Jorge é daqueles caras extrovertidos, sempre alegre, falante e com uma frase espirituosa. Ele tem 56 anos, mais pra gordo, embora não rechonchudo e uma bonita cabeleira grisalha. Ficou viúvo há dez anos e não casou mais. Somos colegas de trabalho. Nas ocasiões em que familiares se reuniam na empresa para alguma comemoração Jorge ia de roda em roda conversando com todos, sempre com uma piada ou uma gozação pra cima de alguém. A cada vez que Jorge se aproximava de Magali, minha mulher que me acompanhava nessas ocasiões, ele sempre tinha um elogio para ela e o fazia na minha frente mesmo. Jorge sempre chamava Magali de ‘senhora’ e dizia coisas assim: “A senhora é muito bonita”; “Seu marido é um cara de sorte”; “Gosto destas reuniões só para poder rever a senhora”. Há anos eu vinha lutando para Magali ter caso com outro homem pois a fantasia de ser corno manso que tinha há tempos nunca me abandonou. Após cada ocasião dessas íamos pra casa e eu só falava no Jorge, dizendo a Magali que ele era louco por ela, doido para comê-la. Magali não me levava a sério e sempre saía pela tangente me chamando de bobo. Até que num almoço de aniversário na casa de outro amigo comum, Jorge, na nossa mesa, bem na minha frente, disse para Magali: “Se o seu marido morrer ou largar de você, eu caso com você, viu!” Ela sorriu amarelo e eu dei uma boa risada dizendo a ele “Quem sabe, né, Jorge...”
Essa minha frase foi a deixa pois logo no dia seguinte Jorge ligou pra minha casa à noite e, sob o pretexto de conversar comigo, deu sorte de a própria Magali atender o telefone. Aí ele ficou mais galanteador ainda e ficaram conversando por uns cinco minutos com Magali sorrindo o tempo todo e dando risadas das coisas que ele lhe dizia. Depois, comigo só falou de futebol e ao final disse que qualquer dia viria nos visitar, se autoconvidando, o que eu achei muito bom. Não preciso dizer que meu pau estava duro... Com a mão por dentro da bermuda, segurando o pau endurecido só daquela conversa eu respondi que precisávamos combinar isso e que seria um prazer. Pois o Jorge passou a ligar diariamente à noite e eu deixava Magali atender para ouvir galanteios que toda mulher gosta de escutar. Nem bem tocava o telefone e eu já ficava de pau duro, passando a mão nos seios e na buceta de Magali enquanto ela ria das cantadas do meu amigo. Depois Magali me contava tudo que ele lhe dissera. Isso me excitava demais e também a ela e era foda todos os dias da semana, sempre falando no Jorge na nossa cama comendo Magali. Teve uma vez que sequer Jorge falou comigo, só com ela e eu adorando tudo aquilo, os relatos dela com ele cada vez mais ousados, já mandando beijo de boa noite e a chamando de meu amor. Enquanto fodíamos eu dizia a ela que ela teria que aguentar o peso do Jorge em cima dela pois ele é bem mais pesado que eu; dizia para ela ficar por cima dele com a bunda branquinha bem arreganhada. Foram fodas inesquecíveis falando do meu muito querido amigo que iria me fazer de corno.
Na empresa, como Jorge trabalhava em outro setor, apenas vez por outra nos cruzávamos e Jorge não perdia a oportunidade para discretamente elogiar Magali e falar da visita que logo nos faria. Ele já havia percebido que eu dera sinal verde para o assédio à minha mulher, percebeu que eu era ou queria ser corno. Numa quinta-feira, como vinha fazendo todos os dias às 21 horas, Jorge ligou, conversou mais tempo com Magali elogiando seu corpo, falando de seus seios que são fartos e muito bonitos, falou da voz que ele dizia ficar ainda mais bonita ao telefone. Depois conversou comigo e combinamos que ele nos visitaria no sábado seguinte, quando comeríamos uma pizza e poderíamos ‘conversar’ por muito tempo. O que eu queria mesmo é ver afinal o Jorge comer a Magali, embora eu e ela tivéssemos combinado que quando isso acontecesse eles ficariam a sós no nosso quarto e eu não iria assistir as trepadas, ficando na sala vendo televisão.
Na sexta-feira o Jorge encontrou comigo no trabalho e, sorrindo maliciosamente, falou que ia levar duas garrafas de um excelente vinho italiano. A noite chegou e eu e Magali estranhamos que Jorge não ligara, como de costume. Ele morava sozinho e eu que queria ficar de pau duro liguei para a casa dele. Ninguém atendeu. Achamos que ele houvesse saído, ido à casa dos filhos ou algo assim, embora tivesse certeza que nada para ele naquele momento era mais importante que namorar minha mulher. Chegou o horário combinado e a preocupação aumentou pois Jorge não dava sinal de vida. Magali estava com um vestidinho solto que a deixava um tesão, realçando os seios maravilhosos e o bumbum apetitoso. Por várias vezes, tesudo que eu estava levantei o vestido dela e coloquei meu pau entre as pernas dela imaginando o Jorge fazendo isso quando chegasse. E nada do amigo aparecer e menos ainda telefonar ou atender o telefone. Eu só sabia o bairro em que ele morava, mas não o endereço completo então o jeito foi absorver a frustração de a Magali não ser fodida por Jorge naquela noite. Mesmo assim eu e ela, fogosos que estávamos metemos duas vezes e eu só imaginando o Jorge comendo ela. A bucetinha de Magali estava mais melada que de costume, sinal que o tesão também a dominava, embora ela não manifestasse com palavras.
No sábado pela manhã, logo cedo, tornei a ligar várias vezes para o Jorge e novamente não obtive resposta, o que começou a preocupar pois tudo que ele mais queria (e eu também) era vir em casa e traçar minha mulher. O domingo passou sem nenhum contato de Jorge e na segunda-feira ele não apareceu para trabalhar e nem comunicou nada sobre a falta ao trabalho. Procurei me informar sobre o endereço do Jorge e ao sair do emprego fui procurar a casa dele. Jorge morava em um prédio de apartamentos e lá fiquei sabendo que ele havia falecido na sexta-feira à noite. Jorge teve um ataque cardíaco enquanto tomava banho e o corpo pesado caiu sobre o ralo, inundando o banheiro. A água escorreu pelo apartamento e saiu pela porta de entrada, chamando a atenção dos moradores do andar que comunicaram ao síndico e este aos filhos. Jorge havia sido sepultado no domingo e a morte do amigo trouxe uma enorme tristeza, primeiro porque era um bom amigo e depois, principalmente isso, porque era quem realizaria minha fantasia de ser corno. Magali chegou até a chorar quando soube do fato e esse incidente acabou adiando minha fantasia que aconteceria tempos depois. Eu e Magali ficamos até aliviados porque Jorge poderia ter sofrido o ataque cardíaco quando a estivesse fodendo, quando estivesse com o pau dentro de Magali. Ainda bem que isso não aconteceu.