Borboletas sempre voltam II Capítulo 15

Um conto erótico de Mistério
Categoria: Gay
Contém 3988 palavras
Data: 11/06/2021 20:28:18
Assuntos: Amor, Gay, Mistério, Sexo, Tesão

Capítulo 15

A abertura da porta do escritório fez com que Jonas desviasse a atenção da tela do celular para o mundo a sua volta.

Rafael entrou sorrindo orgulho, estufando o peito para dar mais visibilidade ao emblema da Cruz de Malta, que estava estampada na sua blusa. A vitória do Vasco sobre o Flamengo numa partida de futebol do dia anterior deu a Rafael o ânimo para zoar o amigo flamenguista.

_ Quem é o melhor do mundo, hein? Hein? O bacalhau jantou o urubu, otário!

Jonas o olhava com a boca entre aberta parecendo que havia acabado de acordar. Sua mente ainda estava na imagem do celular.

_ É Vascão porraaaaaa!

_ Quem nunca comeu melado quando come se lambuza. Mas, nem vou te zoar. Afinal, do jeito que o seu Vasco anda indo, você não está acostumado a comemorar vitórias.

Rafael ergueu o nariz, procurando um cheiro no ar. Ergueu o dedo indicador.

_ Tá sentindo o cheirinho? Hum! Cheirinho de recalque de flamenguista.

_ Vai tomar no seu cu!

Jonas olhou para Rafael coçando a cabeça.

_ Eu conheço esse olhar. Você sempre me olha assim quando quer me contar alguma merda que fez. Vai! Abra o jogo!

Rafael sentou na sua cadeira, e ficou girando nela enquanto acendia um cigarro. Esticou a carteira para Jonas oferecendo, que aceitou.

_ Cara, nem te conto._ disse Jonas acendendo o cigarro entre os lábios. Deu uma tragada, erguendo a cabeça e olhando para Rafael, semi cerrando os olhos.

Pegou o celular e entregou ao amigo.

A curiosidade fez com que Rafael avançasse em cima do celular, pegando-o as pressas. Arregalou os olhos, com o cigarro na boca.

_ Tá me estranhando, veado? Eu até gosto de cu, mas não de homem.

_É do japinha.

_ Joooonas!_ exclamou erguendo a cabeça para o lado, num tom repreensivo. Ele temia ouvir do amigo que havia traído Bruno.

_ Esse cara tá doido pra me dar. Sabe, às vezes, ele me olha de um jeito provocativo. E agora me mandou esse nude.

"Até veio com um caôzinho que mandou errado...pedindo mil desculpas. Mas, eu não nasci deste tamanho."

_ E aí?

_ "E aí " o quê?

_ Eu te conheço, Jonas. Sei que tu é o maior putão. Mas, cara, vê se não vai pensar com a cabeça de baixo. Esse maluco aí é funcionário do seu marido. Já pensou a merda que vai dar se o Bruno souber? Caia fora dessa cilada.

_ Eu tô ligado. Não vou mentir pra você que a piroca sobe. Pô ele é o maior gostosinho com aquela boquinha rosada, aquele olhinho pequenino...parece uma bonequinha de porcelana. Mas, eu amo o meu bebê, por mais vacilão que ele seja. Bruno é o amor da minha vida. Não troco o meu mozinho por nada.

_ É, mas a carne é fraca. Ainda mais a sua. Ó! Papo de parceiro mesmo. Tu sabe que eu sou braço. Liga pro Bruno, se acerte com ele e bota esse moleque pra fora da sua casa. Escuta o que eu tô te dizendo. Será o melhor a fazer.

A conversa foi interrompida com o toque do celular de Jonas. Ele olhou para a tela sorrindo.

_ Aí, é o meu amorzinho. Tá doidinho me ligando.

_ E você tá esperando o que para atender?

_ Eu não vou atender. Bruno anda muito marrento. Precisa de um gelo para aprender.

_ Para de babaquice, Jonas! Atende logo essa porra!

_ Se eu não botar moral, quando voltar pra casa, Bruno vai continuar fazendo as mesmas coisas.

O fim do toque do celular sinalizava que Bruno havia desistido da chamada depois de muitas tentativas.

_ Apaga essa foto antes que dê merda pro teu lado.

_ Ah, mas a bundinha dele é tão bonitinha!

_ Me dar essa merda aqui!_ Rafael ordenou puxando o celular da mão de Jonas e apagou a foto.

Daniel pulava de alegria, se atirando nos braços de Bruno, chamando a atenção de todos na redação. Comemorava a sua efetivação como funcionário fixo, deixando de ser estagiário.

_ Agora você terá dinheiro o suficiente para alugar uma casa e meter o pé da casa do meu amigo.

_ Cinthia!_ Exclamou Isabel, dando um tapa no braço da mulher.

_ É verdade! O nosso "querido" Dani Boy deve está louco para ter a sua casinha, não é mesmo amore?

_ Cinthia! Pare com isso!_ advertiu Bruno envergonhado pelas ironias da amiga._ Dani, eu te promovi porque você prestou um excelente serviço aqui na empresa. Mas, você não está incomodando lá em casa. A minha amiga está brincando, né Cinthia?

_ Não estou não! Eu acho que..._ ela foi interrompida com a mão de Isabel na sua boca.

Dani a olhou sorrindo, devolvendo o deboche.

_ Muito obrigado, Bruninho. Você é um anjo!_ disse beijando as mãos de Bruno e face esquerda.

_ Oh, já vi essa cena antes...acho que foi na bíblia...aliás, o que você pretende comprar com as trinta moedas que irá receber, Dani?

_ Você hoje está demais, hein!_ Bruno a olhava sério.

_ Pelo visto você não gosta mesmo de mim, não é, Cinthia? Eu não entendo o porquê. Nunca te fiz nada. Eu até lamento. Eu adoraria ser o seu amigo.

_ Ah, não vai rolar. Eu tenho horror a cobras. Nem dou tempo delas me picarem. Parto logo pra cima com uma paulada bem na cabecinha._ Cinthia dizia simulando uma paulada.

_ Bom! Vamos indo, Buba? Estou morrendo de fome!_ Isabel sugeriu para finalizar o assunto e disfarçar o seu constrangimento.

O casal havia combinado com Bruno de sairem para almoçar e passarem o resto da tarde juntos.

Bruno andava tristonho pela separação e desabafava constatemente com as amigas.

Para animar o amigo, Isabel propôs que os três passassem à tarde juntos.

O lugar escolhido por Bruno foi um restaurante de comida saudável, o que não agradou as meninas. Isabel, para não desagradar o amigo, preferiu esconder o descontentamento. Mas, Cinthia não estava disposta a disfarçar a sua insatisfação.

_ Porra Buba, com tantas churrascarias por aí é você me traz num restaurante caro para comer mato?

_ Ah, como você é ogra! Não é mato. São saladas. E faz muito bem para a saúde por sinal.

_ E desde quando você faz parte da geração saúde? Tu adora cair de boca numa pizza, hambúrguer, linguiça...então, Você se lambuza.

Bruno sorriu com o trocadilho da amiga.

_ Disso eu não posso discordar. Adoro uma linguiça. _ disse com um sorriso malicioso. _ mas, desde que Jonas foi embora, eu fiquei ansioso, comi feito um frango de granja e dei uma engordada. Preciso perder uns quilinhos.

_ Para de drama, veado!

Durante a tarde, Bruno passou a maior parte do tempo tentando ligar para Jonas. Não prestava atenção no filme exibido no cinema e muito menos nas conversas com as amigas.

No estacionamento, Cinthia, do banco do motorista, olhava irritada pelo retrovisor para Bruno tentando fazer mais uma ligação. Ela olhava para Isabel ao seu lado, e ambas balançaram as cabeças negativamente.

_ Vamos parar com essa porra?! Cara, Jonas é meu brother e eu gosto dele pra caralho, mas ele não tem a pica de ouro não! Meu, pare de pagar pau pra ele! Você não tá vendo que ele tá te ignorando?

_ Eu sei, Cinthia. Mas, eu fiz merdas e preciso consertar. Eu amo o meu marido.

_ Eu sei disso! Você fez merdas sim e o Jonas também fez, quando negligenciou o casamento de vocês para ficar enfiado naquele trabalho, enchendo ainda mais o rabo de dinheiro.

_ Como você é indelicada, hein Cinthia! Não tá vendo que o Buba tá sofrendo?

_ Claro que estou vendo, moranguinha. Mas, ele precisa de um chá de realidade._ Cinthia começou a estalar os dedos._ Já faz uma semana que vocês brigaram, ou seja, tempo o suficiente para Jonas ter esfriado a cabeça e aceitado conversar contigo. Mas, ele prefere fazer joguinhos. Então, meu bem, vire o jogo.

_ Como assim?

_ Pare de ligar para ele, ora! Pare de elevar o ego dele! Eu te garanto que quando o Jonas perceber que você não está ligando ou correndo atrás de qualquer outro modo, ele vai te ligar com o rabinho entre as pernas.

_ Nisso, eu vou ter que concordar com a Cinthia. Dar um gelo no boy que ele fica pianinho.

_ Será? Ah, gente!_ Bruno se animava com a possibilidade de Jonas ficar preocupado pela sua ausência e o procurar.

Cinthia olhou para o relógio do pulso da mão que estava em cima do volante.

_ Vamos fazer o seguinte: nós vamos passar na sua casa, tu vai pegar roupas e tudo que for necessário para ir a uma balada. Aí vamos lá pra casa, que mais tarde nós vamos para a boate. Tá na hora de curar a bad rebolando a bunda na pista. Homem nenhum merece essa moral todo que você está dando pro Jonas, e nem você merece esse desprezo que ele está te dando.

_ Amiga, eu não tô com clima para sair.

_ Na hora o clima aparece. E vê se não convida aquela coisa sonsa que você botou dentro de casa.

_ Você detesta mesmo o Daniel, hein Cinthia. O que você tem contra ele?

_ Tudo. Eu não gosto daquela bicha. A sonsides dela me irrita.

Jonas estava incomodado por perceber que Bruno não o ligou durante a tarde inteira. Ele tentava enganar a si mesmo fingindo não se importava, mas se pegava se perguntando o porquê não recebia mais ligações do marido.

A aflição falou mais alto e decidiu ligar para Bruno por volta das sete da noite.

O jornalista vibrou de alegria quando viu o número de Jonas na tela do seu smartphone. Quis atender de primeira, mas Cinthia o aconselhou a dar o Jonas o mesmo veneno, atendendo só depois da terceira chamada.

Bruno fingiu calma atendendo a ligação, o que deixou Jonas mais desconfiado.

_Por que você não me atendeu, Bruno?

_E por acaso eu não estou te atendendo agora?

_ Deixe de ser cínico, Bruno! Eu tô te ligando há um tempão.

_ E eu há uma semana. O que você quer?

Jonas não sabia o que dizer e soltou a primeira coisa que lhe veio a cabeça.

_ O seu Josias passou aí para limpar a caixa d'água?

_ Sim. Como ele fez toda semana. Mais alguma coisa?

_ Não... É só isso.

Um silêncio incômodo ficou entre eles.

_ Se é só isso, eu vou desligar.

_ Você tá bem?

_ Como você acha que eu estou?

_Eu tenho que ir. Sabe como é. Sexta a noite a pizzaria fica lotada e os pedidos de entregas são muitos.

Bruno ficou muito irritado por Jonas não citar uma palavra sobre ter uma conversa com ele ou voltar para a casa. Queria dizer que o amava, que estava com saudades e pedir para voltar para casa, mas a frieza de Jonas o desanimava.

Após o expediente, como foi o dia de pagamento do salário, os funcionários da pizzaria resolveram sair para uma shoperia e insistiram para que Jonas fosse com eles.

_ Qual é, chefinho? Vamos curtir um pouco. Nós merecemos, trabalhamos feito filhos da puta hoje. Nada mais justo que um shopinho para relaxar._ insistia um dos garçons com a intenção de persuadi-lo.

Jonas acabou cedendo e aceitou. Rafael ligou para Olivia para ir direto para a shoperia para se encontrar com eles. Ele também sugeriu que Jonas ligasse para Bruno e fizesse o mesmo.

_ Ah, para de bobeira. Liga pra ele.

_ Eu não sei...

_ Faz melhor. Vá em casa e o busque. Vocês se divertem um pouco, bebem um shopinho e aí mais tarde fazem aquele sexo gostoso de reconciliação.

A ideia de voltar a falar com Bruno e ter uma noite amor era muito sedutora para Jonas. Ele estava morrendo de saudades de Bruno.

Tentou ligar, mas suas chamadas não eram atendidas. Nervoso, decidiu ir até em casa.

Para o aumento da sua insatisfação, ouviu de Dani que Bruno não estava em casa desde cedo.

_ Pra aonde ele foi?

_ Eu não sei. Ele me disse que ia sair com um amigo._ Daniel mentia sorrindo internamente._ Mas, eu acho que fez bem para ele, porque Buba estava muito tristinho e depois que começou a trocar mensagens com esse amigo ele passou a ficar mais alegrinho.

O ciúme atingiu Jonas como uma pedrada na testa. Em seu rosto, a raiva foi expressa para a alegria de Dani em perceber que o seu veneno estava fazendo efeito.

_ Quem é esse amigo?

_ Uh, é! Você não sabe? Eu pensei que soubesse, já que vocês têm amigos em comum!

_ Eu perguntei o nome, Daniel._ Jonas dizia com irritação.

_ Ah, isso eu não sei. Eu até perguntei, mas Buba não quis dizer. E eu é que não serei invasivo.

Jonas saiu bravo como um jato.

Retornou à shoperia nervoso. Bebida demasiado para tentar relaxar. Todo hora tentava ligar para Bruno e a sua raiva aumentava quando as ligações não eram atendidas.

Na mente, a ideia de Bruno transando com outro o perturbava. Cogitar aquele corpo delicioso, que considerava só seu estava sendo desfrutado por outro o fazia ser consumido pelo ódio. Todos da mesa percebiam a raiva de Jonas. Mas, ninguém se atrevia a tirá-lo do seu silêncio com perguntas, pois já o sabiam que quando bravo Jonas era uma fera.

Antes de entrar na boate, Bruno e as meninas foram a um bar karaokê para aguardar a hora certa para entrar na boate. Eles gargalhavam enquanto erravam a letra de Faroeste Caboclo.

_ Tem jeito não, amigas. A gente não é cult. _ Bruno dizia entre risadas.

Eles decidiram se entregar aos sertanejos universitários.

Por volta de meia noite e meia, Isabel tirou o celular da bolsa e disse:

_ Gente, o Felipe já está nos aguardando na porta da boate.

_ Quem é Felipe?

_ É um amigo que trabalha comigo, Buba. Eu acabei comentando com ele por Whatsapp que viriamos e ele perguntou se podia vir junto.

_ Esse cara não é um daqueles chatos como aquele seu outro amigo não, né?

_ Não, mozona. O Felipe é diferente do Cunha. Ele é maneiro.

Na hora de sair do bar, Bruno pôs a mão do bolso para pegar o cartão de crédito e pagar a sua parte da conta. Se deu conta que havia esquecido o seu celular no carro.

Quando retornaram, o jornalista percebeu que havia muitas ligações de Jonas.

_ Nossa, o Jonas me ligou várias vezes.

_ Eu não te falei? É só ignorar que ele ia ficar louco atrás de ti.

_ Deve ter acontecido alguma coisa! São muitas ligações.

Bruno retornou a ligação, enquanto seguia no carro a caminho da boate.

Jonas atendeu de primeira. Afastando -se da mesa, indo para a área externa da shoperia.

_ Porra, Bruno! Por que caralho tu não atendeu essa merda desse celular?

_ Ei! Abaixa o tonzinho de voz!

_ Abaixo porra nenhuma! Você tá pensando o quê? Que eu sou algum otário?

_ Se não é, está agindo como um, dando esses chiliques todo.

_ Bruno! Você não me provoca! Quem esse filho da puta que tá contigo?

_ Tá maluco, Jonas? Do que você está falando?

_ Quem esse merda que você tá aí agora? Aliás, onde você está?

_ Jonas, eu estou com a Cinthia e a Isabel. Estamos indo à Babilônia.

_ Você vai não vai a lugar nenhum! Pode voltando para a casa, que a gente vai conversar.

_ Ah , mas não vou mesmo! Você não manda em mim! Você tá pensando o quê? Me ignora a semana inteira como um caloteiro ignora um cobrador e agora quer me dar ordens? Não, senhor. Eu sou um ser humano e tenho sentimentos! O meu coração não é capacho para os seus pés.

_ Bruno, eu tô indo pra casa. Quando eu chegar lá, a gente vai conversar.

_ Eu não vou pra casa porra nenhuma! Eu saí para me divertir com as minhas e é isso que vou fazer.

Bruno encerrou a chamada quando Jonas ainda falava. Contava para as amigas sobre a conversa com nervosismo.

_ Quem ele pensa que é para me tratar desse jeito? Eu não aceito isso!

_ Amigo, você não acha melhor ir pra casa conversar com o seu marido? _ Sugeriu Isabel e Cinthia concordou.

Contudo, Bruno se manteve firme na sua decisão.

_ Eu vou para a boate! Fim de papo!

Felipe era um rapaz jovem, de cachos loiros compridos. Seus olhos castanhos eram destacados por trás dos óculos redondos. O bigode fino e a barba falhada davam um charme ao seu rosto magro.

Vestia roubos estilo hippie, com uma calça branca , uma blusa com estampa de astros e estrelas e usava enormes colares de miçangas coloridas.

Ele e Bruno foram apresentados na entrada da boate. E Felipe não fez questão de esconder o seu interesse por Bruno, o expressando com um olhar que fez o jornalista se sentir despido e constrangido.

Para registrar o momento, Isabel sugeriu que tirassem uma selfie dentro do local, as luzes giratórias ao fundo. Para todos ficassem bem posicionados na frente da lente da câmera do celular, Cinthia colou o rosto em Isabel e Felipe em Bruno. Todos sorriam.

O post foi feito nos stories dela na mesma hora, marcando os arrobas dos amigos e da página da boate.

_ Gente, me falem aí qual é o valor da minha parte na conta que eu vou embora.

_ Mas, já maninho?

_ Vou sim, Olivia. Vou pra casa conversar com o Bruno.

Betinho sorriu olhando para a tela do celular.

_ Ah, mas não vai mesmo, chefinho. A Brunosa não está em casa.

Jonas o olhou sério.

_ Ela está toda soltinha feito arroz lá na Babilônia ao lado de um boy. Nossa! Rápida a bicha, hein! Não tem nem um mês que vocês terminaram e ela já partiu pra outra. Mas, se você quiser companhia para passar a noite, eu estou facinho facinho.

_ Do que você está falando, Betinho?_ o tom da voz de Jonas era ameaçador. Anunciando uma tempestade de ódio.

Rafael e Olivia se olharam tensos com medo da reação de Jonas.

Betinho esticou o celular para que o patrão pudesse ver a foto no Instagram.

Jonas levantou num rompante. Partindo com a força do ódio. Rapidamente, Rafael e Olivia levantaram da mesa e foram atrás dele para evitar uma tragédia.

Rafael e Olívia não conseguiram alcança-lo. Jonas foi ligeiro, partindo o mais depressa que podia. Dirigia sem respeitar os sinais vermelhos dos semáforos.

_ Eu tô muito preocupada com o meu irmão. Ele bebeu e está com raiva. Com certeza, vai dar merda!_ dizia Olívia aflita.

Jonas entrou no local furioso procurando por Bruno. Dava empurrões nos caras que o abordava.

Seus olhos brilharam vermelhos como uma brasa quando avistou o marido sentado no banco do bar, tomando um coquetel com Felipe. A sua raiva aumentou ao perceber que eles sorriam um para o outro.

Bruno se assustou quando sentiu o seu braço sendo puxado com brutalidade.

_ Vamos embora agora!

_ Tá maluco?!_ Bruno tentava retirar o braço da mão de Jonas, mas não conseguia, já que o marido o segurava com força.

_ Me solta, caralho!

_ Não vou soltar, merda nenhuma! Você vai vir comigo!

_ Não vou! Você não manda em mim!

Felipe se viu sem ação diante da cena. Jonas puxava Bruno com força pela pista em direção à porta.

O jornalista tentava se soltar e não conseguia. Até que o empurrou, conseguindo se libertar por alguns segundos. Mas, Jonas o puxou de volta.

Cinthia e Isabel se aproximaram para tentar acalmá-los.

_ Me solta, seu louco!

_ Eu não vou te soltar porra nenhuma! Você fica cheio de neurose pra cima de mim, colocando detetive e os caralhos, me acusando de ter um caso com o meu melhor amigo. Enquanto na verdade o infiel é você!

_ Você tá louco?! Tá vendo coisas onde não tem!

_ Gente, se acalmem, por favor!_ implorava Isabel.

_ Você é sujo, Bruno! É mau caráter! Eu tenho certeza que você inventou essa história de detetive para me irritar e eu sair de casa para que você pudesse dar o rabo pra qualquer vagabundo na noite!

_ Se eu quisesse dar o meu rabo pra qualquer vagabundo teria feito isso há muito tempo, já que você não me dar o mínimo de atenção e só quer saber de trabalho! Nem me comer você me come mais!

_ Matheus tinha razão quando dizia que você é uma puta!

Bruno sentiu tanto ódio que disparou uma bofetada no rosto do marido.

Jonas arregalou os olhos, fechando o punho e mirando para Bruno. No entanto, foi contido pelos seguranças.

Os dois foram convidados a se retirar da boate. Cinthia e Isabel saíram junto para tentar acalmar a situação.

A briga do casal se estendeu até a área externa, com xingamentos e acusações. Cinthia e Isabel tentavam acalmá-los, mas de nada adiantava.

_ Já chega, Bruno! Vamos para a casa agora!

_ Eu não vou a lugar com você, seu canalha! O Matheus não tem razão? Então, vai lá comer o cu dele.

_ Deixa de ser ridículo, Bruno!

Bruno entrou no primeiro táxi que apareceu deixando Jonas ainda mais furioso. Ele ignorou as amigas e saiu dirigindo.

A casa estava silenciosa e quase escura quando Jonas chegou.

Ouviu um barulho vindo da cozinha e percebeu que a luz estava acesa.

_ Que susto!_ exclamou Dani, ao se virar de costa para a geladeira com um copo com água na mão.

Jonas o olhava fixo da soleira da porta. Estava extremamente sério e silencioso.

_ Você está aí há muito tempo? Eu desci para beber água. Não sabia que você estava em casa...quer comer alguma coisa? Eu posso fazer um sanduíche.

Jonas se aproximou da geladeira em silêncio. Abriu a porta e ficou olhando para dentro por alguns segundos. As lembranças alimentavam ainda mais o seu ódio. Fechou a geladeira com força, soltando um grito estridente.

Dani se aproximou, pondo o copo na bancada do mesa.

_ Você está muito nervoso, Jonas! Precisa se acalmar. Eu fico preocupado com o seu estado de saúde.

A respiração de Jonas era rápida e profunda. Dani tocou em sua face a acariciando.

_ Eu não sei o que aconteceu, mas imagino que teve uma briga com o Bruno. Eu sinto muito por isso. Apesar de gostar muito dele, acho injusta a forma como ele te trata...sempre com desconfianças. Te pressiona o tempo inteiro. Você não merece isso. Você é tão trabalhador, dedicado. É um ótimo marido! Dar a ele uma vida de rei. Merecia receber mais respeito.

Daniel encostando o seu corpo sobre o dele, envolveu os seus braços sobre o pescoço de Jonas, esticando a cabeça para que os lábios pudessem ficar próximos.

_ Você precisa relaxar. Deixe que faço isso por você._ Daniel sussurrava com a voz aveludada.

Posou os seus lábios sobre os de Jonas e o beijou intensamente, deslizando a sua mão sobre o pau de Jonas, o acariciando.

Jonas o afastou, o empurrando para trás.

Encarava os olhos pequenos e puxados do jovem que os fitavam de um jeito paradoxal: maliciosos e inocentes.

A raiva que sentia de Bruno gritava dentro dele.

Num impulso, jogou Dani contra a geladeira, suspendendo os seus braços para cima, os aprisionando.

Os seus olhares se encaravam.

Sorrindo, Dani desliza a língua no lábio superior e disse:

_ Entre em mim, meu macho. Me faça a sua cadelinha.

Jonas invadiu a sua boca com um beijo intenso.

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Comentários

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Esse Dani tem que penar. É muito mal carater. Dë um castigo bem grande pra ele.

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Putz... Tem esse detalhe né? Mas, se tiver um flagrante ele será demitido. E também o Jonas bem merece né?! Perder dinheiro pra deixar de ser materialista e fútil

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É mais fácil o Daniel dar um golpe no Bruno já que eles trabalham na mesma empresa 😉

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Ou o Bruno flagra eles e coloca pra fora, eles vão morar juntos e o Daniel da o golpe e o Jonas fica pobre kkkkkkkkkkkkk

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Seria perfeito esse flagra!

Entretanto, acredito que não vai acontecer e que o Jonas deve levar esse caso por mais algum tempo até o Bruno descobrir. Mas, que seria perfeito isso seria

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Jonas tem q se ferrar e esse Dani tem q se fuder pra nunca mais se levantar! Bruno tem q apanhar na cara pra aprender deixar de ser retardado! Jonas tem q perder tudo pra aprender o q é importante na vida! Seria top Bruno pegar os dois no flagra!

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Xiiii. Sem palavras. A cena na boate foi ótemaaaa hahahaahahahaha

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Onde se encontra a palavra " conta " quis dizer Conto.

enfim, Que o autor continue essa maravilha de conto e que o Daniel se ferre bem feio, digamos que tenham um Final HORRÍVEL. invejador nojento.

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Eu finalmente pude me organizar um pouco pra poder ler e comentar em cada capítulo. enfim Eu li a primeira Temporada desse conto maravilhoso, e sou e sempre vou defender o Bruno, nossa passar pelo que passou misericórdia, o ruim foi ele não ter revelado tudo antes, mas enfim. Bom, pelo que tô lendo e imaginando, vai ser um baque enorme pro Bruno, claro né, traição e mais a culpa por ter roubado o Macho do próprio primo, e tal. Vai ser muito difícil dele superar essa fase horrível que está a passar, mas acredito que tudo na vida tem seus bons e maus momentos, eu espero que o Bruno possa dar uma volta por cima e que o Jonas se lasque. convenhamos que pessoas ambiciosas com ganância em dinheiro sempre vai ser ferrar. dinheiro não é tudo na vida. Ele vai pagar caro por se envolver com essa japa nojenta desclassifica. enfim

espero ver a volta por cima do Bruno e que ele encontre nessa situação o amor próprio e Verdadeiro. E que os culpados que fizeram aquela barbárie com o Patrick, sejam todos punidos.

aaaaah tô apaixonado nesse conta e fico roendo as unhas só de ansiedade pra ver os próximos capítulos.

continue assim.

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Queria o Bruno flagrando o sequiço mas, não deve acontecer

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