Olá meus amores do CDC... hoje vou contar momentos interessantes “pelo menos pra mim” da minha infância, onde me descobri diferente de meus irmãos.
Espero que gostem deste conto, mas se não gostarem também, peço que comentem assim vocês me dão incentivo para continuar escrevendo. Bjs...💋💋💋 e boa leitura.
Meu despertar – o começo
Sou o segundo de quatro meninos de uma família aparentemente normal formada de um pai, mãe e quatro filhos.
Meu pai que vou chamar aqui de Carlos, era um homem bonito, magro com seus 35 anos na época chamava muita atenção das mulheres por onde passava, muito atencioso com todos e sempre prestativo em casa. Como pai... sempre amigo, mas um tanto austero. Porém tinha um grande defeito que até então eu não conhecia.
Minha mãe que vou chamar aqui de Vera, é uma mulher linda, loura, seios médios, pernas muito bem torneadas e bunda grande. O tipo de mulher que na época era a cobiça de muitos homens pois parecia muito com a Vera Fischer.
Ela na época trabalhava como gerente de importação e exportação de uma grande empresa no ramo têxtil. Por este motivo, não tinha como cuidar de quatro crianças, pois viajava muito durante o ano e fomos criados praticamente por meus avós maternos.
Minha avó coitada, pela idade mau podia cuidar de nós. Então minha mãe pediu nossa ajuda para cuidar da casa enquanto minha avó cuidava do Márcio.
Meu irmão mais velho “Marcelo” nome fictício com 10 anos de idade era do tipo moleque de rua, gostava de soltar pipas, jogar bola com os amigos, entre outras brincadeiras que os meninos adoram. O problema todo é que ele sempre dava um jeitinho de sumir e não ajudava em nada.
Eu... com 10 anos era o oposto dele, sou mais caseiro e detesto jogar bola. Meu passatempo favorito era jogar vídeo game que naquela época era o Atari.
Meus irmãos menores, ainda não podiam ajudar em nada pois o mais novo que eu, que vou chamar de Caio tinha apenas 2 aninhos, e o menor de todos o Márcio, tinha apenas 5 meses.
Advinha pra quem ficava a tarefa toda de ajudar a minha avó a arrumar a casa? Pois é, sobrou pra mim!
Nunca reclamei em ajudar na limpeza da casa, muito pelo contrário, eu adorava... mas não sabia ao certo por que? Enfim, como estudava na parte da tarde, levantava muito cedo e começava meu trabalho primeiro lavando a louça que tinha ficado do jantar da noite anterior. Varria e passava o pano no chão, secava e guardava a louça e ainda arrumava a mesa do café.
Depois que todos acordavam e saiam de casa, meu avô para o trabalho e meu irmão Marcelo para a escola, eu cuidava da arrumação e limpeza dos quartos.
Minha avó cuidava do meu irmãozinho Márcio que era bebê, e preparava as refeições pois eu ainda não sabia cozinhar. Contudo eu ainda ajudava a cuidar do meu irmão mais novo, o Caio depois das minhas obrigações.
Quando o Marcelo chegava da escola, eu já saia para estudar logo em seguida... estava cansado das tarefas do lar, mas feliz também.
Na escola tinha mais amizade com as meninas do que com os meninos. Quando se é criança, não existe aquela malícia que os garotos adolescentes tem...
Eu ficava com elas porque me sentia mais a vontade, parecia que me identificava mais com as garotas do que com os meninos. Alguns até falavam que eu era maricas, outros apenas me ignoravam.
Chegando em casa, fazia a lição e ajudava minha avó com o que ela precisava.
Toda vez que a minha mãe voltava de viagem, após o colégio ela pegava a gente e levava pra casa dela. Mesmo meu pai estando em casa, quando ela precisasse viajar, lá íamos para a casa dos meus avós.
Um certo dia, meus tios e primos vieram do interior visitar meus avós e por estarem tanto tempo sem aparecer, resolveram passar quase uma semana lá. Pela primeira vez não precisei fazer nada, pois minha tia apesar de ser visita, ajudava a mãe com a arrumação da casa.
Tudo estava normal e os dois primeiros dias passaram sem maiores novidades. Porém um dia que acredito ser uma quinta feira, ouvi uma conversa entre minha avó e minha tia, onde o assunto era meu comportamento duvidoso em relação aos meninos de casa. Minha tia Carina dizia que eu tinha um jeitinho mais afrescalhado...aff pode isso?
Pela idade que eu tinha fiquei sem entender direito o que significava essa palavra, mas vida que segue e a conversa também. Fiquei um tempo mais ouvindo a conversa delas e segundo a minha avó isso é coisa da cabeça dela, que eu apenas era mais introvertido e que com o tempo eu me tornaria igual ao meu irmão mais velho.... até parece😂😂😂😂.
Enfim, quem aparece nessa hora?... ninguém merece! Minha prima que na época acho que ela deveria ter uns 15 anos de idade.
Até que ela era legal, mas adorava pegar no meu pé pelo meu jeitinho mais.... como posso dizer... delicado de ser. Assim que ela ouviu a mãe dizer que pareço um menino afrescalhado, começou a rir descontroladamente. Como eu não sabia o que significava, comecei a rir também. Como criança é inocente, né? Bom as crianças daquela época eram inocentes, hoje em dia... meninos e meninas de 10 anos sabem muito sobre sexualidade.
Depois desse episódio ela começou a me olhar e tratar de uma maneira diferente, acho que por pena em saber que seu primo poderia se tornar gay no futuro. Isso na cabeça oca dela, né?
Se me lembro bem houve um dia que ficamos sozinhos porque meus avós, como meus tios tiveram que viajar para Aparecida do norte pagar uma promessa que minha avó tinha feito. Como meu avô não tinha carro, meus tios os levaram. Em casa ficamos eu, minha prima Michelle, e meu irmãozinho Márcio.
Assim que ela fez o Márcio dormir, minha prima me chamou no quarto dela pra conversar. Se não estou enganada a conversa foi mais ou menos assim:
Michelle: Duda você alguma vez sentiu ou sente desejo por meninos?
Eu: você está louca, de onde tirou essa ideia?
Michelle: calma... só perguntei porque quando ouvimos o que minha mãe falou sobre você ser afrescalhado, tanto eu como você rimos muito, né? Então, pra mim você é gay.
Eu: nunca, jamais gostaria de um menino. Quando eu dei risada, foi porque você estava rindo, não sabia que estavam dizendo que eu sou viado. Depois que ela me explicou que afrescalhado é o mesmo que um garoto afeminado, comecei a chorar.
A minha prima me abraçou e me tranquilizou com palavras doces dizendo que isso não é nada demais...
Disse que pelo meu jeitinho todos notaram que sou diferente do meu irmão e dos garotos da minha idade. Ainda mais quando nossa avó disse que eu sou muito prendado e que limpo uma casa melhor que mulher.
No fundo fiquei feliz em saber que minha avó gosta do jeito que limpo e arrumo a casa, mas me senti mal por pensarem que eu sou gay. Posso até ser um pouco delicado em certos momentos, mas ao ponto de eu ser afeminado, aí já é demais!.... esse é meu lado machinho querendo aparecer...aff. mil coisas passaram na minha cabeça e depois de um tempo perguntei pra Michelle se ela poderia fazer uma coisa por mim em segredo.
Eu: prima, durante alguns dias tive um sonho muito louco que eu me olhava no espelho e me vi como uma menina... será que sou viado por isso?
Michelle: olha Duda isso não faz de você um gay, mas nesse sonho era só você, ou tinha algum garoto junto?
Eu: não... não tinha ninguém, por que?
Michelle: bom, como era só você e o reflexo no espelho era a de uma garota, pode ser um desejo interno seu. Agora, se além do seu reflexo tivesse também um garoto com você, poderia ser uma revelação do seu futuro...
Talvez no futuro você possa ter desejos por garoto.
Gente... será que minha prima é a encarnação da mãe Diná? Como ela poderia ser tão certeira em um sonho que contei na infância! Bom, mas voltando a infância. ..
Michelle: Duda, quer tirar sua dúvida?
Eu: como assim...
Michelle: já que só estamos nós aqui, vamos imaginar que você é minha prima. Vou te dar umas roupas minhas, e você quando estiver usando, me conta o que sentiu...tá bem?
Eu: não sei não, acho que se eu fizer isso com certeza você vai me zoar... mas tudo bem, aceito! Mesmo correndo o risco de ser ridicularizado por ela, achei que seria o melhor a fazer. Pelo menos ficaria mais tranquilo se não me sentisse bem.
Foram várias roupas colocadas na cama, vestidos, mini saias, shortinhos, etc...
Por ela ser mais velha que eu cinco anos, na altura ficamos iguais. Porém, ela tinha mais corpo que eu e nem tudo me servia. Depois de experimentar várias peças, uma sainha e uma blusinha regata ficaram perfeitas no meu corpo.
Ela me olhou de cima em baixo e mesmo assim não estava satisfeita. Apesar de ter pouca idade, meu piu-piu deixava um certo volume na saia. Ela procurou em sua gaveta e tirou uma calcinha linda de algodão rosinha que em mim ficou bem cavadinha.
Nossa, ainda me lembro da sensação que senti naquele dia. um arrepio incrível como se choques elétricos percorressem todo meu corpo. Isso pra um garoto de 10 anos acostumado a usar cuecas sem graça, foi como gozar pela primeira vez. 😂😂😂
Meu cabelo não era liso e nem cumprido, mas tinha muito cabelo e os fios são grossos, portanto com uma escova bem feita e chapinha meu bem, adivinha se não fiquei com um chanelzinho bonitinho.
Transformar um menino em uma menina não é uma tarefa difícil, ou que seria necessário uma mega produção... todo menino antes da puberdade é praticamente um andrógino, ou seja, basta um penteado feminino, uma make bem feitinha, e uma roupinha bem menininha, pronto!
Gente... nem precisaria me olhar no espelho pra saber que o menino saiu correndo e deu lugar a uma menina muito linda, mesmo assim me olhei e durante um tempo sem nenhuma reação, comecei a chorar e lembrar que aquele sonho que eu tive, na verdade era a minha realidade dali pra frente.
Minha prima ficou com uma cara de espanto durante alguns segundos com as mãos na boca, na verdade admirando como seu priminho ficou lindo, ou melhor linda como menina. Meu coração batia em um ritmo acelerado, meus olhos começaram a lacrimejar tamanha minha felicidade, na hora eu e minha prima nos olhamos, e eu disse que estava me sentindo maravilhosamente bem como menina.
Durante todo o dia fiquei vestido como uma menina, me sentindo agora feliz como nunca... acredito que pelos nossos gritinhos de alegria, meu irmãozinho acordou e minha prima estava no telefone, acho que com algum garoto porque nem ouviu o choro do Márcio. Então fui até o berço dele e o peguei no colo...
Assim que o peguei, ele parou de chorar por um instante, voltando a chorar logo em seguida. Não sabia ao certo o que fazer, mas lembrei o que minha avó dizia quando ele chorava... deve estar com a fralda suja ou com fome.
Bom... ele não estava cheirando mal, então só poderia ser fome. Agora o problema maior era o que eu posso dar pra um bebê? Olhei na geladeira pra ver se tinha alguma mamadeira pronta ou papinha de bebê. .. nada, e agora?
Coloquei ele no cadeirão e fui preparar uma mamadeira de leite e um pouquinho de açúcar, amornei um pouco e antes de dar pra ele, pingue um pouco no braço pra saber se não estava muito quente.
Como ele ainda não segurava sozinho a mamadeira, o peguei em meus braços e comecei a dar de mamar pro meu irmão.
Minha prima me observava de longe e com um sorriso no rosto se aproximou de mim dizendo o quanto estava orgulhosa da prima dela. prima...prima...prima... essa palavra me deixou feliz, pois estava vestido como uma menina cuidando de um bebezinho.
Assim que ele terminou de mamar, minha prima disse que eu preciso colocar ele de frente pra mim, com a cabeça dele no meu ombro e dar tapinhas de leve nas costas para ele arrotar.... depois disso, comecei a ninar ele.
Gente... me sentia uma mãe precoce!
Infelizmente meu momento Barbie terminou. Com a ajuda da Michelle tirei toda a roupa e a maquiagem que ela tinha feito.
Depois desse dia, tivemos outros momentos parecidos porém, em outros momentos o assunto garotos eram predominantes em nossas conversas que mesmo estando como menina, me sentia mau com isso.
Voltando uns dias atrás, minha tia precisou voltar pra cidade dela com uma certa urgência para resolver algum problema em relação ao trabalho. Com isso meu tio e a Michelle puderam ficar um tempinho a mais.
Minha mãe voltou de viagem e como a minha prima estava junto, ela foi com a gente pra nossa casa. Meu irmão Marcelo quis ficar com a minha avó, então...eu, Caio, Márcio e a Michelle seguimos pra casa.
Chegando em casa meu pai já nos aguardava como sempre, de braços abertos, mas sério. ..parecia estar sempre de mau humor. Nos acomodamos e como tínhamos apenas 3 quartos em casa, meu pai e minha mãe ficavam com o quarto de casal com o Márcio, eu e Caio no segundo quarto, e, no terceiro quarto ficou a Michelle por ser uma menina.
Na manhã seguinte meu pai foi trabalhar, minha mãe e meus irmãos ainda dormiam, apenas eu e a minha prima estávamos acordados. Estava arrumando a mesa pro café enquanto a Michelle por ser mais velha, preparava o café e leite.
Durante os preparativos do café da manhã, nós estávamos lembrando dos momentos que tivemos sozinhas como duas meninas e nesse momento mamãe entra e ouve nossa conversa. .. nem eu, nem a Michelle percebemos a chegada da minha mãe porque estávamos de costas para a porta da cozinha.
Continua...