Verdades secretas 63

Um conto erótico de Arthur Miguel
Categoria: Gay
Contém 3386 palavras
Data: 22/04/2021 20:15:57
Assuntos: Amor, Gay, Mistério, Sexo, Tesão

Capítulo 63

Pelos corredores do orfanato era possível ouvir os gritos das crianças, que brincavam no pátio.

Ivan olhava o relógio no pulso a cada minuto. Estava ansioso a espera de Victor, que estava atrasado. O loiro mandou uma mensagem via Whatsapp, informando que estava dentro do UBER, preso num engarrafamento.

A assistente social se aproximou, caminhando nos seus saltos pretos scarpin e vestida com o seu terno preto de listras finas e brancas. Era uma mulher negra, esbelta e tinha os cabelos curtos e alisados. Sorria tentando ser simpática.

_Boa tarde, Ivan? Como está?

_ Boa tarde, Marisia. Tudo bem.

_ E o seu companheiro?

_ Ele está chegando. Acabou de mandar uma mensagem, dizendo que está num engarrafamento.

_ Sei bem como é. A esta hora o trânsito desta cidade é uma loucura. Você pode ir vendo a menina, ou prefere esperar pelo seu companheiro?

_ Eu estou tão ansioso, que acho que não vou conseguir esperar._ Ivan disse sorrindo.

_ Eu entendo.

O empresário não dormira bem desde que recebeu a ligação de Víctor falando sobre o caso da menina. Assim que desligou o telefone, pesquisou sobre o caso na internet e ficou chocado com as crueldades que a menina sofreu.

Não conseguia entender a si mesmo por se ver chorando lendo as notícias. Ivan nunca foi uma pessoa empática, mas por aquela menina, que ele nunca havia visto o rostinho e nem sabia o nome, sentiu uma dó imensa pelo seu sofrimento.

Imediatamente, entrou em contato com a sua equipe jurídica para entrar com o pedido de adoção da menina. Não se conteve em usar os seus conhecimentos para furar a fila de espera de adoção para conseguir levar a sua filha para casa.

Sim. Ivan já a considerava sua filha. Sentiu que era a ela que daria o seu amor, carinho, proteção e sobrenome. Não sabia o porquê a escolheu. Apenas sentiu e seguiu o seu instinto paternal, assim como Víctor.

Marcaram para ir conhecê-la naquela tarde chuvosa de dezembro. Como era próximo do Natal, Ivan decidiu levar um presente para ela e para as outras crianças do local. Walace e os seus outros seguranças ficaram encarregados de levar os presentes e os funcionários do orfanato de fazer a distribuição para as crianças.

Dentro de poucos dias a menina já estaria em sua casa, o que incentivou Ivan a apressar os decoradores com a organização da casa nova. Pediu para que Victor o ajudasse nas escolhas dos móveis e decoração.

A princípio, o loiro se recusou. Dizendo que não teria sentido ele opinar sobre uma casa que não moraria. No entanto, Ivan insistiu, usando como argumento o fato que estaria ajudando a construir o lar da também sua filha, o que foi o suficiente para convencer o loiro.

Há uma semana, a assistente social visitou a casa dos Matarazzo. Víctor fingiu morar lá e estava um pouco tenso por causa da mentira. Ao contrário de Ivan, que agia com naturalidade e ainda se aproveitava da situação para dar uns beijinhos em Víctor, dizendo para o loiro que precisavam manter o teatro.

Ivan e a assistente se aproximaram da porta do quarto, onde a pequena estava.

_ Por que ela não está brincando com as outras crianças?

_ Ela está muito traumatizada por tudo que a aconteceu. Sempre sofreu maus tratos. Ela não fala com as pessoas. Tem medo de tudo e todos. Vive reclusa. Nunca recebeu afeto, só agressões. Será muito complicado o processo de socialização.

_ Que monstro miserável! Como alguém pode ter coragem de fazer isso a uma criança? Espero que essa vadia morra na cadeia. Como ela se chama?

Marisia respirou fundo antes de responder. Sentia repulsa em ter que relatar mais uma crueldade.

_ A desgraçada a chamava de peste. A menina não conhece o próprio nome. Para ela o seu nome é peste.

Ivan ficou tão revoltado, que sentiu vontade de matar a torturadora da criança.

_ A mãe não a registrou antes de morrer. Mas, segundos testemunhas, a chamava de Marinalva.

_ Marinalva?! Mas, isso não é um nome, é um castigo! Nem pensar. Vamos ter que escolher outro nome pra ela.

Marisia abriu a porta e Ivan ficou perplexo diante da imagem daquela magra menininha de cabelos loiros e cacheados, que se encolheu na cama ao vê-los.

O empresário sentiu algo tão bom dentro do coração que expressou com um sorriso.

Ela o olhava com os seus olhinhos verdes e assustados, querendo chorar.

Ivan nunca recebera o amor paternal, mas naquele momento, pode sentí-lo.

Tentou se aproximar, mas a menina se encolhia ainda mais no cantinho da cama, próximo a parede. Ela abraçava as perninhas finas.

Ele recuou para não assustá-la.

_ Está tudo bem, meu amor. Eu sou o seu papai. Vou te levar comigo daqui a alguns dias e você será muito feliz na nossa casa.

A menina tremia assustada, deixando Ivan compadecido.

_ Peço que o senhor tenha um pouco de paciência. Ela ainda vai se acostumar com a nova situação.

Víctor chegou afobado. Estava ainda mais ansioso que Ivan. Sentia dentro de si um chamado forte. Como se necessitasse ver a menina o mais rápido possível.

Optou por não informar a ninguém da família sobre a adoção. Não estava com paciência para aturar os julgamentos da família a respeito da sua decisão.

Foi informado por uma funcionária do orfanato, que Ivan e Marisia já estavam no quarto com a menina e foi conduzido até lá.

Na soleira da porta sentiu o coração bater mais forte, as mãos tremeram e algo bom surgir dentro de si.

Ao entrar e ver a sua pequena encolhida na cama, foi tomado por forte golpe de amor. Um sorriso iluminou o seu belo rosto e não via nada da sua frente a não ser o seu anjinho indefeso o olhando.

Pai e filha se olharam por alguns segundos. O medo da menina se dissipou como névoa no ar. Ao ver Víctor com os braços abertos, segurando um coelhinho rosa de pelúcia, ela sentiu que aqueles braços eram o seu abrigo e que ali estaria segura.

Sorriu mostrando os seus pequeninos e arredondados dentinhos de leite, abrindo os bracinhos. Víctor foi ao seu encontro e os dois se encontraram num abraço caloroso e a beijava no rostinho.

O loiro não conseguia conter as emoções e deixava as lágrimas rolarem pela sua face.

Abrigava-a em seus braços, prometendo em pensamento que a protegeria e a amaria para o resto da vida.

Ivan sorria apaixonado pela imagem do seu marido e filha se encontrando pela primeira vez.

_ Eu amo vocês. _ disse o empresário admirando a família.

À princípio, a menina só quis ficar no colo de Víctor, mas com o decorrer das horas foi se acostumando com Ivan, que a conquistou fazendo brincadeiras com o fantoche de ursinho que levou para ela.

Os três brincaram durante a tarde. Ela passou a maior parte do tempo do colo de Victor, onde se sentia segura.

A hora da despedida foi a mais dolorosa para eles. Tanto a menina quanto Victor choraram.

Ivan prometeu a ela que voltaria para buscá-la o mais breve possível.

Víctor a presenteou com o coelhinho de pelúcia que fora seu na infância que o chamava de Giga, mas a menina disse que não gostava do nome e o batizou de bubu. Ivan ficou orgulhoso ao ver que a filha tinha personalidade, uma verdadeira Matarazzo, como disse a si mesmo em pensamento.

_ Vamos comer alguma coisa? Estou morrendo de fome._ propôs Ivan, no portão do orfanato.

_Vamos sim. Eu estou azul de fome, como diz a minha avó.

_ Mas, nada de PF, hein.

_ Pode ser um Mac?

_ É...eu não gosto muito de comer comida gordurosa a esta hora, mas hoje precisamos comemorar. Vamos sim._ Ivan disse sorrindo, piscando o olho.

Com a bandeja na mão, caminhando em direção à mesa, Ivan parou para observar Victor com o cotovelo na mesa, apoiando o queixo na palma da mão. Olhava as árvores do lado de fora através da parede de vidro.

"Que homem maravilhoso! Que sorte que eu tenho de amá-lo." Pensou o empresário.

Depositou a bandeja na mesa e acariciou o rosto de Victor, trazendo-o para a realidade.

_ O pedido está correto, senhor?

Víctor pegou um batata frita e comeu fechando os olhos e gemendo.

_ Nota dez. Você merece até uma gorjeta.

_Aceito a gorjeta em forma de beijo.

_ Palhaço!

_ Eu estava aqui viajando nos meus pensamentos.

_ Deu para perceber. Você estava tão lindo pensativo. Parecia uma obra de arte.

_ Quer dizer que eu só fico lindo pensativo, seu Ivan Matarazzo?

_ De jeito nenhum! Você fica lindo de qualquer jeito. Principalmente, quando está nu._ Ivan disse mordendo os lábios o olhando com malícia.

Víctor ficou sério externamente, tentando ocultar a alegria.

_ Como eu ia dizendo, eu estava pensando que as coisas não podem continuar como estão. Eu não quero mais viver sob as asas da minha mãe. Agora eu sou pai. Tenho responsabilidades com a Alice.

_ Alice?!

_ Sim. O que você acha se ela chamar Alice? É um nome tão lindo! Sabe, quando eu era criança, era muito fã dos livros Alice no país das maravilhas e Alice através do espelho, também gosto muito do desenho e filme.

'Quando a vi linda e loirinha me lembrei da Alice. Sem contar que o nome é lindo demais. Vamos pôr esse nome nela?'

_ Alice. Tá aí, gostei!

_ Eu vou sair da casa da minha mãe. Ela é maravilhosa e eu a amo, mas ela é muito autoritária e controladora. Tenho certeza que vai querer se intrometer na educação da Alice.

Ivan se animou, cogitando a possibilidade de Victor ir morar na sua casa.

_ Eu tô pensando em alugar um cantinho pra mim.

_ Como assim?!

_ Eu quero dividir a guarda da nossa filha contigo. O que você acha de quinze dias com cada um?

_ Por mim tudo bem. Mas, não vejo necessidade nenhuma de você pagar alguel, quando eu comprei um apartamento pra você. Aquele que te ofereci antes de ir para Nova York.

_ Eu vou aceitar.

Ivan levantou as mãos para o alto como agradecimento e comemoração.

_ Mas, com a condição de que você ponha o apartamento no nome da nossa filha.

_ Tinha que ter um "mas". Víctor, o que não vai faltar são propriedades para a Alice.

_ Mesmo assim eu faço questão. Eu vou aceitar porque o aparelho fica perto do meu trabalho e com o meu salário eu não poderia morar num lugar decente para criar uma criança.

_ Eu posso pagar uma babá para ficar com ela enquanto você trabalha e posso te pagar uma boa pensão.

_ Ivan, eu não quero viver as custas do meu ex marido.

_ Eu sei. Tudo que estou oferecendo é para a Alice.

_ Se for assim, tudo bem.

_ Como a sua família reagiu quando você falou da menina?

_ Eu ainda não disse. Vou dizer amanhã.

_ Na noite de natal?

_ Sim. A ceia será na casa da minha mãe. Todos vão estar lá, eu já aproveito e digo. Quem sabe o espírito natalino acalma a minha mãe?

_ Eu creio que ela não vai gostar muito. Com certeza vai achar que eu estou usando essa história para não te dar o divórcio.

_ Onde você vai passar o natal?

_ Em casa.

_ Sozinho?

_ Sim. Eu recebi alguns convites de alguns amigos para confraternizar com eles, mas este ano quero ficar na minha.

_ Você vai ficar bem sozinho na noite de natal?

_ Vou sim. Lembra do ano retrasado? Foi incrível a ceia contigo e a sua família.

_ Foi inesquecível mesmo.

_ Eu era tão feliz ao seu lado.

Víctor ficou sério mastigando. Não queria falar sobre o assunto e Ivan entendeu e puxou um outro assunto para amenizar o clima.

Andréia olhava orgulhosa para a mesa com a ceia que tinha preparado junto com o pai, Roseli e Adrian. Como era natal, ela deu folga a Deise e resolveu cuidar de tudo com a família.

Todos estavam reunidos na sala, bebendo e conversando, enquanto aguardavam a ceia.

Como Víctor havia confidenciado tudo a Virgínia, pediu a amiga que estivesse presente na hora que ele falasse para a família.

Enquanto todos estavam distraídos, ele mirava a grande árvore de natal, imaginando que Alice adoraria ver as luzinhas piscando.

Lamentou por não poder estar com a menina naquela noite tão especial, mas prometeu a si mesmo que no próximo ano faria de tudo para que Alice tivesse uma noite de natal maravilhosa. Combinaria com Ivan de que ficaria com ela no natal e ele no réveillon.

Imaginou-se montando a árvore de natal junto com a filha. Ela sorrindo, pondo as bolinhas na árvore, animada vendo o papai noel de brinquedo dançando.

Recordou do natal da sua infância, quando ficava alegre fazendo esse ritual com a sua mãe. Lembrou de Paulo vestido de Papai Noel para animar a noite entregando os presentes as crianças e quando estava bêbado dançava desengonçado o fazendo sorrir.

Olhava para a família sorrindo. Adrian reclamando das uvas passas no arroz e Roseli dizendo que elas faziam bem para a saúde.

Virgínia rindo de alguma piada de Renato. Ele amava todos ali presente. Estava muito feliz por estar com eles.

_ Vai ficar aí no cantinho, carinho?_ perguntou Adrian, segurando uma taça de vinho, pondo a mão em seu ombro.

_ Eu quero falar com vocês.

Victor desligou o som e todos o olharam surpresos.

_ Desligou a música por quê, filhinho?_ perguntou Andréia.

_ Eu preciso falar com vocês.

Enquanto Víctor contava sobre a adoção cada um reagiu de um jeito diferente: Renato bebia vinho em silêncio, fingindo que não sabia de nada, pois Ivan já o havia contado.

Adrian ouvia sério em silêncio, Paulo, Roseli e Andréia ficaram espantados e revoltados.

_ Como você é ingênuo, Vitinho. Caiu como um patinho no papo daquele pilantra! Tá na cara que ele inventou isso de adoção para te enrolar com o divórcio.

_ Não é isso, vovô. O fato de adotarmos a nossa filha não implica em nada na nossa separação.

_ Não existe essa de casal adotar filho quando vão se separar, Víctor! Isso é tramóia do Ivan. Você não deve fazer isso.

_ Mas eu fiz, mãe! Eu adotei a Alice. Não importa o que vocês digam eu não vou abrir mão da minha filha.

_ Você tem noção do que está fazendo? Víctor, você só tem dezenove anos. É muito jovem para ser pai! É muita responsabilidade!

_ Você foi mãe muito mais jovem que eu e foi muito boa nisso. Eu também posso ser.

_ Foi diferente, Victor!

_ Diferente por quê? Porque eu nasci de você? A biologia não é melhor do que o amor.

_ O que você tem a oferecer a essa menina?_ perguntou Roseli_ Você é um menino! Ainda vive com a sua mãe e está se divorciando.

_ Eu tenho a oferecer carinho, proteção, cuidados e muito,muito amor.

_ Você acha que amor enche barriga?

_ Não enche barriga, vovó, mas eu tenho um emprego e vou me mudar.

Andréia arregalou os olhos surpreendida.

_ Você tá ficando louco? Não me diga que vai morar com aquele psicopata?

_ Não, mãe! Eu vou morar num apartamento que Ivan comprou para a nossa filha.

_ Víctor, você tem noção que um filho é um elo eterno? Se cometer essa loucura estará ligado para sempre com o seu agressor. Se você quer adotar uma criança tudo bem, mas faça isso daqui a alguns anos, quando estiver casado com alguém decente.

_ Nada do que você disser vai me fazer mudar de ideia. Eu já me decidi e só estou comunicando.

_ E por que está nos comunicando, já que a nossa opinão não vale de nada pra você?

_ Não seja dramática, mamãe!

_ Agora eu sou a dramática?! Você não diz nada, Adrian...Você sabia disso? Até porque você é cúmplice das merdas que o Víctor faz.

_ Ele não sabia de nada, mamãe!

_ Agora eu vou ser linchada por não querer me meter na vida do meu sobrinho adulto? Se ele já adotou a menina com o Ivan o que eu posso fazer? Eu sou o tio o dele e não o dono.

_ A sua ajuda e nada é a mesma coisa.

_ Não exagera, Andréia. O Adrian não tem nada a ver com isso._ disse Roseli.

_ Eu estou me sentindo traída e apunhalada pelas costas. O meu próprio filho se encontra as escondidas com o bandido que tentou matá-lo, adota uma criança e eu não sou informada de nada. Fui tratada como alguém se valor nenhum pra você. E ainda diz que vai embora.

_ Mãe, não é bem assim. Você é muito importante pra mim, todos vocês são. Mas, eu tenho direito a tomar as minhas próprias decisões.

_ Que próprias decisões, Victor?! Você está indo pela cabeça do Ivan. Ele está te manipulando.

Para tentar amenizar a situação, Renato gritou erguendo a taça:

_ Gente, já é meia noite! Feliz Natal!

_ Só se for pra vocês, porque eu não tenho mais clima para natal nenhum.

Andréia disse levantando, indo para o quarto. Deixando todos chateados.

Virgínia assim como Renato queria melhorar o clima, abriu os braços e foi abraçar Renato.

_ Feliz natal! Vamos comer que estou morrendo de fome!

Víctor já previa que a mãe ficaria de mal humor por causa da adoção, por isso aceitou o convite de Gael para almoçar no natal na casa dele.

O loiro e a sua fiel escudeira, Virgínia, assim que acordaram, tomaram banho, o café da manhã e partiram para a casa de Gael.

Chegaram no local por volta de uma hora da tarde. Da esquina já ouviram o som do forró tocando na casa.

Víctor estranhou ver Fernanda vestida com um short curto e camisão branco dançando forró com um vizinho, rindo e bebendo cerveja na latinha. Logo ela era tão sofisticada se rendeu as alegrias de uma festa simples.

Na casa havia uns quatro vizinhos, Gael e Luíza. Ele recebeu Víctor e Virgínia feliz, os beijando e abraçando.

Víctor olhava para eles admirando a nova amizade de ambos, já que há dois anos não se suportavam.

Enquanto todos se animavam comendo churrasco, dançando e bebendo cerveja, Víctor se aproximou de Luíza, dizendo que queria falar com ela.

Curiosa, ela o conduziu até o seu quarto.

Poucos segundos depois, Ítalo chegou na sua moto. Virgínia revirou os olhos para cima o olhando com raiva.

Gael o cumprimentou alegra e alcoolizado.

_ O seu namorado está aí. Tá lá no quarto da Lu.

_ Você quer dizer amante, né? Já que o Vitinho ainda é, legalmente, casado com o Ivan.

Virgínia sabia que Ítalo odiava ser chamado de amante e ele a olhou com ódio. Ela sorria com a provocação.

_ Nem vou perder o meu tempo te respondendo. Vou lá falar com o meu namorado.

Virgínia o mostrou o dedo do meio.

_ Você também provoca, hein!

_ Provoco mesmo. Não gosto dele. Ele faz o Vitinho de gato e sapato. Coitado do meu amigo. Não tem sorte mesmo. Primeiro o desiquilibrado do Ivan, agora esse pulha. Eu preferia que ele ficasse contigo.

_ Eu também, mas ele não me quer. Paciência._ Gael disse encolhendo os ombros.

Naquele momento, houve uma queda de luz e todos gritaram bêbados pelo interrompimento da música.

Sem a música do rádio, Ítalo conseguia ouvir a conversa entre Luíza e Víctor por trás da porta.

_ É isso, Lu. Você vai ser tia.

_ Olha...eu nem sei o que dizer.

_ Está brava comigo?

_ Claro que não! Eu amo crianças! Eu vi o caso dessa menina na TV e fiquei revoltada com tudo que ela passou! Agora ela vai ser a minha sobrinha! Cara, eu tô muito feliz! Parabéns, Víctor!

Luíza o abraçou. E Ítalo ouvia sem entender.

_ Mas, vem cá, o Ítalo sabe que você adotou uma menina com o Ivan?

Furioso, Ítalo abriu a porta com brutalidade.

_ Que porra é essa, Víctor?

E-mail para contato: letrando@yahoo.com

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Comentários

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Victor tem que saber se impor tanto com o Ítalo tanto com a Andréia. E nada dela se meter na criação deles dois com a Alice

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A cena do Ivan e Victor conhecendo a Alice foi linda demais. Agora o Victor precisa dá um basta na relação com o Ítalo, cara chato. Com certeza eles vão brigar no próximo capítulo, e ainda tenho esperanças que depois da briga, o Victor vá passar o resto da noite de Natal na casa do Ivan. Sonhar não custa nada.

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Assim espero que o Gael Faz algo para acabar com a raça do Ítalo, nessa festa pois esse cara já está passando dos limites e o Ivan é outro cara que vai ter que se fuder, tem que ficar juntos o Ivan é Ítalo.

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Por tudo o que é mais sagrado e pelo que você mais ama, solta um capítulo extra. Eu não posso ir dormir sem saber o desenrolar desse final. Os momentos com a Alice foram lindos e alguém cancela em definitivo a Andréia, pqp...

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Feliz pelo encontro dos três e por Victor decidir se mudar, mas com ódio disso dele querer ficar separado, morando em outra casa, deixando o Ítalo se aproveitar dele. O meu ranço do Ítalo só aumenta, to doido pra ver o que ele vai aprontar.

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Ok, um pouco angustiado pelo Ivan ter ficado sozinho no Natal. E com raiva de o Victor ainda chamar aquele traste de namorado. Espero que ele não ouse encostar no Victor novamente... Ansioso já para o próximo, e que nele tenha mais momentos bons Victor e Ivan.

Ps: Querido autor, pare de brincar com o meu coração kkkkkkk

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Eu não tenho psicológico para terminar de ler agora depois do encontro de Victor e Alice, tô chorando muito. Que lindo 😭😭😭😭😭

Quero adotar tbm o meu filho.

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