sala. Ele estava de mau humor e isso foi percebido pelos funcionários da empresa.
Renato entrou na sala temeroso. Ouviu o desabafo do patrão, que andava de um lado para o outro fumando três cigarros em seguida.
_ A minha vontade era pular no pescoço daquela desgraçada! A culpa disso é do idiota do Victor que fica obedecendo a mamãezinha como se fosse uma cadelinha adestrada.
Você acredita que ela disse que estamos indo rápido demais para esperar um pouco mais? Esperar o que, porra? E o pior é que mesmo eu fazendo o mocinho carente, coisa que eu odeio fazer, a infeliz se manteve firme e irredutível.
Renato estava sério. As palavras de Sônia ainda martelavam na sua cabeça.
_ Eu vou ter o Victor pra mim. E não vai ser uma suburbanazinha de quinta que vai me impedir.
_ O que você pretende fazer?
_ Eu ainda não sei. Eu queria muito que ela fosse uma daquelas pobretonas que quando você balança qualquer nota de cem reais ela caem desesperadas fazendo tudo que você quer. Mas, não! A mulher quer ter princípios! Pobre orgulhoso é o auge do ridículo. Essa mulher precisa de um homem. Quem sabe transando deixa o meu relacionamento em paz?
_ Você compraria o seu noivo?
_ Se fosse necessário sim. E você? Por que está com essa cara de cu?
Renato tentou negar, mas Ivan o coagiu e ele acabou contando o que havia acontecido entre ele e Sônia.
_ Eu te falei que ela é uma vadia sádica. Essa mulher não vale nada. Você merece coisa melhor.
Como uma luz que acende expulsando as trevas do ambiente, Ivan teve uma ideia, que o fez sorrir. Renato permanecia sério e se queixou de dor de cabeça pedindo para se retirar para tomar um remédio e retornar ao trabalho.
_ Faz o seguinte, vá pra casa e descanse. Mas, eu não quero que você volte a dar para moral para a Sônia. Eu sou o seu amigo e quero o seu bem. Eu vou resolver a sua vida.
Renato sorriu com a audácia do patrão e saiu da sala, deixando Ivan segurando o queixo pensativo, enquanto mirava a cidade pela parede de vidro.
Está no Teatro Municipal de Niterói aguardando uma apresentação do filho violinista da diretora não era o programa que Virgínia queria fazer naquela manhã. Ela prefiria bater pernas com os amigos no Plazza Shopping, que ficavam enfrente.
No entanto, assistir a apresentação contaria alguns pontos nas disciplinas escolares. Esse foi o artifício que a diretora usou para convencer os alunos a ir ao teatro naquela tarde.
_ Não sei qual é a graça ficar aqui ouvindo violino.
_ Virgínia, se você ficar reclamando a situação vai ficar mais chata.
Victor olhava para a aliança no seu dedo.
_ Ele ficou muito chateado comigo.
_ O que você queria? Dezoito anos já é idade o suficiente para contrariar a mãe.
_ Obrigado por me fazer me sentir um idiota.
_ De nada. Você precisa de um toque de realidade. Duvido que eu no seu lugar deixaria de morar numa mansão, com o homem rico pra caralho por causa da mamãezinha.
_ Credo! Você fala como se o Ivan fosse um bilhete premiado. Ele é muito mais do que isso. É uma pessoa maravilhosa.
_ E tem uma paciência de Jó contigo. Quero vê até quando vai essa paciência.
As palavras da menina o deixou preocupado. A diretora fez sinal para que eles se calassem. As luzes se apagaram e as cortinas vermelhas foram abertas. Somente uma luz azul iluminava o violinista. A melodia ecoava pelo ar do teatro.
Victor o observava atentamente. Tinha a impressão que o conhecia de algum lugar. E depois de muito esforço, recordou se tratar do caixa da cafeteria onde Luíza trabalha.
Ítalo também olhava para Victor, deixando o menino desconcertado.
No final da apresentação, do lado externo do teatro, Virgínia estava empolgada para ir ao Shopping com os outros alunos e não percebeu a troca de olhares entre Victor e Ítalo.
Depois de conversar com a mãe e outras pessoas, o violinista se aproximou de Victor, o puxando delicadamente pelo braço.
_ É uma maravilhosa coincidência te ver por aqui. Espero que se recorde de mim. Sou Ítalo, amigo da Luiza. Trabalhamos juntos no Café._ Ítalo sorria de um jeito que deixou Victor encantado.
Tímido, o garoto abaixou o olhar em direção ao chão.
_ Você fez uma excelente apresentação. É, realmente, muito talentoso.
_ Que nada! A apresentação foi uma merda! E tudo por culpa sua.
Victor o olhou espantado.
_ Desde que te vi na plateia perdi toda a minha concentração. Você é lindo demais e isso tirou o meu foco.
O loiro sorriu tímido.
_ Quer tomar um sorvete comigo?
_ Não vai rolar.
_ Por que não?
_ Porque o meu noivo está vindo me buscar. Nós vamos almoçarmos juntos.
_ Sei. Já é noivo? Pensei que fossem apenas namorados... pelo menos foi o que a Lu me disse.
_ Ficamos noivos há poucos dias.
_ Podemos marcar para sair amanhã à noite? Eu conheço uma boate ótima.
_ Eu tenho noivo.
_ Isso você já me disse. Não custa nada dar uma escapadinha de vez em quando. Ou vai me dizer que o relacionamento de vocês não é aberto?
_ Não! É trancado mesmo. Ele é muito ciumento.
_ Sei. O tipo possessivo.
_ Não. O ciúme do Ivan é saudável.
_ Eu admiro a sua lealdade. Realmente, esse Ivan tem muita sorte de ter um namorado...digo noivo como você. Mas, me responde uma coisa o que te garante que ele corresponde a sua fidelidade?
Victor ficou desconcertado com a pergunta.
_ Eu confio nele.
_ Você sabe o que ele faz depois que cada um vai para as suas casas? Qual é? Nós somos homens, essa coisa de monogamia não é a nossa praia. Há alguns caras que aceitam isso de boa e abrem o relacionamento. Há outros que preferem a hipocrisia de fingir que são fiéis só para tomarem posse do parceiro, propondo uma relação heteronormativa com casamentos e monogamia, mas no fundo aprontam.
_ O Ivan não é assim.
Ítalo sorriu e o olhava fazendo Victor se sentir um idiota enganado. O rapaz o entregou o seu cartão de visita.
_ Você ainda é muito moleque para entender as coisas. Eu gostei de você desde o dia que te vi lá na cafeteria. Se precisar trocar uma ideia é só me ligar, Victor.
_ Como sabe o meu nome?
_ Eu me encantei por você. E consegui algumas informações com a Lu e para a minha alegria você é aluno da escola onde a minha trabalha. Ela fala muito bem de ti. Se um dia ela for a sua sogra, vocês terão uma ótima relação.
"Foi um prazer, Victor. Precisando é só chamar."
Ítalo se despediu dando um beijo no rosto do menino.
Victor passou dias pensando sobre o que Ítalo havia lhe dito. Duvidou se a distância poderia facilitar a infidelidade do namorado e isso o angustiava. O veneno havia tido efeito.
Ele foi até o quarto da mãe.
_ Posso entrar?
_ Claro, meu amor. Que carinha tristinha é essa?
Ele caminhou até a cama e deitou a cabeça no colo da mãe.
_ Precisamos conversar.
A porta foi aberta lentamente para não despertar Ivan do sono. Victor presumiu que o amado estivesse cansado do dia de trabalho e não quis incomodá-lo.
Retirou as vestes, ficando apenas de cueca e deitou devagar ao lado do noivo. E o abraçou, apoiando a cabeça no ombro.
Ivan acordou sentindo o corpo do amado. E olhou espantado. Virou para o lado em que Victor estava.
_ Eu não queria te acordar. Você tava lindo dormindo.
_ Que horas são?
_ Acho meia noite e meia.
_ A sua mãe não te deixa sair de casa este horário. Aconteceu alguma coisa?
_ Sim. Eu fiquei na dúvida se colocava as minhas coisas no seu closet agora ou se vou ter um só pra mim.
Um sorriso de felicidade surgiu no rosto de Ivan. Ele acariciou os cabelos loiros do amado.
_ Você veio de vez?
Victor confirmou com a cabeça. Para expressar a sua alegria, Ivan o beijou.
_ E a sua mãe?
_ Eu conversei com ela. Acho que vai ficar tudo bem. Ela só me fez prometer que vou visitá-la toda semana e que vou ligar todos os dias.
"Amor, mesmo vivendo juntos nós vamos nos casarmos. "
_ Lógico. Eu te pedi em casamento pra isso.
_ Eu não quero algo muito formal. Estava pensando em um lual ou algo ao ar livre.
_ Será tudo do jeito que você quiser.
As mãos se tocaram. Ivan levou a de Victor a boca e a beijou. Aconchegou Victor em seus braços. Abraçando-o por trás.
E assim adormeceram felizes por iniciarem uma nova etapa em suas vidas.