Noite. Meu dia foi tedioso. Trabalhei até as 16, e depois de muitos relatórios e documentos, fui pra casa. Dirigi o mais rápido que pude, sonhando com um banho relaxante, e a minha cama.
Morar só é realmente uma dádiva. Esqueci da toalha e, mesmo correndo o risco de levar uma queda sem precedentes, saí andando molhado pela casa. Gloriosamente nu. Peguei a toalha, me sequei, e decidi por ver um filme na sala. Achei um pornô qualquer, genérico. Deitei na cama, bati até gozar, e acabei dormindo.
Acordei horas mais tarde, com fome e sede. Decidi jantar fora, afinal. Me vesti o melhor que pude, e fui para o restaurante italiano que mais gosto. As massas são, sem dúvidas, incríveis. Ah, o fettuccine, as carbonaras... Pedi meu vinho favorito também. Escolhi me dar um esse desfrute. Um tanto salgado o preço, mas vale o prazer.
Aproveitando que ainda era cedo, por volta das 22 horas, decidi ir a alguma balada. Dançar, beber. Chamei o primeiro aplicativo que acessei, e fui. Encontrei Paulo, meu grande amigo. Lindo até o limite dos olhos. Moreno, alto, cara de menino que precisa de cuidado. Cabelos rebeldes, braços fortes, jeito de homem, que faz qualquer um se derreter só de olhar. A bissexualidade é um dom, amigos...
Ao me ver, Paulo facilita a entrada. O local está, relativamente, vazio. Uma morena linda, de bermuda jeans, camiseta justa e boné, olhos verdes, chega e puxa papo. Em 20 minutos estamos nos pegando ardentemente como se fôssemos amantes à décadas. Seus peitos são enormes, branquinhos, com pequenos bicos rosados. Chupo com toda a sede que tenho, lambendo inteiro, alternando entre um e outro. Provo todo o seu corpo, enquanto ela está no meu colo, na última cabine do banheiro, e em outro rápido momento, sua boca rosa, de lábios grossos, envolve meu cacete magistralmente. Quente-úmido, saliva escorrendo até o saco, pingando o chão. Ela dá suaves sugadas nas bolas, me fazendo arrepiar. Boca esperta...
A jogo contra a parede do banheiro, e com uma perna no meu ombro, percorro com a boca todo o caminho entre o alto das coxas, e a pontinha escondida do clitóris. Os pelinhos curtos de sua buceta, em contato com a minha língua, dão uma sensação até refrescante, se poderia usar essa palavra. Seu sabor é maravilhoso, e a expressão sapeca e prazerosa em seu rosto me faz ampliar ainda mais os movimentos com a língua. Imagino que ela realmente não esperava ser comida naquele dia. Mas a verdade, é que é ela quem me come. Ela me escolheu, e me faz muito prazer a cada movimento dentro dela. As posições do sexo forte e rápido que fazemos são várias, e ouvir ela gemer como uma gata no cio (o que ela realmente é), me faz gozar rápido.
Visto minha jaqueta, que estava pendurada em um prego estratégico na parede, e saímos. Fico com sua bela calcinha fio dental branca no bolso da jaqueta. Belo souvenir.
Vou ao bar, beber um dry Martini, logo após arrumar o cabelo do melhor jeito possível no banheiro. Não que ninguém vá perceber que eu acabei de transar, mas a moral vigente me força a fingir que não. Não que eu ligue muito pra moral também. Foda-se a moral, aliás.
As horas vão passando, o sono vem vindo. Troco alguns beijos ocasionais com a bela loirinha várias vezes durante a noite, mas logo ela está junto a outro, que rapidamente terá o prazer de sua companhia, e a surpresa em saber que ela está sem calcinha. Rio ao pensar nisso. Já estou alto, mas ainda perceptivo. Divertido, diria. Danço, rio, canto algumas músicas. A gravata sumiu... Lembro que vim sem ela, e rio da besteira que acabo de pensar. Uma vultosa confusão começa. Típico. Devem estar brigando por alguma mulher. Quem sabe não seja a loirinha linda que tive no começo da noite? Me aproximo.
Há no chão uma menina, com o rosto vermelho, quase púrpura, por haver levado um soco. Não é a loira. Aparenta ser uma adolescente, bem emo. Cabelos coloridos, corpo magro, com poucas curvas, vestindo uma saia longa. Há um indivíduo gritando coisas que não consigo ouvir, pela altura da música, para a menina no chão. Ela chora, e esconde o rosto com as mãos. Talvez seja uma briga de casal, e ele tenha tido um acesso de ciúmes por ela haver falado com alguém. Não consigo imaginar como alguém tão pequena e frágil pode namorar alguém tão alto e forte. Parece até disforme imaginar que sejam um casal. Ele é muito mais alto que ela, e realmente tem o corpo proporcional a duas vezes o dela. Alguns riem, e ele se prepara para chutar a garota. Intervenho, e percebo o quão furioso ele está. Tento afastá-lo de lá, mas ele tenta me bater. Esquivo, e mostro que não quero brigar, mas ele realmente está disposto ao confronto. A garota corre, e some no meio da multidão. Ele me empurra, e tenta novamente me bater. Acerta meu ombro. Me sobrevém uma ira súbita, e em um segundo, acerto seu nariz, que fratura. O sangue quente cai sobre a minha jaqueta. Xingo, pensando na porra de trabalho que terei para tirar a mancha. Ele ajoelha com a dor, e segura a face. Merda de bêbados briguentos...
Volto ao bar, e bebo mais alguns goles do que o bartender me trás. Realmente não faz diferença o que seja. Tudo já parece água depois do primeiro uísque. A garota aparece, e senta do meu lado. Pede uma bebida doce qualquer, e o garçom volta com uma taça rosa, com um morango na borda. Sequer acho que ela tem idade pra beber, mas o que me importa? Ela se aproxima do meu ouvido, e agradece. Sua voz é de um estranho tom gostoso de ouvir. Ainda não posso ver seu rosto, mas percebo um choker com argola. Conversamos algum tempo, e decido que irei para casa. Pergunto se ela quer carona para algum lugar. Ela chora.
Imediatamente percebo que talvez ela não tenha para onde ir. Convido para meu apartamento. Ela aceita, balançando a cabeça, submissamente. Digo para ela seguir em frente, e ela anda, com medo de talvez o indivíduo reaparecer. Tenho relativa certeza de que não vai. Dou minha jaqueta a ela, que aceita. Fica muito larga, mas logo estará aquecida. Do lado de fora, posso enfim ver seu rosto. É negra, tem traços suaves, lábios grossos. O cabelo emo dá certa graça a ela, juntamente com seu choker, mas o olhar submisso é realmente curioso. Aliás, seu olhar sobre mim é de curiosidade e certo afeto. Percebo, rapidamente: a menina é trans, ou somente um femboy. Não saberia dizer. Talvez fosse esse o motivo de raiva do indivíduo.
Ela segue em silêncio durante todo curto trajeto no carro. Talvez tenha medo que o motorista seja desagradável. Ou pior, talvez o medo seja de mim.
Ao adentrar, ela para na sala, como se esperasse instruções. Pergunto se não deseja um banho e roupas limpas. Ela me olha como se não me entendesse. Se não tivesse ouvido sua voz antes, diria que não entende meu idioma. Aguardo sua resposta, sustentando o olhar sobre ela, que aquiesce, como se eu estivesse ordenando algo a ela. Banho tomado, roupas trocadas, está eu sem camisa, vestindo um calção qualquer. Ela usa um dos pijamas que ganhei, e nunca usei. Enorme, para seu corpo frágil. Em algum momento acabo cochilando, e sinto uma movimentação. Acordo com ela aos meus pés, com a mão sobre meu volume, que diz precisar me agradecer por havê-la salvo. Digo que não precisa, me afastando, apesar da ereção que afirma o contrário. Sua atitude submissa realmente dificulta a ida da excitação, e ela me olha como se eu lhe desse fome, ao mesmo tempo que aparenta ter medo de eu a expulsar. Ambos os sentimentos correm por trás de seus olhos. Se aproximando, lentamente, ela beija meus pés, dizendo que sou bom com ela, e precisa retribuir o favor.
Suas mãos sobem por minhas pernas, e puxam o calção lentamente. Não resisto. Chamando-me de senhor, com uma voz suplicante, ela pede que eu sentasse no sofá, enquanto segura meu pau com uma mão, e acaricia meu saco com a outra. Realmente não esperava acabar assim a noite.
Ela lambe, lentamente. Somente a ponta da língua passa por todo o membro. Quando atinge a ponta, um choque passa meu corpo, e um gemido involuntário sai. Sorve um testículo, enquanto me masturba. A garota realmente sabe o que faz. Procurando minha mão, ela põe em sua cabeça, como pedindo que a guiasse para meus gostos pessoais, enquanto troca o testículo, e tenta por os dois na boca. Quanto realmente põe a cabeça do pau na boca, solta um gemido baixo e agudo, que faz todos os meus músculos sentirem a vibração. Parece aprovar o sabor, fechando os olhos com uma expressão feliz. Babando ilimitadamente, enquanto tenta engolir toda a extensão e acaricia meu saco com a ponta dos dedos, e suavemente com as unhas, percebo sua entrega. Acelera, trabalhando mãos e boca ao mesmo tempo. O único barulho que há, é o som molhado que ela produz entre minhas pernas. Enfiando os dedos entre seus cabelos, seguro sua cabeça, e gozo como se não houvesse transado a semanas. Derrubo a cabeça para trás, e sinto me cutucar a coxa. Olho para ela, e vejo engolir todo o produto de seu incrível trabalho. Seus lábios estão inchados, e o rosto um pouco sujo de porra, igualmente ao meu pau. Ela percebe, e volta a lamber, inclusive na virilha.
Puxando pela argola em seu pescoço, a trago para meu colo nu, e beijo sua boca, como que agradecendo pelo que havia feito. Ela se aconchega em meu colo como um animal perdido que encontra uma casa. Conta muito sobre sua vida. Sobre a rejeição familiar, sobre ser submissa, ser solitária, e diz que saiu que saiu com o rapaz que a agrediu por gostar dele, mas ele acreditava que ela fosse uma menina colegial. Ao descobrir que não era, tentou feri-la do pior modo possível, e disse ter visto que ele andava com um canivete, e que tive sorte em não ser ferido. Beija meu pescoço, e segue com beijos pelos ombros. A ereção, que estava se indo, retorna. Tenta descer do colo, mas a seguro pela cintura, enquanto tiro a blusa que veste. Tem pequenos seios pontudos, que me fazem salivar. Sugo e mordo cada um, por tempo indeterminado. Ela geme, como se fosse gozar somente assim. Parece ser muito sensível. Não possui sequer um pelo no tronco. Lisinha como eu gosto. Sinto uma grossa gota de pré-seminal escorrer. Ela diz que será minha cadelinha sempre que eu quiser, e pede uma tapa. Bato, e sinto seu rosto esquentar. Ela geme. Digo que já que quer ser cadela, começará agora. Improviso uma guia rápida com a blusa, e a faço sair de quatro enquanto a puxo para o quarto. Ela segue, como se sempre tivesse feito aquilo. Estranhamente, parece feliz. Abanaria o rabo, se tivesse um. Fico em pé na sua frente, e ela volta a me lamber o pau, que baba ainda mais. O fio grosso que liga sua língua ao meu pau se estica bastante, e ela aparenta gostar do sabor. Dou outros tapas em seu rosto, e ela continua empolgada em sua função de usar a boca. Decido jogá-la na cama. Rasgo a calça que usa, e aparece uma calcinha rosa. Tiro-a, sabendo que não posso rasgar, juntamente com a calça. Queria poder passar a tesoura. Seu pênis é relativamente médio e grosso, e também está babando bastante, com uma ereção pulsante. Penso em várias coisas que poderia fazer, mas decido que aquela madrugada será de prazer. Pra mim, e pra ela. Colocando-a de bruços, vejo seu cuzinho pequeno, que pisca pra mim. Chupo, usando a língua de várias formas diferentes. Seus dedos ficam brancos, agarrando a colcha da cama. Parece estar perto de convulsionar, como se aquela fosse a primeira vez que sentia essa sensação. Coloco um dedo, e chegando perto de sua próstata, ela goza. Pouco, mas posso ver as gotas caindo sobre a cama.
Deixando-a na posição de frango assado, começo a socar sem piedade. Já que quer agradecer, irei cobrar sem limites. Começo a sentir, ao longe, o orgasmo e a nova ejaculação se avolumando. Vai demorar, e eu não tenho pressa. Sinto seus dedos pressionando meu braço, em razão da óbvia mistura de dor e prazer que sente. Algum em maior volume imagino. Sua voz baixa logo começa a se transformar em gritos, pedindo que a foda com mais força. Não negaria um pedido desses. Ela me chama de senhor, e pede que eu seja seu dono. O orgasmo vem correndo, e eu gozo ainda mais. Caio por sobre ela, ainda dentro de si. Sinto seu gozo na minha barriga. Deito na cama, respirando. Ela se aninha sobre mim. Pede que eu seja seu dono. Soube que aquela resposta sempre estivera em mim. Por todas as noites.