~ continuando ~
#Eita Professor Bom!#
ㅤMeu avô continuou por mais uma semana em Porto Alegre enquanto eu e minha avó voltamos para São Paulo. Nossa vida se resumia, por um tempo, a essa ponta aérea, São Paulo x Porto Alegre. Aos poucos isso começava a nos deixar um pouco irritados, mas, por um lado, havia acontecido algo bom. Eu e minha mãe estávamos muito próximos um do outro, tanto que nos falávamos quase todo o dia ou por telefone ou por internet.
ㅤSoube também que as duas, minha mãe e minha irmã, brigaram feio pelo simples fato de minha mãe ter voltado a falar comigo, tanto que ela saiu de casa e foi morar na casa do noivo dela. Quando minha mãe me contou isso, eu não acreditei, ela estava se sentindo um pouco só e eu não a culpava, naquela casa, diversas foram as vezes que, por mais cheia de gente, eu me sentia só.
- Mãe, por que a senhora não vai atrás dos teus sonhos? – Perguntei ao telefone.
- Não é fácil, Vini, largar tudo isso, tenho que trabalhar para me sustentar!
- E o seu antigo namorado? – Perguntei curioso.
- Não sei dele, há muitos anos que não nos vemos ou falamos. – Disse. – Contei a você que há um grupo querendo comprar a empresa?
- Não, não falou, mas o vô me contou algo por cima. E ai, o que pretende fazer?
- Eu nada, quem é o dono da empresa é você e não eu! – Disse ela.
- Mãe, eu não entendo nada disso, por mim tanto faz ou tanto fez! Mas se é para valorizar ela, acho que deveríamos fazer isso, podíamos dividir, sei lá!
- Não, Vini, o dinheiro é seu, seu pai deixou para você e eu me contento com o que eu tenho.
- Mãe, você já pensou se algo acontecer? Digamos que a empresa venha a falir, quem vai se explodir sou eu! É o meu nome, ainda mais por ser o dono, ou melhor, ter a maior parte das ações que se resumem entre eu, você e o meu tio.
- Vini, você não precisa se preocupar com isso, você mesmo assinou que eu sou responsável por tomar conta da empresa e o seu tio também, ou seja, quem vai se “explodir” somos nós. Em todo caso, vamos ver como seria a venda, continuaremos com nossas ações enquanto isso!
- Está bem, mãe preciso ir agora, academia!
- Está bem, meu anjo, até.
ㅤDeixei o telefone e fui me arrumar. Quando estava pronto, me despedi dos meus avós e fui para a academia de carro. Ao chegar lá, pude ver o Michel sentado na recepção e logo me lembrei daquele dia da aluna atolando a mão dele no meio de suas pernas. Quando me viu, ele sorriu e veio me cumprimentar.
- E ai, estava sumido! Pensei que nem voltaria mais.
- É, estava em Porto Alegre, meu pai faleceu... – Disse.
- Que barra, precisar de alguma coisa, estamos ai. – Disse ele me dando um tapinha nas costas. – Vamos lá alongar e depois te passo os exercícios de hoje!
ㅤEnquanto eu me alongava, ele ficava por perto me observando e conversando comigo. Hoje ele estava mais lindo do que o habitual. Havia feito a barba, o que possibilitava ver seu rosto extremamente másculo. Usava camiseta regata branca que dava forma ao seu peitoral, short preto (sem cueca) e tênis.
ㅤDepois que eu fui para o Leg Press, algum tempo depois, ele foi atrás dizendo que eu estava fazendo errado, o que era verdade. Então, ele abaixou e pôs a mão por debaixo de minha coxa e entre minhas pernas como se as abraçasse.
- Mas, eu não estou fazendo nada errado! – Reclamei.
- Está sim, afasta um pouco e ajeita a postura! – Disse afastando-se, mas ainda agachado ao meu lado.
ㅤAo olhar para o lado, pude ver que seu short estava um pouco levantando e claramente dava para ver seu pau saindo do short e se roçando na sua própria coxa. Eu não consegui desviar o olhar.
- Gosta? – Perguntou ele passando os dedos na cabeça do seu pau.
- Tem como não gostar?! – Respondi perguntando.
- Quer ele para você? – Perguntou.
- Agora? – Disse parando o exercício no Leg Press.
- No vestiário. – Ele se levantou e saiu em direção à recepção e depois seguiu para o vestiário.
ㅤEu fiquei mais algum tempo ali até que fui para lá também. Não tinha nada a perder, muito pelo contrário, só a ganhar mesmo. Já fazia algum tempo que não me divertia e se ele queria, ainda mais no vestiário da academia, isso só fazia com que minha excitação e a adrenalina aumentasse.
ㅤQuando cheguei, ele estava sem roupa verificando a temperatura da água no chuveiro. Havia outra ligada. Ele tinha ligado para pensarem que eu estava tomando banho na outra enquanto, na verdade, eu estava é me pegando com ele no mesmo box.
- Vem! – Disse ele entrando no box.
ㅤEu rapidamente tirei minha roupa e o segui. Quando entrei, ele me puxou para debaixo do chuveiro e me beijou enquanto me prensava na parede. Era um beijo cheio de tesão, desejo e em pouco tempo nossos paus já duros ficavam roçando um no outro enquanto nossas mãos exploravam nossos corpos.
- Esse é o meu favor que eu estava lhe devendo! – Sussurrou ele me beijando.
- Acho que vou ter que o flagrar mais vezes para você me fazer favores assim! – Disse o encostando na parede, explorando com a boca seu pescoço e o peito.
ㅤSeu corpo era todo lisinho e durinho, minha língua deslizava por ele com extrema facilidade enquanto seu pau, que eu masturbava, latejava em minha mão pedindo mais. Eu o apertava e ele fazia o mesmo, tocávamo-nos de todas as formas possíveis, roçando nossos corpos enquanto sentíamos a água quente cair.
ㅤEntão, ele me segurou pela cintura e me afastou, abrindo a porta, e sem antes ver se tinha alguém ali, foi até seu armário onde tirou um lubrificante e camisinha. Ainda agachado, me segurou pelas pernas enquanto as beijava e com as mãos subia até a minha bunda, explorando meu cuzinho com seus dedos. O tesão era tanto que eu tinha que morder meus próprios dedos para não gemer e nos ouvirem ali.
ㅤQuando ele me chupou, senti minhas pernas bambearem, ele engolia até o final e ainda brincava com minhas bolas com a sua língua. Eu já estava quase gozando quando alguém entrou no banheiro. Rapidamente o Michel se levantou e, se segurando para não rir, me segurou pela cintura e me abraçou, deslizando suas mãos por minhas costas.
- Michel, vai demorar no banho? – Perguntou um dos professores.
- Não, não, só deixa eu bater uma que já saio! – Disse ele cheirando meus cabelos.
- Tem aluno aqui, retardado! – Disse o outro.
- Nem da bola, esse ai só pensa nisso! – Eu disse me encostando no meu box puxando o Michel comigo que não parava de relar seu pau no meu.
ㅤO outro riu e então saiu. Michel me segurou pela cintura e me beijou novamente, mordiscando meu lábio inferior. Então, me virou de costas para ele e se agachou me fazendo empinar a bunda enquanto ele caia de boca em meu cuzinho. Foi quase que impossível não gemer. Ele metia sua língua e tirava dando um chupão que me fazia ver estrelas. Eu rebolava em seu rosto e ele ficava mais doido ainda.
ㅤDepois ele pegou o tubo de lubrificante e praticamente o despejou em minha bunda. Pôs a camisinha e me penetrou. Seu pau praticamente deslizou em meu cú com tanto gel.
ㅤSem esperar eu me acostumar com seu pau, ele já começou seu vai e vem. Não podíamos esperar por muito tempo. Então ele começou a bombar com vontade, eu tinha quase certeza que o barulho do corpo dele batendo no meu podia ser ouvido da entrada da academia. Ele não estava nem ai, e quando eu apertava meu cuzinho em seu pau, ele enlouquecia, puxando meus cabelos e me beijando de uma forma quase que selvagem.
- Eu vou gozar! – Disse ele batendo uma pra mim.
- Não, fica mais! – Pedi rebolando em seu pau.
ㅤEle segurou minha cintura e retirou seu pau de dentro e socou tudo de uma vez, gozando em seguida. Logo depois retirou a camisinha e os jatos de porra ainda saltavam em minha direção enquanto ele se roçava em meu corpo. Logo depois eu gozei também em sua mão, que ele fez questão de lamber.
ㅤFicamos mais algum tempo abraçados e nos beijando. Enquanto nos vestíamos, ele não parava de vir atrás de mim e me abraçar, beijava meu pescoço e roçava seu pau meia-bomba em minha bunda. Por fim, nos despedimos com um beijo e eu fui embora.
(Fim da Parte 37)
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#Bahia!#
ㅤMinha lista de quem eu iria pegar naquele ano já havia sido preenchida. O negão e o professor da academia. Claro que eu só fazia isso para tentar esquecer o Philip e me divertir um pouco, tentar viver a minha vida de solteiro. A parte de me divertir estava dando certo, mas já esquecer o Philip era impossível, ainda mais que nas últimas semanas ele me ligava com alguma conversa, saber como eu estava, enfim, essas coisas mais supérfluas que no momento eu considerava assim.
- Vocês vão viajar para aonde? – Perguntei para a Manu e a Rafa enquanto me sentava a frente deles na sala de aula. – No verão!
- Não sei, não faço à mínima, Vini! – Respondeu a Rafa.
- Nem eu! – Disse a Manu.
- Que tal irmos para a Bahia? – Perguntei. – Algum lugar calmo, nada de festa, descansar mesmo, sair um pouco desse mundo em que vivemos.
ㅤAs duas se olharam e logo depois a Manu segurou minha mão de forma delicada.
- Só porque você se tornou um milionário, não quer dizer que nós também tenhamos nos tornado! - Disse a Manu abrindo um largo sorriso.
- Eu pago, oras! Ou melhor, ajudo! – Pisco o olho.
- Estamos brincando, precisamos falar com nossos pais, podíamos convidar os garotos! O que acha? – Sugeriu a Manu.
- Perfeito! – Disse.
ㅤLogo o professor chegou e nos viramos, prestando atenção nele, mas não demorou muito e voltamos a conversar silenciosamente.
ㅤA manhã passou rapidamente enquanto, em meu notebook, procurávamos lugares para ficarmos sem ao menos ter consultado os demais. Cada lugar que víamos, era um mais lindo que o outro, até que desistimos e decidimos que veríamos isso mais tarde com os outros. Ligaríamos para o Celo e o Bruno e, já que o apartamento deles era o ponto de encontro da turma, era para lá que iríamos mesmo.
ㅤNo almoço, contei aos meus avós sobre a viagem e eles gostaram da ideia e que se não fossem velhos demais, iriam conosco. Eu até que achei super divertida a ideia de ter eles conosco, até porque meus avós tinham um espírito super jovem, tanto que até para o Carnaval da Bahia já foram. Eu ainda não conseguia imaginar aqueles dois pulando com aquela multidão, mas as fotos que eles tinham, não negavam.
ㅤPassei o dia inteiro pesquisando alguns lugares que poderiam vir a ser interessantes para o grupo. Até me esqueci de ir à academia, quando, de repente, ouço meu celular tocando. Quando vejo, começo a rir. Era o Michel.
- Fala, professor! – Disse me segurando para não rir.
- Não vai vir hoje? – Perguntou.
- Pois é, eu esqueci, estou pesquisando alguns lugares para viajar e depois vou me encontrar com o pessoal, já que vão ir comigo.
- Tem certeza? – Perguntou ele.
- Por que?
- Sei lá, talvez por ontem. – Falou ele.
ㅤEu ri.
- Óbvio que não, se quiser passo para te dar um oi hoje à noite, na sua casa!
- NÃO! É melhor não! – Disse ele rindo. – Vai um pessoal lá em casa e...
- Tem medo de não resistir e sair me agarrando? – Perguntei.
- Também!
- Também? – Perguntei curioso. – E o que mais?
- Meus amigos são muito urubus! Vão ficar de olho em ti! – Disse rindo novamente.
- Desde quando te dei permissão para sentir ciúmes? – Perguntei.
- Não tem que dar permissão para nada! Sou mais velho!
- Ah claro! Vou fingir que eu não ouvi isso! – Falei rindo ainda.
- Bem, preciso dar atenção para as alunas...
- E alunos! – Concluí.
- Alunos, pode acreditar, o único que dou atenção, é você! – Disse ele.
- Senti-me até honrado! Agora vai lá, professorzinho! – Disse brincando com ele.
- Até, amor!
ㅤAmor? Ele havia me chamado de amor? Eu desliguei o telefone não acreditando no que tinha ouvido. Este mundo estava completamente de cabeça para baixo. Quando eu queria alguém, ninguém me queria, agora que não quero, todos me querem! Soltei um longo suspiro e fui para o banho. Não me demorei muito, pois iria para o apartamento do Celo. Quando cheguei lá, todos já estavam me esperando.
- Chegarem cedo! – Falei indo me sentar no sofá entre a Carol e a Eve.
- Os garotos acharam a ideia ótima e por isso viemos cedo para saber qual você escolheu! – Falou a Manu.
ㅤEu mostrei algumas opções e ficamos discutindo outras até que decidimos que ficaríamos na Praia de Arembepe na Bahia. Como era um lugar que deu a entender ser bastante requisitado de turistas, naquela semana mesmo eu iria ver quanto era a passagem de ida e volta, hospedagem, entre outras coisas.
ㅤAcho que seria divertido, viajar com todos os meus amigos, algo que eu nunca fiz, somente com estranhos ou com minha família. Estávamos ansiosos demais para isso!
(Fim da Parte 38)
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#“O sofrimento é o intervalo entre duas felicidades.”
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤVinícius de Moraes#
ㅤEra metade de Novembro, em duas semanas estaríamos indo para à Bahia. Eu estava mais ansioso do que o normal, mas algo também me atormentava: Durante a viagem, os dias que estaríamos lá, seriam os mesmos em que no ano passado eu e Philip havíamos terminado. Eu tentava disfarçar de toda a forma possível, mas a Manu e a Rafa me conheciam mais do que qualquer outra pessoa. Notei que elas evitavam falar sobre qualquer coisa que tinha relação com ele e quando falavam se olhavam de modo muito estranho.
ㅤEu já havia deixado de tomar meus remédios da depressão a um bom tempo e me sentia muito melhor sem eles, apesar de às vezes ter algumas recaídas, mas eu já não era mais aquela pessoa que vivia para baixo, agressiva, triste. Eu já sorria com vontade, brincava, saia, divertia-me entre muitas outras coisas, coisas que no semestre passado eu pensava que eu jamais voltaria a fazer em toda minha vida.
ㅤCerto dia, em meu quarto, no meio de minhas anotações, li uma frase que a muito tempo não via, onde dizia que a paixão nos levava a cometer erros, mas somente o amor fazia-nos cometer os erros mais ridículos.
ㅤLi durante mais algumas vezes, tentando tirar alguma explicação daquilo para a minha vida. De repente senti como se aquela vela apagada de minha vida há muito tempo, começasse a acender novamente, a queimar. Não com tamanha intensidade de antes, mas fraquinha. Eu tinha certeza que algo nessa viagem iria mudar minha vida. Sabe aquela sensação, aquele pressentimento, eu não sabia explicar o que, mas isso só me fez querer que aquelas duas semanas passassem logo de uma vez.
- Promete que vai se cuidar? – Perguntou minha avó ao lado do meu avô.
- Sim, eu prometo, não precisa se preocupar, todos aqui somos de maiores e o Celo e o Bruno são os mais velhos.
- A senhora não precisa se preocupar, qualquer coisa ligamos na mesma hora! – Disse o Celo tranquilizando minha avó.
- Bem, reservei dois carros para vocês para quando chegarem lá não precisarem se preocupar com isso! – Disse meu avô vindo me abraçar. – Aproveite muito esses dias, estaremos os aguardando com uma surpresa para quando voltarem!
- Fala sério? VÔ! Tu sabes que eu odeio quando fala isso e não conta! – Disse rindo.
- Por isso é surpresa, agora vão! – Disse minha avó me abraçando e depois os demais.
ㅤParecia uma caravana. Os pais de quase todos estavam ali, se não era só o pai ou a mãe, bem como irmãos. Algumas pessoas passavam por nós no aeroporto e ficavam olhando.
ㅤNo avião, sentei ao lado na janela e ao lado da Manu. Como era muito cedo, ficamos conversando durante algum tempo até que começou a me bater um sono e eu acabei cochilando. De vez enquanto acordava e ouvia a Evellyn e a Rafa conversando ALTO! Não sei como ninguém mandou elas calarem a boca ou as aeromoças pedirem um pouco mais de silêncio.
ㅤQuando chegamos ao aeroporto, no saguão havia um rapaz nos esperando com uma plaquinha. Quando eu vi aquilo, eu tive um acesso de riso que só foi parar uns 10 minutos depois. Eu me senti um gringo vindo fazer intercambio na casa de alguém. O pior de tudo é que era o meu nome que estava escrito na plaquinha.
ㅤPor sorte, os carros tinham o vidro fumê, pois estava muito calor e eu precisava trocar de roupa e por uma mais leve. Depois de mim, todos fizeram o mesmo.
ㅤEu fui dirigindo uma blazer e comigo vieram a Manu e a Rafa e na outra foi o Bruno, Celo, Carol e Eve.
ㅤA Carol havia trazido alguns CDs e por isso fomos escutando a todo volume enquanto observávamos a linda paisagem. Definitivamente não era necessário eu sair do país para visitar um lugar bonito. Minhas ideias e percepções quanto ao Brasil estava mudando aos poucos, mas estava.
ㅤApós quase três horas e meia de viagem, chegamos à pousada em Arembepe. A pousada por si só era bastante simples, mas muito aconchegante. Nada de luxo, mas muito organizada, bonita. Realmente uma pousada para quem quisesse descansar e aproveitar um pouco as férias.
ㅤA Manu, a Rafa, a Carol e a Eve ficaram em um quarto, e eu, o Celo e o Bruno em outro. Logo que chegamos, como não era meio-dia ainda, estávamos com fome, então fomos procurar algum lugar para comer. Antes as garotas vestiram roupas de banho e por cima cangas. Pareciam já bem familiarizadas com o lugar.
ㅤO pessoal da pousada nos atendeu muito bem, todos muito simpáticos. Perguntamos um pouco sobre a praia e ficamos sabendo que ali já havia ido o Mick Jagger, Janis Joplin e é claro, nossos grandes cantores, Gilberto Gil e Caetano Veloso, fora outros não tão importantes como eles.
ㅤPara quem não sabe, a praia foi uma vila de pescadores e para hippies que se estabeleceram por lá entre a década de 60 e 70. Enfim, é um lugar, realmente, muito lindo.
ㅤComo estávamos com fome, fomos a um restaurante onde vendia frutos do mar (que por sinal é a comida preferida do Bruno). Eu não sou muito chegado em frutos do mar, mas daquele restaurante merecia um destaque especial. Realmente era muito bom. Comida Baiana é o que há! À tarde fomos tomar banho na praia enquanto as meninas ficavam tomando banho de sol. De vez em quando vinham conosco. Descobri um pessoal que alugava Jet ski, é claro que aluguei. Estava com dinheiro e naquele momento eu queria era aproveitar.
ㅤÀ noite nos arrumamos e fomos para Salvador e lá ficamos rodando um pouco na cidade, conhecendo-a. Lotada de gente, muita festa, pessoa bonita, homens, mulheres...
ㅤFomos ao Shopping Boulevard e lá nos indicaram o Caminho da Casa, que é um local, digamos meio que boêmio, com muita cerveja. É um ambiente muito legal e como estava muito calor e lotado de gente, tanto na parte interna como na parte externa, eu quase subornei um garçom, mas ele foi super gente fina e ficamos do lado de fora, bebendo, conversando e etc.
ㅤAlgum tempo depois já estávamos bastante alegres, tanto que não vimos às horas passarem. Um pessoal que estávamos conversando, nos convidaram para ir ao famoso Dolce, que é um lugar onde o pessoal de lá costuma ir dançar que fica no andar superior do Shopping Boulevard.
ㅤAs meninas estavam super produzidas e é claro, chamaram muita atenção dos rapazes que logo começaram a cortejá-las. O Celo e o Bruno sempre naquela deles, discretos, conversando, bebendo e dançando. Pareciam dois amigos ou irmãos, não casais. Até que resolveram apostar quem ficaria primeiro com alguma garota de lá. Eu, é claro, fiquei sobrando, mas não me importei, fui para o meio da pista e dancei até me acabar.
ㅤLá pelas 4 da manhã, voltamos para a pousada. Demoramos um pouco mais do que devíamos uma vez que tínhamos bebido.
ㅤAcordei com o Bruno berrando aos meus ouvidos por volta do meio-dia, e com um pouco de dor de cabeça. Novamente fomos à praia e enfim, nossa viagem se baseava nisso.
ㅤDescansávamos um monte, íamos à praia, restaurante em Arembepe e a noite em Salvador. Não caíamos na farra com o povo até porque sabíamos que se fôssemos, iríamos voltar só no outro dia e não tínhamos pique para tanto, porém vontade não faltava.
ㅤLevei os garotos para comer no Baby Beef, que é um restaurante de carnes, um dos mais antigos e pelo que o pessoal comentava, um dos melhores, se não o melhor. Acabei-me do Petit Gateau. Visitamos também, ou melhor, fomos comer no Chez Bernard que é um restaurante francês que eu simplesmente A-D-O-R-E-I e R-E-C-O-M-E-N-D-O. Nada que uma boa grana, um pouco de suborno e modos, não ajude caso o mesmo esteja lotado!
ㅤComo bons viajantes que vão a Bahia, não deixamos de comer o famoso acarajé da Dinha no Largo de Santana que nos recomendaram.
ㅤÉ claro que obriguei à todos visitarem comigo o Museu de Arte Moderna da Bahia, o Elevador Lacerda que une a parte alta e a parte baixa da cidade, o Farol da Barra, o Forte São Marcelo, o Teatro Castro Alves, a Igreja do Bonfim, entre muitos outros. Todos os dias tínhamos algo para fazer. A viagem que era para ser de descanso, se tornou um tanto cansativa por causas desses passeios culturais, dançantes e etc.
ㅤDevo lembrar que as meninas quando viram a ABX, que é uma loja feminina de roupas, acessórios com marcas como do Marc Jacobs, Ralph Lauren e outros, ficaram loucas. Visitamos o Shopping da Barra e nela a Paradoxus, outra loja simplesmente MARA. O Mercado Modelo para comprar umas lembrancinhas, a Casa Moreira e por ai vai.
ㅤNo nosso último dia, o pessoal que estava na pousada fez um Lual na beira mar. Dancei com todo mundo, ou melhor, com todas as garotas, mas não fiquei com nenhuma, apesar de ter sido quase que agarrado por algumas. Como era o último dia mesmo, bebi muito, mas muito mesmo. O pessoal não estava me reconhecendo. Ao final, quando todos estavam cansados, ficamos tocando violão, ou melhor, tentamos, uma vez que a maioria estava bêbado. Quem estava de fora, se visse nossa situação, acharia muito engraçado, pois mais gemíamos e enrolávamos a língua do que realmente cantar.
ㅤAo final, o Celo e o Bruno tiveram que me levar para a pousada. Eu estava podre! Antes mesmo de tocar a cama, eu já estava dormindo.
ㅤNo outro dia, quando acordei era mais ou menos 15hs, morrendo de dor de cabeça. Não só eu, mas a Manu, Rafa, Eve e a Carol. Ficamos todos conversando em uma barraca na praia, mas não entramos na água. Nosso voo decolava às 18hs, então, quando deu 16hs30min já estamos dentro dos carros partindo para Salvador. Como havia tempo, não nos preocupamos muito em ir rápido. Nosso voo foi tranquilo e eu dormi o tempo todo, com ressaca.
ㅤChegando em São Paulo, logo que saímos do Aeroporto, meu celular toca. Para minha surpresa, alegria, decepção, um misto de emoções, era o Philip. Eu pensei em não atender por causa dos garotos que disseram para quando ele ligasse, eu ignorar, mas eu não resisti e acabei atendendo.
- O que foi? – Perguntei rispidamente.
- Desculpa se liguei num momento... – Disse ele.
- Fala de uma vez antes que eu desligue o celular!
- É que eu... Bem... – Disse ele.
- VINÍ! SAI DAÍ! – Berrou o Bruno e o Marcelo.
- O que foi isso? – Perguntou o Philip ao telefone.
ㅤSem pensar, olhei só para um lado da rua enquanto atravessava ela, e depois, com os gritos, olhei para o outro lado, onde vinha um carro a toda velocidade na minha direção... A última coisa de que me lembro, foi o impacto contra o meu corpo e eu sendo jogado a alguns metros de distância e os gritos de pavor das meninas...
(Fim da Parte 40)
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~ algum leitor de Salvador? já quero conhecer e ir nos lugares mencionados, hahahah. estamos quase na reta final, o conto tem um total de, mais ou menos, 60 partes. então, acredito que consigo finalizar tudo até o capítulo 20. sendo assim, temos só mais 5 capítulos restantes. espero que gostem e que comentem! até amanhãaaa ~