Capítulo 66
Um vento suave entrava pela janela, embalando as cortinas brancas e os galhos das árvores. Os pássaros encantavam com os seus cantos matinais. O dia estava ensolarado. O céu azul com poucas nuvens e o clima estava fresco e agradável.
Ivan despertou sorrindo, tateando a cama a procura de Víctor. Tinha a intenção de beijá-lo. No entanto, o seu lugar na cama estava vazio. Espantado, abriu os olhos e não o viu.
Caminhou pela casa a procura do amado e na sala sentiu o cheiro delicioso de um bolo recém saído do forno. Sorriu ao ouvir a voz do loiro controlando a música "Ai amor", de AnaVitória.
Ficou encostado na soleira da porta observando o seu Solzinho derramar a calda de chocolate em cima do bolo de cenoura.
Victor usava uma blusa azul escura e um short curto também azul xadrez, com listras brancas.
Estava deslumbrante com os fios dourados caindo sobre a testa, concentrado na preparação do bolo.
Ao vê Ivan, se assustou. Bateu nos quadris, lamentando.
_ Ah, você já acordou?! Era para ser uma surpresa!
_ Você é tão lindo, moço! Quer casar comigo?
_ Eu não posso me casar com você.
_ Por que não? Eu sou um bom partido. Sei até fazer estrogonofe!
_ Eu sou casado com Ivan Matarazzo, o homem da minha vida.
Ivan se aproximou de Victor, o abraçando por trás e o beijou no rosto e pescoço.
_ Se me der uma chance, eu te faço esquecer esse tal Ivan aí.
Victor se encolheu sorrindo, por causa do arrepio.
_Hum! Bolo de cenoura! Esse meu maridinho é muito prendado. Parece estar bom.
_ Não parece estar bom! Está divino!
_ Hum! Nada modesto o senhor.
_ É verdade. Sem há algo que sei fazer muito bem é bolo. Eu sou filho de uma boa boleira e neto de cozinheiros.
_ A única coisa que você faz melhor do que bolo é sexo! Oh, gatinho delicinha você hein.
Ivan o virou para frente e o beijou, apalpando as suas nádegas, deixando o loiro excitado.
Penetrou a mão por dentro do short para sentir aquela bundinha macia. Com o dedo foi penetrando no cuzinho apartado do marido, o fazendo gemer.
Sem perder tempo, Víctor acariciou o pênis de Ivan, que já estava rígido, pronto para o proporcionar prazer.
Puxou os cabelos loiros de Víctor para trás, levantando a sua cabeça e deslizando o dedo sobre os seus lábios rosados.
Faminto, beijou o pescoçinho do loiro, retirando a sua blusa e chupando os seus mamilos.
_ E se a Alice acordar?_ Perguntou Víctor sussurrando.
_ Ela vai nos chamar. Tem medo de descer a escadas sozinha._ Ivan respondeu dando leves mordidinhas na orelha de Víctor.
Ivan vestia apenas um cueca boxer, que foi arrancada por Víctor, que ficou de joelhos para saborear o pau rígido e com veias salientes do moreno. Queria saborear com gosto aqueles dezoito centímetros, que era o motivo da sua alegria.
Ivan erguia a cabeça para cima, revirando os olhos gemendo, sentindo aquela boquinha saborosa. Víctor segurava os quadris do amado, enquanto o chupava. Estava ajoelhado, submisso, disposto a alimentar os desejos do homem que ama.
Ivan ia ao céu, vibrando com aquela boquinha deliciosa. Fodia aquela boca com gosto.
_ Eu vou gozar.
Ele tentou retirar o pênis da boca de Víctor, mas o loiro o segurou.
_ Eu quero sentir o seu gosto.
Ivan sorriu malicioso.
Víctor voltou a chupá-lo até que gozasse em sua boquinha rosada.
Ivan se derreteu de amor e desejo ao ver aquele rostinho lindo e angelical coberto com o seu líquido leitoso. Víctor colocava a língua para fora, sentindo o gosto do amado, sorrindo satisfeito.
Levantou-se do chão, pegando a blusa para limpar o rostinho.
Ivan não resistiu e puxou para si pela bunda e o beijou intensamente.
_ Eu ainda te quero. Quero comer a sua bundinha gostosa.
Num rompante, Victor foi posto de frente para a pia. Ele sorriu sentindo os beijos de Ivan nas suas costas, descendo até chegar as suas nádegas.
De joelhos, Ivan retirou o short de Víctor lentamente e parou para admirar aquela bundinha branca, carnuda e apetitosa. Com as mãos abriu as duas abas e sorriu ao ver aquele buraquinho rosado e pequeno.
_ Que cuzinho bonitinho. Pequeno e vermelhinho. Parece um moranguinho.
O loiro gemeu sentindo a língua do amado entrando dentro dele e começou a rebolar.
Faminto de desejo Ivan levantou, abaixou o corpo do loiro na pia de um jeito que aquela bundinha ficasse a sua disposição.
Abraçou-o pelas costas e o beijava enquanto o comia com força, enquanto o masturbava.
Seus corpos se conectavam em perfeita sintonia. Um completava o outro num prazer recíproco, se encontrando e se encaixando numa intimidade acolhedora.
Os gemidos e sussurros expressavam os prazeres sentidos até que ambos atingiram o ápice do prazer.
Víctor virou para frente, e envolveu os braços no pescoço de Ivan. Trocaram olhares e sorrisos afetuosos, declarando os seus sentimentos sem dizer uma palavra.
Victor sentiu o seu queixo ser puxado em direção a boca do moreno e um beijo de amor o fez sorrir apaixonado.
Ambos sorriram, tocando as pontas dos narizes, irradiando amor.
_ Como eu pude te perder? Você é a minha vida, Solzinho.
_ Você fez por merecer.
_ Eu sei. Eu nunca vou me perdoar por isso. Mas, eu prometo eternizar todos os seus sorrisos, realizar os seus sonhos e lutar a cada dia comigo mesmo para ser o melhor de mim para você. Eu te amo tanto! Você me perdoa?
_ Eu já te perdoei há muito tempo. Eu tentei com todas as minhas forças te odiar, mas eu não consigo.
Ivan o beijou novamente e o abraçou forte.
_ Obrigado por ser um anjo comigo, mesmo eu sendo um demônio.
Eles permaneceram abraçados em silêncio por alguns segundos.
_ Quando você vem pra casa?
_ Eu não sei.
_ Como assim?
_ Precisamos ir com calma. As coisas não são mais como antes. A minha família ainda está abalada com tudo que aconteceu. Eu não quero decepcioná-los.
_ Uma hora eles vão saber, meu amor._ Ivan dizia acariciando os cabelos de Víctor.
_ Eu sei. Mas, eu não quero que seja agora. Eu preciso de um tempo.
_ Eu posso continuar te vendo?
_ Sim. Você pode me visitar no apartamento e eu venho aqui também.
Ivan não concordava em morar em casas separadas, mas sabia que precisava ser cauteloso. Não foi fácil reconquistar o seu amado e obter o seu perdão. Por isso, ele estava disposto a ir com calma, ser caulista e paciente para ter o seu amado de vez.
_ Mas, nada de ficar se encontrando com o nojento do Ítalo! Eu não vou te dividir com ninguém. Muito menos com aquele filho da puta.
_ Eu não tenho mais nada com ele. Terminamos no natal. Aliás, eu nem gosto de falar nele. Me faz sentir mal.
_ Eu tomei ranço até desse nome e de violino por causa daquele merda!
_ E nem você vai ficar zanzando por aí, seu Ivan. Esta piroca aqui é só minha.
_ É toda sua e só sua, bebezinho.
Eles se beijaram novamente.
_ Você é tão gostosinho, Solzinho! O garoto lá embaixo tá ficando animado de novo.
Víctor sorriu excitado. Estava louco para fazer amor novamente, mas o chamado de Alice interrompeu os seus planos.
Ambos se vestiram e foram até o quarto dar um beijo de bom dia na pequena.
Víctor ficou responsável pelo banho da menina. E por pentear os seus lindos cabelinhos, enquanto Ivan preparava a mesa do café da manhã.
_ Papai Ivan e papai Victor eu "quelo " ir à "paia".
Victor não quis ir por causa do sol forte, mas Ivan não conseguia negar o pedido a pequena e conseguiu convencer o marido.
Víctor admirava Ivan ajudando Alice a construir um monte de areia desformes, que ambos chamavam de castelo de areia.
A gargalhada gostosa da menina ao receber as cócegas de Ivan, aquecia o coração do loiro.
Ela gritava alegre no abraço giratório do papai moreno.
Para o almoço, Víctor preparou peixe assado na brasa com pirão, arroz e salada de alfaces e tomates. Teve um breve desacordo com Ivan que queria fazer a vontade de Alice servindo sorvete de chocolate como sobremesa, enquanto ele quis que a menina comesse maçã, por ser mais saudável.
_ Você tá parecendo a sua mãe!
Víctor parou e pensou por alguns instantes.
_ Eu estou mesmo._ disse sorrindo. _ Bem que ela disse que eu pagaria a minha língua por chamá -la de chata.
Víctor ganhou a discussão e a sobremesa foi maçã.
Quando Andréia ligou perguntando pelo filho, ele mentiu dizendo que estava na casa de Virgínia. Em seguida, ligou para amiga para que ela confirmasse a farsa se fosse necessário.
O casal passou o dia inteiro juntos. Estavam tão felizes que não queriam que o dia acabasse.
No fim da tarde, Alice adormeceu na sua caminha e o casal ficou assistindo TV, abraçados deitados na cama.
Contudo a paz foi interrompida com uma ligação. Victor estranhou olhando a tela do celular.
_ Quem é?_ perguntou Ivan.
_ É a Jessica, irmã do Ítalo.
_ Não atende não.
A menina continuou insistindo e mandou uma mensagem de áudio.
_ Víctor, eu sei que você está bravo com o meu irmão, mas você precisa atender esse ligação. O meu irmão está no hospital. Ele tentou se matar.
Víctor ficou assustado e ligou para ela imediatamente, deixando Ivan bravo.
Jéssica disse que Ítalo estava tão desnorteado com a separação, que pegou a moto na noite de réveillon e saiu sem rumo com a intenção de se matar, sofreu um acidente e estava no hospital. Víctor ficou desesperado, se sentindo culpado. A menina o forneceu o endereço e pediu para que o loiro fosse até lá, porque Ítalo chorava de desespero, chamando por ele.
Víctor tremia de nervosismo contando a Ivan, depois de desligar o celular.
_ Deixe que se mate. Será menos um filho da puta no mundo.
_ Ivan! Não precisa ser tão cruel! Você tem noção que ele poderia ter morrido por minha culpa?! Aí, meu Deus! Eu não tenho um minuto de paz.
_ Eu tenho pra mim que ele encheu a cara no réveillon e sofreu um acidente por causa disso. Está se aproveitando para fazer dramas e te manipular.
_ Eu preciso ir.
Víctor levantou e se vestiu às pressas.
_ Eu te levo.
_ Não precisa. Eu vou chamar um Uber.
_ Nem pensar. Eu te levo.
_ Vai levar a Alice para um hospital?
_ Caralho, eu me esqueci dela!
_ Deixe que eu chamo um Uber. Tá tudo bem.
_ Quando chegar lá, me ligue.
Ivan o beijou na boca e o conduziu até o Uber.
_ Esse Ítalo já está enchendo a porra do meu saco. Vou ter dar um jeito nesse veado.
No quarto do hospital, Ítalo e Jéssica gargalhavam.
_ Você tinha que vê. Ele acreditou que você tentou se matar._ a menina dizia gargalhando.
Ítalo sorria. Estava com vários arranhões profundos pelo corpo e o braço direito engessado.
_ Ele tá vindo pra cá?
_ Sim. Vai chegar como um jato.
Os dois gargalhavam tão alto que se ouviam pelos corredores.
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