Borboletas sempre voltam II Capítulo 30

Um conto erótico de Arthur Miguel
Categoria: Gay
Contém 3122 palavras
Data: 29/06/2021 19:41:34
Assuntos: Amor, Gay, Mistério, Sexo, Tesão

Capítulo 30

Naquela manhã, após a última aula antes do almoço, Matheus se dirigiu a sala dos professores para guardar o material de trabalho, antes de ir à lanchonete almoçar, como de costume, decidiu ligar para Patrick. Queria ouvir a voz do marido e perguntar como havia sido a sua manhã. Ao parar perto da cafeteira, tirou o celular do bolso. Percebeu que havia várias ligações perdidas de Patrick e Renata e a preocupação bateu com força.

Ninguém o ligava no horário em que estava lecionando, sabiam que durante as aulas o celular ficava no silencioso, o que o deixou ainda mais preocupado, presumindo que algo havia acontecido com Patrick. Retornou as ligações de imediato, com o coração apertado.

Ficou um pouco aliviado ao ouvir a voz do marido, descartando a possibilidade desse ter sofrido um grave acidente.

_ Minha vida, você me ligou? Aconteceu alguma coisa?

_ Sim, meu amor. Foi com a dona Marília.

_ Com a minha avó?! O que aconteceu com ela?_ Matheus perguntou sentindo um leve tremor. Como ela era idosa temeu que tivesse tido algum AVC ou infarto.

_ Ela caiu da escada.

_ Que escada?!

_ A escada que usa para limpar o lustre da sala. Ela se desequilibrou e caiu. Como o Marquinhos e a Leninha estão trabalhando, eu te liguei. Depois liguei pra Renata. E aí eu lembrei do Betinho. Sorte que ele só trabalha no turno da tarde e a levou de carro para o Pronto Socorro.

_ Ela se machucou muito?

_ Eu não sei dizer direito. Na hora do nervosismo, Betinho esqueceu o celular aqui em casa. Eu liguei pra Renata e ela disse que está indo pra lá.

_ E como ela saiu daí?

_ Ah, tadinha! Chorava de dor. Foi de cortar o coração.

_ Mas também que ideia da minha avó! Ela sabe que tá velha e não pode ficar trepando em cima da escada. Porra, eu falei pra ela que eu limpar os lustres, mas ela é impaciente. Não sabe esperar...ah, coitada da minha avó...tô morrendo de medo dela ter se machucado grave. Eu vou ao Pronto Socorro. Não vou me aguentar se ficar aqui.

_ Tá bom, amor. Quando chegar lá, você me liga me dando informações?

_ Claro. Eu tô indo pra lá. Beijo.

_ Outro, príncipeMatheus procurava pela avó entre os muitos rostos de pacientes a espera de um atendimento na recepção do Pronto Socorro.

Sentiu alívio ao ver Renata sentada em um dos bancos, digitando no celular.

Ele se aproximou chamando dela e tocando em seu ombro.

_ E a minha avó?

_ Eu acabei de chegar aqui agora e não vi nem a Marília e nem o Betinho. Suspeitei que ela já tivessem entrado para ser atendida, aí confirmei na recepção. Mas, não sei de nada que está acontecendo lá dentro. Betinho esqueceu o celular lá em casa.

_ Oh, bicha desmiolada! Só tem piroca na cabeça e não faz nada direito. Agora eu tô aqui preocupado.

_ Você precisa se acalmar, Matheus. Daqui a pouco, você vai dar um piripaque e vai acabar lá dentro.

_ Como eu vou me acalmar, mãe?! A minha avó pode ter se machucado feio! E a culpa é minha por não ter limpado aqueles malditos lustres antes dela meter a mão.

_ Matheus, pare com essa mania de querer carregar o mundo nas costas e assumir culpas que não são suas. O que aconteceu com a Marília foi um acidente. Filho, você tá precisando relaxar.

_ Mãe, como eu vou relaxar com a minha avó acidentada?! Acho que você não está bem.

_ Não deve ter sido nada grave. Se fosse, a gente já estaria sabendo. Notícia ruim chega rápido.

Matheus sentou ao lado da mãe, apoiando os cotovelos no joelho. Esperou por algumas horas aflito. Só se sentiu aliviado quando viu Betinho empurrar a cadeira de rodas com Marília sentada e uma perna engessada.

Matheus correu para abraçá-la. Ajeolhou-se no chão segurando a sua mão negra e enrugada e a beijou.

_ Oh, vó, a senhora tá bem? Tá sentindo dor?

_ Agora não estou sentindo tanta dor, meu filho. Mas, na hora eu sofri com muita dor._ Ela disse de um jeito manhoso, sob os carinhos do neto de coração.

_ Bom, a dona Marília está bem. Ela fez vários exames e não teve nenhuma lesão interna ou hemorragia. Só fraturou o fêmur. O médico disse que terá que procurar um ortopedista e fazer fisioterapia. Forte do jeito que a senhora é, logo logo, vai estar boazinha limpando vários lustres.

Betinho sentiu o peso do olhar raivoso que recebeu de Matheus.

_ Ih, calma fera ferida! Foi só uma brincadeira.

_ De muito mal gosto, pintosa.

_ Obrigada, Betinho.

_ De nada, Renatissima! Alguém aqui sabe ser educada e agradecer a coleguinha. Ah, o médico disse para agendar pelo SUS o quanto antes a consulta da Marília.

_ Que mané, SUS! Eu vou pagar tudo. Se depender do SUS a minha avó perde a perna.

_ Ih, olha como ela é próspera! Riquíssima! Sônia Matarazzo é você? Já é loira e malvada, agora rica! Huum!_ Betinho ironizou pondo as mãos na cintura.

_ Quem essa tal de Sônia Matarazzo?_ perguntou Marília, virando a cabeça para trás, tentando olhar para Betinho.

_ É uma personagem psicopata de um livro que o Patrick me emprestou. A história é babadeira! Depois eu empresto pra senhora, dona Marilda.

_ Uh, é! Você sabe ler, baleia?! Tô chocado agora!

Betinho fez careta para Matheus.

....

Já havia anoitecido quando eles chegaram na casa de Marília. Ela foi acomodada no sofá da sala.

Marquinhos, Leninha, Emily e Patrick os aguardavam.

_ Que susto, hein mamãe! Ainda bem que a senhora não sofreu nenhum mal interno.

_ Tio, de qualquer modo é bom levar a vovó pra refazer os exames. Só pra garantir que está tudo certo. Mas, também né, que ideia da senhora de subir na escada para limpar aquela droga de lustre. Deixasse comigo, que eu limpasse.

_ Você limpar, Matheus?! Você limpa aquilo uma vez na vida e outra na morte. Patrick, quando andava, saía lá da casa de vocês para vir me ajudar, mas você nada.

_ Mas, agora eu vou limpar sempre. Pode deixar._ Matheus disse dando um beijo na mão dela.

_ Se você não fosse uma preguiçosa e imunda nada disso teria acontecido. A estante de livros do Patrick a senhora não montou até hoje. Os livros da bicha tão tudo dentro das caixas.

_ Não se meta nisso, baleia. Isso é assunto de família.

_ Nossa! Como ela é grossa! Patricka, você precisa parar de ser dadeira e comparecer mais. Esse nervosismo todo é falta de neca!

_ Pare de falar indecências perto da dona Marilia, Betinho! Respeite!_ reprimiu Patrick, envergonhado por uma senhora idosa ouvir as suas intimidades com o marido.

_ Ah, desculpa, dona Marilda!

_ Bom, vamos parar de lenga lenga e ir ao assunto que interessa. A Marília não pode ficar em casa sozinha nesse estado. Você vai pra minha casa, que lá nós cuidamos de você.

_ Como assim para a sua casa, Renatinha?! Eu gosto de ficar no meu cantinho.

_ Deixe de teimosia, mulher! Você fica lá em casa. Dorme no meu quarto e eu durmo na sala. Você mora sozinha e não pode ficar forçando a perna. Vai precisar de alguém para cuidar de ti até ficar boa.

_ Nisso a minha mãe tem razão, vó.

_ E quem vai cuidar de mim? Tanto Renata, quanto Matheus trabalham o dia inteiro. De qualquer maneira não vão poder cuidar.

_ A senhora pode ficar lá em casa, mamãe.

Leninha olhou para o marido com o olhar de desaprovação. Não queria dividir mesmo teto com a sogra.

_ Você e a sua mulher também trabalham, Marquinhos. E a menina vai à escola e aos cursos. Eu sempre me cuidei sozinha. Não vai ser agora que eu não vou fazer isso. Eu me viro. Não sou caixote!

_ Eu cuido da senhora.

Todos olharam para Patrick espantados. Como se ele tivesse dito alguma revelação bombástica. Mesmo incomodado, Patrick ignorou os olhares e prosseguiu com as palavras.

_ Eu fico em casa o dia inteiro. Eu posso cuidar da senhora. Posso preparar as refeições, lhe servir um copo com água quando tiver sede e lhe dar os remédios que a senhora já tomava e os que precisa tomar agora.

_ Patrick, você ficou maluco? Você precisa de alguém que cuide de ti. Como vai cuidar da velha?_ Leninha disse rindo. No entanto o seu sorriso se desfez ao perceber os olhares críticos de todos._ Qual é? Por acaso eu disse alguma mentira? E quando a minha sogra for tomar banho? Vai ser o Patrick a dar banho nela?

_ Quando eu chegar do trabalho, eu ajuda a Marília a tomar banho. Problema resolvido. Você vai pra minha casa e o Patrick cuida de você até eu e o Matheus chegarmos.

Marília segurou na mão de Patrick e o olhou sorrindo.

_ O meu neto não ganhou um marido. Ele ganhou um anjo.

Patrick devolveu o olhar carinhoso e sorridente da mesma forma.

Apesar de não manifestar uma palavra, Matheus ficou extremamente preocupado com as duas pessoas vulneráveis sozinhas em casa

Acreditava que Patrick não conseguiria dar conta de cuidar de Marília. E além isso, temia que os dois se acidentasse.

_ Bom, gente, eu tô morrendo de fome. Eu vou lá em casa preparar alguma coisa pra a gente jantar._ disse Renata, pondo a bolsa no ombro._ Marquinhos, ajuda o Matheus a levar a Marília?

_ Claro.

_ Eu posso jantar com vocês também? Eu tenho que ir trabalhar e ainda nem tive tempo de cozinhar nada. E sem contar que não aguento mais comer pizza.

_ Tava demorando. Agora vai ser sempre isso. A baleia não vai sair lá de casa, querendo filar a bóia!

_ Ah, deixe de ser egoísta com o Betinho, meu filho! Betinho, você pode jantar conosco sim.

_ Você ainda vai trabalhar, Betinho?

_ Vou sim, Leninha. Se fosse o Rafaelo ele teria me liberado. Mas, Joanete é duro na queda. Aí tenho que ir, né. Ainda mais agora que a Brunete deu um pé na bunda dele. A bicha anda cuspindo fogo pra tudo quanto é lado.

_ Bom, eu vou indo nessa. Para preparar o jantar.

_ Você não vai precisar cozinhar, minha sogra. Eu já preparei tudo.

Matheus o olhou sério.

_ Como assim, amor?

_ Fiz o jantar, uh é! Na nossa casa não era eu que sempre cozinhava?

Renata deu um beijo no rosto de Patrick. Como estava muito cansada, se sentiu aliviada por não precisar cozinhar.

...

O cheiro da costela bovina feita com batatas e agrião aumentava ainda mais o apetite da família. Para acompanhar, Patrick preparou um arroz branquinho e soltinho, e um feijão preto que exalava cheiro de alho e ervas.

Como Matheus não gostava de legumes e verduras, preparou para especialmente para ele, filé de frango à parmegiana com purê de batatas.

Ao servir a mesa, deu um beijo no rosto do marido.

_ Como o meu amorzinho tem o paladar infantil, eu preparei esse prato especialmente pra você, meu amor.

_ É só o paladar que ele tem de infantil?

_ Betinho! Quando vocês dois vão parar de implicar um com o outro?

_ Ih, amor, isso é inveja da bicha encalhada. Ela não tem sorte como eu tenho de ter um anjinho como você._ Matheus disse beijando Patrick. Ele ficou chateado por Patrick ter cozinhado. Sentiu-se incapaz de cuidar do marido. No entanto, diante do sorriso do ruivo, Matheus não quis dizer nada que pudesse chatea-lo.

_ Eu? Inveja da senhora?_ Betinho deu uma gargalhada._ Never, my love! Mas, tenho que concordar que o meu amigo é um anjo sim. Ele vale ouro. A senhora deu foi sorte mesmo. Porque merecer não merece. Só espero que cuide bem do meu tesouro.

_ Nosso tesouro! Meu genrinho, esta comida está uma delícia! Está tudo perfeito! HUM! Muito bom!

_ Obrigado, sogrinha. Ah, eu vou pegar a sobremesa!

_ Hum! Ainda sobremesa! Que chique!_ disse Marília, batendo palmas.

Patrick direcionou a cadeira até a geladeira e retirou de lá uma torta de chocolate, com cobertura do mesmo sabor, decorada com uns morangos.

_ Receitinha da dona Chiquinha! Aprendi enquanto estive morando na casa dela.

Todos aplaudiam e elogiavam o jantar. Patrick sentia orgulho de si mesmo. Para ele era ótimo se sentir útil ,agradando as pessoas ama.

_ Já pode casar, Patricka. Estava muito gostoso._ Betinho zombava de Matheus, mastigando um pedaço da torta, olhando sorrindo para o loiro.

Matheus segurou na mão do ruivo.

_ Já pode casar mesmo. Quer casar comigo, gato?

_Não posso. Eu já sou casado._ Patrick disse sorrindo. Olhando para Matheus completamente apaixonado.

_ Então, eu posso ser o seu amante. Eu sou magro e caibo do seu armário para me esconder quando o corno do seu marido chegar.

_ Bobo!_ Patrick sorriu antes de beijá-lo.

...

Matheus sabia que tanto Marília quanto Patrick odiavam sujeira e desorganização. Ele estava preocupado com ambos e queria proporcionar o maior conforto possível para a avó e o marido.

Habitualmente, Matheus despertava às sete da manhã e se preparava para ir trabalhar. Contudo, naquela manhã, acordou por volta das cinco e meia. Renata mudou de ideia e trocou o sofá da sua sala pela cama de Marília, indo dormir em sua casa.

Matheus aproveitou que todos da casa adormeciam e limpou todos os cômodos e preparou o almoço.

Após realizar essas atividades, preparou o café da manhã e levou na cama para avó e uma outra bandeja para o marido. Pondo nos criados mudos ao lado da cama sem arcodá-los.

Patrick despertou e visualizou a bandeja coberta com um cloche quadrado.

Ao abri-la se deparou com ovos mexidos, uma fatia de mamão e uma xícara de café morno. Ao lado havia um bilhete escrito "I Love you."

Sorriu diante do bilhete, beijando-o e pondo-o no peito.

Após tomar o café da manhã, decidiu levantar para realizar os afazeres domésticos. Contudo, ficou surpreso ao ver a casa limpa e organizada e almoço pronto.

À noite, Matheus chegou exausto com as olheiras profundas e a pele pálida. Estava com tanto sono, que adormeceu após o banho sem jantar.

No dia seguinte, repetiu as mesmas atividades, acordando mais cedo para cuidar da casa antes ir trabalhar e chegando mais exausto que no dia anterior. E assim Matheus seguiu com essa rotina durante a semana inteira.

Patrick sentia muita pena ao vê-lo cansado demais. Na hora de dormir, deitou ao seu lado, acariciando os seus cabelos.

_ Meu amor, você não precisa se matar. Está acordando cedo demais.

_ Eu preciso cuidar da casa. Já te conheço e a vovó também. Vocês odeiam bagunça e precisam comer.

_ Mas, você está exausto! Não dorme direito! Nem se alimenta bem. Chega tão cansado que dorme sem jantar. Se você continuar agindo assim, vai acabar ficando doente.

_ É necessário, Patrick! A minha mãe segura as pontas todas com as despesas. Ela trabalha na concessionária e ainda trabalha na loja. Não é justo que ela tenha que cuidar da casa.

_ Eu posso cuidar da casa! Eu sempre fiz isso.

Matheus o olhou cansado, acariciando o seu rosto.

_ Amor, eu tô legal! Daqui a pouco, a minha avó fica boa e tudo volta ao normal!

_ Matheus, pare me tratar como se eu fosse de vidro! Cara, não é porque sou cadeirante que não posso arrumar a casa, lavar a louça e cozinhar. Eu posso fazer tudo isso! Você está se matando por bobeira!

_ Amor, amanhã a gente conversa. Eu vou estar de folga e aí teremos muito tempo pra conversar. Agora eu preciso dormir.

_ Você tá fugindo do assunto, Matheus!

_ Eu estou com sono. E você sabe que quando estou com sono, eu não funciono.

Matheus o deu um selinho e virou para o lado oposto para dormir.

...

Patrick decidiu sair da cama antes que Matheus acordasse. Encontrou a sogra na sala com o aspirador de pó na mão.

_ Bom dia, querido.

_ Bom dia! Uh, é! Você não ia à praia com o Wilson?

_ Vou sim. Eu só vou dar um jeitinho na casa e deixar uma comidinha pronta. O Matheus já fez isso a semana inteira. coitado tá exausto. Depois eu ponho o biquíni e o Wilson vem me buscar.

_ Nada disso! Pode pôr o biquíni agora e curtir o domingo ensolarado com o seu boy. Deixe que eu faço tudo. Você trabalhou a semana inteira. Merece descansar.

_ Oh, meu bem. Não precisa se incomodar. Eu faço tudo rapidinho.

_ Por favor, Renata, me deixa ser útil?

Os olhos suplicantes de Patrick a deixou desarmanda da possibilidade de dizer não.

Patrick realizou as tarefas com esmero. Durante a semana, tinha pesquisado vários vídeos de cadeirantes limpando a casa. Com isso, aprendeu muitas técnicas que aplicou naquela manhã de domingo.

Quando Matheus chegou na sala vestido com o pijama e os rosto inchado de tanto dormir, sentiu o cheiro dos produtos de limpeza mesclando com os bifes e as batatas que Patrick fritava na cozinha.

Marília estava sentada no sofá assistindo TV, com a perna engessada apoiada num puf.

Ele se aproximou dando um beijo no rosto e a cumprimentando com um bom dia.

Foi até a cozinha e viu Patrick próximo ao fogão, cozinhando, vestindo um avental preto e uma touca de rede na cabeça.

_ O que é isso?!_ perguntou espantado, olhando em volta.

Patrick afastou a cadeira de rodas do fogão se aproximando de Matheus esticando os braços.

_ Tá vendo, ó. Eu não quebrei. Eu sou muito capaz de cuidar da casa e da dona Marília. Você pode relaxar, meu amor.

Patrick segurou na mão de Matheus e o olhou de um jeito doce.

_ Meu amor, nós somos um casal. Somos companheiros de vida e como tais, temos que dividir não só as alegrias como também os fardos. Me deixa ser sua âncora? Eu não quero que me carregue no barco. Quero remá-lo contigo.

Matheus sorriu, abraçando o amado, sentindo o coração transbordando amor. Patrick apoiou a cabeça na sua barriga, o olhando com um sorriso meigo e Matheus acariciou o seu rosto.

_ Tudo bem. Você venceu como sempre vence. Enquanto uns temem a tempestade, você a enfrenta comigo. I Love you, my honey.

Notas do autor.

Eu disse que Jonas estaria neste capítulo, mas resolvi dividir os acontecimentos em dois capítulos. O próximo será somente sobre o outro casal protagonista.

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Comentários

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As pessoas tem o poder de transformação, basta saber usar as técnicas adequadas e arem respeitadas nas suas individualidadea

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Adorei. Acho que passou da hora do Betinho arranjar um boy. A personalidade dele lembra muito o Edu Diva Depressão hahahahahah ele é o meu favorito da dupla.

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