Esta já é a quarta parte desta história. (Leia a parte I, II e III).
Malu havia deitado a cabeça no meu peito e adormeceu serena. Tinha uma expressão muito feliz. E finalmente sentira um grande alívio, pois nossa conversa tinha sido bem esclarecedora. Estava convencido que Malu fora sincera, e que tudo que havia feito, tinha a vontade de me provocar mais excitação e desejo. Mas eu tinha traçado planos de fazer uma separação, no dia seguinte, sem que ela soubesse, para provocar uma grande surpresa nela. Tudo estava pensado para deixa-la muito desnorteada. Só que naquele momento eu já não sabia se era o melhor a fazer. Pensando em tudo aquilo eu acabei por adormecer também. Já estava começando a clarear o dia quando despertei. Sabia que tínhamos que sair do motel, ir até em casa nos arrumarmos para trabalhar. Chamei Malu com jeitinho, sendo carinhoso, e ela despertou serena. Me fez um afago no rosto e disse:
- Que bom acordar assim com os seus carinhos!
Eu disse:
- Quase não a acordo. Ver você dormir serena me traz muita paz.
Naquele clima de carinhos fomos ao banheiro, fizemos nossa higiene matinal enquanto esperávamos o café-da-manhã servido no quarto. Quando o desjejum chegou, nos sentamos diante da mesa e comemos aquela refeição bem servida, com frutas, leite, café, cereais, ovos mexidos com bacon e pães fresquinhos além de manteiga e geleia. O clima era descontraído, mas por dentro eu estava angustiado.
Depois eu pedi a conta e Malu fez questão de pagar com o cartão dela, como havia prometido. Antes de sair eu disse:
- Precisamos repetir isso mais vezes. Gostei de você pagar.
- Quantas você quiser meu amor. Para ter prazer eu pago satisfeita. Com ou sem acompanhantes adicionais é muito bom.
Eu não falei mais nada, não queria mexer nas feridas. Pegamos o carro e fomos para casa. Lá ela tratou de se arrumar para o trabalho e se despedindo rapidamente seguiu. Eu fiquei dizendo que iria mais tarde quando o mecânico trouxesse meu carro. Assim, fiquei sozinho em casa para preparar a minha saída.
Comecei a arrumar uma mala, separar coisas que eu poderia precisar, organizar a bagagem que pretendia levar. Mas enquanto eu preparava aquilo me bateu uma ideia.
Resolvi mandar uma mensagem para o meu amigo com quem eu havia me aberto e trocado ideias. Ele é muito mais experiente e poderia ter o que dizer. Ele não demorou muito a responder e em meia hora estávamos trocando conversa. Contei a ele os detalhes do meu plano, e também minhas dúvidas, depois da noite que passara no motel. Ele me perguntou:
- Qual foi a sua reação quando viu sua mulher com outro?
- Fiquei muito embananado, porque estava chateado, com vergonha, e meio puto da vida de ter que passar por aquilo de surpresa. Mas ao ver a Malu excitada, se exibindo para mim me excitou muito. Acabe filmando tudo, de pau duro.
E o negão? Foi legal ou escroto?
- Foi profissional, fez de tudo com ela, mas não me ofendeu nem me tratou mal. Não ligou muito ao fato de eu estar ali. Fez o serviço.
- Você sentiu raiva dele?
Parei para pensar no que dizer. Fui sincero:
- Dele não, eu senti raiva da Malu me fazer de espectador na marra, uma forçada de barra da minha mulher. Ela fez questão. Na hora isso me chateou muito.
- Mas você ficou com tesão de ver?
- Acabei ficando. Não sou de ferro. Ver minha mulher com tesão e gostando da safadeza é o que mais me deixa louco. Sempre foi assim.
O amigo sorriu:
- Sim, pelas suas respostas, posso afirmar, você é um liberal, um “Cuckold” assumido. No fundo, gostou de ver, só não gostou de não ter sido tudo combinado.
Concordei. Ele era experiente e tinha razão. E aproveitei para contar que depois tivera uma conversa com a Malu, onde ela esclareceu muitas coisas. Eu tinha terminado a noite muito bem com ela, não sabia se deveria prosseguir com o plano de sair de casa.
O amigo perguntou:
- Você acha o que? O que receia?
- Temo que a Malu fique transtornada. Ela não vai entender. Ela já se explicou, disse que me ama, eu também disse que a amo demais, sabe que eu gosto de ver ela safada, e se eu sair assim, de supetão, ela pode ficar tão revoltada que piore tudo. Não quero perder a mulher, quero apenas me entender melhor, e estabelecer um protocolo de respeito.
O amigo então sugeriu:
- Já que você já conversou e se entenderam, talvez seja bom não tomar essa atitude. Quem sabe ter uma segunda conversa? Deixe a medida extrema em último caso.
Agradeci muito a postura dele. Ele ainda comentou:
- A maioria dos homens que tem esse fetiche, na verdade, não gostam de serem humilhados ou ofendidos. A relação do fetiche é com a mulher, sua excitação está em ver a mulher se comportando de forma liberal e mais safada. Ver a mulher tendo prazer com outro. Mas a maioria não gosta de ser manipulado ou servir apenas de patrocinador. Quando a coisa tem a cumplicidade e feita em comum acordo, fica muito mais excitante e sem grandes danos.
Eu disse que era exatamente isso que eu sentia, e achava que Malu havia entendido também, mas eu iria deixar bem claro. Agradeci e desliguei.
Eu poderia protelar minha saída mais um dia, para o sábado ou domingo. Não afetava em nada. E me daria a chance de ter mais uma conversa com a Malu, naquela noite. Deixaria minhas coisas prontas para sair. Ficaria com tudo preparado, e depois de falar com ela, conforme fossem as posições dela, eu poderia mesmo tomar essa decisão. Assim poupava a Malu de ter um choque de chegar e encontrar a minha partida.
Assim fiz. Deixei as coisas todas arrumadas, peguei um taxi e fui para o escritório onde havia deixado o carro usado que eu comprara. Trabalhei com a cabeça sempre remoendo o que deveria falar com a Malu. Eu precisava ter clareza de expor tudo que não me agrava, e definir com ela nossos limites. Enquanto pensava, eu resolvi que contaria a ela o meu plano, para ver o que ela diria. E assim fiz.
No final do dia eu fui para casa e cheguei antes da Malu que sempre ia na academia depois do trabalho, mas ela não demorou como costumava fazer quando tinha seus encontros. Ela veio direto para casa e me encontrou adiantando umas coisas para o jantar. Estava habituado a fazer aquilo, pois ela sempre chegava mais tarde. Era sexta-feira e logo que entrou Malu veio me dar um beijo e questionou:
- Que carro velho é aquele na garagem? O seu não ficou pronto?
Limitei-me a fazer um sim abanando a cabeça e dando de ombros. Não falei nada. Ela não se interessou mais e saiu dizendo que ia tomar um banho. Olhei para ela se afastando. Malu usava um short de malha de ginástica verde escuro, bem colado, mas muito colado mesmo, modelando suas lindas nádegas e a cintura batida. Estava muito sexy com o top da mesma malha. Ao ver aquilo podia perceber que Malu não estava apenas querendo agir para me provocar. Tinha realmente mudado, descoberto seu poder de sedução, a atração que exercia nos homens, e se deliciava com isso. Malu tinha se transformado na mulher sexy que eu desejara ter. Deixei que tomasse o banho e aprontei as coisas para o jantar. Quando eu havia terminado a comida a Malu apareceu na sala, usando um baby-doll branco bem curto de renda que era a coisa mais sexy que já vira ela usando. A renda bastante delicada e de um tecido elástico se colava em seu corpo de forma incrível e todas as suas curvas, saliências e reentrâncias estavam modeladas. Malu veio descalça e ela sabe que eu adoro seu caminhar sensual com aqueles lindos pés pequenos e delicados. Eu elogiei logo quer a vi:
- Meu deus que maravilha!
A minha excitação veio na mesma hora. Eu já tomara banho e vestia um short largo e sem cueca, com uma camiseta curta, o que facilitava que ela notasse minha ereção. Mas ela nada disse, fingindo não notar. Nos servimos da comida e nos sentamos à mesa da copa que é pequena. Uma prancha larga de um metro e pouco, que se projeta da parede fixa em um suporte e fica suspensa presa no teto por duas correntes terminadas em argolas na sua extremidade. Sentados em cadeiras simples, estávamos um diante do outro, e relativamente próximos a ponto de nossos joelhos poderem se tocar. Começamos a comer em silencio, quando eu resolvi puxar assunto:
- Vendo você assim, maravilhosa, desisto fácil da ideia de separação.
- Que papo é esse? Separação? Teve essa ideia?
Olhei para ela para que ela visse que estava sendo verdadeiro:
- Tive. Algumas vezes nos últimos meses.
Malu pensava ainda que eu estava fazendo jogo de palavras:
- Ah, e posso saber de onde você inventa essas loucuras?
- As suas atitudes, me deixaram muito abalado. Eu vi sua mudança da água para o vinho, e tinha certeza de que pretendia me destruir. E minha reação era a de fugir desse ambiente.
Malu parou de comer. Assentou o garfo na beirada do prato e ficou avaliando minhas reações. Eu estava desarmado, falando sem agressividade, mas tentava parecer sincero. Ela disse como se desabafasse:
- Amor, tem horas que eu acho que você é neurótico. Você muda da água para o vinho, num instante está muito apaixonado me elogiando e depois me diz que quer separar. Você sabe perfeitamente o que provocou minha raiva no passado, já conversamos sobre isso. Mas eu transformei todos os limões em limonada. E já disse que é tudo passado. Não entendo sua conversa. Aonde quer chegar?
Eu também havia parado de comer. Sabia que aquela conversa não seria fácil. Em vez de tentar explicar eu apenas disse:
- Deixei ontem, tudo preparado. Quando você foi me pegar no escritório para ir ao motel, eu já tinha tudo planejado. Pretendia pedir um tempo no nosso relacionamento, estava totalmente desgostoso com o que estava acontecendo e precisava ter calma para pensar. Sairia hoje de casa. Mas então você me fez aquela surpresa...
Malu primeiro ficou branca como cera, depois ficou amarela, e depois foi ficando vermelha. Sua expressão mudou de surpresa para espanto e depois para indignação. Mas não se deixou levar pela emoção. Respirou fundo e apenas falou em voz baixa:
- Não estou entendendo, nada. Gostou da surpresa, mudou de ideia? Já falamos sobre isso...
Não esperei que concluísse:
- Sim, já falamos sobre isso, mas não dissemos tudo. Estou revelando para você o que você não sabia. Eu já havia decidido. Eu não gostei da surpresa como fez, já disse, me senti uma besta, um banana, e ainda filmando vocês, era como se estivesse sendo usado. Filmei porque seria uma prova concreta. E ao mesmo tempo, mesmo contrariado, acabei reagindo excitado ao impacto erótico das cenas que você fazia. Eu não quis naquela hora confrontar, me revoltar, de forma a romper com tudo, por alguns motivos que agora posso explicar, mas na hora eu estava muito angustiado, e sofri bastante.
Malu olhava sem acreditar que ouvisse aquilo. Percebi que minhas palavras a atingiam e ela se dividia em raiva e susto. Ela exclamou:
- Vou ficar louca. Acho que estamos loucos...
Eu precisava não perder o fio do raciocínio e disse:
- Sei que sou o culpado de ter desencadeado todo esse processo. Eu não sou nem nunca fui santo, e de fato mereci sua vingança. Eu só desejava ter uma esposa mais liberal.
Fiz uma pausa e depois continuei:
- Mas eu não quero, e não vou aceitar me tornar um joguete nas tramas que você desenvolve, sem que eu tenha a menor chance de me decidir. Não me sinto bem sendo o último a saber e nem ser consultado. Acho que você deve me consultar sempre.
Vi que Malu realmente se revoltava. O crispar dos lábios apertados e o branco em volta de sua boca indicava que ela estava realmente brava:
- Ah.... Você não entendeu nada, não serviu de nada o que falamos na madrugada. Eu não aceito ouvir isso!
Malu não se levantou da cadeira, porque talvez estivesse trêmula. Reparei que suas mãos tremiam. Insisti:
- Estou apenas contando como me encontrava até termos aquela conversa. Estou explicando o que motivou antes a minha vontade de sair de casa.... Hoje eu quero apenas conversar com você.
Malu descarregou jogando os talheres sobre o prato.
- Porra, que ódio, você não me respeita, não acredita, não me aceita, diz que gosta mas não gosta, e não sabe o que quer...
- Malu, eu sou apaixonado por você. Se não a aceitasse, não estaria aqui até agora! Acredito em você pois sempre foi verdadeira com tudo. Mas nunca tivemos as conversas que temos feito ontem e agora, e é isso que eu estou querendo dizer.
Finalmente Malu se levantou. A vontade dela era de sair, mas ela ainda permaneceu de pé com as mãos apoiadas sobre a mesa. Num relance eu vi sua pose ligeiramente curvada, as pernas meio abertas e a bunda empinada. Na minha mente veio um flash de tesão de ver aquela postura provocante. Ela estava mesmo muito gostosa com aquele baby-doll. Mas ela não fazia aquilo propositalmente, era natural. Malu disse sibilando as palavras:
- Eu devia deixar você fazer isso mesmo. Separar. Dar um basta nisso. Não que seja o que eu queira, mas acho que você talvez precise mesmo se resolver. Cansei de tentar entender...
As palavras dela me provocaram um gelo no estômago e um arrepio. Não queria aquele clima. Me levantei e fiquei em pé diante dela. Olhei em seus olhos e tentei ser muito verdadeiro:
- Malu, eu não sei se isso seria bom para nós. Não quero ficar longe de você, por isso resolvi conversar. Tenho medo de que a distância seja pior. Não quero errar. Muito menos perder você. Preciso apenas chegar a um ponto de entendimento onde a gente se acerte.
Malu foi se transformando, e as emoções a dominavam de forma inesperada. Vi que ela tentava segurar, mas as lágrimas começaram a escorrer de seus olhos, e logo ela começou a soluçar. Com calma eu dei um passo em sua direção e abracei-a. Ela não reagiu e se deixou aconchegar. Percebi que ela tremia de nervoso. Comecei a ser mais carinhoso e acariciei seu cabelo. Ela se aninhou em meus braços e mantive o abraço. Ficamos assim por uns dois minutos, em silêncio. Aos pouco eu senti que ela ia se acalmando e eu disse baixinho:
- Malu, eu a adoro. Só quero me acertar.
Ela estava triste, magoada, e não reagiu. A raiva tinha dado lugar a uma certa tristeza. Mas ela não se mostrava nem agressiva e nem reativa. Fui apertando meu abraço e ela foi se deixando envolver. Nossos corpos se colaram e eu senti o calor que se emanava dela. Era gostoso sentir aquilo, e eu também procurei me colocar com grande afeto e carinho. Dei um beijo em sua testa, depois beijei no rosto. Malu ergueu a cabeça e me olhou nos olhos. Aproveitei para beijar sua boca. Ela correspondeu e aos poucos nossos beijos foram ficando mais intensos. Senti que o corpo dela se aquecia mais e uma ereção começou a se formar entre as minhas pernas. Colado no corpo dela como eu estava ela também sentiu o volume se formando e reagiu beijando de forma mais sensual. Os seios dela já estavam latejando encostados ao meu e passei a percorrer as mãos por suas costas, acariciar sua cintura e desci para as nádegas. Nossa respiração começou a se alterar. Agarrei Malu pela cintura e carreguei-a até na sala, onde a coloquei de pé sobre o assento do sofá. Dessa forma seu umbigo ficava na altura do me nariz. Puxei as alças do baby-doll de seus ombros e fui despindo, descendo, libertando seios, a barriga, até descê-lo pelas pernas. A roupa caiu aos pés dela e Malu se desvencilhou com um movimento do pé. Estava nua na minha frente e seu corpo novamente exalava um aroma delicioso que misturava o perfume dos cremes de hidratação que ela usa para a pele com seu próprio cheiro corporal de fêmea excitada. Tudo aquilo me fazia recordar que desde que houvera a descoberta das minhas traições e Malu se transformara, eu nunca mais sentira monotonia, desinteresse e falta de atração por ela. Sempre estava muito atraído e excitado. Na minha mente, a imaginação dela como mulher liberal e mais independente, mais solta e mais livre para se permitir novas experiências sexuais atuavam em meu sentimento como fermento do desejo, um pouco de ciúme e um pouco de medo de que ela pudesse deixar de me querer também. Eu a beijei no corpo, nos seios, no ventre, na virilha e logo estava mergulhado entre as suas pernas lambendo os grandes lábios de sua xoxotinha. Ouvia Malu suspirar de prazer. Aos poucos com as minhas lambidas ela se entregava mais e quando eu coloquei a língua dentro e sugava sua xana ela foi ficando de pernas mais moles e se ajoelhou sobre o sofá. Depois se sentou sobre os calcanhares e puxando meu calção, deixou meu pau livre empinado na altura da sua boca. Malu começou a lamber, o saco, as bolas, e virilha, o pau, até abocanhar a cabeça com sua boca quente e sugar. Ela havia aprimorado a arte de chupar com muita experiência. Soltei uma exclamação de prazer. E ela mamava enquanto acariciava meu saco, com dedos suaves. Com a outra mão ela agarrava minha bunda, segurando para me manter próximo. Eu disse:
- Caralho Malu, que delícia! Amo você!
Consegui segurar as ondas de prazer por quase um minuto, mas ela foi aumentando de tal forma as chupadas e lambidas que eu sentir que talvez não aguentasse segurar. Eu disse:
- Se continuar assim eu gozo.
Malu parou. Normalmente, ela não teria parado, pois eu sei que ela gosta de me fazer gozar quando chupa. Mas ela parou e ficou me observando. Por uns quinze segundos eu fiquei de pé, suspirando, com o pau dando solavancos bem diante dela. Quando a minha respiração ficou mais controlada, ela pegou em minha mão e me puxou:
- Vem, senta aqui no sofá. Vamos então conversar e ver se a gente pode se acertar.
A minha excitação sofreu um baque. Não esperava aquela reação dela. Me sentei ao seu lado enquanto ela se ajeitava melhor nas almofadas. Os dois estávamos nus. Malu resmungou:
- Vou perguntar apenas uma vez, para nunca mais. Você realmente se excita com a ideia e com o fato de me ver fazendo sexo com outros? Ou era apenas uma fantasia que na prática não gostou?
Eu também não esperava aquela pergunta. Fiquei olhando para ela e pensando como responder da melhor forma.
- Eu sempre me excitei com a ideia de sermos mais liberais, e ao pensar em ver você com outros me excitava muito. Como me excitou ver você mais solta, mais assumida da sua sexualidade, do seu poder de sedução, e do seu prazer. Mas...
- Mas... o quê? Eu não esperava ser assim, mas foi você que me induziu a descobrir isso. Praticamente tomei um choque ao ver o que você fazia com outras. E resolvi mudar. Achava que a culpa era minha, e me transformei. E agora?
Retomei minha reposta:
- Eu confesso que gosto de ver a sua versão mais liberal. E quando você começou, eu tinha apenas um grande pesar do sentimento de que se jogava para outros homens para me agredir e se vingar. Isso me doía. Mas me excitava saber que você gostou, pois eu sou assim, é da minha essência ser liberal. Mas não queria que você se entregasse por raiva ou vingança. Por isso nunca quis participar de nada. Não ia me entregar ao sacrifício de ser humilhado pois sabia que iria me magoar.
Malu observava minha reação. Ela questionou:
- Mas você fazia amor comigo, muito excitado quando eu chegava em casa, depois de fazer sexo com outros. Nunca escondi e você parecia gostar muito.
Concordei acenando com a cabeça. Expliquei:
- São situações contraditórias, mas que ocorreram. Eu ao mesmo tempo em que sofria com as suas atitudes, me excitava com as suas narrativas do que fazia. Eu gosto de você, sempre tive muito tesão. E isso só aumentou com o tempo. Só que eu não via como se você realmente estivesse gostando, mas como se fosse uma atitude que era para me confrontar, me rebaixar. Depois, comecei a notar que você já estava gostando daquilo, e em vez de eu gostar, eu por dentro sofria, pois não era uma coisa cúmplice nossa, mas uma atitude que você faria independente de eu existir ou não.
Malu permaneceu calada me observando. Ficamos alguns segundos em silêncio. Resolvi questionar:
- Você diz que foi empurrada, mas depois, gostou dessa mudança? Não falamos muito bem sobre nós, não sabia muito bem o que você sentia ou sente.
- Nas três primeiras vezes em que saí com o meu colega de empresa, eu estava fazendo por raiva, vingança, frustração. Dei para ele porque estava revoltada e ele sempre me assediou. Mas foi bom, não tinha nenhum envolvimento emocional, era apenas sexo, ele era bom amante, e me ajudou a me soltar muito. Ele me tratava como uma fêmea qualquer, puro desejo, e aquilo me excitou de uma forma incrível. Depois, confesso que passei a gostar muito, e tratei de aproveitar o embalo. Foi quando fui me consultar com a médica e me prevenir. Pois descobri que gostava, decidira que iria ser feliz, que iria viver minha vida, desfrutar do prazer, com ou sem você. Mas eu amo você, tudo fiz para ser melhor para nós. Eu não sabia como você iria reagir e fui testando. Todas as vezes você parecia estar aceitando a ideia, já era traído, mas não sabia. Eu então planejei revelar a você e gravei o vídeo. O resto você sabe. Eu jurava que você estava muito feliz. Não imaginava esse drama que me contou.
Fiquei calado olhando para ela. Ela havia se explicado. Eu havia me explicado. Mas era preciso definirmos nosso código de conduta. Falei:
- Malu, nós podemos ser liberais, podemos ser cúmplices, desfrutar de situações que nos despertem o desejo, mas temos que respeitar o sentimento do outro, o limite que preserva o nosso parceiro de ofensas, de humilhação, ou de violência.
Malu estendeu a mão para o meu rosto e fez um afago. Vi que a ternura voltava aos seus olhos. Ela sorriu:
- Amor, eu acho que está tudo bem, aceito, na verdade você é o homem da minha vida, a minha grande paixão.
Eu a puxei para o meu peito e a beijei. Trocamos alguns beijos e carícias. Era carinho e afeição. Eu disse:
- Não me incomodo quando você me chama de corno com sentimento bom, demonstrando carinho, não gostava quando sentia uma pitada de revide ou ironia.
Malu sorriu e disse:
- Nunca agi assim. Mas eu prometo sempre conversar com você e ser sincera, quando sentir desejo em alguém. É isso que você quer?
- Sim, isso me deixa seguro.
Malu perguntou:
- Vai sentir tesão de saber que eu estou tarada para dar pra outro?
- Acho que sim. Quando sei que você está tarada me excita. Mas, se eu disser que não quero ou não gosto, espero que você entenda. E respeite. Pode ser que nem sempre eu goste da situação.
Malu me beijou mais sensual, e sussurrou:
- Amor, eu só quero fazer tudo com você, com a sua aceitação e aprovação.
- Mas vai querer dar para outros né? Agora você sabe que vai ter vontade.
Ela fez que sim me olhando nos olhos. Fiquei excitado com aquilo. Eu sorri e achei que era a hora de dar uma cartada mais forte:
- E se for o inverso? Você aceitaria se fosse o contrário? Se uma mulher me interessar?
Malu me olhou semicerrando os olhos e respondeu com calma, mas com voz firme:
- Ah, mas nem em sonhos! Tire seu cavalinho da chuva! Quem gosta de dividir é você.
Eu olhei admirado para ela. Na hora fiquei meio abestado. Não esperava aquela resposta. Mas logo vi que ela sorria divertida:
- Amor, eu não tenho mais nenhum tipo de restrição ou preconceito, o que você desejar e aceitar eu estou interessada. Agora a safada aqui sou eu. Quero é ver você me acompanhar.
Sorri. Nos abraçamos mais e nos deitamos sobre o sofá, ela por cima. Trocamos beijos e carícias. Chupei os seios dela fazendo-a gemer de prezar. Aos poucos ela foi se abaixando e voltou a me chupar gostoso. Depois montou a cavalo sobre o meu rosto e deixou que eu chupasse aquela xoxota que já escorria o mel do desejo. Eu sugava enfiando a língua dentro da rachinha dela como Malu sempre gostou. Quando ela já tinha tido uns dois espasmos de prazer na minha língua, ela veio cavalgar minha rola e agarrando a caceta me fez penetrá-la na xoxota. Meu pau deslizou apertado para dentro. Ouvia Malu suspirar e falar no meu ouvido:
- Você não sabe o quando eu gosto de trepar com você. Não tem melhor. Com você eu gozo plenamente, inteira. Não é só sexo, é amor.
Aos poucos ela acelerou os movimentos até que ficou próxima de mais um orgasmo. Então, sacou o pau de dentro e guiou para o seu cuzinho. Senti minha pica encostar a cabeça nas preguinhas molhadas de seu cu. Ela foi se abaixando e meu pau pressionou e foi abrindo espaço, deslizando enquanto ela arfava. Senti a cabeça da rola ultrapassar o esfíncter e ela ofegante exclamar:
- Ah, que gostoso! Me atola com essa pica tesuda!
Ela mesma foi se deixando descer sobre a rola, e sendo totalmente preenchida. Quando sentiu meu pau totalmente enfiado ela começou movimentos de rebolar e cavalgar suavemente. A sensação era incrível, ela apertava o cuzinho na base do meu pau e eu sentia que não poderia resistir muito tempo. Gradualmente ela aumentou o ritmo dos movimentos e eu anunciei que estava quase. Ela pediu:
- Vem, meu corninho querido, come o cu da sua safada, goza gostoso e me enche de porra!
Entrei em orgasmo e percebi que ela também gozava porque as contrações da pélvis e do ânus ficavam mais fortes. Acho que ficamos em êxtase por quase um minuto inteiro. Depois ela desabou sobre o meu peito e ficamos ofegantes. Durante uns dois minutos meu pau ainda ficou dentro dela, depois foi sendo expulso naturalmente enquanto amolecia. Senti o caldo grosso dos nossos gozos se escorrendo sobre o meu saco. Permanecemos abraçados, nos beijamos e eu tratei de leva-la para o banheiro. Nos lavamos e fomos deitar, com a paixão fervendo como nos primeiros anos do nosso casamento. Estávamos Felizes.
Antes de adormecer a Malu falou com voz meio mole:
- Amor, escolhe a gostosa que você quer. Eu tenho vontade de fazer um ménage com você e outra mulher.
Adormeci feliz da vida achando que no dia seguinte iria desmanchar todo o esquema de flat alugado. Assim foi que nos tornamos de fato um casal liberal muito unido e cúmplice. Nos meses seguintes as coisas melhoraram muito, passamos a combinar os encontros e as pessoas que desejávamos conhecer e compartilhar. Mas isso eu contarei em uma outra história.