Minha preocupação se transformou em pavor quando vi que o homem que se aproximava de minha esposa era o Negão, Nguvu ! Então era tudo combinado: a “colega de trabalho” que havia me dado os ingressos para a peça de Teatro devia fazer parte da tal Ordem ou Irmandade. E talvez a tal Iniciação fosse acontecer ali mesmo, já que o Teatro havia sido inaugurado com uma cerimônia esotérica, o que, de certa forma , o transformara em um Templo Místico. Os grandalhões ao meu lado não se moviam de seus postos, o que me dificultava a tentativa de me soltar das cordas.
O Negão chegou bem perto de Claudia , que ainda estava em pleno orgasmo, tremendo inteira, e colou seu corpão no dela, abraçando-a.
- Hmmmmm...
O contato com a pele dele fez com que ela tivesse mais um orgasmo, e o tesão aumentou ainda mais quando ele apertou com força as nádegas dela, levando o seu dedo enorme à entrada do cuzinho dela.
- N....N...Nguvu! gemeu ela, em meio aos espasmos do seu gozo.
Eu mesmo, minha gostosa. Eu sabia que iríamos nos encontrar outra vez !
Ele, com habilidade, manipulou o clitóris dela, prolongando seu orgasmo. Ela gemia, suava e suspirava. A névoa dourada, que até então não havia aparecido, talvez pelo medo que ela estava sentindo, surgiu resplandecente, arrancando “OOHs” e “AAHs” de todas as pessoas presentes, mesmo as entorpecidas pelo “LÉTHÊ”.
Enquanto todos estavam com os olhos fixos no palco, fui forçando as cordas, tentando aumentar o pequeno espaço que conseguira deixar ao contrair meus músculos enquanto estava sendo amarrado. O problema seria, caso eu conseguisse me soltar, enfrentar os dois grandalhões que estavam do meu lado.
Nguvu continuava atiçando o fogo de minha esposa. Pressionava os pontos do prazer com uma mão, enquanto acariciava a bucetinha e o cuzinho dela com a outra. Claudia tremia sem parar, tendo um orgasmo atrás do outro.
Então, ouvimos um som de gongo, e Nguvu, que trajava um manto de monge com capuz, retirou-o , ficando inteiramente pelado. O caralhão dele estava parcialmente duro.
As duas mulheres nuas começaram a fazer o mesmo que fizeram com Claudia, passando o óleo no corpo do Negão, fazendo sua pele negra reluzir com os tons avermelhados da iluminação. Deram especial atenção ao membro viril, que cresceu ainda mais, ficando completamente duro. Passaram bastante óleo, deixando claro o que iria acontecer a seguir: ele ia penetrar a bucetinha ou o cuzinho dela!
Uma música de tambores passou a tocar, e Nguvu começou a dançar, uma coreografia muito bem ensaiada, com passos rituais alternados com movimentos de danças primitivas. Ele esfregava o corpo nela, que continuava em transe orgásmico. Quando se esfregava, ele também esfregava o caralhão na entrada da bucetinha e do cuzinho de Claudia. Eu continuava esperando que as faíscas elétricas surgissem, derrubando o cara e, adicionalmente, torrassem aquele caralhão, para ele ver o que era bom. Mas não estava acontecendo.
Os minutos escorriam lentamente, enquanto a dança aumentava em intensidade, bem como a névoa dourada, que rodopiava em espiral, subindo até o teto. Claudia se contorcia e tremia toda, naquele orgasmo interminável. A plateia estava totalmente hipnotizada com aquela cena. Várias pessoas começaram a se masturbar, homens e mulheres, totalmente envoltos pelo clima sexual. Alguns passaram a fazer sexo no chão e nas cadeiras.
Então, os tambores cessaram.
A Bela Dama pegou, na mesinha, uma coleira dourada, esta com uma argola e corrente, e uma tornozeleira grossa, também dourada. Bem diferentes dos itens que ela havia recebido na Pousada. E lembrei que o Sr. Steimer havia dito que as mulheres que tinham essa coleira com argola deveriam se submeter totalmente a quem colocasse a corrente nela, incluindo sexo de todas as maneiras que fossem determinadas.
Ela se aproximou de Claudia e colocou a coleira no pescoço dela, depois a tornozeleira. Claudia, ainda em estado orgásmico, apenas gemeu e suspirou.
- Agora você está pronta para receber o membro viril do Adepto.
Nguvu se posicionou atrás de minha esposa, e a ergueu facilmente com as mãos, as correntes dos pés se esticaram. Ele encostou a cabeçorra do seu caralho na entrada do cuzinho dela, que também já estava lubrificado com o óleo. Percebi uma luminosidade, como uma faísca elétrica, subir pelas correntes, mas o Negão nem se abalou.
Eu estava quase conseguindo soltar uma das mãos.
Nisso, o grandalhão do meu lado direito virou a cabeça e me encarou.
- O que você está tentando fazer?
Nesse momento, eu entrei em desespero. Eu desejei com todas as forças, com todo meu ser, que aquilo parasse, que tudo parasse ! Se Claudia algum dia quisesse, por livre e espontânea vontade, ter sexo com penetração com alguém, eu permitiria, mas não daquele jeito, à força, após termos sido enganados para ir ao que seria apenas uma peça de teatro. E esse lance da coleira, que a transformaria em uma escrava sexual , já era demais.
Então, senti como se uma explosão acontecesse dentro do meu cérebro.
Novamente, aconteceu como na outra vez. Um turbilhão de imagens na minha cabeça, como um filme passando em alta velocidade.
E foi aí que aconteceu.
Ou melhor, não aconteceu. Olhei para o homem ao meu lado. Ele me encarava, com a boca aberta. Parecia completamente paralisado. Terminei de soltar minha mão, em seguida soltei a outra mão e os pés. O grandalhão nem se mexeu, era como se estivesse totalmente congelado.
Foi aí que percebi que não era só o homem que estava paralisado. Tudo ao meu redor estava parado. Como um filme onde você aperta o botão de “PAUSE”. Pessoas nas mais variadas posições, completamente estáticas.
E, no palco... Nguvu, segurando Claudia, ainda na mesma posição, o caralhão dele prestes a entrar no cuzinho dela. Os olhos bem abertos, exprimindo todo o seu desejo sexual. Não pensei duas vezes: Corri até o palco, afinal não sabia quanto tempo isso iria durar. Eu nem sabia se eram as pessoas que estavam paralisadas, ou o tempo é que havia parado. Outra explicação poderia ser que eu estivesse me movendo tão rápido que o tempo pareceria ter parado. Mas isso não importava. As chaves dos grilhões estavam em cima da mesinha perto da Dama. Peguei-as rapidamente, soltei Claudia dos grilhões e a puxei para a frente, amparando-a. Assim que a segurei, ela se mexeu e falou:
- Querido! Você se soltou! Mas...o que aconteceu?
Claudia ainda estava molinha, tive que continuar segurando seu corpo.
- Vai ser difícil explicar, mas todos estão parados! É a nossa chance de escapar daqui! Tive uma ideia, mas você tem que ficar bem quietinha aqui, sentada. Se alguém se mexer, saia correndo. Sei que você está exausta, mas procure fazer isso.
- Não é melhor a gente ir embora direto?
- Não, querida. Preciso fazer isto.
Enquanto ela falava, eu já estava com o frasco de líquido “Léthê”, colocando nas bocas da “bela Dama”, de Nguvu e de todos os que eu pude. Em seguida, e com cuidado, coloquei os grilhões nos pés e mãos do Negão, rezando para que ele não se movesse. Logo depois, amarrei os dois grandalhões na cadeira onde eles haviam me amarrado, também colocando o líquido em suas bocas.
Assim que fiz isso, peguei Claudia e a ajudei a sair do Teatro. Ela estava nua, seu vestido havia sido rasgado lá dentro. Ela estava cambaleando, ainda torporosa depois de tantos orgasmos. Conseguimos sair e fomos em direção à rua onde eu havia estacionado o carro.
Fora do teatro, parecia tudo normal, as pessoas andando normalmente. Parece que o efeito de “parar o tempo” havia sido limitado àquele lugar. Corremos até nosso carro. Algumas pessoas viram que Claudia estava nua, ficaram olhando e apontando em nossa direção, mas entramos logo no veículo e saímos dali.
Claudia estava impressionada.
- Amor, mas o que foi tudo aquilo?
Expliquei a ela, enquanto dirigia, que parte da energia dela havia entrado em mim durante a massagem, que eu havia sentido várias sensações estranhas, e que, na hora do desespero, tudo parou.
- Nossa, que legal!!! E será que eu, com minha energia, posso fazer algo assim também?
- Não sei, meu amor, não sei. Só sei que, se não fosse isso, aquele Negão teria penetrado seu cuzinho com aquele caralhão.
- Ah isso não!! E por que é que não deu choque, como foi com o Walter?
- Talvez as correntes de metal tenham desviado a descarga elétrica...ou talvez você estivesse querendo, aí não saiu a faísca.
- Claro que não!! Epa!! Acho que foram as correntes mesmo.
- Ahã...tá. Você estava no meio de um monte de orgasmos, seria natural.
- Bom, não aconteceu. Você me salvou. Mas e agora? Será que vão vir atrás da gente?
- Eu espero que não. Pelo que aquela mulher falou, o tal líquido faria as pessoas esquecerem o que aconteceu nessa noite.
- Tipo o “Boa Noite Cinderela”?
- É, talvez seja uma droga desse tipo. Se funcionar, saberemos. Porque certamente a minha “colega de trabalho” vai se entregar, quando eu disser que não pudemos ir ver a peça. Eu guardei os ingressos no bolso e vou devolver a ela.
- Que bom que você pensou em tudo, amor!
- Espero que tenha mesmo, senão teremos encrenca pela frente.
CONTINUA