Capítulo 75
Víctor abriu os olhos lentamente. Ficou deitado em silêncio por alguns segundos, admirando o marido que adormecia ao seu lado, se encantando com a beleza do rosto de Ivan.
O loiro sentiu um calorzinho no coração preenchido com ternura pelo amado. Delicadamente, tocou no pequena pinta que habitava em baixo do olho do moreno e a beijou.
Ivan se remexeu um pouco, mas permaneceu adormecido. Victor sorriu malicioso e levou a mão até o membro do marido e ficou excitado ao perceber a ereção. Foi penetrando a mãozinha quente por dentro do short do pijama de Ivan. Ao pé do ouvido cantou:
_ Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muito anos de vida.
Ivan despertou sorrindo com a doce melodia da voz do amado e se sentindo excitado com aquela mãozinhas deliciosa.
Deu uma gemida, que deixou Victor louco de tesão. Envolveu-o em seus braços, entrelaçando as suas pernas.
_ Feliz aniversário, amorzinho. Que você tenha uma vida longa e muito feliz! Obrigado por existir, meu bem, e me fazer muito feliz._ disse dando um selinho em Ivan.
_ Se for para acordar com essa mãozinha safada desse jeito, eu quero fazer aniversário todos os dias.
Ivan não resistiu ao belo sorriso do loirinho e o beijou, saboreando aquela boquinha com a sua língua quente.
Com as duas mãos, abaixou a cueca de Víctor e explorou a sua bunda, acariciando-o e dando leves tapinhas.
_ O que quer de presente, bebê?
_ Esta bundinha gostosa.
_ Isso não vale, amor. Ela já é sua!
_ Eu quero agora. Quero comer este cuzinho gostosinho.
Víctor deu o seu sorriso safado, mordendo o lábio inferior.
Víctor subiu em cima de Ivan e ficou roçando a bunda em cima do pau do marido.
Ivan puxou a sua cabeça para si e o beijou.
O loiro interrompeu o beijo e começou a beijar o pescoço, acariciando o tórax nu e retirando o short do moreno.
Beijou as suas pernas e virilhas. Em seguida preencheu a boca com o membro do marido e o saboreou, provocando gemidos em Ivan.
O moreno acariciava os cabelos loiros de Víctor, sentindo aquela boquinha deliciosa devorando o seu pau.
_ Vem cá. Eu não quero gozar agora. Primeiro, eu quero me divertir com esse rabinho.
Victor subiu ficando com os olhos em direção a Ivan.
Ambos sorriam um para outro. O loiro acariciava o rosto do marido, sentindo ser dominado pelo amor.
Os olhares em doces irradiavam os melhores sentimentos que os seus corações poderiam sentir.
Suas bocas se tocaram num beijo e arrepios percorriam os seus corpos, enquanto se tocavam.
Num giro, Ivan mudou as posições, pondo Víctor deitado na cama e ele por cima.
Não resistiu a aqueles belos mamilos rosados e caiu de boca. Víctor gemia como um gatinho, tendo o rosto avermelhado e deixando o corpo vulnerável ao bel prazer do marido.
Foi abrindo as pernas, que estavam bambas, para receber o marido dentro dele.
O moreno explorou o seu peito e barriga com beijos e chupadas, descendo até o seu pênis o beijando.
Engoliu-o aos poucos, enquanto penetrava dois dedos umedecidos no cuzinho do marido, e com a outra mão brincava com os biquinhos dos peitinhos do loirinho.
Víctor gemia cada vez mais, enquanto rebolava nos dedos de Ivan.
Os seus gemidos eram sussurantes e manhosos, quase femininos, deixando Ivan louco de tesão chupando e dedando com mais vontade.
_ Aiiiiii! Ai, delícia! Aaaaa! Você é tão gostoso! Aaaiii!
Ivan se viu louco de tesão, quando o cuzinho do marido piscava em seus dedos.
Vendo o menino se retorcer gemendo, beijou a sua boca.
Retirou os dedos e levou a boca até aquele buraquinho, se deliciando, chupando aquela grutinha.
_ Aiiii! Ai, caralho! Me fode, vai! Aiiii, amor, me coma gostoso.
_ É pica que tu quer, neném? É pica tu vai ter. Delícia!
Ivan ergueu as pernas do loirinho até os seus ombros e penetrou todo o pênis no menino.
Com as respirações ofegantes e o suor percorrendo por suas peles, seus corpos se deliciavam um com o outro. Devoravam-se num desejo ardente.
O rangido da cama era proporcional ao ritmo das estocadas dos seus corpos.
Víctor abraçava o amado com força, se entregando por completo ao seu homem.
_ Caralho! Que cuzinho gostoso da porra! Menino, você me deixa louco!
Ivan o beijava, devorando-o. O loiro sorriu se deliciando com o líquido quentinho que invadia as suas entranhas.
Mesmo depois de ter gozado, Ivan permaneceu deitado sobre Víctor, acariciando o seu rostinho o olhando com carinho, enquanto o masturbava.
Víctor sentia-se tão amado e protegido que desejou que aquele momento não terminasse nunca.
Fechou os olhos e teve os lábios beijados, gozando não mão do moreno.
_Eu amo quando você come assim...tão gostosinho.
_ Com essa delícia de cuzinho, eu como com prazer.
_ Esse pauzão também não fica atrás. Grande e habilidoso. Do jeitinho que eu gosto.
Ivan não resistiu a expressão mista de doce e safada do marido e o beijou.
_ Hoje eu estou fazendo trinta e dois anos. Nada mais justo que eu te coma trinta e duas vezes.
_ Que isso, amorzinho?! Coitadinho do meu cuzinho! _ Víctor disse sorrindo.
_ Coitadinho nada. Ele vai ficar bem felizinho.
Ivan o beijou com o seu "garoto " animado. No entanto, a vozinha de Alice chamando por eles pela babá eletrônica, atrapalhou os seus planos.
_ Pelo visto vamos ter que deixar a nossa festinha para mais tarde. São ossos da paternidade._ Víctor disse encolhendo os ombros.
Ivan fez beicinho lamentando e deitou a cabeça sobre o peito de Víctor.
_ Droga!
Mesmo sendo o seu aniversário e um dia de sábado, Ivan passou por cima da sua vontade de ficar em casa com a sua família para ir até a concessionária para atender a um pedido de ajuda do seu amigo.
Renato o ligou pedindo auxílio para a resolução de problemas administrativos.
O empresário o recebeu com um abraçando, o felicitando pelo seu aniversário. Presenteou-o com uma garrafa de Hennessy, o que deixou o moreno muito feliz.
_ Cara, você é incrível mesmo! Adorei! Vou servi-la na próxima visita que você fizer a minha casa.
Eles conversaram por um bom tempo sobre seus casamentos, Alice, negocios e futebol.
Ambos adoravam passar um tempo juntos, que isso não aconteciam com tanta frequência como antes, devido a correria de suas vidas.
A gerente interrompeu a conversa dos amigos, batendo na porta, informando a Renato que um cliente estava a sua espera.
Como se tratava de um cliente especial, Renato pediu licença a Ivan e foi atendê-lo.
_ Fique à vontade aí. Eu já volto. É só um momento.
Paulo entrou feliz na concessionária. Por fim havia conseguido juntar uma boa quantia em dinheiro para comprar um carro novo.
Ficou ainda mais empolgado quando o genro o ofereceu um desconto de 50 por cento em qualquer carro escolhido.
Assim que chegou, foi atendido pela gerente simpática.
_ Oi, seu Paulo! Que bom ver o senhor. Como está?
_ Oi, minha querida. Eu estou bem e você?
_ Ótima.
_ Então, eu vim comprar o meu carro novo. Graças a deus que depois de anos eu vou trocar aquela lata velha por um veículo decente.
_ Louvado seja Deus! Esse nunca falha.
_ É verdade, minha filha. Deus é fiel.
_ O senhor pode ficar à vontade para escolher. Eu vou chamar a Virgínia para o ajudar.
_ Na verdade. Eu combinei com o meu genro que ele me atenderia. Ele me disse que tinha umas dicas... e também, assim a gente troca um dedinho de prosa.
_ Ah, tá certo. O Renato está um pouco ocupado agora. Mas, o senhor pode aguardar no escritório dele. Aceita um cafezinho?
_ Vou aceitar sim, minha filha. Um cafezinho cairia bem.
_ Eu vou levar lá para o senhor.
_ obrigado.
O idoso caminhou feliz em direção ao escritório, mas o seu sorriso desapareceu ao ver Ivan sentado à mesa.
O moreno ficou desconcertado a presença de Paulo, mas o uso da boa educação falou mais alto.
_ Bom dia, seu Paulo.
Paulo não conseguia conter a raiva.
_ Meu dia estava bom até te ver. Eu volto outra hora.
_ O senhor não precisa agir desse jeito. Nós somos dois homens adultos. Sente-se. O Renato já está vindo.
_ só há um único homem aqui dentro deste escritório, que sou eu. Você não passa de um moleque violento. Eu me recuso a estar no mesmo ambiente de alguém que destruiu a minha família. Por sua culpa mãe e filho cortaram relações. Justo Andréia e Víctor que sempre se deram tão bem.
_ Olha aqui, seu Paulo, eu admito que errei muito com o Victor e me arrependo amargamente por isso, mas eu não tenho culpa nenhuma se a sua filha é uma cabeça duro e virou as costas para o próprio filho p ir causa de uma birra besta.
_ Você é muito insolente mesmo. Se acha o rei do mundo porque tem dinheiro e poder! Mas, não passa de um mau caráter! Um salafrário!
_ Eu não sou obrigado a ouvir os seus insultos. Peço que me trate com a mesma educação que eu dirijo ao senhor.
_ Que mané educação! Eu não consigo entender como você sai impune depois de tudo que fez ao meu neto. Você é responsável sim pelo desacordo dos dois! A minha filha é uma boa mãe e não aceita que o filho viva sob o mesmo teto que o homem que tentou matá-lo. Ela está coberta de razão! Isso é inaceitável!
_ Eu entendo que como uma boa mãe que a Andréia é, ela esteja preocupada com a segurança do filho. Mas, se afastar dele não é uma atitude correta. O Víctor está sofrendo por causa disso, sabia? Ele chora de saudades dela! E também creio que ela sinta muitas saudades dele. Logo, todo esse orgulho da Andréia é burrice. Só está levando ambos ao sofrimento.
_ Tudo por culpa sua! Eu tenho certeza que você está feliz com tudo isso.
_ Aí que o senhor se engana. Eu amo o seu neto. O que mais me dói é sofrimento dele.
_ Cínico! Você o causou sofrimento quando quase o levou a óbito com uma pancada na cabeça! Mas, quer saber? Eu não vou perder o meu tempo discutindo com você. A sua presença me dar refluxo. Diga ao Renato que eu volto outro dia.
Paulo saiu da sala revoltado.
Renato o acompanhou até em casa. Víctor havia ligado para o padrasto o convidando para almoçar com eles, em comemoração ao aniversário de Ivan.
Durante todo o trajeto para casa, Ivan permaneceu calado, deixando apenas Renato falar, mas não o ouvia, pois estava pensativo. Estava triste por causa do rompimento da relação de Víctor com Andréia. Lamentava em silêncio o sofrimento do seu Solzinho.
Ao chegar em casa, foi surpreendido com uma festa na piscina.
Todos o receberam com aplausos e cantando "Parabéns para você".
Sua reação foi um sorriso e um beijo no marido.
_ Ah, gente! Eu nem sei o que dizer...estou tão emocionado.
Alice correu alegrinha para abraçar o pai. Esticou os bracinhos querendo colo.
Ele a abraçou e a beijou no rostinho.
_ Feliz "bessálio ", papai! Eu te amo muuuitoooo!
_Eu também te amo muito, minha luazinha!
Devido a sua educação em solos europeus, Ivan não tinha o hábito de expressar os seus sentimentos em público. Contudo, o carinho e afeto que recebia da sua família não o deixou conter as lágrimas.
Nunca teve carinho e amor familiar. E agora que possuía tudo isso, se sentia tão feliz por ser amado como nunca se foi na vida.
Víctor havia organizado um churrasco surpresa para comemorar o aniversário do marido.
Convidou poucas pessoas, apenas as que considerava especiais. Renato, Fernanda, Virgínia, os empregados da casa, pois o casal Matarazzo tinha um carinho enorme por eles e convidou uns poucos amigos íntimos de Ivan.
Virgínia não era amiga de Ivan como antes. Internamente, ainda desaprovava a volta do casal, mas por respeito ao amigo, evitava tocar no assunto e procurava se dar bem com Ivan de um jeito formal. Foi ao churrasco a pedido de Víctor, que além da sua presença, solicitou a sua ajuda para a organização.
Maria foi convidada e levou os dois filhos: Pietro de 4 anos e Gabriel de 6. Víctor e Ivan ficaram muito felizes em ver Alice brincar alegremente com os meninos. Concluiu que aquele tipo de socialização faria bem a pequena. Ivan pediu a que Maria levasse os meninos mais vezes em sua casa para brincar com a sua filha.
_ O senhor tem certeza, seu Ivan?
_ Claro, Maria. A casa é grande e Alice tem muitos brinquedos. Não quero que ela seja uma criança solitária como eu fui.
_ Obrigado, seu Ivan. Os meninos vão adorar.
Walace e a família também compareceram. Víctor achou apropriado o convidar, o que agradou muito a Ivan, já que a relação deles estava indo além de patrão e empregado. Estavam se tornando amigos.
Alice agarrou as pernas de Renato.
_ Vovô! Vovô!
_ Oh, meu amorzinho. Vem aqui dar um beijo no vovô.
Renato a pegou no colo e a menina o beijou no rosto e recebeu o mesmo tratamento. Com o decorrer do tempo em que estava convivendo com os pais, Alice estava reproduzindo com as pessoas a sua volta o amor e o carinho que recebia deles.
_ Vovô, cadê a vovó "Andeia "? Eu tô com "xaudade " dela.
Víctor abaixou o olhar entristecido, despertando pena em Ivan.
_ A vovó teve que resolver um probleminha e não pode vir. Mas, ela mandou um beijão assim oh pra você.
Renato a beijou no rosto.
_ Vovó nunca veio aqui na casa minha.
_ Filha, vá brincar com os seus amiguinhos, vá._ disse Ivan.
Renato a pôs no chão e ela correu em direção aos meninos, que brincavam no parquinho.
_ Alice, não corra! Você cair, menina!
_ Deixe ela, amor! A menina tá se divertindo.
_ E se ela cair, Ivan? Pode se machucar toda e...
_ Credo, Vitinho! Você tá parecendo a sua mãe quando você era criança. O Ivan tem razão! Deixe a menina! _ disse Virgínia.
_ Não exagera, Virgínia!
_ Eu vou ter concordar com a Virgínia. O Víctor exagera no zelo. Esses dias ele não me deixou ensinar a menina a andar de bicicleta por medo dela cair e se machucar.
_ Igual a Andréia fazia com ele. É por isso que ele não sabe andar de bicicleta até hoje.
_ Um fruto nunca cai longe da árvore._ disse Renato.
_ Ah, gente! Me deixe! Eu não estou exagerando. Só estou fazendo a minha obrigação de pai.
_ Até as frases dela você está reproduzindo, meu enteado.
_ Tal mãe, tal filho. _ disse Virgínia.
Víctor mostrou a língua para ela.
Gael chegou um pouco depois. Alice correu feliz para abraçá-lo. Ela era apaixonada pelo primo e vice versa.
Víctor observava feliz o retorno da amizade entre os primos. Ivan e Gael voltaram a se dar bem como antes.
Ambos se visitavam em suas casas, jogavam futebol juntos todas as quartas, junto com Renato, Walace e outros amigos.
Víctor observava que o clima familiar fazia bem ao marido e isso o deixava feliz.
Ele lamentava por Luíza se recusar a se relacionar com irmão. Ela ainda não o havia perdoado pelo mal que ele fez a Gael e prefiria não ter relações com ele.
Ivan lamentava, pois desejava ter uma boa relação com a irmã, mas respeitava a decisão dela, se mantendo distante.
Como Alice andava com dificuldades para comer, Víctor passou a preparar pratos decorativos, como Andréia fazia para ele quando era criança.
Colocou duas rodelas de cenouras para serem olhos, um fio de casca de tomate como boca e a salada de alface com o peito de frango picado para serem os cabelos.
_ Nossa! Que criativo, Vitinho! Amei!
_ Só assim para a Alice comer. Ela tem andado preguiçosa na hora da refeição. Aí apelei para a criatividade._ Víctor dizia arrumando o prato para a filha e entregando a babá.
_ Insista até ela comer tudo.
_ Pode deixar, Víctor. _ disse a babá, se retirando.
_ Sabe, Maria, a minha mãe fazia pratos assim pra mim quando eu era criança. Mesmo chegando cansada do colégio e trabalho, ela tirava um tempinho para cuidar de mim.
Víctor deitou a cabeça no ombro de Maria e respirou fundo.
_ Eu sinto tanta saudade dela.
_ E por que não vai visitá-la?
_ Tenho medo que me expulse como fez da última vez que nos vimos.
_ Mas, isso já faz tantos meses! Ela já deve ter esfriado a cabeça.
_ Acho que não. Desde aquele dia, ela nunca mais entrou em contato. Acho que, infelizmente, ela me odeia.
_ Não! Não! Dê jeito nenhum! Ela não é como a dona Sônia! Eu não a conheço muito bem, mas pelo que você e o seu Ivan dizem, eu tenho certeza que ela é uma boa mãe. Amor de mãe não acaba, Vitinho.
"Sabe de uma coisa? Por mais que eu goste muito do seu Ivan, sei o quanto ele te ama e torci muito para que vocês dois ficassem juntos, eu entendo a Andréia. Não é fácil para uma mãe aceitar que o filho volte para o homem que fez o que seu Ivan fez. Eu no lugar dela também não aceitaria.
"Por isso, eu acho que vocês precisam se reaproximarem. Ela precisa saber que você está em segurança, que o seu Ivan o trata muito bem e que está feliz. Acho que depois de tudo isso, ela vai ficar mais tranquila."
_ Eu quero muito rever a minha mãe, mas não tenho coragem de procurá-la.
_ Mande uma carta para ela. Peça ao seu Renato que a entregue. Expresse na carta todo o seu amor por ela, diga que está bem e feliz e que sente saudades.
_ Você acha que devo?
_ Lógico! Dê o primeiro passo, Vitinho.
Víctor sorriu animado com a ideia.
No fim da festa, Ivan cortou duas fatias de bolo.
_ É tradição oferecer a primeira fatia a alguém especial. Mas, eu sou sortudo o suficiente de ter dois grandes amores na minha vida. Duas luzes que fazem meus dias felizes: o meu Solzinho e a minha luazinha. Vocês são tudo pra mim.
Ambos beijaram o aniversariante no rosto e o abraçaram diante dos aplausos dos convidados.
No dia seguinte, Ivan aproveitou para passar o dia em casa curtindo a família.
Mesmo tentando aparentar felicidade, Víctor não conseguia disfarçar a tristeza que era percebida por Ivan.
Ele abraçou o loirinho e o beijou.
_ Quer conversar?
_ Não. Só quero ficar abraçadinho contigo.
Assim permaneceram deitados na rede, observando Alice brincar no quintal da casa.
Víctor apoiava a cabeça no peito do marido, enquanto recebia um cafuné.
_ Eu odeio te ver tristinho, meu Solzinho.
_ vai passar, amorzinho.
Víctor deu um selinho no marido.
O loiro comentou sobre a ideia de Maria de escrever uma carta para Andréia e Ivan o apoiou.
_ Seu aniversário está chegando, neném. Temos que fazer uma festinha para comemorar. O Gael deu a ideia de comemorarmos no Queer'club. Eu acho uma boa ideia. A juventude deve ser celebrada numa balada. Eu estou pensando em alugar a boate para a festa.
_ Bem a cara do Gael querer farra para tudo.
_ Mas, eu prefiro algo mais familar e mais íntimo. Com um clima apropriado para receber a minha família e a nossa bebê.
_ Você quer uma festinha aqui em casa?
_ Pode ser. Mas, nada de exageros. Quero algo mais íntimo. Só para família e amigos íntimos.
_ Que seja feita a sua vontade, amor da minha vida. Os 20 aninhos do meu neném será comemorado do jeitinho que ele quiser.
Ivan o beijou.
À noite, Ivan ficou assistindo desenho animado com Alice na sala de cinema. Enquanto, Víctor repousava no quarto, pois havia reclamado de dor de cabeça.
_ Papai, eu vou fazer pipi.
_ Eu vou te levar.
_ Não precisa, papai. Eu sou uma mocinha!
_ Olha só! Temos uma mocinha independente aqui! Então, tá né!
Ivan admirava a sua filhinha caminhar vestida com o seu pijaminha branco com estampas de bichinhos e o seu cabelinho penteado como maria-chiquinha. Ela carregava o seu inseparável coelho rosa de pelúcia.
Ao sair do banheiro e passar pela porta do quarto do casal, a menina se entristeceu ao ouvir um choro vindo do quarto. Ela abriu a porta devagar e viu que Víctor chorava, olhando para a janela.
Assustada, ela correu para o cinema, com os olhinhos umedecidos.
_ Papai Ivan! Papai Ivan! O papai Víctor está chorando.
A menina dizia chorando também.
Ivan foi até o quarto, deitou na cama e abraçou o marido.
Ele já sabia o motivo da tristeza de Víctor e não quis perguntar. Alice entrou com o dedinho na boca e ficou olhando da soleira da porta, abraçando o seu coelho.
Ao ver a filha, Víctor secou as lágrimas e sorriu, pois temia assustá-la. Ele esticou os braços e ela pulou na cama o abraçando.
_ Por que você tá chorando, papai?
_ Foi um cisco que caiu no meu olho.
_ Mas, os dois olhos estão chorando! Caíram dois ciscos, papai?
_ Sim, meu amor. Mas, já saíram.
Ele a manteve em seu colo até a menina adormecer. Ivan permaneceu ao seu lado, o abraçando.
Ivan não conseguiu dormir bem. Mergulhou em seus pensamentos, revoltado com a tristeza do marido.
Levantou cedo, e com cuidado para não acordar o marido. Tomou banho e escovou os dentes. Arrumou-se com o seu terno Armani e pegou a carta que Víctor havia escrito para Andréia.
Ao descer as escadas, encontrou Maria e Dora, que havia acabado de chegar.
_ Bom dia! Bom dia!
Ele as cumprimentou e foi andando em direção à porta.
_ O senhor não vai tomar café da manhã, seu Ivan?_ perguntou Maria.
_ Hoje não. Mas, me faz um favor? Prepare o café da manhã do Víctor com todo carinho e leve para ele na cama. Ele está um pouco triste.
_ Pode deixar, seu Ivan. Eu vou fazer com todo carinho do mundo.
Andréia despertou com o barulho da companhia. Imaginou que deveria ser a sua empregada, que havia perdido ou esquecido a chave.
Ao abrir a porta ainda vestido com baby doll de cetim rosado, ficou surpreendida com Ivan diante dela.
Ele entrou sem ser convidado.
_ Nós precisamos conversar.
Andréia sentiu um ódio feroz. Manteve a porta aberta.
_ Como se atreve a pisar na minha casa, demônio? Fora daqui!
Ivan foi até a porta e a fechou.
_ Você já invadiu a minha casa e me agrediu, sempre disse tudo o que quis na minha cara e agora é a sua vez de me ouvir!