Verdades secretas 35

Um conto erótico de Mistério
Categoria: Gay
Contém 4191 palavras
Data: 26/03/2021 22:58:37
Assuntos: Amor, Gay, Mistério, Sexo, Tesão

Ivan diz que vai ajudar Gael.

O casal manteve o silêncio durante toda manhã. Não houve o tradicional beijo de bom dia. Ivan desceu antes para tomar café da manhã sozinho e logo em seguida foi malhar na academia da sua casa.

Victor tomou banho e permaneceu na cama vendo TV. Se isolar quando esteva chateado era algo que ele sempre fazia.

Maria levou o café da manhã na cama para o seu queridinho, mesmo não sendo solicitada.

_ Eu trouxe esse café da manhã na cama. Ontem você chegou tão tristinho, que não comeu nada. E como comer é algo que você adora, eu fiquei preocupada.

_ Obrigado, Maria.

Ela ajustou a bandeja na cama. Victor sentou e começou a comer, quando Ivan entrou no quarto.

_ Maria, você pode nos dá licença que eu preciso falar com o Victor?

_ Sim, seu Ivan. Com licença.

Victor ficou sério para mostrar a Ivan a sua insatisfação. O moreno se aproximou com o seu sorriso safado, que deixava o companheiro louco de tesão. Ele vestia roupas de exercícios físicos . Retirou a camisa mostrando o peito, onde as gotas de suor escorriam pela sua pele.

_ Vem tomar banho comigo?

Victor o ignorou, olhando para a TV. Ivan jogou a toalha em cima dele, o irritando e foi ao banheiro tomar banho.

O loiro jogou a toalha no chão e continuou comendo.

Ivan retornou ao quarto nu, secando o cabelo com uma outra toalha. Sentou na cama e beijou o rosto de Victor, que tentava afastar a cabeça, mas foi segurado e beijado a força.

Ivan beijava o seu pescoço. Victor tentava resistir não demonstrando tesão, mas foi traído pelo próprio corpo, demonstrando arrepios e uma ereção.

_ Alguém aqui tá ficando animado.

A mão de Ivan desceu até o pênis de Victor e o acariciou.

O loiro se retorcia, abafando o gemido. O empresário foi deitando Victor, enquanto o beijava sem deixar de massagear o seu membro. A perna de Victor bateu na bandeja, a derrubando no chão.

_ Olha o que você fez?! Tadinha da Maria. Ele fez tudo com tanto carinho.

Ivan teve a mão retirada do pênis do noivo.

Contudo, não se deu por vencido, puxou Victor para si e acariciou o seu rosto.

_ Vamos passar o dia juntinhos? Hoje eu não vou à empresa. Serei todo seu._ disse dando um beijo na boca de Victor. _ Se você quiser, podemos ir para a nossa casa de Angra. Vamos no Iate ou de helicóptero. Você escolhe. O dia está lindo lá fora. Eu tava pensando em fazer um churrasco amanhã e convidar alguns amigos.

Victor permanecia em silêncio.

_ Eu odeio brigar contigo, Solzinho. Ainda mais por causa de gente que não vale nada.

_ Eu também não gosto. Mas, não é justo que você faça merda e não a conserte. Você não faz ideia o que é ser pobre e ficar sem emprego. Porra, não há motivo nenhum para você prejudicar o Gael. Você não gosta mais dele. Então, por que ter raiva da rejeição dele? Nada mais justo que você o devolva o emprego.

Ivan rir alto.

_ Meu amor, não fui quem demitiu o Gael, foi o chefe dele.

_ Por sua culpa. Você conhece muitas pessoas, não seria difícil conseguir um emprego pra ele.

_ Tá bom. Tá bom. Eu vou falar com um amigo dono de uma das maiores agências de publicidade do Brasil. Ele me deve alguns favores. Vou pedir para que empregue o Gael. Satisfeito? Agora me dê um beijinho.

_ Amor, eu quero te pedir mais alguma coisa.

Ivan revirou os olhos para cima, pensando que Victor pediria por Ítalo, o que ele negaria ajuda e assim iniciaram mais uma briga.

_ A sua tia Fernanda me pediu para falar contigo. Ela quer trabalhar e está difícil conseguir um emprego. Ela me disse que fez um curso de secretária e bem que você poderia vê alguma coisa pra ela lá na construtora.

_ Amor, a tia Fernanda nunca trabalhou na vida. Sempre mamamou nas tetas da fortuna do meu pai. Aquela mulher é uma inútil.

_ Mas ela quer mudar! Ela se sente mal por não poder fazer nada para ajudar os filhos. Por favor?

_ Ok. A minha secretária vai entrar em licença maternidade por esses dias. Eu posso dar o cargo temporário para a tia Fernanda. Mas, já vou logo avisando que se ela for uma incompetente não vou mantê -la. Será rua na certa.

Victor acariciou os cabelos negros do amado.

_ Você tem dois lados. Sabe ser cruel quando quer, mas também sabe ser generoso. Eu amo você. Não quero que se transforme em alguém totalmente ruim. Sobre o Ítalo...

_ Ah, não! Chega dessa conversa.

_ Amor, eu te juro que nunca mais falo com ele. Eu o bloqueio de todas as redes sociais, faço tudo que você quiser, mas não o prejudique mais. Vamos esquecer. Fingir que ele nem existe, só não o Impessa de conseguir um emprego e nem atrapalhe a carreira dele.

_ Tá bom. Eu juro que não vou mais intervir em nada sobre o Ítalo. _ mentiu Ivan._ Sem nenhum contato, ok?

Victor sorriu e abraçou.

_ O garoto aqui tá com frio. Tá precisando de um cuzinho quentinho para se aquecer.

Victor mordeu o lábio inferior, sorriu e segurou no queixo do amado.

_ Como você é safado.

_ E você gosta._ Ivan disse beijando e rosto de Victor.

_ Sim. Eu gosto.

Victor o beijou.

Ivan beijava o pescoço do loiro, que não queria mais fingir frieza. Gemeu sentindo o corpo se arrepiar. A respiração ofegante de Ivan no seu ouvido aflorou o seu desejo de querê-lo dentro de si.

A mão foi de encontro ao membro de Ivan, que sentia a maciez da mão do amado o masturbando.

As bocas voltaram a se beijarem. As línguas se entrelaçavam degustando os seus sabores. Beijo molhado, intenso, caloroso.

Sem interromper o beijo, Ivan retirou a blusa do pijama do companheiro. Percorrou com a língua e mão sobre o seu peito, desfrutando do gosto da pele alva do menino. Aos chegar nos mamilos, deslizou a ponta da língua em movimento circulares. Em seguida, sugou-os deixando uma mancha arroxeada. Seguiu o ritual por outras partes do corpo: ombro, pescoço ,barriga e braços deixando a sua marca por toda a pele do homem que ama.

Vulnerável aos encantos do macho, Victor amelecia em seus braços, gemendo e se entregando de corpo e alma.

_ Fique de pé diante de mim.

E assim foi feita a vontade de Ivan, que segurou nos quadris de Victor e os seus olhares se encontraram transmitindo amor em silêncio.

Victor acariciou o rosto do amado. Sentindo uma vontade imensa de retribuir toda a felicidade que o empresário o proporiconava.

Ivan sentia-se flechado pela ternura que o rapaz expressava. Esfregava o rosto em suas mãos macias desejando que a vida fosse maravilhosa para Victor.

Abaixou a calça do pijama dele. Com as duas mãos acariciava as suas nádegas, enquanto beijava-lhe o pau por cima da cueca. Delicadamente, a retirou olhando sorrindo para Victor, que já estava animado esperando o que viria. A boca do empresário engoliu o seu pênis e os gemidos do loiro ecoavam pelo quarto, sentindo a boca úmida e quente de Ivan.

O que estava bom ficou ainda melhor, quando Victor sentiu os dedos de Ivan os penetrar, preparando o seu ânus para a refeição principal.

Com brutalidade, Ivan o virou de frente para si e sem perder tempo, começou a beijar a bunda que tanto desejava e a que mais o satisfaz na vida. Mordidinhas e tapinhas leves, língua deslizando no rego e na rodinha rosada acendiam o fogo do desejo do casal, que em pouco tempo se tornou uma labareda.

Victor foi jogado na cama com a barriga para baixo. Sentiu os seus quadris serem erguidos e as suas pernas abertas. A língua de Ivan o invadia novamente, fazendo o seu ânus piscar implorando por Ivan dentro dele.

O gelado do lubrificante o fez gemer de susto e um sorriso foi dado em seguida.

Aos poucos, Ivan foi entrando, preenchedo-o, devorando-o, possuindo-o.

Os movimentos foram iniciados. Seus corpos unidos em prazer e volúpia desfrutavam do melhor que a paixão poderia oferecer.

Victor sentiu os seus cabelos serem puxados para trás e a sua boca ser beijada.

Um era a água que saciava a sede do outro. Dançavam no mesmo ritmo, caminhavam no mesmo caminho, se completavam.

Ivan queria fazer a refeição completa. Aproveitar todas as posições que pudesse desfrutar: frango assado, penetração olhando nos olhos e a cavalgada do passivo enquanto ficava deitado na cama e assim foi feita a sua vontade até que o casal gozou quantas vezes foram necessárias para dar-sem por satifeitos.

Cansados, deitaram sobre a cama. Victor apoiava a cabeça no peito de Ivan e o abraçava e era abraçado.

_ Você me destruiu. Estou toda ardido._ Victor disse sorrindo de satisfação.

Sentiu a mão de Ivan estalar na sua bunda, o que o deixou ainda safadinho.

_Você gosta, safada.

_ Eu não gosto não. Eu adoro. Você é muito gostoso, meu bebê.

Ivan sentiu os seus lábios serem beijados e o seu rosto ser acariciado.

Em silêncio, reconheceu o quanto era feliz ao lado de Victor, o quanto o seu amor o fazia bem. Temia perdê-lo. Isso o apavorava.

_ Eu já marquei a data do nosso casamento. Será no final de Janeiro.

_ Eu falei com o meu tio. Depois temos que ir à agência de casamentos.

_ Não temos não. Eles vêm até nós. Marque uma reunião, mas me avise com antecedência para eu me programar.

_ Será que teremos tempo para a lua de mel?

_ Claro, meu solzinho.

_ E pra aonde iremos?

_ Pra onde você quiser.

_ Eu pensei num lugar, que pra mim é muito especial.

_ É mesmo? Onde?

_ Suiça. Quero conhecer o lugar que você viveu, os lugares que você gostava de frenquentar, onde você estudou, experimentar as suas comidas favoritas. Quero conhecer um pouquinho mais do meu amorzinho.

Ivan sorria, admirando o amor da sua vida.

A paz de Ivan foi interrompida, quando, em seu escritório, recebeu uma mensagem de Felipe exigindo que fosse almoçar com ele em um restaurante da alta gastronomia.

Ivan ficou bravo, pois achava que bastaria depositar o dinheiro mensalmente na conta de Felipe e não precisaria mais vê-lo.

Chegou ao local expressando a sua raiva com seriedade. Seu ódio tornou-se mais intenso quando viu Felipe com seu sorriso cínico, sentado à mesa o aguardando.

_ Senhor Ivan Matarazzo, você não sabe como é uma honra para ti almoçar com alguém como eu, o filho do seu funcionário. Ah, já vou logo avisando que a conta é sua. Afinal, você é um cavalheiro, criado na Suíça. Não iria me deixar pagar a conta, né?

_ O que você quer? Diga logo, que eu não tenho tempo a perder.

_ Quero que sente e coma comigo.

_ Se você está morto de fome, peça que pago a conta. Mas, eu não vou perder o meu tempo contigo. Diga logo!

Felipe ficou sério como uma autoridade olhando para um subalterno e ordenou:

_ Sente e coma comigo. Você não está em condições de me desobedecer.

Mesmo com raiva, Ivan obedeceu temendo que Felipe estragasse o seu relacionamento.

O garçom se aproximou, anotou os pedidos e não demorou muito para que ele chegasse à mesa.

_ Comida de rico é um troço sem graça, né? Vem tão pouquinho e é tão caro. Mas, vale a pena só para postar.

Felipe fotografou o prato e mirou a câmera para Ivan.

_ Dá um sorrisinho, senhor Matarazzo. Tem que sair bonito na foto.

_ Pare de palhaçada e diga logo o quer!

_ Calma! Nervosinha ela. Sabe, olhando assim pra você. Até que tu é um cara bonito. Será que é bom de cama como o seu primo e a mamãe? Parece que a gostosura de vocês é de família. Deve ser uma delícia tomando no cu de quatro...Ah,se bem que o Gael me disse que você não gosta de fazer passivo. É a macha da relação.

Ivan o fuzilava com o olhar.

_ Se bem que você é tão babaca, arrogante e merdinha que nem tenho tesão por você. Mas, o Victor ...hum! Esse sim eu pegaria de jeito! Gael me disse que ele é muito gostosinho, sabe tipo apertadinho. Eu ia pegá -lo na noite que você deu uma tacada na cabeça dele, mas o cara ficou cheio de gracinha querendo embora, acabou caindo nas garras do lobo mal. O Gael se sente mal até hoje sabia? Ele sente a culpa que você deveria sentir.

"Mas, o grande Ivan Matarazzo sentindo culpa? Jamais! Ele cura o peso da consciência comendo o cu da vítima."

Não contendo a raiva, Ivan segurou uma faca com força e desejou cravar na garganta da Felipe. O jovem olhou para a faca sorriu.

_Você não me provoca que eu sou capaz de cometer uma loucura.

_ Está me ameaçando, Ivan? Cuidado que eu posso ficar puto e isso não pode ser nada bom pra você.

_ Diga logo o que quer.

_ O negócio é seguinte: você sabe que hoje é o aniversário da sua mãe.

_ Eu tô pouco me fodendo pra isso.

_ Que filho desnaturado é você, Ivanzinho!

"Como eu ia dizendo, hoje é aniversário da sua mãe e você vai dar um jantar pra ela. Contrate o melhor bufê da cidade e esteja às dezenove horas no apartamento dela, mas vá sozinho."

_ Você tá louco, né? Eu pago a porra do jantar, mas não vou pôr os meus pés lá.

_ Ah, você vai. Esteja lá sem atrasos, porque se você não aparecer, amanhã terá que cancelar o casamento por desistência do seu noivinho.

Ivan jogou o dinheiro do valor do almoço em cima da mesa e saiu furioso.

Em seguida, Felipe foi visitar Sônia que o recebeu furiosa cobrando o computador roubado. Ele retirou da mochila e a entregou.

_ Aqui está. Eu já peguei o que queria.

_ Com que direito você rouba as minhas coisas e ainda fuça a minha vida? Seu ladrão de merda?

Sônia tenta batê-lo, mas ele a segurou.

_ Calma, que odeio bater em mulher, mas não sou otário de apanhar sem revidar.

_ Vá embora daqui, Felipe!

_ Não vou não.

Ele sentou no sofá. E retirou as roupas, ficando completamente nu.

_ Pare de showzinho e venha para cá.

_ Você é louco de achar que eu vou dar pra você depois de ter me roubado.

_ Pare de gracinha que você tá louca pra rebolar na minha pica.

_ Deixe de ser ridículo.

_ O negócio é o seguinte: eu já sei do segredinho do seu filho e como também sou filho de Deus, estou tirando uma grana dele. Nós nos desejamos e somos parecidos. Por isso proponho parceria. Vamos depenar o pato juntos.

A princípio, Sônia tentou relutar, mas acabou cedendo quando Felipe a presenteou com um anel de diamantes. O casal teve uma tarde quente de sexo selvagem e diante de tudo isso, ela se convenceu que seria prazeroso ter Felipe ao seu lado.

Sônia aproveitou para desabafar da raiva que sentia do filho.

_ Por culpa daquele desgraçado eu estou onde estou. Ele armou para que Raúl descobrisse os meus pulos. O desgraçado contratou um detetive para ficar na minha cola e tirou fotos. Fui expulsa pelos dois como se fosse um cão e agora sem mais nem menos põe aquela bichinha burra como único herdeiro! Eu odeio tanto o Ivan! Maldita hora que eu deixei aquela praga nascer._ dizia fumando um cigarro.

_ Mãezona você.

_ Nem me venha com lições de moral. O Ivan não é um filho é uma praga!

_ Você só colocaria as mãos na fortuna do seu filho se o herdeiro morresse junto. Tá fodida, hein Sônia.

Enquanto Felipe ria, uma ideia diabólica se passou pela cabeça de Sônia a fazendo olhá-lo de um jeito tão tenebroso, que o deixou assustado.

_ E se matassemos os dois? Com as suas mortes a herança fica para um parente mais próximo do Ivan, no caso eu, que sou a mãe.

Felipe sorria.

_ Pra você e para a Luíza, que é irmã.

_Essa daí eu resolvo depois. O foco no momento é o caszalzinho de veados. Mas, teríamos que calcular minimamente para não dá nada errado.

Neste momento, Felipe ficou sério.

_ Você tá falando sério? Você quer mesmo matar o seu próprio filho?

_ Eu tive o Ivan para me casar com o Raúl e ter direito a fortuna dele. Ivan me roubou. Na mais justo que ele cumpra o papel para o qual foi destinado. E além do mais, você teria muitas vantagens. Pense em toda aquela grana, a empresa, o iate, as mansões dentro e fora do Brasil, o jatinho, enfim tudo nas nossas mãos.

Felipe ficou pensativo. Agradava-o a ideia de ser um milionário.

_ E o que me garante que depois de matar os dois você não vai me dá um pé na bunda?

_ Eu me caso com você. Em comunhão de bens. Casamos depois do ano novo, sem festas e alarme. Algo que, por enquanto, será o nosso segredinho. E aí?

_ É uma boa. Mas, esse negócio de matar milionário da merda. Sempre cai na imprensa, a polícia investiga a fundo. E como você é a mãe dele, isso gera revolta no povo, que conta ponto para a condenação. Veja lá o caso da Suzane von Richthofen.

_ Eu não sou burra como ela! O Ivan e o Victor não serão assassinados. Eles sofreram um triste e lamentável acidente fatal. Será uma tragédia. Dois jovens recém casados, mortos por uma triste casualidade.

_ Ah, saquei. Você quer que pareça um acidente.

_ Exatamente.

_ Sônia, tu é perversa mesmo, hein.

_ Mas, temos que ser cautelosos. Planejar os mínimos detalhes para que nada dê errado.

_ Eu acho que deveríamos...

_ Você não acha nada. Deixe que eu penso. Esse tipo de plano precisa ser arquitetado por alguém inteligente.

_ Tá me chamando de burro, Sônia?

Ela respondeu que sim com o olhar.

_ Ok . Falando em Ivan, ele vem jantar conosco hoje à noite.

_ Uh,é! Por quê?

Felipe relata o seu plano e ela sorri satisfeita com a ideia.

As expectativas de Victor foram quebradas quando Ivan disse que teria um jantar de negócios. O menino tinha planejado sair para ir ao teatro, mas se mostrou compreensivo aceitando a proposta de Ivan para saírem no outro dia.

O moreno vestiu trajes formais para reforçar a mentira.

Foi recebido por Felipe que abriu a porta, sorrindo de um jeito irritante para Ivan. Eles haviam dispensando todos os funcionários do bufê e as empregadas da casa.

_ Olha só quem chegou! Tá bonitão, hein Ivanzinho.

Sônia desceu as escadas com os cabelos escovados, vestindo um longo vestido vermelho. Os passos eram sonorizados pelos seus saltos caminhando sobre o chão de mármore. No pescoço usava um colar de ouro e diamante para combinar com o anel que ganhou de Felipe.

Ivan reparou que a mesa estava posta para duas pessoas.

_ Vamos parar com essa palhaçada. Digam logo quanto os sanguessugas vão querer. Eu não quero perder o meu tempo com dois desgraçados como vocês.

Ivan sentiu o impacto da mão de Sônia esbofeteando o seu rosto. Ele sentiu tanta raiva, que ergueu a mão para revidar, mas foi detido pelo som da voz de Felipe.

_ Opa! Filho bater em mãe é pecado. Victor pode ficar bem espantado quando souber.

Ivan abaixou a mão e manteve os olhos sobre ela que revidava o mesmo olhar raivoso.

_ Sabe o que é isso, Sônia? Você não deu a surra que ele merecia quando era criança. Aí cresceu folgado.

_ Não se preocupe. Terei a noite inteira para educar o meu filhinho.

'Felipe, pegue o presentinho que eu quero mostrar ao meu filho. Ele vai adorar.'

_ Com todo prazer.

Felipe foi para o escritório e voltou com uma caixa comprida e preta e a pôs sobre a mesa.

_ Lembra que quando criança você deu fogo de palha de querer aprender jogar beisebol? O seu pai prefiria que você se interessasse por tênis e eu por golfe, que é muito mais chique. Mas, você quis beisebol porque viu em algum filme americano. Aí eu pensei em te dá um taco de beisebol de presente agora. Mas, você não foi um bom menino deixando a sua própria mãe fora do seu testamento. Hum! O menininho da mamãe vai ficar sem o presentinho.

Sônia abriu a caixa revelando o taco sujo de sangue ressecado.

_ Olha filho, o que você perdeu.

Felipe gargalhava.

Vê o taco sujo com o sangue de Victor o fez tremer. A lembrança veio com força e não conseguiu conter as lágrimas, que derramavam sobre a sua face enquanto permanecia em silêncio.

_ Oh! Você tá chorando, meu amor. Não fique assim. Mamãe vai te dá uma nova chance. Seja um menino bonzinho e você não será castigado.

_ Tire isso daqui, por favor.

_ Tô gostando de vê, o meu enteado tá ficando educadinho.

_ Não! Terá que passar a noite olhando o sangue do seu herdeiro. Seja homem e aguente! Se bem que homem é uma coisa que você não é.

'Eu e o Felipe vamos jantar. Você irá nos servir. O jantar está na cozinha.'

_ Vamos pular a parte que vocês me humilham e vamos chegar logo ao acordo final.

_ Obedeça a sua mãe, Ivan. Não seja mal criado.

Ivan permaneceu parado.

_ Anda, logo porra! _ gritou Felipe bravo e socando a mesa_ Me serve, vadia!

O rapaz voltou a sorrir.

_ Sabe que amava aquela novela Avenida Brasil. Sempre quis fazer essa cena. Estou me sentindo a Nina.

_ Vá. _ disse Sônia apontando para a cozinha.

Vê Ivan sentindo -se humilhado e com raiva, fez Felipe vibrar de alegria. Para ele era uma honra pisar num burguês que ele sempre desejara ser como.

Mesmo sendo vingada, Sônia ainda sentia uma raiva imensa do filho. Desejava esfaquea-lo ali mesmo para descarregar o seu ódio.

_ Está servindo errado._ela disse séria.

O taco de beisebol sujo com o sangue de Victor na sua frente, as humilhações de Felipe e Sônia e o medo de perder Victor fizeram com que Ivan ficasse trêmulo, derramando vinho na mesa.

_ Olhe o que você fez, seu incompetente! Limpe isto agora!_ gritou Sônia, em seguida cuspiu no rosto do filho.

Humilhado, Ivan limpou o rosto em silêncio. Os olhos estavam lacrimejando, vermelhos. Ele quis chorar de raiva.

O empresário foi até a cozinha e retornou com um pano úmido para limpar a mesa.

_ Agora o chão._ disse Felipe.

_ O chão não está sujo.

_ Você é cego? Olha esse vinho todo derramado.

Felipe derramou todo o vinho da garrafa no chão. Ivan o olhou com ódio.

_Limpa essa merda agora!

Permaneceu no mesmo lugar.

_ Você tá surdo?

Felipe levantou e empurrou o moreno no chão.

_ Limpe de quatro. Afinal, veados gostam de ficar nessa posição. _ disse Sônia séria.

Ivan esfregava o chão com raiva.

_ Esfregue isso direito. Com essa idade e não sabe esfregar um chão! O rabo pro seu macho você sabe esfregar.

As humilhações duraram por horas. Era a reclamação da forma como Ivan servia, jogando a sobremesa sobre ele, a louça que teve que levar ouvindo as ofensas do casal.

Depois de terminar de lavar a louça e arrumar a mesa, Ivan foi dispensado por eles como um serviçal mal tratado pelos senhores.

_ Você vai ficar sem gorjetas. Foi um péssimo funcionário. Não gostei dos seus serviços._ disse Felipe.

_ Posso ir embora agora ou vocês ainda vão continuar com a palhaçada?

Felipe deu um tapa no rosto de Ivan.

_ Pra você somos senhores. Repita comigo "senhor Felipe, posso me retirar?." Anda, diacho!

_ Senhor Felipe, posso me retirar?_ Ivan dizia entre os dentes, olhando no fundo dos olhos do publicitário, prometendo vingança em pensamento.

_ Ele pode ir, amor?

_ Vá! E fique atento quando for solicitado para nos servir novamente.

_ Vocês me pagam!

_ Nervosinha ela, gente! Meu querido, quem paga aqui é você. _ Felipe disse segurando o queixo de Ivan dando um celinho na boca dele.

Era quase meia noite quando Ivan chegou em casa. O seu corpo era movido pelo ódio, que o consumia com ferocidade.

Subiu ao escritório como um furacão, ignorando Victor que estava no corredor. Ao vê o estado do noivo, voltou para o quarto, entendendo que Ivan precisava de espaço.

O empresário fechou a porta com força. Gritou como louco, libertando todo o seu ódio. Num ataque de fúria, começou a quebrar vários objetos do local, deixando Victor assustado, ouvindo o barulho no seu quarto.

_ Miseráveis! Eu acabo com eles! Eu vou acabar com aqueles desgraçados!

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Comentários

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Olá, querido. Melhor site para encontrar Sexo -> GAYS24.CLUB

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Esses dois tem q ficar na sarjeta! Renato tem q descobrir tudo logo e salvar o Ivan!

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Na verdade, as narrativas são a alma do conto, para obter sucesso nele, se faz necessário criar tramas que o siustentem

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Só espero que a tentativa de matar Ivan e Victor forjando um acidente não acabe vitimando outros personagens...

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Não querendo me meter na "discussão" abaixo mas já o fazendo kkkk as observações do UmLeitor são até pertinentes mas cara, diante da aura gigante de expectativa e suspense que se formou em torno da trama, de uma maneira geral elas soam irrelevantes. Mas é isso aí mesmo. Toda história está sujeita à "críticas" pontuais. Tô doida pra ler esse revelação hahahahahaha

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Gente, há uma diferença entre vilão e antagonista. O vilão é o personagem mau e perverso. Nesse tipo de personagem podemos explorar o que há de podre no ser humano. O antagonista é o personagem que se opõe ao protagonista, e nem sempre o antagonista é ruim. Um exemplo disso é o freddy krueger, ele é o protagonista e a Nancy se opõe a ele, ela é a antagonista. Nesse caso, o protagonista é o perverso. Protagonistas não precisam ser bonzinhos. Tudo isso para explicar que Felipe e Sônia são vilões e Ítalo, Luíza e Gael são antagonistas.

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UmLeitor, vamos lá. Não sei de onde vc tirou que a tia é inimiga dele. Em nenhum momento da história isso aconteceu. Ela é só uma parente que ele não gosta e ela disse que queria que ele morresse pq estava com raiva por causa do que fez com o filho dela e mesmo assim ela nada de mal fez contra ou contra ninguém.

Outra, "excesso de vilões " oi? Na história só há dois vilões: Sônia e Felipe. Gael, Fernanda e Ítalo não são vilões. São personagens assim como o Ivan que possuem dois lados: ora fazem coisas boas, ora vacilam, vc já leu as minhas outras histórias e sabe que trabalho assim. Sobre a Fernanda se tornar secretária, há um porquê não é furo de roteiro.

Sobre a passividade do Ivan perante ao Felipe, mas ser um monstro com o Ítalo: Ítalo e Felipe são dois personagens completamente diferente. Ítalo não é ruim como o Felipe, que é o vilão e tbm não sabe nenhum segredo do Ivan. Tá explicado?

Eu sei que dói vê o personagem que gosta sofrer, mas Ivan fez por merecer por tentar matar o Victor pq não aceitou uma rejeição do Gael.

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As chantagem já estão ficando sem coerência. Na verdade, o que não faz sentido é o Ivan, do jeito que ele é, ainda não ter feito nada sobre isso.

Ele já tinha colocado alguém pra pegar essas provas da mãe, já tinha dado um jeito nela e no Felipe e essa passividade não faz parte do personagem. Num capítulo ele é o carrasco do Italo e num outro o Felipe humilha ele e é só comparar que não me parece ser o mesmo Ivan. Assim como o fascínio dele por Victor, ao ponto de colocar a tia, que ele sabe que odeia ele, pra ser secretaria particular dele? Pô, o cara tá tendo a vida revirada pelo inimigos e coloca uma inimiga pra cuidar da vida dele? Se ainda fosse secretaria de outro personagem, secretaria da portaria ou qualquer outra ocupação ok, mas, secretaria pessoal me soou forçado amigo, furo de roteiro sabe?! Pra criar enredo, porque não condiz com a personalidade do personagem ser burro.

São muitos vilões de uma vez só e o principal embate, Ivan e Gael, está morto na história. Sonia, Felipe, a tia, Italo e Gael tudo pra ferrar um personagem só, me parece complicado. Apesar de saber seu potencial, espero que não se perca entre tanto enredo e que preste atenção no perfil do Ivan pois parece, como nesse capítulo, que com o único propósito de criar enredo (como o caso da tia que se pensar é até absurdo ele querer ela lá cuidando da agenda e vida dele).

Abraços!

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Gente, pelo amor de Deus como isso vai terminar? O Ivan precisa contar a verdade, é o único jeito! O lance dele ajeitar a vida de todo mundo que ele prejudicou tá bacana. Mas cara... Essas chantagens precisam acabar!

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Amei a reconciliação do casal rsrsrs. Eu juro que passo pano se o Ivan contratar um pistoleiro para eliminar a Sonia e o Felipe.

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Quando se trata do Victor e Renato, gosto do Ivan amoroso. Quando falamos do resto... é desse Ivan com ódio que eu quero ver mais.

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