Verdade secretas 71

Um conto erótico de Arthur Miguel
Categoria: Gay
Contém 2654 palavras
Data: 30/04/2021 18:33:22
Última revisão: 01/05/2021 00:11:47
Assuntos: Amor, Gay, Mistério, Sexo, Tesão

Capítulo 71

_Isso é inaceitável! O você tem na cabeça, Víctor? Aquela salafrário tentou te matar! É por causa do dinheiro dele? Só pode. Não é possível que você seja tão burro!

_ Assim o senhor está me ofendendo, vovô!

_ Não estou não! Você que está se ofendendo e ofendendo a família inteira quando resolveu voltar para aquele psicopata!

Quando Víctor recebeu a ligação do avô o convidando para ir à sua casa, já presumiu que receberia um sermão por ter reatado com Ivan.

Era um domingo chuvoso e não teve a menor vontade de ir. Preferia ficar em casa com Alice, desejando que Ivan mudasse de ideia e os visitassem.

Contudo, percebeu que seria inútil adiar aquela conversa com a família.

Ouviu as críticas dos avós calado. Nem a presença da pequena bisneta abrandou o coração deles.

Estavam furiosos com a decisão de Víctor, temerosos de Ivan cometer outra violência futuramente.

Ao entardecer, Alice chorava querendo a presença de Ivan. A menina se acostumara a receber as visitas do pai diariamente e sentia saudades dele.

O seu choro era irritante, pois vinham acompanhados de pirraças: como bater os pezinhos no chão e gritos histéricos.

Contrariando a psicóloga, Víctor comprou uma chupeta e dava a menina, mas de nada adiantava.

Num dos ataques de pirraças da menina, Víctor perdeu a paciência e gritou com a pequena, a assustando, se encolhendo num cantinho, tremendo de medo.

Ao ver a cena, Víctor se arrependeu profundamente e a abraçou e a beijou pedindo desculpas.

Resolveu ligar para Ivan e relatou que a menina estava com saudades.

_ Eu vou pedir para que o Walace vá aí buscá-la.

_Isso não é certo, Ivan. Ainda não acabou os meus quinze dias com ela.

_ E o que você quer que faça? Deixo a menina chorando?

_ Se não quiser vir por mim, venha pela nossa filha.

_ Eu já disse que não piso mais aí. Esse negócio de pais vivendo em casas separadas não está fazendo bem para Alice.

_ Eu te amo. Não seja tão cruel comigo!

_ Quem está sendo cruel aqui é você, que está abrindo mão da nossa felicidade por causa das opiniões de terceiros.

_ Não são terceiros, é a minha família.

_ Eu sou também sou a sua família! Eu sou marido, porra!

No final dos quinze dias que Alice passaria com Víctor, Ivan foi buscá-la na portaria do prédio, se recusando a subir.

Víctor a entregou com o coração apertado.

A menina sorriu ao ver Ivan. Abriu os bracinhos para abraçá-lo. E repetiu com ele a sessão de beijos, que recebeu de Andréia.

_ Papai veio te buscar. Eu estava morrendo de saudades da minha luazinha.

_ Eu também tava com saudades de "mocê."

Perante a Víctor, Ivan se mostrou frio. Apenas o cumprimentando com um seco "bom dia", sem olhar no seu rosto.

O loiro observava a sua família partir e desejava ir com ela, mas o medo dos julgamentos da família o impedia de sair do lugar.

Quando chegou no apartamento, ficou observando os brinquedos da filha espalhados pela sala.

Sentou no sofá e relembrou dos momentos que Ivan e Alice estiveram ali. Seus olhos se umideceram ao lembrar das palavras do tio Adrian.

_ Você tem certeza que quer voltar para o homem que tentou te matar? Você vai nos deixar extremamente preocupados. Não vamos ter um minuto de paz, temendo que Ivan faça algo de ruim contigo.

Roseli tremia de nervosismo e falava de forma acelerada.

_ Você quer nos matar do coração? Nem eu e nem o seu avô temos saúde e idade para isso. Imagine se o cretino fizer novamente. Como nós vamos ficar? Você está sendo egoísta, Víctor. Não está pensando na sua família.

Para Víctor era torturante ficar entre as pessoas que mais amava. A família para ele era sagrada. Amava a todos de um jeito incondicional e não queria decepcioná-los. Por outro lado, amava Ivan na mesma proporção. Sentia saudades do amado. Havia-o perdoado. Não temia que Ivan o atacasse novamente. Ele ainda depositava no amado uma confiança que ele não sabia explicar a origem e o porquê a tinha. Ele apenas sentia.

À noite, recebeu a visita de Virgínia, que levou dois lanches completos de um fast food para que eles assistissem Gilmore Girls.

Enquanto comiam os hambúrgueres e as batatas fritas e bebiam o guaraná, Víctor narrava sobre o seu dilema entre o seu casamento e a sua família.

_ Eu não aprovo que você volte para aquele psicopata. O cara quase te matou!

_ Ele não é um psicopata! Esses não têm capacidade de amar e sentir empatia e Ivan ama a mim e a nossa filha.

_ Não se esqueça que psicopatas são extremamente sedutores. E a sedução é uma prática que Ivan domina com maestria.

_ Vocês todos estão o julgando muito mal.

_ Ele fez por merecer. E você nem tem o dedo podre pra homem, você tem o corpo inteiro. Precisa se benzer, veado. Bem que você poderia dá uma chance para o Gael.

_ Você novamente com essa história. Eu e o Gael não rola mesmo. Somos muito diferentes. Gael é da putaria. Você acredita que uma vez, ele me contou que namorava um cara e teve um dia que esse cara chegou de viagem e o flagrou trepando com outro.

_ Sério? E o que aconteceu?_ Virgínia perguntou sorrindo e mastigando uma batata frita.

_ O cara simplesmente olhou, sorriu e entrou na brincadeira.

Virgínia deu uma gargalhada batendo palmas.

_ É bem a cara do Gael curtir relacionamentos abertos.

_ Se eu chego em casa e pego o Ivan transando com outro, eu piro legal. Quebro tudo.

_ Como você é egoísta!

_ Sou mesmo. O meu amorzinho é só meu.

_ Isso é o que você acha, né? Você vive aqui e ele em Itacoatiara. Mesmo não sendo muito longe não dar para saber o que ele está fazendo. Ainda mais nos dias em que a Alice está contigo. Ele pode até trepar com outro na cama dele.

Victor sentiu tanta raiva com as insinuações da amiga, pois no fundo, temia que ela tivesse razão. Sentiu uma pontada de ciúmes imaginando o marido comendo outro homem.

A saudade bateu com força. Víctor não resistiu e arrumou as malas partindo para a casa a de Ivan.

Entrou na casa escura e silenciosa. O seu coração batia acelerado e empolgado para ver o homem da sua vida. Planejava abraçá-lo, beijá-lo e fazer amor por horas. O seu corpo se arrepiava só de imaginar Ivan o tocando despido, o fazendo seu.

Subiu as escadas correndo com um sorriso estampando no rosto. Abriu a porta devagar e algo o deixou surpreso.

Ouviu gemidos masculinos vindo dos aposentos de Ivan e as suas suspeitas foram confirmadas ao ver o marido metendo com força num rapaz, que estava de quatro.

Ao ver o loiro, Ivan sorriu com uma satisfação irritante e um ar de superioridade.

Deu um tapa da bunda do rapaz que rebolava e gemia.

Víctor nunca sentiu tanto ódio na vida. O seu sorriso se converteu numa expressão brava. Partiu para cima dos dois com os punhos fechados.

_ Desgraçados! Filhos da puta! Eu vou te matar, Ivan!

Despertou molhado com o suor do seu rosto. A raiva ainda permanecia nele. Olhou para o relógio do celular e percebeu que marcava uma hora da manhã.

Não conseguiu dormir por uma hora. Rolou pela cama lembrando do pesadelo e das palavras de Virgínia. Imaginar Ivan com outro o deixava louco de ódio.

Levantou e caminhou pela casa tendo como destino final o quarto de Alice.

Sentiu saudades da pequena. Lembrou-se do réveillon e dos outros momentos felizes que viveu ao lado da filha e do marido.

Sentiu um desejo imenso de abraçá-los, recordando da saudade devastadora que sentiu de Ivan, quando este partiu para os Estados Unidos.

Indo até a sala, pegou o porta-retrato e fitava a fotografia que tirara com Ivan na Suíça. Como foram felizes naqueles dias!

Em seu coração não havia nenhum resigno da raiva que sentiu de Ivan, quando descobriu que esse o havia agredido. Recordou de vários momentos felizes, do jeito doce que Ivan o acalmava e do dia em que o moreno salvou a sua vida no plano armado por Felipe e Sônia.

Concluiu que se não fosse por Ivan, teria morrido dentro daquele carro.

Num golpe de loucura e coragem, levantou e correu para o quarto. Arrumou as próprias malas e também fez uma pequena malinha para Alice, prometendo a si mesmo que voltaria outro dia para pegar o resto das suas coisas.

Ligou para um táxi e partiu em direção à Itacoatiara.

Ivan despertou com o toque do celular. Atendeu assustado, temendo ter acontecido algo grave com Víctor, para que o lloiro o ligar naquela hora da madrugada.

_ Aconteceu alguma coisa com você, meu amorzinho?

_ Eu estou aqui na porta da sua casa. Me ajude com as malas.

_ Como assim?_ Ivan perguntou meio sonolento.

_ Elas estão pesadas. E olha que eu ainda nem trouxe tudo.

Ivan sorriu e levantou as pressas, indo ao encontro de Víctor vestido com o pijama.

Tomou o amado nos braços, num abraço giratório e o beijou a boca. Ambos sorriram, com suas testas e pontas dos narizes encostados.

_ Você veio para casa a essa hora da madrugada?! Você é louco, meu Solzinho!

_ Sou louco sim. Louco por você, amor da minha vida.

Não resistiram e se beijaram com intensidade, deixando o desejo dominar os seus corpos.

Entraram em casa sorrindo. Ivan beijava o pescoço do amado o abraçando por trás.

Arrastou-o até a cozinha, o jogando com as costas na geladeira e o beijou novamente, erguendo o seu corpo, deixando as pernas de Víctor abertas e cruzadas nos seus quadris.

_ Estou faminto por você. _ sussurrou ao pé do ouvido do loiro, deixando-o louco de tesão.

Os seus corpos agiam por si. Devoravam-se movidos pelo desejo.

Os gemidos embalavam a dança do prazer. Que tocava em plena harmonia.

Víctor teve a blusa retirada e sentiu a boca quente do marido se deliciar com os seus mamilos rosados. Fez o mesmo com Ivan, retirando além da blusa do pijama, o short e a cueca, beijando o seu pescoço.

Ivan o puxou pelo cabelo e o pôs de Costa para si. Enquanto beijava a sua nuca e costa, abria o zíper da sua calça jeans e acariciava o seu pênis ereto, roçando o próprio na bunda do loiro.

Retirou a calça e a cueca branca do menino de uma vez, junto com os tênis, jogando todos no chão. Acariciou aquela bunda branca e macia, desejoso por ela.

_ Chupe!_ ordenou Ivan pondo dois dedos na boca de Victor.

Ivan foi a loucura vendo o seu Solzinho com a sua expressão angelical e inocente, chupando os seus dedos como fazia com o seu pau.

Não resistiu e o beijou, penetrando os dedos no cuzinho apertadinho e pulsante do menino.

Víctor gemia de um jeito manhoso, deixando o marido completamente vulnerável de tesão.

_Gostosinho! Vou te comer como se não houvesse amanhã.

Víctor sorriu de um jeito doce e malicioso, beijando o pescoço do amado.

Ivan o pôs sentado na pia com as pernas abertas. Desceu até o buraquinho da felicidade e se deliciou, linguando o cuzinho do seu loirinho, enquanto o masturbava.

Com as pernas trêmulas, Víctor não conseguia conter os gemidos, esquecendo-se da filha adormecida no quarto acima.

Ivan deslizava a língua para cima, saboreando os testículos e depois o pênis do menino, voltando para o cuzinho rosado, que se contraía, implorando para ser comigo.

Mirando no fundo dos olhos azuis do amado, Ivan pentreva com carinho, tendo o rosto acariciado pelas mãozinhas brancas e macias de Víctor.

Os movimentos foram acelarando e ambos gemiam e beijavam-se.

Víctor o abraçava forte, quicando no pau do moreno, sendo devorado por ele.

Ivan o pegou no colo sem retirar o pênis e o deitou sobre a mesa, onde se deliciou comendo aquele cuzinho quentinho e apertadinho, beijando a sua boca, queixo e pescoço.

Víctor pediu para ficar de quatro em cima da mesa e assim foi feito.

Rebolando no pênis de Ivan, enquanto se tocava Víctor gozou na própria mão, incentivado o amado a gozar também.

_ Vamos para o nosso quarto, meu neném?_ sugeriu Ivan, enquanto acariciava os cabelos de Victor.

Deitados abraçados e nus sobre a cama, eles se amavam entre beijos e carícias.

_Eu amo o seu abraço casa, Ivan.

_ Como assim abraço casa, Solzinho. O que é isso?

_ Te abraçar me dar o mesmo sentimento de estar num lar. Me sinto acolhido, protegido e confortável.

Ivan o sorriu, deslizando o dedo sobre os lábios finos e delicados do seu Solzinho.

_ Caralho! Finalmente, o meu amorzinho voltou para casa. Agora eu vou poder beijar essa boquinha a hora que eu quiser e ainda vou poder me deliciar com esse corpinho gostoso e essa companhia maravilhosa.

Ivan enchia Víctor de beijos pelo rosto, pescoço e peito, fazendo o menino gargalhar, devido às cócegas.

_Eu te amo tanto, Ivan. Eu amo te amar. Isso me faz bem. Me faz sentir algo bom dentro de mim. Me faz transbordar em boas sensaçõe.

Eles se olhavam irradiando afetos. Um desejava proteger e cuidar do outro, desfrutar das suas companhias e fazer desses momentos os mais maravilhosos possíveis.

Seus dedos se entrelaçaram. Expressaram as suas felicidades com belos sorrisos que direcionavam um ao outro.

_ Como eu pude ser tão cruel com uma criatura tão angelical como você?

_ Esquece isso, amor. Esse assunto que só nos machuca. Vamos viver o presente. Nós merecemos paz. Passamos por tanto sofrimento. Vamos combinar o seguinte: nunca mais falaremos sobre isso. Vamos viver como se isso nunca tivesse acontecido.

_ Você tem certeza? Afinal, você foi a vítima.

_ Tenho sim. Você salvou a minha vida naquele dia que tentaram nos matar. Você se pôs na minha frente da arma para me proteger, implorou para que Felipe poupasse a minha vida. Meu amor, eu soube pela enfermeira do hospital, que enquanto eu estive em coma , você passava noites em claro ao meu lado, aos prantos.

'Você sempre cuidou de mim, sempre foi carinhoso e gentil. Tudo isso, para mim, pesa mais do que o mal que você me fez. É disso que quero me lembrar, porque aquece o meu coração. São memórias boas e que me fazem sorrir. Não quero pensar em um passado tenebroso que me machuca.'

_ Ah, meu amor! Por que eu não te conheci antes, minha vida? Eu te amo tanto, my sunshine!

Ivan segurou a face do amado e selou um beijo longo, depositando nele todo o seu carinho e amor.

_ Só um minutinho.

Ivan levantou e foi até o closet ,retornando com a aliança de Víctor. Ergueu a mãozinha e a pôs no seu dedinho delicado.

_ Agora ela voltou para a casa.

Víctor sorriu com os olhos brilhando.

_ Amor, como ela veio parar aqui? A última vez que a vi foi no dia em que entreguei a minha mãe.

_ Ela jogou na minha cara, no dia em que foi na minha casa. Eu guardei, porque tinha certeza que ela voltaria para esse dedinho que tanto amo._ Ivan disse beijando a mão do loiro.

_ Amor, eu só fico triste pela minha família. Eu os amo muito. Não quero que cortem relações comigo.

Ivan acariciou os cabelos do menino.

_ Solzinho, eu estou do seu lado para o que der e vier. Eu vou fazer o que for possível para que a sua família não vire as costas para você.

_ Como você conseguir isso?

_ Eu ainda não sei. Mas, vou conseguir. Pela sua felicidade eu sou capaz de mover motanhas. É uma luta que batalho para vencer.

E-mail para contato: letrando@yahoo.com e Instagram: @arthurmiguel5203

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Comentários

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Olá, caro. Sexo real namoro em sua cidade > adultme.fun

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Concordo com vc Daniel, já tá na hora do Vitor se transformar em um homem e como diria o Ivan: ele já é pai.

Bora vê os próximos capítulos

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"Eu juro, que já tava pronto pra nesse fim de semana sair do RJ e pegar a barca pra soltar lá em Niterói e dar muito na cara de bicha burra e mongol."

Ai, morri com isso 😂😂😂😂😂😂

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Espero que eles dois se firmem de vez. Vamos ver como será esse desenrolar com a família.

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Finalmente o reencontro. Victor se preocupou com ele e o Ivan primeiro.

Amei. Esperando EP 72

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Aaee Victor finalmente voltou para casa. Que reconciliação gostosa kkk. Realmente o Ivan fez mais coisas boas do que maus.

Torcendo que Victor continue tendo uma relação amigável com a sua família. Acho que a familia não vai rejeitar o Victor, eu penso que eles apenas não vão querer mais ver o Ivan. Ancioso para o próximo capítulo.

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A-DO-REI...

Victor tem razão, viva o presente e o futuro, o resto é resto...

Gostei do luazinha para Alice kkk

Vem em mim EP 71

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