Fala CDE tô trazendo a sétima parte do conto segundas intenções para sabermos mais sobre a nova vida do Gabriel/Santo. Espero que curtam e caso seja leitor novo recomendo dar uma olhada nas outras partes. Boa leitura!
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Vi os minutos lentamente passando e barulhos de pessoas pelos corredores, um balde com gelo e bebida estava numa mesa ao lado da cama onde estava esperando, me levantei e fui experimentar. Era hora de descobrir tudo que tinha vontade então peguei uma taça e quando estava prestes a colocar o líquido na taça a parta se abre e um homem adentra meu quarto. Tinha chegado a hora.
A porta se abre e um homem que parecia verdadeiramente um armário aparece. Na hora meu coração gelou e eu pensei "Sai fora, não vou conseguir aguentar isso" mas por minha sorte ele apenas estava dando passagem para o verdadeiro ganhador do leilão. Vindo logo atrás dele um homem apareceu com uma camisa social listrada e um rolex que sendo sincero poderia facilmente me cegar. Eu me afastei e observei o segurança sair e me deixar sozinho com o desconhecido.
Ele deveria ter seus 39 pra 40 anos, tinha um aspecto de só quem já trabalhou de sol a sol tem. Costas largas, cabelo loiro já ameaçando os nítidos grisalhos, barba cheia, olhos azuis vidrados num celular e mãos grossas que cautelosamente teclavam algo. Seu corpo era bem forte, seus músculos eram nítidos da camisa para fora da roupa e o mesmo parecia ser bem forte, uma mistura de quem vai em academia com frequência e faz bastante esforço físico fora dela. Ele tinha uma grande presença e seu cheiro de suor com perfume me lembrava senhor Montero o que por si só já me deixava bem atento.
Eu deixei a taça na mesa e olhei pra ele apoiando os braços na mesa com um sorriso safado, queria parecer valer o tanto que ele pagou. Ele não parava de olhar no celular, eu apenas esperei ele terminar calado e olhando para cantos aleatórios do quarto. Após um tempo ele finalmente colocou o celular no bolso e cruzou os braços me olhando.
- Como você tá ?
- Eu ? Eu tô bem melhor agora - Digo mordendo o lábio
- Não, eu tô falando como você tá de verdade - Ele se aproximou de mim e pegou uma taça
- Mas eu já falei, eu tô ótimo e muito animado - Coloquei minha mão em um dos seus botões
- Eu não quero saber como o "Santo" se sente - Ele afastou minha mão - Quero saber como você, o você de verdade está. Não paguei pelo personagem, paguei por você.
- Quer saber como estou ? Ok. - Me afastei da mesa - Assustado, mas satisfeito, eu estranho tanto coisa e ao mesmo tempo sinto que tudo combina comigo - Falei com minha voz normal pela primeira vez ali
- Viu, bem melhor ser você mesmo - Ele colocou bebida em duas taças e me ofereceu uma - Sua primeira vez com programa ? Sem mentiras
- ...sim - Peguei a taça meio sem jeito - É sua primeira vez aqui ?
- Não, sempre que tem um leilão aqui o Montero me liga e na maior parte das vezes eu ignoro, mas dessa vez algo ne fez vir...
- Desculpe mas, que é você ?
- Que mal educado eu fui agora - Ele da um gole na taça - Me chamo Danilo Prado, sou dono de corporativa daqui mesmo da Bahia. Qual seu nome ? De verdade
- Gabriel.
- Nome de anjo, agora Santo faz todo o sentido haha - Ele começou a desabotoar a camisa - Você é muito bonito, aposto que sempre escuta isso né ?
- As vezes. - Eu me senti acuado, era como se Danilo no momento que exigiu que eu saísse do personagem tivesse me desarmado
- As vezes ? Não se sente bonito agora ?
Danilo deixou a taça na mesa, eu me virei sem saber como agir, sua camisa foi retirada e deixada de rastro no chão do quarto. Seu peitoral era peludo e bem trabalhado, seus braços eram grossos e fortes, ele tinha uma tatuagem na cintura que parecia ser algo com cobras e rosas. Ele se voltou para mim e desceu seus braços sobre meu corpo, inclinou a cabeça e passou a cheirar meus cabelos enquanto esperava uma resposta minha.
- Quer que eu seja sincero ? - Ele balançou a cabeça em afirmativa enquanto grudava seu abdómen as minhas costas - Não. A muito tempo eu não me sinto bonito...
Danilo parou, eu pensei que tinha acabado e que ele devia estar furioso mas tive uma surpresa. Ele me virou e me encarou, eu engoli a seco mas logo fui surpreendido com um beijo selvagem, ele invadiu minha boca com sua língua e entrelaçou seus braços na minha cintura. Eu congelei, foi inesperado pra mim, mas após esse beijo roubado de surpresa lá estava eu, beijando aquele homem enorme em resposta.
Nossas línguas nem imaginavam em se desgrudar, sua boca era quente e seu bafo de bebida cara transformava tudo numa sensação única e diferente. Suas mãos grossas e um tanto ásperas seguravam meu corpo com facilidade, nossos lábios se encontravam em um beijo forte. Seu corpo de macho forte e maduro fazia meu corpinho liso e feminino parecer um brinquedo pra ele.
Danilo começou a beijar meu pescoço e dar alguns chupões brutos no meu corpo frágil. Ele lambuzava meu pescoço com sua baba e por fim com tanta força acabou me suspendendo com as pernas enroscadas na sua cintura e me colocando sobre a mesa. Eu não conseguia aguentar e a cada investida ele me fazia soltar um gemido mais e mais alto. Ele ainda sem soltar suas mãos da minha cintura as desceu até o meu quadril e empurrou sua virilha contra minha cintura, eu me senti como uma presa sendo devorada por um animal. Ele parou de deixar os chupões no meu pescoço e me encarou sorrindo.
- Relaxa novinho, eu vou fazer você se sentir como o muleke mais bonito e mais gostoso que esse mundo já viu haha - Ele voltou a me beijar com fúria.
Danilo ainda se afastar de mim colocou o braço na mesa e em um gesto de força passou o braço por todos os objetos jogando todos sem exceção e deixando a mesa livre para me deitar e colocar seu corpo por cima do meu. Ele intercalava os beijos com sorrisos safados e lentamente desabotoava a calça dessa vez com meus braços segurando seu pescoço com força. Danilo jogou a calça num canto do quarto assim como fez com a camisa e ficou apenas com a cueca enquanto ne atacava com seus beijos cheios de força. Ele parecia estar com uma força e desejo incomuns, era como se não fizesse sexo a muito tempo ou pior, como se fosse um animal já acostumado a atacar daquela forma e eu ia ser sua próxima vitima.
Danilo finalmente me soltou, seu corpo saiu de cima do meu. Eu respirei fundo mas logo fui surpreendido com Danilo colocando a mão na barra da minha tanga. Ele sem aviso algum arrancou o tecido de mim o rasgando com força e o jogando o que era minha tanga no chão. Eu olhei assustado mas adorando ver aquele homem tomando controle, era adrenalina pura. Eu me encolhi um pouco, Danilo segurou na minha mãe e puxou da mesa num abraço onde voltou a me beijar. Ele me levou ainda agarrado a mim até a cama, me virou como em uma dança e se sentou na cama abrindo as pernas.
- Me mostra se é verdade se anjos tem boca de veludo - Ele sorriu puxando meu queixo pra um último beijo longo.
Eu desci seu corpo enquanto lábia seu tronco, chupava seu pescoço, seus mamilos, mordiscava seu abdómen até chega no pau sobre a cueca. Assim como ele fez sem cerimónia alguma eu arranquei o tecido de seu pau liberando uma rola grossa de talvez uns 20cm, ela estava dura e pulsava apontando pra cima. A cabeça de sua piroca já soltada os primeiros filetes de baba o que me fez sentir mais tesão. Eu aproximei minha cabeça e comecei a esfregar aquele rola que mais parecia uma barra de ferro de tão dura no meu rosto, sentia aquele cheiro de mijo que me enlouquecia mais ainda, aquele macho provavelmente tinha saído do trabalho e vindo direto pra cá. Me senti como uma prioridade, aquilo ne fez ficar mais enlouquecido. Olhava pra Danilo que mordia seus lábios ao me observar e investia mais ainda. Coloquei minha mão na piroca dele e iniciei uma punheta frenética, sem enrolação nenhuma abri a boca e engoli aquela rola dura como pedra.
Danilo enlouqueceu, prendeu sua mão na minha nuca e passou a me foder com seu pau. Ele gemia enquanto enfiava sua rola mais e mais fundo na minha boca, eu chupava o mais rápido que conseguia até começar a sentir aquela piroca encostar na minha garganta, aquilo foi suficiente pra ter vontade de vomitar mas o meu tesão me impediu. Os barulhos da sua rola entrando e saindo da minha pequena boca eram suficientes pra fazer Danilo urrar com mais e mais pressão, posteriormente me fazendo engolir cm por cm daquele pedaço de carne. Meu rosto começou a encostar em seu saco peludo junto com os pentelhos, sua rola já chegava na minha garganta com tanta brutalidade e meu ar começava a falhar. Danilo soltou sua mão na minha nuca e finalmente consegui tirar sua rola da minha boca, meu rosto estava melado e minha única reação foi colocar a lingua pra fora e puxar o máximo de ar possível.
- Nunca foi pra cama com um macho assim né cadela ? Você é uma delícia, de verdade - Ele colocou o dedo sobre meu queixo e aproximou o rosto - Quando é uma delícia como você fica muito melhor pra devorar, agora me diz...tá gostando ?
Eu balancei a cabeça em afirmação, não tinha como expressar como estava me sentindo em palavras. Não me sentia triste, nem feliz, era mais como se uma tensão, uma raiva que vinha a muito tempo finalmente tivesse sendo jogada fora. Aquilo era fantástico, não me importava com os xingamentos, sei que muita gente não gosta, mas naquela hora...naquela hora não existia amor, só desejo.
Danilo colocou a mão no pau e começou uma punheta lenta e suave, ele enroscou a outra mão no neu cabelo e me guiou até seu pau. Ele esfregou mais uma vez sua tora no meu rosto me sujando com a mistura da minha saliva com sua baba e voltou a enfiar sua piroca na minha boca, lambi seu cacete como se chupa um picolé. Olhava seu rosto que entregava uma feição de quem estava adorando aquilo, eu no mesmo ritmo já retornava a sugar o seu pau com calma até sentir sua mão sobre minha cabeça mais uma vez e ver meus lábios sendo novamente empurrados para o encontro com sua virilha. Danilo repetiu aquilo por mais algumas vezes até finalmente me soltar de vez. Eu cai no tapete do chão me apoiando um pouco cansado. Danilo então se levantou e me estendeu a mão, ele me colocou na cama e ordenou que ficasse de quatro, assim o fiz e já imaginando o que viria por ai abri bastante o cuzinho. Dito e feito, um arrepio percorreu meu corpo e vi aquele homem com o rosto enfiado no neu cuzinho sugando e linguando com a mesma fúria dos outros momentos. Ele afastava minhas nádegas com força dando espaço pra enfiar seu rosto e roçar a barba no meu reguinho, dava tapas no meu bumbum e mordiscava minhas nádegas enquanto voltava sua atenção pro meu cuzinho. Parecia que Danilo queria me foder com sua língua dançava no meu reguinho e eu já alucinava e pedia para Danilo continuar.
- Vai! Chupa meu cu, ai meu cu - Gemia mais e mais alto - Chupa meu cu Danilooooooo
Danilo continuou o bom trabalho enquanto eu já estava totalmente desarmado e faria o que aquele quisesse fazer comigo na cama. Em um instante ele parou, Danilo se levantou e estendeu a mão até uma mesinha do lado da cama, abriu a gaveta e de lá tirou lubrificante e algumas camisinhas. Eu tremi de bruços na cama, já tinha visto e chupado o monstro que aquele macho tinha nas pernas e agora era quase certeza que ele ia me rasgar todinho. Respirei fundo e pisquei o cuzinho inconsientimente.
- Olha quem já tá preparado! O meu anjinho piranha já nasceu pra isso haha
Danilo me virou com um jeito meio bronco e se deitou colocando novamente o peso do seu corpo forte e másculo no meu sensível e juvenil. Ele segurou minha cabeça e me levou até um beijo apaixonado, sua boca se juntou a minha e já não nos importavamos mais com nada, apenas com o prazer daquele momento. Seu corpo se enroscou ao meu e juntos curtimos um tempinho de amassos, pararelo a isso Danilo já se apressava e lubrificava seu pau massageando enquanto me beijava. Eu me sentia muito mais leve com ele, era como se tivéssemos transferido toda a tensão de nossas vidas pra aquele momento, talvez ele já soubesse disso, talvez esse o motivo dos 70mil.
No meio dos amassos Danilo me soltou, se levantou e abriu minhas pernas, ele deu beijinhos nas minhas coxas e foi carinhosamente colocando seu pau no meu cuzinho até então tocado apenas pelas mãos de Henrique. Danilo foi cauteloso, colocou apenas a cabecinha em um ritmo lento e amoroso, novamente se voltando para beijos lentos e simples. Depois retirou seu cacete e colocou novamente indo mais fundo, ele repetiu o ato com carinho e doçura por mais alguns instantes até finalmente colocar seu pau em mim.
Eu por outro lado estava sedento, por mais que existisse um calafrio na minha espinha eu estava em polvorosa. Queria aquele homem me fodendo com toda a força enquanto eu mesmo gritava pedindo por mais. Meu cuzinho ansiava por piroca, por aquela piroca, enquanto ele coloca e retirava a sua rola no meu cuzinho com todo aquele eu só imaginava em como tive sorte no leilão e em como faria aquela noite ser inesquecível pra ele, na verdade não só pra ele, mas pra nós dois.
Danilo sorriu mordendo o lábio o que já me avisava que agora a doçura iria ficar de lado. Ele posicionou a rola apontada pra entrada do meu cuzinho já aberto uma vez e em sem relutância alguma me invadiu com toda a força. Eu gritei e tenho certeza que todo a boate pode ter escutado, Danilo amou aquilo e continou a enfiar. Ele então iniciou um vai e vem frenético ainda dentro de mim, seu suor caía na minha barriga e a cama rangia como nunca vi na vida. Danilo estava disposto a me foder até não aguentar mais e eu fodido até não aguentar mais.
Meu cuzinho apertado sofria pra engolir todo aquele cacete e eu adorava sentir aquele misto de dor e tesão. Danilo também adorava aquela situação e aumentava o ritmo a cada gritinho fraco que dava.
- Tá gostando pirralho ? Olha como tu é gostoso porra, podia tê comer o dia inteiro
- Ah é ? Então me fode vai! AAAAAH AAAAH COME MEU CU
Danilo então me virou de bruços para o lado e se deitou comigo, enfiou sua tora mais uma vez no meu cuzinho e voltou a bombar mais forte do que antes me segurando com as mãos pesadas nos meus braços. Eu virei meu rosto e os beijos intensos voltaram porém Danilo parecia bombar com tanta força que acaba gemendo mais do que beijando aquele macho. Ele começou a puxar meu cabelo enquanto bombava loucamente no meu cuzinho. Ambos entorpecidos pelo tesão, Danilo então se inclinou e comecei a sentir seu pau pulsando no neu cuzinho.
- Puta que pariu eu vou gozar! Vou gozar, toma porra no cuzinho piranha
Não demorou muito para sentir a rola de Danilo se enterrando no neu buraquinho e despejando litros e mais litros de porra dentro de mim. Danilo continuou bombando mais um pouco mesmo após ter gozado o que me fez gozar rios de porra quente no tecido da cama. Com o pau ainda em mim ele caiu na cama ao meu lado, eu sem reação alguma apenas me vi deitado ao lado do seu peitoral peludo, nos abraçamos e continuamos os pegas como um casal de namorados.
Danilo fazia cafuné no meu cabelo e eu em seu peito enquanto aproveitavamos o silêncio da noite profunda de Salvador. Eu coloquei minha cabeça em seu peito e finalmente consegui me abrir para com aquele homem que já tinha me aberto momentos antes.
- Acho que tenho que tê agradecer, isso foi....
- Os 70 mil mais bem gastos da minha vida haha! Toma - Ele se levantou e foi até a calça no chão - Pra você comprar um celular e manter contato comigo
- Por que quer manter contato ? Sabe onde me encontrar haha
- Sei, mas não é em um puteiro a meia noite o lugar ideal pra isso rolar - Ele se deitou comigo e jogou a carteira ao meu lado - Minha esposa vive viajando, isso que aconteceu foi o acúmulo de meses sem transar, mas também admito que você me chamou a atenção quando o Mont me mostrou sua foto, você brilha, brilha como um anjo
- Obrigado, ninguém nunca me disse isso...
- Vai escutar muito isso enquanto estivermos juntos, vai por mim, você pode ter tudo! Não só de mim, mas de muita gente
- Eu aceito - Eu disse com um pouco de medo
- Gabriel, você não para de me fazer sentir como um homem muito sortudo haha
Continuamos ali abraçados até ele se levantar e dizer que ia no banheiro bem rapidamente, eu continuei na cama sentindo seu cheiro nos lençois e sonhando com aquele homem super contente com tudo que tinha acontecido. Peguei a sua carteira só pra olhar algumas coisas por pura curiosidade, foi então que cai do céu direto no concreto. Danilo era casado realmente, mas a sua esposa era muito famíliar, sua esposa era ninguém mais ninguém menos que Judite Prado, a mesma mulher que junto com o prefeito de Santalina iniciaram todo o inferno na minha vida. Eu não sabia realmente se ela tinha tido algo com isso mas aquilo foi o suficiente pra me fazer ficar atento, eu acordei naquele momento. Não estava no paraíso, estava no mundo real e todos ali eram perigosos.
Meu coração acelerou com aquela informação, eu queria confrontar Danilo e perguntar o real motivo de estar aqui, se isso era um plano sórdido de Henrique e seu pai mas para o bem de todos decidi me conter. Respirei fundo e enquanto Danilo continuava a demorar no banheiro fui arrumando a carteira dele de forma que parecesse que nada foi visto ou movido. Me contive e lembrei da fala de senhor Montero dizendo que era um garoto esperto. Repeti para mim mesmo a fala e respirei bastante até me acalmar por completo. Danilo voltou do banheiro um pouco molhado, ele estava com uma toalha em mãos enxugando o cabelo e a jogando de uma vez no chão do quarto.
Danilo riu ao me ver e se jogou na cama ao meu lado, colocou as mãos no meu corpo e deu início a novos beijos mais fortes e ousados. Eu não mudei minha posição e correspondi a cada investida, não queria mostrar nada que tinha acontecido minutos antes e segui o ritmo daquela noite. Transamos mais duas vezes com a mesma força e intensidade que na primeira vez, a porra de Danilo parecia sem fim e meu corpo não passava de um alívio em seus mãos. Só que de alguma forma aquilo me excitou, eu me sentia satisfeito transando com o marido da mulher que ajudou a acabar com minha vida. Era um sentimento de vingança que se misturava com o tesão e o prazer daquele momento, era uma vingança diferente, mas ainda sim uma resposta.
Na manhã seguinte eu acordei ao lado daquele homem adormecido, meu corpo estava quebrado, o esforço finalmente mostrava a resposta em todo aquele cansaço. Eu observei ele dormir até ainda cedo Danilo acordar, ele me acariciou, dou um beijo em minha boca outro em minha testa e se levantou. Eu estava satisfeito, era hora dele voltar pro lado A da vida e me deixar aguardando no lado B. Aquele foi meu primeiro homem, não o primeiro amor como Henrique mas sim o primeiro homem, aquele que vem e me toma pela noite. Era diferente, eu observei ele se vestir com as roupas que antes estavam no chão e ir em direção ao banheiro falando sobre coisas que nunca vou me lembrar. Ele molhou o rosto, tomou um banho e veio até mim.
- Eu vou tê ver de novo ?
- E você acha que eu vou deixar meu anjo aqui ?
Rimos juntos bem mais calmos, ele me deu um último beijo demorado, pegou a carteira na cama e se despediu saindo pela porta. Eu continuei na cama, lembrando da minha primeira noite sem ser o Gabriel, vendo que encontrei tranquilidade não sendo bom, talvez eu nunca tivesse sido bom, talvez eu sempre fingi ser bom. E talvez, só por um talvez, aquilo fosse necessário pra minha vida. Eu ri comigo mesmo até alguém bater na porta. Eu caminhei totalmente nu apenas com o lençol da cama me enrolando e abri a porta. Do lado de fora Xande e Erick estavam de óculos escuros com sacolas de compras. Eles me olhou da cabeça aos pés e ambos riram me encarando.
- Puta que pariu Gabriel! Você tá um caco, parece que um caminhão passou por cima de você - Xande riu dando dois tapas no meu ombro - Vai pro banheiro e lava essa cara toda melada de porra, eu não quero ver isso
- Fecha boca porra, é o primeiro programa dele haha tô surpreso por não estar pior - Erick tentou amenizar a situação
- Bom dia meninos, já foram tomar no cu hoje ? - Me virei entrando enquanto ele me seguia - O que fazem aqui ?
- Bom, a mando do papai do bonitão aqui - Erick olhou de canto de olho pra Xande - Nós saimos cedo e caçamos em Salvador as melhores roupas para o senhor!
- A gente imaginou que você ia ficar destruído mas isso é ridículo hahahahha, vai tomar um banho que vamos curtir!
- Curtir é ?! - Sorri
De certo que os garotos não mentiram, minha vida foi uma grande curtição depois daquele dia. Comecei a vestir as melhores roupas das melhores lojas de Salvador e exterior, passava os dias com os outros garotos da Lux em clubes e a noite com os homens mais ricos do nordeste. Paguei junto com Erick todas as dívidas de Ondina e juntos até ajudamos algumas garotas com compra de remédios e cirurgias importantes. Me sentia realizado, fazia o bem sem olhar a quem, todo o dinheiro que ganhava era gasto com ajuda a pessoas, eu tinha fixado na minha mente que o meu mundo poderia ter fechado as portas pra mim em algum momento, mas que eu iria abrir o mundo pra outras pessoas.
Erick e eu viramos melhores amigos, ele sempre era voz da razão e eu quem tinha coragem pra fazer ele se divertir. Estavamos sempre colados e de vez em quando até nos apresentavamos juntos já que os clientes amavam nossa proximidade e química. Com o dinheiro que conseguimos alugamos juntos um apartamento pra vivermos sem todo o fuzué da pensão. Admito que aquela foi uma fase incrível não só pra mim quanto pra Erick, ele tinha iniciado alguns cursos pra se profissionalizar e eu usufruia de tudo que meus clientes tinham a ne oferecer, logo passei a rapidamente integrar rodas de festas da mais alta classe soteropolitana enquanto Erick fazia contatos com os homens mais ricos que passavam pelo Lux criando uma rede de pessoas e aumentando nosso estilo de vida.
Se lembram de todos os problemas que Ondina tinha ? Eu fiz por onde e ajudei ela a quitar todas as suas dúvidas, a mulher teve até que aumentar a pensão, construir mais quartos e esbanjar dinheiro em reformas. Aquilo não ne dava poder sobre ela, era quase como uma relação de filho com sua mãe após o filho crescer na vida. Ela nunca deixou de ter o pulso firme que tinha comigo ou com Erick e sempre que passavamos lá era impossível não se sentir em casa.
Minha relação com Xande também aumentou bastante, agora que trabalhava para seu Pai estavamos sempre juntos, todos no clube acreditavam que tinhamos algo mas isso nunca foi cogitado por nós, aliás Xande tinha feito uma noiva, uma garota muito rica e que sempre me tratou muito bem nos momentos que nos encontravamos. Xande vivia me dando presentes, uma vez quando completei 16 anos ele apareceu na pensão de Ondina com um verdadeiro trio elétrico e juntos saimos com sua namorada, Erick e outros amigos do clube por toda Salvador curtindo e dançando ao som de todo o tipo de música.
Era inegável que minha vida tinha mudado, era estava melhor e a cada dia que se passava vivendo daquela forma o Gabriel de Santalina ficava cada vez mais e mais pra trás no meu passado. Aos poucos foi esquecendo esse nome e aquela vida, tinham momentos que perguntavam meu nome automaticamente eu dizia Santo. Gabriel nem passava pela minha cabeça.
Assim quatro longos anos da minha vida em Salvador, aos 19 anos eu já era um rosto conhecido entre os figurões, vivia em festas e a Lux tinha me colocado como garoto principal e vários shows. Homens do país inteiro viajavam até Salvador só pra me ver no palco e me ter ao seus lados em camas. Com 19 anos eu já tinha visto e feito coisas que pessoas com o dobro da minha idade jamais imaginariam. O sexo pra mim não era mais algo profano, não era mais algo assustador ou algo que deve ser secreto e sorrateiro. O sexo pra mim agora era um amigo, algo com que não existia vergonha, eu me alegrava sabendo que poderia seduzir e ter qualquer homem nós meus pés. Transava com políticos, académicos, famosos, artistas, grande autoridades e com o tempo passei a ganhar clientes fixos como o próprio Danilo que uma vez por mês vinha até a Lux só pra me ver e liberar tudo no meu cuzinho.
Agora voltando pra história :)
Faltavam poucos meses pro meu aniversário de 20 anos e desde os meus 17 a Lux fazia uma grande festa pra mim. Eu estava no meu apartamento experimentado algumas fantasias para a noite na boate quando Erick entra depois de sair ontem a noite com outros garotos pra uma festa com parlamentares. Era uma tarde fria de junho, minha cama estava cheia de roupas e acessórios quando escuto a porta abrir.
- Finalmente mocinho, tava preocupado - Sai do quarto e caminhei olhando ele correr pra cozinha - Alguém tá com muita fome
- Fome ? Eu não como tem umas 12 horas, você sabe que aquelas comidas bonitinhas não matam minha fome
- E como foi o aqueles políticos ? Pensei que ia voltar mais cedo
- Que nada, a gente foi pra um apartamento super luxuoso e os caras tavam pagando pra ver a gente transando entre nós mesmo - Ele abriu uma garrafa - Eu mandando ver com aquele baixinho que entrou mês passado quando eles (parlamentares) começaram a se meter entre a gente e eu juro que eles não gozavam por nada!
- Sabe como é políticos são lentos pra tudo - Rimos juntos
- Aliás, o Montero quer falar com você
- Comigo ? - Me virei confuso
- Deve ser pra algo do seu aniversário, os clientes pagam rios de grana pra pagar sua velinhas
- Eu espero, da última vez que ele me chamou eu tive que ir pra Ilhéus brincar de Gabriela com um fazendeiro
- Pelo menos você pegou uma cor - Ele riu se jogando no sofá - Têm outra coisa, eu vi o Xande e ele tá bem pra baixo, deve ter brigado com a Sophia
- Sophia ? A namorada perfeita, que nada, eles são o casal perfeito
- Bom, vai que se eles se separaram você vai poder dormir com ele hahahaha
- Piada de mal gosto, ele e você são quase irmãos pra mim
- Eu sei, mas até eu que vivo com você já me imaginei naquele quarto de luxo da Lux com você - Ele deu um tapa na minha bunda - Eu nunca investi por que você era de menor e eu tenho princípios hahahaha
- Safado, agora me deixa me arrumar por que o Montero odeia atrasos
Fui até o quarto as pressas e troquei minha roupa por uma camisa branca bem limpinha e um short jeans que não cobria nada da minha perna. Peguei minhas coisas, chamei um taxi e fui até a Lux, no caminho a voz de Erick dizendo que Xande tinha brigado com Sophia e que tinha se sentido atraído por mim algumas vezes me fez pensar. Eu não tenho remorso por nada que fiz ou deixei de fazer, porém em alguns momentos aquelas imagens de me ver com um deles sempre me gerou curiosidade, será que agora poderia pensar em algo assim ?
Deixando os pensamentos de lado cheguei na Lux. Todos ali já me conheciam então como sempre fui simpático e gentil com eles todos eram educados comigo, do segurança ao barman. Era gratificante saber que era querido e considerava a Lux como uma casa pra mim. Falei rapidamente com a secretária para saber se Montero estava realmente lá e após a confirmação subi as escadas e fui em direção ao seu escritório, bati na porta algumas vezes até que ele me deixasse entrar.
- Quem é o melhor patrão do mundo! - Disse apontando pra ele sorrindo
- Olá Gabriel, queria falar com você mesmo, sente-se por favor
- Algum problema ? Foram as fantasias que eu não devolvi ? Olha Mont, eu quero dizer que elas são lindas de verdade e eu- Ele me cortou bruscamente
- Não, nada disso. Eu quero falar com você sobre o futuro - Ele se sentou na cadeira e pegou uma pasta na gaveta - Se lembra de quando eu mandei você e os outros meninos pra uma festa na baía de todos os santos com alguns investidores ?
- Sim claro, foi um dos melhores trabalhos que você já me fez participar
- Exato, acontece que esses investidores amararam a ideia do Lux e passamos a conversar. Eu sempre quis expandir a ideia desse lugar, transformar em algo grande, um império! - Ele abriu a pasta - Após conversar com eles chegamos a algo, um experimento, concordamos em abrir um Lux na espanha!
- Meu Deus! Eu fico muito feliz por você Montero e relaxa que quando estiver na Espanha o Xande junto a mim e os garotos vamos tomar conta haha
- Não, você não entendeu, ai é que está! Eles vão montar um time de garotos e garotas lá, querem algo bem diversificado e então pediram pra levar um dos rapazes daqui pra lá, o melhor.
- O melhor ?
- Gabriel, eu vou levar você pra espanha!
Naquele momento meu mundo caiu, o ar parou de circular e meu espírito se quebrou. Eu não tinha palavras pra dizer o que sentia, apenas que não queria ir para a Espanha, não queria e nem podia deixar tudo que lutei trás agora. Me senti roubado, era tão injusto, as lágrimas vinham para a beirada dos meus olhos e minha voz antes confiante e alegre agora não passava de um sopro buscando ajuda.
- Eu n-não posso ir pra Espanha, eu não quero ir! Por favor Montero, não me faz passar por isso.
- Escuta Gabriel, eu gosto de você, você é esperto, é comprometido e tem um bom coração, mas eu não vou deixar algo como isso pra trás. Você é a única condição pra que tudo se acerte, caso não aceite vou ser obrigado a mandar você embora.
- Não! Não me faça passar por isso! Eu imploro
- Você tem até amanhã, pode ir.
Eu me levantei, as lágrimas já não se prendiam no meu rosto e rolavam entre minhas bochechas. Eu sai sem olhar para Montero e me sentei no corredor, chorei tudo que tinha pra chorar ali, antes que os outros me enxergassem. Não entendia por que minha vida tinha que ser daquela forma, tudo de bom era destruído. A tempestade antes, durante e depois da calmaria. Usei a manga da camisa para secar meu rosto e desci para o bar.
Me sentei em um dos bancos e pedi pro Barman a bebida mais forte que tivesse. Queria apagar, voltar pra casa tão bêbado que ninguém ia ne fazer perguntas ou questionar, desmaiar com rosto num vaso de banheiro enquanto tentava vencer uma ressaca fudida. Não queria sentir aquele sentimento, ninguém poderia estar sofrendo mais do que eu naquele momento...bom pelo quase ninguém.
Xande se aproximou, ele estava cabisbaixo, seus olhos também pareciam marejados. Ele não se anunciou ou fez alguma piada, só se sentou no banco ao meu lado ficou calado olhando pra tela do celular em busca de resposta. Naquele momento eu não queria conversar com ninguém, mas vi que tinha que ser um bom amigo pro Xande, eu esperei pra ver se ele ia falar algo e tomei a iniciativa.
- Dia ruim ?
- Demais, pra você também ?
- Você não faz ideia - Olhei pra ele - Brigou com a Sophia ?
- Terminamos, eu acabei fazendo merda...como sempre - Era visível que Xande estava bem mais alterado do que o normal
- Não fala assim, todo mundo briga em relacionamentos - Me virei pra ele e tomei o celular da mão dele - Um monte de cliente meu vem foder só por que brigou com a esposa, na manhã seguinte lá esta o eles, tristes e dizendo que amam elas e nunca vão voltar
- Tá dizendo que eles não amam elas de verdade ?
- Não, eu tô dizendo que isso é normal, que a Sophia e uma mulher de sorte já tem um namorado tão atencioso e carinhoso, seja o que for eu não dou 24hrs pra ela ligar com saudade
- Como você pode ser assim ?
- Assim como ?
- Bonito, uma boa pessoa, muito talentoso, sabe administrar grana e ainda da ótimos conselhos - Ele riu me olhando - Sabe, antes de vir pra cá eu bebi um pouco e posso tá bem alto mas nesses últimos quatro anos eu acho que você virou a maior gostosa que já conheci - Ele começou a rir meio bêbado - Vamos sair daqui e ir roubar um banco! Fazer uma orgia na praia, nadar sem roupa na orla
- Calma Xande, você tá bem bêbado, vou chamar a secretaria pra chamar o seu carro - Me levantei tentando me afastar dele
Xande estendeu seu braço e segurou minha mão, eu congelei, ele não disse nada apenas me olhou como quem queria pedir ajuda. Eu me compadeci, não fui chamar a secretária, caminhei com ele ambos bem tristes até um dos motoristas da Lux, pedi pra leva-lo pro meu apartamento já que o motorista era de confiança e sabia o que fazer. Coloquei um Xande já em prantos no carro enquanto tentava me manter forte. Eu entrei no banco do fundo e fiquei colado com a porta tentando deixar Xande livre em seu espaço pessoal. Eu não interagi com ele já estava preocupado com meus próprios problemas. Porém quando finalmente chegamos eu estava prestes a sair quando Xande novamente juntou sua mão a minha. Um novo arrepio tomou conta do meu corpo, dispensei o motorista e me juntei a Xande compartilhando o fundo do poço.
Chegamos no elevador e prestes a chegar no meu apartamento Xande me puxou pela cintura e me prendeu em um beijo demorado, estava tão entregue aquele momento que não lutei contra. Não haviam contras na minha mente, apenas um desespero que tinha que descontar em algo. Assim fizemos, nos agarramos no elevador enquanto sua mão percorria todo neu corpo, quando chegamos no meu andar peguei Xande pela mão e corri junto a ele até meu apartamento.
Abri a porta e me joguei com ele enquanto nos beijavamos e sucumbiamos a um desejo reprimido por ambas as partes, era algo quase espiritual. Queriamos aquilo mais do que tudo, o mundo parecia não existir mais e chegamos nas nuvens até uma voz nos acordar. Erick apareceu saindo do quarto apenas com uma toalha nos encarando, nos soltamos e ele soltou:
- QUE PORRA É ESSA ?
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Eita galera, a vida do Gabriel mudou muito mas será que vai continuar assim por muito tempo ? Espero gostem já que essa é a penúltima parte da primeira fase. Bjão e até logo