Entre Dois. Capítulo 7

Um conto erótico de Leon
Categoria: Gay
Contém 2873 palavras
Data: 26/04/2021 19:21:59
Última revisão: 26/04/2021 19:28:54

Aviso: este conto é narrado pelo Ivan

Reencontrar o Tales foi a melhor coisa que me aconteceu, embora ele havia mudado continuava tendo o jeitinho delicado dele que me atraia. Na festa quando vi ele brigando, quero dizer espancando o menino eu fiquei feliz por ele ter se tornado forte, mas um pouco triste pois parecia que ele não precisava de proteção.

Resolvo intervir para ele não matar o menino.

Eu: porra Tales você queria matar o cara ? - olho bravo para ele, não queria que ele percebesse que eu estava orgulhoso.

Eu: me solta eu to legal agora. - solto ele.

Alex: para um cara magrinho, você tem um punho pesado.

Nunes: vem amigo, vamos pra dentro limpar esse seu rosto - ele segura a mão do Tales e vai para dentro.

Assim que Tales entra eu olho para o Erick que estava com um feição de satisfação. Ele parecia feliz por ver que o Tales agora conseguia se defender.

Naquele mesmo dia eu acabei transando com o Tales e cara fico puto por não me lembrar de nada. Eu tentava ser o mais calmo possivel na frente do Tales para que ele não perceber que eu estava alegre.

Logico fiquei um pouco incomodado por dividir o Tales com o Erick, mas sempre dividiamos o Tales quando eramos mais novos que resolvi não ligar.

Muita coisa aconteceu depois de me reencontrar com o Tales, chegamos até a morar juntos, mas agora estou sentado do lado dele esperando ele acordar, esse sono dele já tem uma semana. Enquanto estava ali segurando sua mão, me lembro de quando nós conhecemos.

#Flashback#

Sabe, eu sempre fui o esquecido e desprezado. Sou filho de um homem rico com a empregada, não posso chamar meu progenitor de pai já que nunca o conheci.

Minha mãe morreu no meu nascimento, e quem tomou o lugar dela foi minha tia que naturalmente chamava de mãe. O meu "pai" mandava dinheiro regularmente pra minha tia, para que ela ficasse calada sobre mim, como ela precisava cuidar de mim aceitou sem pensar duas vezes.

Mas sabe ela nunca me tratou como filho dela, deve ser porque eu realmente não era. Acho que três ou dois anos depois de eu nascer ela ficou gravida e foi ai que eu fui esquecido por ela totalmente. Eu era tipo o fantasma que assombrava a casa, mas ela não podia se livrar de mim já que eu era a garantia que teria pão na mesa.

Me sentia sozinho a maior parte do tempo, eu só queria carinho e amor.

Quando conheci um garoto de olhos estranhos, o nome dele era Erick e ele era incrivelmente chato demais. Ele foi meu primeiro amigo e sentia que não estava mais sozinho. Meses depois de eu conhecer o Erick, um menino se mudou pra rua e quando vimos ele pela primeira vez, ele estava com o rosto todo inchado.

Erick: ei você - ele chama o menino.

Tales: o..oque ? - ele o olha chorando.

Erick: oque aconteceu com seu rosto ?

Tales: não sei, meu corpo ta doendo - ele fala soluçando.

Eu: porquê você não sabe ? - achei estranho ele não saber, ta bem óbvio que ele tinha apanhando.

Tales: eu não sei - ele volta a chorar.

Erick: se você parar de chorar, eu te dou uma das minhas balas - ele tira do bolso um pacotinho de balas.

Tales: se eu parar de chorar você me dá ? - ele limpa as lagrimas.

Erick: sim eu prometo - ele sorri.

O menino respira fundo e faz o maior esforço pra não chorar.

Tales: agora me dá - ele fala segurando o choro.

Erick: como prometido, aqui toma - ele uma bala pro menino.

Eu: você quer brincar com a gente ? - acho que não faria mal chamar ele pra brincar.

Erick: estamos brincando de bola.

Tales: não sei se minha mãe deixa - ele abaixa a cabeça.

Erick: vamos, se ela pedir pra você entrar, ai é só entrar né - ele estende a mão pra ele.

Tales: ta bom - ele pega a mão do Erick e vem brincar conosco.

Por incrível que pareça com o Tales eu aprendi oque era amor, pois sentia que tanto eu como ele eramos carentes.

Dois anos depois

Enquanto corriamos eu cai e ralei feio o joelho, Tales vendo eu ali chorando veio até mim assobrou meu machucado e deu um beijo nele. Na mesma hora eu parei de chorar e achei estranho oque ele tinha feito.

Tales: minha vó fala que dar um beijo sara o dodoi - ele sorri e estende a mão.

Eu: ta doendo ainda - falo com os olhos cheios d'água e pego a mão dele e me levanto.

Tales: logo passa a dor - ele abraça enquanto fala.

O abraço dele sempre me fazia bem, gostava muito de receber o carinho e o amor do Tales.

Erick aparece do nada ofegante.

Erick: oque você estão fazendo ai ? Achei que estavam atras de mim - ele cruza os braços

Tales: o Ivan se machucou e eu tava ajudando ele ora - ele para o abraço e sorri.

Erick: entendi.

Eu: ei tales ? - falo com a cabeça baixa.

Tales: que ivan - ele sorri

Eu: você me ama ?

Erick: que pergunta é essa ? Se responder ele, eu também vou querer saber se me ama - ele faz cara bobo

Tales: sim eu amo, você é meu amigo e é normal eu te amar - ouvir isso dele faz eu melhorar na hora.

Erick: i eu ?

Tales: eu amo você também Erick, você tambem é meu amigo - ele sorri.

Erick: viu ivan, ele também me ama - ele da um soquinho no meu braço.

Tales: eu queria que ficassemos juntos pra sempre, ai podiamos brincar todos os dias e dormir sempre juntos - ele sorri da maneira mais bela possivel

#fim do flashback#

Quando termino de me lembrar, Erick aparece e ficamos ali olhando nosso amor, a pessoa que nós completa.

(Um mês do Tales em Coma)

Já havia se passado um mês, estava sentado ao seu lado, olhando para seu belo rosto enquanto dormia.

Eu: lembra da época em que assistimos filme de terror e eu fiquei com medo de dormir - olho pra ele que dormia.

Eu: você me abraçou e disse que estaria comigo e não era pra mim ficar com medo - pego a mão dele

Eu: sabe tales eu estou com medo agora, então acorde e fique comigo - as lagrimas escorriam do meu rosto.

Eu: sinto sua falta.

Erick: eu também sinto falta dele - ele aparece do nada.

Eu e o Erick trocamos olhares e depois olhamos pro Tales.

Eu: vou indo pra casa, qualquer coisa me liga que venho correndo - me levanto da cadeira.

Saio do hospital e vou embora, já em casa brinco um pouco com a Esperança e depois sento na sala e começo a chorar.

O clima em casa não era mais o mesmo já que Tales não estava ali, eu e nunes mal trocavamos palavras e parecia que não havia mais sentido viver.

Sete meses se passou e apenas eu e o Erick continuávamos vendo o Tales, nesses meses que se passaram eu peguei uma mania um quanto feia. Toda vez que pensava que o Tales não ia acordar eu me cortava, o corte era pequeno pra ninguém notar e fundo o suficiente pra me fazer sentir dor.

Pois a dor pra mim era a unica coisa real, já que não havia mais nada pra mim naquele mundo.

No Natal eu e o Erick passamos ao lado do Tales, ficamos nos lembrando do passado e rindo até dar meia noite.

Erick: feliz Natal - ele olha pro tales e segura sua mão.

Eu: Feliz Natal - me ponho a chorar enquanto seguro a mão dele.

No ano novo assistimos os filmes que o Tales mais gostava junto dele. Eu não entendia como ele gostava do shrek, achava o desenho sem sal. Mas enquanto assistiamos tudo oque eu queria era que ele desse as risadas bobas que ele dava ao assistir. Depois dos três filmes do shrek, enchi o saco do Erick pra colocar frozen.

O tempo foi passando e havia acabado de dar um ano que ele estava em coma.

Certo dia enquanto caminhava rumo ao hospital, recebo uma ligação de um numero desconhecido.

Por um momento pensei que fosse o hospital e atendi na mesma hora.

Eu: alô.

Mãe: Ivan temos que conversar - ela diz em tom firme.

Eu: conversar sobre oque ?

Mãe: é melhor você vir aqui em casa.

Eu: fim de semana eu passo ai.

Mãe: é urgente Ivan, venha hoje - ela fala com tom de autoridade.

Eu: hoje não vai dar, tenho que entregar algumas coisas na faculdade.

Mãe: Ivan eu cuidei de você desde que nasceu e não pedi nada em troca, então venha hoje estou lhe pedindo.

Eu: esta bem, de noite passo ai - desligo.

Chegando no hospital pego meus livros e começo a estudar. O tempo passa e o Erick aparece, digo a ele que iria resolver assuntos de famila e peço pra ele entregar meus trabalhos na faculdade.

Ele sem reclamar aceita e pergunta se aconteceu algo, digo que ainda não sabia.

Pego o carro do Tales emprestado e vou para casa da minha mãe.

Já na frente de casa aperto a campainha e ela vem abrir o portão, assim que ela me vê abre um sorriso estranho.

Mãe: que saudades de você - ela me abraça.

Eu: ta ta, oque queria comigo ?

Mãe: entre primeiro querido.

Entro na casa e sentado no sofá vejo um homem que aparentava estar com cinquenta anos que era parecido comigo e estava bem vestido, ele ao me ver abre um sorriso e vem em minha direção.

Homem: Ivan meu filho, como você cresceu - ele sorri.

Eu: quem é você ?

Homem: seu pai, quem mais eu séria - essas simples palavras me encheram de nojo.

Eu: eu não tenho pai.

Mãe: Ivan ele veio aqui te ver, então tenha respeito.

Eu: quanto ? - olho para ela.

Mãe: quanto oque ?

Eu: quanto ele te deu ? Você nunca me ligou assim que sai de casa e do nada vem com esse ar de mãe, quanto ele te deu ?

Mãe: ouça ele querido - ela fica sem graça em me responder.

Homem: filho meu nome é Carlos e vim aqui pois quero sua ajuda em uma coisa - ele sorri

Eu: se me chamar de filho eu quebro sua cara - falo calmo, pois tinha que ser paciente ou ia explodir.

Carlos: entendo sua reação, mas estou aqui para pedir sua ajuda - ele cruza as pernas e retira do bolso um maço de cigarros.

Eu: diga.

Carlos: seu irmão Jaime sofreu um grave acidente e precisa de um doador de sangue, fiz minhas pesquisas e descobrir que você e ele possuem o mesmo tipo sanguíneo.

Eu: você pode encontrar outro doador.

Carlos: e sujar o sangue da minha família, não aceitarei o sangue da escória da sociedade - ele muda a expressão.

Eu: você esta brincando né ?

Carlos: não, não estou.

Mãe: aceita filho, ele vai ser muito generoso.

Eu: puta que pariu olha oque você esta falando, tudo para você se resume a dinheiro - olho para minha mãe.

Mãe: quando minha irmã morreu eu te criei como filho, então você tem a obrigação de me ajudar - ela fala como se nunca tivesse recebido dinheiro deste homem.

Carlos: você ainda possui meu sangue mesmo que diluído com a pobreza, mas estou disposto a relevar esta parte.

Eu: cara que nojo de vocês dois - começo a rir deles.

Carlos: você me deve, eu paguei seus estudos e nada faltou pra você até crescer.

Eu: estudei em escola pública, nunca tive um brinquedo decente e agora vem me dizer que eu lhe devo ?

Carlos: eu enviava o dinheiro para você estudar em uma das melhores escolas e ainda dinheiro suficiente para ter tudo oque queria.

Eu: então quem lhe deve é essa mulher aqui, que usou todo o dinheiro com o filho legitimo dela e com o marido.

Carlos olha para ela.

Mãe: não me olhe assim, ele era seu filho bastardo e eu não tinha a obrigação de dar nada do bom e do melhor para ele. O dinheiro que você mandava gastava comigo, eu via o dinheiro como pagamento pelos meus esforços - oque ela disse não teve nenhum impacto em mim, já que sabia disso.

Carlos: e como você hoje se tornou esse homem exemplar ? - ele me olha dos pés a cabeça.

Eu: como você acha ? Eu me esforcei, trabalhei e conquistei - cruzo os braços.

Carlos: entendo.

Eu: bom se era apenas isso, vou me retirar - começo a me viro.

Carlos: você vai ajudar o Jaime ?

Eu: não.

Mãe: você vai sim, ele precisa do seu sangue e você vai dar.

Carlos: se o ajudar eu faço qualquer coisa que me pedir.

Me interesso por estas palavras.

Eu: se eu te ajudar, você nunca mais vai aparecer em minha frente e nunca mais vai dar dinheiro para ela?

Carlos: feito.

Mãe: como assim, eu cuidei de você e mereço receber.

Eu: já não passou tempo demais recebendo ? - vou em direção a saida.

Carlos recebe uma ligação e do nada fica palido. Ele rapidamente me pega pelo braço e me arrasta até a frente do seu carro.

Eu: que merda você esta fazendo ?

Carlos: meu filho precisa do sangue agora - ele estava em desespero.

Eu: me passa o endereço do hospital, eu vou com o meu carro.

Carlos: como vou saber que não vai fugir ?

Eu: relaxa, eu não sou você e nem aquela mulher lá dentro.

Ele me passa o endereço e eu o sigo. Chegando na frente do hospital onde o filho dele estava internado, entro e em meia hora já estava fazendo transfusão de sangue para o Jaime.

O homem que dizia ser meu pai estava com um rosto preocupado enquanto olhava o filho dele ao meu lado, era estranho ver isso.

Avisei o Erick que ficaria um tempo fora, e ligava pra ele todos os dias para saber do Tales.

Jaime teve que passar por diversas cirurgias, e o Carlos não me deixava ir embora de jeito nenhum. Eu era a bolsa de sangue particular do Jaime, que por sinal era um cuzão. Carlos ficava trocando o Jaime de hospital para Hospital indo atrás dos melhores médicos e equipamentos para seu filho. Eu aproveitei esse tour para conhecer pessoas que estavam ou tinham alguém em coma.

Uma mulher me disse que tem momentos em que se perde a fé, e que nesses momentos devemos encontrar forças e mantermos a Esperança levantada. Pois foi assim que ela conseguiu suportar o tempo em que o filho dela estava em coma.

Seis meses se passaram e finalmente pude voltar para casa, já que Jaime faleceu no final. Contei para o Erick todas as histórias que ouvi das pessoas que passaram pela mesma situação que nós.

Eu sabia que Tales iria acordar, afinal ele havia me prometido.

Quando fez dois anos do Tales dormindo, a Esperança ja estava se esvaindo de mim. Mas me lembrei do que a mulher havia me dito e mantive as forças. Certo dia quando arrumavamos nossas coisa pra ir embora já que a mãe do Tales nós expulsou da casa, Erick veio a mim com uma carta do Tales que havia encontrado.

Ele dizia para seguirmos em frente sem ele, o quão besta ele era para pensar que iriamos conseguir.

Muita coisa aconteceu e quando fez três anos do Tales dormindo, eu tive um sonho estranho com a vó dele.

No sonho a vó dele me dizia que para ir para o hospital ou ia perder o despertar dele.

Rapidamente me levanto e me arrumo, quando pego a chave Erick me pergunta onde eu ia. Disse a ele o sonho que tive e ele fala que teve um igualzinho. Não podia ser apenas coincidência, e quando vimos a ESPERANÇA com a foto do tales na boca a ficha caiu.

Corremos pro hospital, e quando chegamos la Erick quase que não entra pela forma que estava vestido. Ficamos ali segurando a mão do tales a noite toda, até que eu adormeço.

Acordo com o Erick me chamando e quando abro meus olhos sinto o Tales apertar minha mão.

Eu: isso é real ? - abro um sorriso.

Tales se mexe na cama e aos poucos vai abrindo os olhos, ver ele despertando foi a coisa mais bela que já vi.

Eu: Obrigado vovó - olho pro teto e depois para ele

Tales: q-qu-que vo-vovó ? - ele parecia com dificuldade pra falar.

Eu: BEM VINDO DE VOLTA BELA ADORMECIDA - ele beija sua mão.

Corro e chamo uma enfermeira, e assim que ela vê o Tales, ela se emociona e chama as outras enfermeiras. Todos no hospital haviam se apegado ao Tales, ja que eu e o Erick falavamos dele pra todos.

Volto a me sentar ao lado dele e sorrir feito um bobo, ele estava ali acordado e eu havia voltado a ver razão na vida.

Entre dois...Capitulo 7 FIM.

A demora foi pq a site não queria postar.

Este capítulo é menor porque ele é só para conhecermos o Ivan um pouco. O proximo capítulo vai sair sábado e vai abordar a recuperação do Tales e o confrontro dele com as memórias que retornarão, agora nosso menino bipolar vai perceber a cobra que a mãe dele é.

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Comentários

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Olá, querido!.. Melhor site de namoro para sexo -- adultme.fun

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ESSA MÃE 'TIA' TEM QUE QUEIMAR NO MÁRMORE DO INFERNO. DE QUE ADIANTOU TODO DINHEIRO DO MUNDO QUANDO NÃO SE PODE SALVAR A VIDA DE UM FILHO? EU SINCERAMENTE NÃO TERIA DOADO MEU SANGUE. E SEM DRAMAS DE CONSCIÊNCIA. MAS VEREMOS DAQUI PRA FRENTE.

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TÁ UM POUCO REPETITIVO. MAS AINDA SIM VALE A PENA ESTAR LENDO. CONTINUE RAPIDINHO.

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Que bom que o Ivan teve um capítulo só dele, apesar de o Erick parecer ser o favorito, eu gosto muito do Ivan, me atrai a história dele e ele em si

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Amei conhecer o Ivan, e principalmente a vaca da tia dele desmascarada e se ferrando. Louco pra ver a mãe do Tales se fudendo também.

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