Tornara-se um ritual: todos os dias, ao retornar da minha corrida habitual, lá estava ela; uma loira com jeito de safada, sentada em uma mesa do lado de fora de um boteco de quinta categoria, entornando cerveja; nossos olhares se cruzavam e eu acenava com a cabeça e ela levantava o copo em saudação; era uma coisa tão arraigada que cheguei a pensar que o dia que eu não a visse certamente não teria uma boa noite. O mais incrível tinha a ver com o horário, que era tão rígido quanto o hábito.
Um dia, porque eu adiantei minha atividade, acabei por encontrá-la antes de aconchegar-se na mesa do boteco; ela descia de um utilitário sofisticado, usando uma calça jeans justíssima e uma camisa branca com gola careca; instintivamente eu parei e olhei para ela que me retribuiu o olhar.
-Nada melhor depois de um dia de trabalho, fazer aquilo que se gosta, não é? – perguntou ela com tom alegre.
Hesitei em responder e preferi apenas acenar com a cabeça, concordando com a pergunta. Ela sorriu mais uma vez e disse: “Pois é …, você correndo e eu bebendo!”.
-Cada um com seu vício – respondi com tom maroto – Ou com aquilo que lhe faz bem.
-Vício? Não! Isso não! – redarguiu ela ainda com galhofa – Conheço vícios melhores que beber …, cerveja é apenas para relaxar!
-Vícios melhores? Que tipo de vícios? – inquiri em tom provocador imaginando uma resposta sarcástica.
-Hum, o dia que você não correr e eu não beber, talvez te conte! – devolveu ela com sarcasmo.
Nos despedimos e eu fui para casa cismado com os comentários daquela mulher safada que eu sequer sabia o nome; e nos dias que se seguiram, nossos encontros retomaram o ritmo anterior: eu voltando da corrida e ela sorvendo sua cerveja, sempre rindo e brincando com os machos ao seu redor.
Com o tempo, aquilo se tornou uma rotina e eu deixei de lado a curiosidade em saber sobre os vícios que ela teria em mente. Ao lado disso, havia um outro boteco que me despertava mais a atenção; tratava-se de um estabelecimento cuja proprietária possuía alguns dotes pra lá de excitantes.
Seu nome era Rosalva, cearense de olhos azuis e sorriso largo, sempre receptiva e as vezes insinuante; ela era a típica cearense gostosa: peitões que esforçavam-se em permanecer dentro do top minúsculo ou da tomara-que-caia estufada; somava-se a isso, coxas grossas sempre a mostra e uma bunda rechonchuda e opulenta que mal cabia dentro do short acanhado. Não havia dia que eu não estacionava em seu balcão para tomar um isotônico que ela passou a comprar regularmente apenas para mim. Aqui cabe uma explicação: Rosalva dirigia um boteco que servia refeições e fornecia quentinhas para as redondezas, e sua comida era muito elogiada e apreciada.
Rosalva tocava o negócio com a ajuda de sua filha Lindinalva, que conseguira a proeza de engravidar seis vezes de homens diferentes, o que lhe proporcionava uma polpuda compensação financeira de pelo menos, quatro deles, que além de casados eram homens bem-sucedidos em seus empreendimentos e para não perder a amante e também a esposa, optaram pela remuneração do silêncio!
Assim era que Lindinalva ajudava o mínimo possível, me permitindo concluir que aquele negócio era para a sobrevivência da mãe. Tínhamos um relacionamento afetuoso e cheio de intimidades, ao ponto dela me tornar seu confidente para as horas difíceis, pois além de cuidar do boteco ainda se desdobrava para zelar pelos netos dividindo responsabilidades com a filha. Ela sabia, ou pelo menos, desconfiava, que eu nutria um tesão enorme por ela, porém, sabedora do meu estado civil optou por manter uma distância discreta.
Um dia em que cheguei ao estabelecimento sedento e suado, Rosalva veio me receber já trazendo nas mãos o frasco de isotônico. “Tome aqui, meu bem …, beba …, beba pra matar tua sede!”, disse ela estendendo a mim a bebida exibindo seu sorriso franco e iluminado. Notei que não havia muitas pessoas no boteco e quando perguntei a razão, ela me respondeu com certa tristeza: “Essa história de pandemia afugentou todo mundo! Ainda bem que tenho minhas quentinhas pra sobreviver!”. Conversamos um pouco e ela correu para a cozinha; tomei a bebida e meu olfato pouco aguçado demorou para perceber o aroma de uma iguaria muito saborosa.
-Isso que você está cozinhando é “vaca atolada”? – gritei eu para Rosalva.
-É sim, meu bem …, porque? Você gosta? – devolveu ela sempre com seu tom alegre e de bem com a vida.
-Se eu gosto? É um dos meus pratos favoritos! – respondi de imediato.
-Oi? Então, vem aqui meu lindo! – disse ela em tom convidativo – Vem aqui provar um tiquinho, vem!
“Meu lindo? Será que essa mulher tá precisando de óculos?”, pensei eu enquanto me dirigia para a cozinha já que estou mais para “Mestre dos Magos”, do que Aragorn de Senhor dos Anéis! Entrei na cozinha um pouco acanhado, mas o sorriso de Rosalva dissipava qualquer receio; aproximei-me do fogão encostando meu corpo atrás dela que, gentilmente, estendia a colher de pau com uma prova da iguaria.
Enquanto sorvia a prova do prato, segurei na cintura de Rosalva e rocei seu traseiro com a protuberância que despontava em meu calção. Tive receio que meu gesto pudesse ser rechaçado, porém, não foi isso que aconteceu; Rosalva balançou aquele traseiro apetitoso provocando ainda mais a tensão dentro de minha roupa.
Sem receio de ser feliz, levei as mãos até o top e segurei suas mamas com firmeza, apertando-as com suavidade. Imediatamente, ela soltou um gemido jogando a cabeça para trás e permitindo que eu beijasse e mordiscasse seu pescoço. “Hummmm, que gostoso! Mas, aqui? Agora?”, balbuciou ela, ainda envidando esforços em resistir ao meu assédio. Era o momento do tudo ou nada …, recuar não era mais uma opção! Apertei um pouco mais as tetas da fêmea, ouvindo-a gemer mais uma vez.
-Porque não? Sei que está gostando! – sussurrei eu em seu ouvido puxando o top para baixo desnudando os peitões e tomando os mamilos entre os dedos, manipulando-os com destreza.
-Então …, espera …, espera um pouco! – suplicou ela em tom exasperado, desvencilhando-se dos meus braços, levantando o top e correndo até a porta do boteco que ela cerrou rapidamente.
Ao voltar, Rosalva se entregou a mim em uma sequiosa troca de beijos e amassos; mais uma vez puxei o top e caí de boca nos mamilos, sugando-os com força, ouvindo a fêmea gemer e soltar gritinhos abafados. Não demorou para que ela retribuísse o gesto, puxando meu calção para baixo até libertar a pica dura que ela passou a manipular com as mãos. Não larguei as tetas ora lambendo, ora sugando e sentindo Rosalva punhetar meu pau com sofreguidão.
Depois de algum tempo, ela foi até um balcão de pedra que ficava mais ao fundo na cozinha e livrando-se do short, nele apoiou-se com os cotovelos, empinando seu traseiro e gingando de modo muito provocador; me livrei do calção e com a rola em riste fui até ela; Rosalva entreabriu as pernas e eu puxei sua calcinha para o lado, passando a esfregar minha pica no vale entre as nádegas.
Pude sentir a vulva vertendo copiosa umidade denunciando o estado de excitação da fêmea; dei algumas pinceladas pouco antes de meter a rola na buceta, enfiando de uma vez até o talo; Rosalva estava tão molhada que a penetração foi deliciosamente perfeita, com a vagina enluvando a rola até eu sentir a bolas roçando o vale aberto, permitindo que eu desse uma surra de pica naquela buceta, socando com muito ardor.
A safada não demorou muito para experimentar uma sucessão de orgasmos que ela fazia questão de celebrar com gritinhos abafados e gemidos prolongados; golpeei tantas vezes quanto pude, sempre ouvindo a cearense quase uivar de tesão, deixando de lado toda e qualquer pose de recato indisfarçável; inclinei-me sobre ela em busca dos mamilos que apertei e massageei muito, estimulando mais prazer a chacoalhar o corpo daquela mulher que estava me servindo tão deliciosamente.
Surrei bastante a vagina da safadinha e ao sentir um longo arrepio, acelerei meus movimentos pélvicos até que uma contratura muscular involuntária anunciou o início do fim; apertei o corpo de Rosalva com os braços enquanto golpeava mais forte até sentir minha rola inchar dentro dela e depois explodir em um inefável orgasmo que me fez tremelicar enquanto ejaculava, encharcando a gruta com meu leite quente e viscoso.
Ao término de tudo, quase não conseguíamos respirar e nossos corpos estavam tão exauridos que não havia nem como esboçar movimentos; suados, exaustos e gozados nos desvencilhamos e Rosalva não perdeu a oportunidade de roubar mais alguns beijos de minha boca sempre oferecida. Nos recompomos como deu e eu a ajudei a reerguer a porta de aço; do lado de fora dois motoboys e outros dois clientes, aguardavam pacientemente e não demonstraram surpresa ao nos ver juntos. Sem dizer uma palavra sequer para os presentes, Rosalva me beijou no rosto e pediu que esperasse um pouco; retornou da cozinha com uma quentinha especialmente para mim.