Borboletas sempre voltam II Capítulo 36

Um conto erótico de Arthur Miguel
Categoria: Gay
Contém 5443 palavras
Data: 17/07/2021 20:45:18
Assuntos: Amor, Gay, Mistério, Sexo, Tesão

Capítulo 36

Bruno se virou e sentou à mesa, indicando que estava disposto a conversar. Jonas sentou em frente a ele, o olhando de jeito carinhoso.

Bruno abaixou o olhar para conter a vontade de abraçar o marido.

_ Eu acho que vou me arrepender de estar tendo esta conversa. Você é uma pessoa muito explosiva, Jonas. Sempre parte para as gritarias e acusações.

_ Eu prometo que não farei isso. Só quero te ouvir.

_ O que te fez querer me ouvir?

_ Eu me arrependi de tudo que fiz. Eu te acusei de ter me traído na boate e fiz a merda que fiz e estou pagando um preço alto por isso. Te perder está me doendo muito, Bruno. Eu sinto tanto a sua falta! Sinto falta do seu corpo, além do sexo, eu sinto falta do seu sorriso, dos seus abraços, de como torce a boca quando ficava nervoso comigo, sinto falta do calor do seu corpo quando dormiamos juntos, de ouvir a sua voz me dando bom dia pela manhã.

Bruno foi traído pelos próprios sentimentos. Ele queria aparentar indiferença pelas palavras de Jonas, mas as lágrimas não o permitia.

Jonas o segurou pele queixo, erguendo a sua cabeça e enxugando as suas lágrimas.

_ Oh, meu amor, hoje, eu percebo que você só queria atenção. Eu estava te negligenciando por causa de dinheiro e te acusava de incompreensão. Mas, na verdade, quem estava sendo incompreensivo era eu.

Bruno desabou no choro, não conseguindo expressar uma palavra, o que fez Jonas se sentir péssimo.

_ Eu sei que o que fiz está doendo em ti. É por isso que você fez o que fez. Foi o modo que você encontrou de expressar a sua dor, fazendo com que eu sentisse a mesma coisa. Eu sinto muito por ter te magoado.

_ Tá doendo muito, Jonas! Dói demais! Puxa, a gente passou por tantas coisas para ficarmos juntos! Você quase morreu para me salvar! Eu passei oito anos sofrendo por não poder me aproximar de você. Meu coração sangrava quando eu tinha que suportar você com o meu primo! E quando, finalmente, tínhamos tudo para sermos felizes, você jogou tudo fora!

"Eu não vou mentir pra você. Eu adorava e adoro até hoje todos os benefícios financeiros que você me proporciona, mas eu te amava muito e só queria estar ao seu lado. Eu só queria desfrutar da companhia do homem que eu amo."

_ Você ainda me ama, Bruno?

Bruno ficou impactado com a pergunta. Não tinha forças para mentir, e optou por abaixar a cabeça em silêncio.

Jonas soube interpretar o sim. Segurou na mão do marido e disse:

_ Eu também te amo, minha borboletinha.

_ Eu não confio mais em você. Não consigo olhar pra você sem me lembrar que teve um caso com aquele asqueroso. Até hotel pra ele você pagou! Comigo você não queria sexo, estava sempre cansado, mas por ele você tinha tesão. Por quê? Porque ele é mais jovem? Por que é mais bonito? Ou mais gostoso? Você me humilhou tanto!

_ Eu não tive um caso com ele. Aconteceu só uma vez. Eu paguei o hotel para afasta-lo da nossa casa. E eu nunca deixei de ter tesão por você! Daniel não é melhor que você em nada! Muito pelo contrário, ele não chega aos seus pés. Você é lindo, é inteligente, é educado, é culto, é nervosinho sim, mas é gostoso pra caralho! Você me deixa louco! Você sabe disso. Eu sou viciado em você._ Jonas deu um sorriso maroto._ Você amarrou a minha piroca, cara. Você me incendeia.

Bruno desviou o olhar para o lado, com medo de transparecer o seu desejo. Sorria internamente, ficando menos triste. Contudo, queria dar o braço a torcer para a sedução de Jonas.

_ O Daniel me disse que vocês tiveram um caso.

_ É mais uma das mentiras dele! Aquele lá vive contando caô! Viu o que ele fez com padrasto? Desde que pôs os pés na nossa casa, só nos envenenou! Ele vivia me dando molhe, eu ignorava, mas ele insistia. Depois ele fez a sua a cabeça te convencendo a acreditar que eu te traía com o Rafa! Na época, eu fiquei com raiva de ti, mas hoje, eu consigo te entender! Daniel te convenceu a contratar um detetive particular e depois me convidou para ir com ele no shopping para escolher um presente pra você. Ele me mostrou que um cara me seguia. Mas, ele sabia que era o detetive. Ele queria que eu descobrisse e brigasse contigo.

_ Que filho da puta!_ Bruno disse socando a mesa.

_ A gente se deixou levar pela lábia dele! Principalmente, eu. Naquele dia que você chegou na pizzaria e encontrou o Daniel lá, ele foi atrás de mim para me perseguir. Tem feito isso direto! Todo mundo tá de testemunha. Eu não quero nada com ele e mesmo assim, o desgraçado não sai do meu pé.

"Bruninho, eu errei! Mas, eu nunca deixei de te amar. Fui fraco, impulsivo, burro, eu reconheço tudo isso! Mas nunca houve nenhum outro dono do meu coração que não fosse você. "

_ Eu nem sei o que dizer. Como pude ser tão manipulável para o Daniel? Como fui tão trouxa?

_ A culpa foi toda minha por não ter te alertado que o Daniel me dava molhe. Também tive culpa por ter te deixado de lado. Se tem alguém que merece sofrer nessa história, esse alguém sou eu. Você não merece uma lágrima.

A vontade de abraçar Jonas aumentava em grande escala. Para conte-la, Bruno se auto abraçou.

_ Eu só quero uma chance para fazer diferente. Lembra da viagem que te prometi? Então, Eu posso deixar o Rafa segurando as pontas e podemos tirar um momentinho pra gente. Precisamos espairecer a cabeça, curtir um pouquinho.

_ O nosso problema não é geográfico. Não é uma viagem que vai resolver. Eu não confio mais em você. Ainda sinto dor quando lembro de tudo.

O garçom bateu na porta, perguntando se poderia anotar o pedido.

Bruno autorizou a entrada e pediu sushi e Jonas fez o mesmo.

Quando o garçom saiu, o casal retomou a conversa.

_ Eu não quero mais brigar contigo, Bruno. As nossas brigas só servem para nos machucar! A gente só se xinga e se acusa! Eu não sinto só tesão por você! Eu tenho um carinho enorme por ti! Te admiro! Quero ter uma boa convivência contigo! Eu sei que você odeia barracos! Quero poder esbarrar contigo sem ter aquele climão.

_ Eu também.

O garçom entrou trazendo os pedidos e saindo em seguida.

_ As nossas famílias se dão muito bem. A minha avó te adora e eu adoro a sua mãe e tia. Temos amigos em comum. Será normal nos cruzarmos. Seria bom para ambos se não nos odiassemos.

_ Você tem razão, Jonas. Eu não te odeio. Nunca te odiei. Mas, eu estou muito machucado.

_ Eu sinto muito. Me perdoa?

Bruno respirou fundo e disse:

_ Eu te perdoo sim, Jonas! Eu não quero travar uma guerra contra ti. Nós vivemos uma linda história de amor e eu sou muito grato a ti por tudo que fez por mim. Sou grato por ter salvado a minha mãe e sou grato por ter me dado a redação...enfim, você é muito especial pra mim. Só não confio em ti para voltar a ter uma relação.

_ Eu entendo, meu bem. Mas você me deixa muito feliz e aliviado com a sua generosidade de ter me perdoado. Eu já ganhei o dia aí.

_ Acho que dar pra sermos amigos.

_ Eu vou adorar ter um amigo gostosinho assim. Vou fazer várias homenagens no banho para o meu novo amigo.

Bruno não conseguiu conter a risada.

_ Você não presta mesmo! Tudo pra você deve acabar em putaria!

_ A culpa é sua por ser tão tesudinho. Me deixa louco!

_ Ah, é? Não pode te dar uma mão que você quero o corpo inteiro, né Jonas? Pode sossegar o facho. Eu disse que seria o seu amigo e não o seu peguete.

_ A gente terá uma linda amizade. Ela será como a bandeira LGBTQIA +.

Bruno sorriu.

_ Que ousadia! Nada de amizade colorida! Safado!

_ Como você está? Como vai o trabalho na redação?

_ Vai bem. Estou com um projeto novo com a Duda. Lançamos um podcast.

_ É mesmo? Que legal!

_ É um podcast que se chama "Papo furado".

_ Como assim?!_ Jonas perguntou sorrindo.

_ Falamos sobre coisas do dia a dia. Como coisas que nos trazem conforto, vida adulta, assuntos que são triviais, mas que muitos se identificam. Conseguimos patrocinadores. E audiência está sendo boa.

_ Cara, eu fico muito feliz por isso! Você quero quis ter um podcast. Eu vou ouvir.

_ Não precisa fazer isso para me agradar. Eu sei que você é um homem muito ocupado.

_ Fui. Hoje, em dia, dei uma freada no trabalho. Quero aprender com os meus erros. Mas, me fale mais sobre isso.

A conversa fluiu de um jeito leve. Jonas ouvia demonstrando interesse pelo trabalho de Bruno, o que deixou o jornalista motivado.

Após o almoço, Jonas o convidou para visitar a nova pizzaria, que ainda estava em obra.

Mostrou a Bruno o projeto do local, mostrando como ficaria após a obra.

Em seguida, o ofereceu para levá-lo para casa.

E Bruno aceitou, já que tinha deixado o carro na redação.

Ambos estavam felizes conversando no caminho.

Porém, a conversa foi interrompida com uma ligação de Rose.

_ Fala, mãe!

_ Filho, Você vem jantar comigo hoje? A mamãe fez carne assada do jeito que você gosta.

_ Vou sim. Daqui a pouco, eu tô chegando aí.

_ Tá bom, meu amor. Beijinhos. Te amo.

_ Outro. Também te amo.

Ao encerrar a ligação, Bruno pediu para que Jonas o deixasse na casa da sua mãe.

Ela ficou surpreendida ao ver o carro de Jonas buzinando da sua porta.

Imaginou que aconteceria mais uma briga. Mas, ao ver o filho descer do carro sorrindo com o brilho nos olhos, ficou feliz imaginando que o casal havia se reconciliado.

Ela não quis sair para fora de casa, com medo de estragar o clima do casal, ficou assistindo tudo pela janela da sala.

Jonas levou Bruno até o portão.

_ Você vai entrar?

_ Hoje não. Mas, manda um beijo pra Rose.

_ Tudo bem. Eu vou indo. Boa noite, Jonas.

Jonas o segurou pela mão e os seus olhos se emcontram.

Bruno sentiu os braços de Jonas o envolver.

_ Acho melhor você ir.

Jonas o olhava sério, fitando a sua boca. Bruno estava trêmulo, sentindo o calor do corpo do marido.

_ Eu não vou resistir a essa boquinha.

_ Jonas! Se comporta!

_ Impossível!

Jonas o puxou pelo cabeça e o beijou. Com a outra mão, acariciava a coxa de Bruno.

Da janela, Rose sorria comemorando.

_ Eu...Eu...Eu... melhor você ir, Jonas.

Jonas penetrava o seu olhar malicioso em Bruno, o deixando arrepiado. Tocou em sua face, a acariciando.

_ Você tá quentinha, minha borboletinha. Tá pegando fogo? Pode deixar que eu tenho uma Mangueira bem cheia para apagá-lo.

Bruno sorriu mordendo os lábios e o empurrou.

_ Para se safadeza. Eu tenho que ir. Tchau.

Bruno virou de costas para entrar e sorriu ao sentir um tapa na bunda.

_ Gostoso!

_ Que cafajeste!

Jonas mandou um beijo antes de entrar no carro e sair.

A felicidade de Bruno era visível na sua feição risonha e olhar brilhante.

_ Que alegria é essa, meu filho?_ Rose perguntou, fingindo não saber de nada.

_ Nada. Só estou de bom humor.

_ Eu vi o Jonas. Se acertaram?

_ De uma certa forma...sim.

_ Graças a Deus! Como é Deus é bom! Atendeu as minhas preces!

_ É, mas não se empolgue não, dona Rose. Eu não reatei com o Jonas. Apenas conversamos, colocamos tudo em pratos limpos e decidimos que, apesar de separados, teremos uma relação amigável.

_ Separados? Sei! Isso aí vai acabar na cama.

_ Mãe! Você não era tão ousada!

_ Não é ousadia. É verdade. Agora, que vocês terão uma relação amigável, eu vou poder convidar o Jonas para assistir o jogo do aqui em casa?

_ Uh, é! A casa é sua, mãe. Convide quem quiser._ Bruno disse sorrindo.

_ Ah, meu amor! Eu quero tanto te ver feliz!

Rose o abraçou forte e beijou o seu rosto.

...

A casa estava silenciosa. A escuridão da madrugada dominava o quarto. Patrick rolava na cama, lutando contra a insônia.

Sentou sentindo a garganta seca. Para a sua decepção a garrafa sobre o criado mudo estava vazia.

Arrastou-se até a cadeira de rodas, que estava próxima à cama. Sentou, delicadamente, para não balançar a cama e não acordar Matheus.

Ao entrar na sala, se surpreendeu com a sogra sentada no sofá, olhando um álbum de fotografias.

_ Perdeu o sono, querida?

_ Oi! Perdi sim, meu bem.

_ Eu vou beber água. Você quer um copo?

_ Não. Obrigada.

Patrick foi até à cozinha e voltou para a sala, estacionando a cadeira de rodas ao lado da sogra.

_ Eu perdi o sono. Posso te fazer companhia?

_ Claro, meu amor! Olha isso.

Renata mostrou uma foto da festa de aniversário de Matheus, o tema era Flamengo. Ainda menino, estava atrás do bolo, que tinha a forma de um campo de futebol.

_ Como o tempo passa rápido! Nessa foto o meu pitico estava completando nove anos.

_ Meu príncipe sempre foi lindo!_ Patrick disse sorrindo, com os olhos brilhando.

_ Modesta parte, o meu bebê sempre foi lindo mesmo.

_ O que estranho é uma festa com a temática de futebol para o Matheus. Ele odeia esse esporte!

_ Coisa do Marquinhos! E Matheus sempre gostou muito do tio. O meu filho é muito intenso. Quando ama uma pessoa faz tudo para agradá-la.

_ O mesmo serve para quando ele odeia. Veja o caso dele com o Bruno.

_ Você não sabe o quanto lamento por isso. Pra mim é uma situação muito chata, sabe. Eu amo tanto o meu filho e o meu sobrinho. Aí fico entre eles com o coração sangrando.

_ Eu imagino. Se pelo menos eles conseguissem ficar perto um do outro sem se matarem.

_ Eu sofro muito com essa briga deles, Patrick. É só de pensar que esses dois já se amaram muito. Veja isso.

Renata mostrou muitas fotos em que Matheus e Bruno estão juntos sorrindo e abraçados.

_ Caramba! Parece impossível imaginar Bruno e Matheus amigos.

_ E já foram! Eles se amavam muito. Toda vez que Buba vinha nos visitar, Matheus ficava numa empolgação. Falava para todo mundo! Ia buscar o primo na rodoviária com abraços e beijos. E ninguém poderia falar um "ai " do Bruno, que Matheus o defendia com unhas e dentes.

_ Sério?! Gente!

_ Hoje, parece mentira! Mas, Bruno era tudo para o meu filho. Ele escrevia cada cartas bonitinhas para Bruno. Fazia cada homenagem em forma de texto! E Bruno também correspondia a esse sentimento. Toda vez que ligava para cá, a primeira pessoa que ele perguntava era pelo Matheus.

"Quando ele chegava, os dois passavam horas batendo papo. Bruninho contava os meses para chegar as férias escolares para Matheus poder viajar para visitá -lo. Ele dizia que Matheus era o irmãozinho mais novo que ele teria ter tido.

_ Caramba, Renata! Que triste que uma amizade tão bonita tenha acabado. O amor deles se transformou em ódio feroz.

_ Eu conheço o meu filho. Matheus é cabeça dura. Mas, eu sei que ele ainda ama o Bruno. E não é pouco não! Só tá magoado e não quer dar o braço a torcer. Preste atenção que enquanto Bruno não está nem aí para ele, Matheus vive esbravejando do primo.

_ Isso é verdade. Eu nunca tinha parado para pensar nisso! Faz todo sentido! E o Bruno? Você acha que ele pode, no fundo, ainda gostar do Matheus?

_ Ah, não sei não, meu anjo. Bruno já tem uma personalidade bem diferente do meu filho. Ele é mais frio. O Bruno pode ter errado com o Matheus, mas devo confessar que o meu filho o magoou muito.

"Na época, Matheus ficou com um ciúmes doentio do Jonas com o Bruno. Ele humilhou muito o Buba. O coitado sofreu muito. Matheus pegava pesado. E foi por causa disso que ele ficou com o Jonas. Porque antes ele não queria, por respeito ao Matheus. "

_ E só de pensar que eu tenho culpa nisso.

_ Você? Por quê?

_Teve um dia em que rolou um churrasco lá na casa da dona Chiquinha. O Matheus estava louco de ciúmes do Jonas e me perturbou a tarde inteira. Ele me humilhou de todas as formas possíveis. O tempo inteiro jogando na minha cara que eu era um encostado na casa, zombando das coisas que o meu pai fez comigo. Foi horrível, Renata! Ele me machucou muito naquele dia.

_ Que isso?! Eu não fazia ideia disso! Meu deus! Que maldade!

_ Foi muito duro pra mim. Ele fazia de um jeito que não tinha como reagir. Sem contar nas machucados físicos que ele provocava. Era um pisão no pé ali, uma cotovelada ali, jogou cerveja em mim, mentindo que tropeçou. Eu aguentei tudo calado porque odeio conflitos, ainda mais por respeito a dona Chiquinha. Aí, houve uma hora que a coisa ficou intensa e Matheus cuspiu em mim.

Renata pôs a mão na boca. Estava abismada e decepcionada com a atitude do filho.

_ Eu quis muito partir pra cima. Mas, não tenho a habilidade que ele tem para brigas corporais. Com certeza, perderia e feio. E Matheus sabia disso. Eu me senti tão arrasado e humilhado, que quis atingi-lo de alguma forma. Eu joguei a verdade na cara dele. Falei que o Bruno era o ex namorado do Jonas e ainda afirmei que os dois tinham um caso.

"Hoje, eu me arrependo muito, Renata. A minha atitude acabou atingindo duas pessoas que não tinham nada a ver, que eram o Bruno e o Jonas.

"Mas foi difícil pra mim. Eu chorei muito naquele dia. Eu me senti muito humilhado. A minha situação com o meu pai é algo que me machuca muito e vê Matheus zombando disso me deixava arrasado. E sem contar naquela cuspida. Aquilo me entristeceu tanto. Eu me senti um lixo. Aí depois, veio o peso na consciência por ter prejudicado o Jonas, que sempre me ajudou."

_ Oh, meu amor! Eu sinto tanto por isso. Eu não fazia ideia dessa história. Eu só tinha a versão do Matheus. Ele sempre falava de você com tanto ódio, dizia que queria de quebrar na porrada, que você ficava dando em cima do Jonas. Eu até pedia para ele se controlar, mas você sabe como ele é.

_ Eu conheço muito bem. Matheus é muito intenso. É como você disse "Ou ele ama, ou odeia", não tem meio termo. E eu já provei dos seus dois lados. Hoje, eu tenho o amor dele, que é a coisa mais incrível que aconteceu na minha vida, mas tive o ódio, e esse machuca muito.

"Na época, eu me sentia muito inferior a ele. Matheus é muito mais bonito que eu. E para completar é mais jovem. Eu era muito apaixonado pelo Jonas. Eu acreditava que o amava, mas hoje, eu conheço o amor e sei que não sentia isso pelo Jonas.

"Eu sempre me dei muito para aquela paixão. Ficava sempre ao pé da mesa, esperando alguma migalha cair. Me doava para o Jonas mesmo esse deixando claro que só queria sexo. Mas, eu tinha esperanças de que a coisa se revertece. Eu sonhava que teria uma relação sólida com ele. Mas, aí rolava o sexo, eu ia ao ápice do prazer e depois era dispensado como se fosse um consolo. Aquilo me machucava tanto.

"Até que eu soube que o Jonas tava namorando. Quando eu conheci o meu então rival, eu fiquei sem chão. Eu pensei "jamais vou poder competir com esse garoto. Ele é muito melhor do que eu." Quando eu estava diante do Matheus, eu me segurava para não chorar. Aí, acabei usando a história do Bruno para me vingar. E hoje, me arrependo, porque sei que isso dói no meu amorzinho. Eu sei que ele sofre por causa das brigas com o primo. Por mais que Matheus se esconda por trás de um muro de rancores e grosserias, no fundo ele sofre. Eu me sinto péssimo por ter contribuído para isso."

_ Você não deve se sentir assim. Não tem culpa de nada. O problema ali foi mais profundo.

_ Eu ajudei a piorar a situação. Não devia ter me metido. No outro dia, eu contei para o Matheus que menti que os dois estavam tendo um caso. Pra que fui falar? Matheus ficou furioso, dizendo que eu estava mentido para passar pano para o Jonas. Que tava estranho eu defender o "meu queridinho". Começou com esses chiliques de ciúmes que ele dá de vez às vezes. Aí, me calei para não atiçar ainda o furacão. E para piorar, ele me proibiu de tocar no assunto.

_ Eu acho que você deve esquentar a sua cabeça com isso. Deixa o passado lá trás e toca a vida para frente. A vida já está pesada demais para ti para que tenha que se preocupar com essa treta dos primos.

_ Eu gosto do Jonas, não tenho nada contra o Bruno e amo o meu marido. Não gosto de vê-los sofrer. Matheus é tudo pra mim! Eu daria a minha vida por ele. Eu quero que ele seja feliz! Quero tirar todas as dores que ele sente.

_ Eu também compartilho do mesmo desejo que você, meu anjo, mas nós não podemos! Infelizmente, não podemos impedir o sofrimento das pessoas que amamos. E o tempo cura tudo, e o futuro a Deus pertence. Muitas coisas ainda podem acontecer.

"Veja a sua história com o Matheus. Ele sempre falava de você com ódio! Xingava, dizia que queria te arrebentar de porradas, o seu nome era um palavrão pra ele. Aí, veio a vida e reverteu isso. Ele te ama de uma forma que nunca amou ninguém! Até hoje eu percebo os olhares ternos dele pra você, o quanto se preocupa, o quanto quer te proteger e quanto é feliz ao seu lado. Quem diria que aquele ódio todo se tornaria um amor tão forte e bonito?"

Patrick ouvia sorrindo.

_ A inveja que sentia do Matheus se transformou em admiração. Antes eu me sentia humilhado perto dele e hoje eu me sinto empoderado, me sinto mais forte. O Matheus desperta em mim o amor próprio, ele me faz enxergar as minhas qualidades, me impulsiona para encarar a vida mesmo sentindo medo. O seu filho é tudo pra mim, Renata! Ele me curou da minha baixa autoestima.

_ Tá vendo como as coisas mudam? Quem sabe não aconteça o mesmo entre Bruno e Matheus?

_ Que Deus te ouça! Eu rezo muito por isso.

_ Sério?! Ah, eu não tenho maturidade para a sua fofura, meu amor!

Renata segurou na face do genro e o beijou no rosto.

...

Matheus desviou os olhos da TV para observar Patrck entrando enrolado com uma toalha na cintura e os cabelos molhados.

O rostinho sério e meigo e estando semi nu despertou em Matheus o desejo de beijá-lo.

_ Eu esqueci a minha cueca lá no quarto. Você pode pegar para mim?

_ Não.

Patrick ficou espantado com a resposta fria e seca do marido. Temeu que Matheus estivesse bravo com alguma coisa.

_ Por quê?

_ Porque eu te quero peladinho. _ Matheus disse sorrindo, mordendo os lábios.

Patrick sorriu aliviado.

_ Palhaço! Pega pra mim.

Matheus puxou a cadeira de rodas para próxima de ti. Pondo as duas mãos na face do ruivo, o beijou desejoso, deixando Patrick sem fôlego.

_ Que isso, principe?!_ Patrick sentiu o seu corpo aquecer e um tremor percorrer sobre ele.

Ficou arrepiado, ao sentir a boca de Matheus em sua orelha, mordendo-a levemente e lambendo-a.

_ Eu te quero todinho pra mim._ Matheus sussurrou ao pé do ouvido do ruivo, enquanto retirava a toalha e masturbava o pênis de Patrick, que pulsava na sua mão.

Matheus foi até o quarto e voltou com uma das pílulas azuis. Patrick a abriu a boca para receber o remédio e um beijo em seguida.

Patrick pôs a mão por dentro do short poliéster preto do marido. Sentiu o pênis rígido.

Beijavam-se enquanto se tocavam.

_ Me come, amorzinho? Me come daquele jeitinho que só você sabe.

O olhar doce e o sorriso de Patrick deixaram Matheus numa volúpia intensa.

Não resistiu e puxou o seu corpo nu para o sofá, abrindo as suas pernas, se ajoelhado ficando entre elas. Ergueo-as para cima para deslizar a língua sobre aquele buraquinho rosado.

Matheus sentia o pau latejando de tesão, sentindo o cuzinho do marido piscar na sua língua, o ouvindo gemer como um gatinho manhoso. Deslizou a língua até as bolas rosadas, chupando-as, enquanto penetrava um dedo no cuzinho e com a outra mão masturbava o pênis.

Patrick estava trêmulo e molhe, totalmente entregue a Matheus. Sentia-se no paraíso.

_ Aaaaa! Que delícia! Aiii, Matheus! Me fode! Me fode com força! Me arromba todinho!

Matheus o olhou sorrindo. Subindo a boca até um dos mamilos, sem interromper a dupla masturbação.

_Assim é covardia, príncipe!_ dizia gemendo, mordendo os lábios e revirando os olhos.

O próximo alvo foi o pescoço, que recebeu vários beijinhos e chupões, ficando repleto de manchinhas roxas.

Patrick sentiu mais um dedo entrando dentro dele e a punheta ficando mais acelerada.

_ De quem é esse pescocinho?_ o ruivo se arrepiou ao ouvir Matheus sussurrar em.seu ouvido.

_ É seu, meu príncipe gostoso! É do seu, minha delícia! Tudo no meu corpo é seu!

_ Minha ruivinha gostosa! Vou te comer todinha! Meu gatinho lindo! Você é todinho meu! Minha delicinha da piroquinha e cuzinho gostoso.

O pau de Patrick melava a mão de Matheus e o cuzinho contraia em seus dedos, aumentando ainda a vontade de fodê-lo.

_ Ah, eu vou gozar, bebê!

_ Goza, vai! Dar leitinho pra mim, meu amorzinho.

Eles se olhavam carinhosamente. O loiro não resistiu ao rostinho manhoso do marido e o beijos, sentindo Patrick gozar na sua mão.

_ Caralho! Gozou muito, hein ferrujinha! Que delícia!

Patrick o beijou agradecido pelo proporcionado.

Matheus levou o dedo melado até a própria boca, chupando-o.

_ Que tesão, meu loirinho gostoso!_ disse segurando o rosto de Matheus com as duas mãos e o beijando.

Patrick sentiu o ânus sendo umificado com o próprio esperma.

_ O que você está fazendo?

_ Te deixando muito molhadinho!_ o sorriso safado de Matheus aumentou ainda mais o fogo de Patrick.

Retirou a blusa do loiro, lambendo o seu pescoço, descendo para os mamilos e chegando na barriga, beijando em volta do umbigo e penetrando a língua sobre ele.

Pôs a mão por dentro do short para sentir mais o pau pulsando.

_ Tira o meu short!_ Matheus disse, acariciando o queixo do ruivo.

Patrick não pensou duas vezes e retirou o short e a cueca de uma vez. Matheus auxiliava, levantando os pés para facilitar.

Na direção do seu rosto, Patrick sentiu o pau ereto do marido sendo esfregado no seu rosto. Matheus batia-o nas bochecas, fazendo Patrick sorrir. Em seguida, deslizou-o sobre os lábios do ruivo, que não resistiu e o engoliu de uma vez.

Subia e descia a boca no pênis, dando uma sugada na cabecinha. Matheus metia segurando na nuca do ruivo, passando pelo canto das bochechas e roçando no céu da boca. Sentia as mãos frias de Patrick nos seus quadris, o que o fazia meter ainda mais, erguendo a cabeça e revirando os olhos.

Patrick não entendeu quando Matheus retirou o pau da sua boca, indo para o quarto.

_ O que você está fazendo?_ perguntou curioso.

Matheus voltou com o lubrificante, fazendo Patrick sorrir com o canto da boca.

_ Vamos botar essa bundinha gostosa pra rolo?

_ Safado!_ Patrick disse mordendo os lábios.

Sentiu sendo posto de joelhos no sofá, apoiando o corpo nas costas do móvel.

As costas branca, a cintura fina e a bundinha branca e lisinha fizeram Matheus pirar de tesão.

Enquanto passava o lubrificante, dedilhando o cuzinho, o loiro mordia e beijava as costas do marido, fazendo ele gemer.

Antes de penetrar, deu uma pincelada com pau melhado no reguinho e na entradinha.

Patrick sentiu uma pressão o invadindo por dentro. Matheus estava duro, o que provocou uma leve gostosa dorzinha.

O loiro metia carinhosamente, dando vários beijinhos pelo rosto, o abraçando.

_ Mete com força, príncipe! Me estoura todinho!

_ Safadinho!_ Matheus disse dando um tapa na bunda de Patrick, se esquecendo que ele não sentia. No entanto, o barulho da mão de Matheus na sua nádega o seu tesão.

Assim como Patrick havia pedido, Matheus aumentou as estocadas o mais forte que podia. Aminava-se sentindo o pau sendo contraído. O calor do ânus de Patrick fazia o seu pau arder, o animando a meter ainda mais.

_ Isso, caralho! Mete com força, meu homem! Arromba esse cuzinho, que é todinho seu! Me fode porra!

_ Eu te amo!

_ Eu também te amo, príncipe!

Patrick virou a cabeça para trás para beijá-lo. Seus corpos estavam molhados de suor.

O impacto da força do movimento dos seus corpos provocou a quebra do sofá, deixando os dois assustados.

_ Caramba! Quebrou o sofá da sua mãe!

_ A culpa foi sua por ser tão gostoso! Me fez perder a linha!_ Matheus disse sorrindo, sem parar de meter.

_ Ai, meu deus! E agora?

Matheus puxou os seus cabelos para trás e o beijou sem se importar com a quebra do sofá.

Gozou desfrutando dos beijos de Patrick e do calor do seu corpo.

Retirou o pau do cu do marido, virou-o de frente, encaixando as pernas na sua cintura, levando -o para o outro sofá, o pondo sentado em seu colo.

Patrick envolveu os braços no pescoço de Matheus. Olhava-o assustado pela quebra do sofá.

_ Amor, o que a gente vai dizer para a sua mãe?

Matheus sorria, expressando satisfação.

_ Você não tá nem aí, né Matheus? E agora?

_ O que eu vou fazer?_ Matheus disse sorrindo, beijando Patrick.

_ A gente vai ter que dizer alguma coisa pra ela.

_ Vou dizer "mãe, eu comi o Patrick no sofá , mas a bicha é tão gostosa, que me empolgou e me fez quebrar o sofá. "_ Matheus gargalhava.

_ Eu não sei como você consegue rir. Eu aqui morrendo de preocupação e vergonha.

_ Relaxa, ferrujinha! A minha mãe já tava querendo trocar o sofá mesmo.

_ Mas não é justo!

Matheus beijava os ombros do marido, entrelaçando os dedos entre os seus cabelos.

_ Meu amor, eu vou aproveitar que a minha mãe só chega na terça-feira, vou à uma loja, compro um sofá novo com o cartão de crédito, parcelo em "mil" vezes. Jogo este fora e quando ela chegar, digo que decidir fazer uma surpresa a presenteando com um sofá novo. Ela nem vai precisar saber que..._ Matheus para rir_ que quebramos o sofá.

_ Será que isso vai dar certo? Ela pode ficar chateada de trocarmos o sofá sem dizer nada a ela.

_ Você quer contar a verdade?

_ Claro que não! E para de rir! A minha aposentadoria vai sair daqui a alguns dias, eu vou te ajudar a pagar o sofá.

_ Não vai nada. Eu dou conta. Guarde o seu dinheiro para você.

_ Matheus, nós somos um casal! Eu tenho que te ajudar! Até quando você vai ficar com essa mania de querer carregar tudo nas costas sozinho?

_ Então, delicinha, a gente podia aproveitar que vamos comprar um novo jogo de sofá e quebrar este aqui também.

_ Não adianta mudar de assunto! Eu vou te ajudar a pagar e ponto final.

_ Hum! Adoro quando você fica assim, todo poderoso! Me dar um tesão!

_ Matheus!

_ Ah, tá bom, Patrick! Você vai me ajudar a pagar a porra do sofá! Agora cala a boca e me beija, delicinha!

Com uma das mãos Matheus segurava na sua face e a outra acariciava a bunda. Seus sexos se roçavam enquanto se beijavam, acendendo novamente a chama do desejo.

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