CONTINUA
Para começar a programação da festa, uma bela moça, inteiramente nua, tocou música celta em uma harpa. Músicas muito antigas, do século XVII. Ela era muito habilidosa, os belos sons criaram um clima agradável no ambiente.
- Que lindo! Parece que a música consegue nos transportar a outro tempo , disse minha esposa.
- Realmente! Nas condições apropriadas, creio que isso seria mesmo possível.
A moça tocou mais algumas músicas, depois saiu, e a apresentadora anunciou o próximo número. Um casal , com o homem vestido e a mulher, obviamente pelada, entraram, e um tango sensual começou a tocar. Os passos de dança eram precisos, e os movimentos bem ensaiados, as mãos do homem seguravam nas nádegas da mulher, nos seios, as carícias eram intensas durante a dança. O clima no salão começou a esquentar. A dança evoluiu com passos cada vez mais eróticos, até culminar com a mulher nua no colo do homem, que a levou assim para fora do palco, sob aplausos calorosos.
O número seguinte foi também de dança, porém com duas moças nuas. A música era o “Bolero de Ravel”, conhecida por sua sensualidade. E elas não deixaram por menos, a sensualidade e eroticismo eram evidentes nos movimentos da dança, entremeados com beijos ardentes e carícias cada vez mais ousadas. A dança culminou com um “sessenta e nove” onde elas se beijaram e lamberam até gozar intensamente em público.
Claudia assistia a isso extasiada, com um tesão crescente. Notei que, discretamente, o Sr. Rimster a acariciava de leve nos seios , no rosto, na bundinha e nas pernas. Ela ficava arrepiada com isso. Eu também a acariciava, e ela levava a mão para sentir o meu cacete duro dentro da calça.
As moças relaxaram por alguns momentos após os orgasmos, depois deixaram o palco.
Em seguida, houve uma apresentação de “Shibari”. Um mestre japonês entrou e foi explicando, enquanto ao fundo tocava uma música oriental, como era a técnica de amarração com cordas especiais. A plateia assistiu, curiosa. Ele explicou que, para ele, o nome correto seria “Kinbaku-bi”, mas que no Ocidente o nome que se popularizou foi Shibari.
Então ele olhou para as mesas, perguntando se alguma das moças presentes seria voluntária para ser amarrada por ele, sobre uma mesa que havia sido posta no palco, para demonstrar a técnica ao vivo. Claudia parecia interessada, mas ficou quieta, estava indecisa. Rimster, então, a tomou pela mão e fez com que se levantasse, e a conduziu lentamente até o palco, sob aplausos.
Aí me veio à mente aquilo que João, nosso jardineiro, havia dito...que “colocavam um tipo de feitiço nas pessoas e elas obedeciam”... mas aqui era um Clube, não uma Irmandade ou Ordem. Ou seria Rimster um “adepto”, que, com carícias nos lugares certos e uma fala mansa, conseguia induzir alguém a fazer o que ele quisesse? Não, creio que não. Claudia gostava de se exibir, e essa seria uma oportunidade.
O mestre japonês cumprimentou minha esposa, fez uma reverência, foi explicando a ela em que posição deveria ficar, dizendo que deveria retirar a gargantilha, a tornozeleira e os plugs, ele deveria estar inteiramente nua, o que foi feito. Esses itens me foram entregues, guardei nos meus bolsos. Então ele começou a amarrar as cordas e fazer os nós. Rimster voltou a se sentar à mesa comigo .
- Você vai ver, meu amigo, ela vai ficar belíssima toda amarrada!
Os laços e nós se sucediam, e Claudia se submetia dócil e passivamente, curiosa e excitada. Ao final, ela estava deitada sobre a mesa, com os braços amarrados atrás do pescoço, as pernas abertas e dobradas, com os seios, a bucetinha e o cuzinho totalmente expostos na direção do público. Quando ele terminou, houve aplausos. Ele pediu que Claudia relaxasse totalmente o corpo e deixasse a mente voar livre, porque um dos efeitos de imobilizar o corpo seria para permitir que ela atingisse um estado alterado de consciência. Foi o que ela fez, e logo em seguida entrou em uma espécie de transe, o olhar fixo no vazio.
Após alguns momentos, alguns dos presentes, excitados com aquela visão, subiram ao palco e passaram a acariciar minha esposa, imobilizada pelas cordas. Passavam as mãos nos seios, nas axilas, no ventre, e, claro, na bucetinha e no cuzinho dela. Um deles começou a manipular o clitóris dela, arrancando suspiros e gemidos, enquanto outro beijava e lambia os seios , outro as axilas, um lambia os pezinhos dela, e um outro acariciava e enfiava o dedo no cuzinho de Claudia, que agora estremecia inteira. Rimster foi até ela e passou a beijar sua boca, ela correspondeu com a língua, tamanha a sua excitação.
Logo ela teve um orgasmo muito intenso, seu corpo tremeu inteiro, o que incentivou os homens a continuarem com as carícias, lambidas e beijos. A névoa dourada era visível para mim, mas os outros estavam interessados apenas em aproveitar, aparentemente..
Então, um deles teve a infeliz ideia de colocar o cacete duro para fora e tentar penetrar a bucetinha dela. As luzes do salão piscaram, e uma descarga de energia elétrica atingiu o membro do homem, que foi projetado para trás, caindo fora do palco e machucando o rosto na quina de uma das mesas. A reação da plateia foi imediata, um “OOOOOH!!!” geral, quem estava perto dela se afastou, incluindo Rimster. Corri até ela, que ainda estava em êxtase orgásmico, e pedi ao mestre que me ajudasse a desamarrá-la. Ele disse que isso deveria ser feito lentamente, para não machucar a pele ou outra parte do corpo dela ou despertá-la abruptamente do transe em que se encontrava..
Fomos fazendo isso , enquanto muitos olhavam assustados, outros curiosos. O homem que se machucou foi levado por um dos garçons para outra ala, para ser medicado.
Terminamos de desamarrá-la, e ela relaxou sobre a mesa. Após alguns instantes, abriu os olhos.
- O que aconteceu? Acho que alguém tentou alguma coisa, e senti uma energia saindo.
- Foi isso mesmo. Uma má ideia daquele cara.
Rimster se aproximou de mim e sussurrou ao meu ouvido:
- Então é energia mesmo. Energia sexual em alta intensidade!
- E, como o Sr. viu, pode ser perigosa! Respondi.
Peguei minha esposa no colo, e a levei até um sofá que havia na lateral do salão, junto às cortinas.
- Já volto, querida, vou só pegar algo para você beber, ali na nossa mesa.
Fui pegar uma garrafinha de água. Ao chegar na nossa mesa, só então reparei que havia uma plaquinha onde estava escrito:
“RESERVADO PARA O SR. E. RIMSTER”
- E. Rimster! Pensei comigo mesmo: Mais um anagrama para...Meister!
Como ele estava com uma máscara que cobria a maior parte de seu rosto, não daria mesmo para reconhecê-lo.
Quando cheguei ao sofá, Claudia já estava sentada.
- Já estou melhor, amor. Só meio fraquinha pelos orgasmos.
Entreguei a ela a garrafinha, ela tomou alguns goles. Também tomei um pouco. Não era água, e sim uma bebida de cor dourada, de sabor agradável, refrescante.
Quando olhamos para o palco, o mestre japonês já havia saído, e a apresentadora anunciou um show de strip-tease, uma moça muito bela entrou, usando um chapéu clássico e um vestido longo, que foi lentamente retirando ao som de “You Can Leave Your Hat On” de Joe Cocker, tendo por baixo uma lingerie sensual, que seria retirada bem lentamente.
Mas não prestei muita atenção ao resto da performance. O Sr. E. Rimster se aproximou de nós e falou:
- Temos uma cerimônia especial para vocês, estou certo que apreciarão.
Nisso, um Negão enorme e musculoso, com uma máscara que cobria todo o seu rosto, vestido a rigor, veio até o sofá. Esse eu reconheci imediatamente, só podia ser o Nguvu!! Mas achei melhor não criar confusão nesse momento, o local tinha vários seguranças, e eu realmente não sabia onde a Mansão ficava. Parar tudo e fugir em um carro roubado não me parecia uma boa ideia, pelo menos no momento.
- Permitam-me, senhores...ele, delicadamente, pegou Claudia no colo, segurando suas costas com uma das mãozonas, e a bunda com a outra.
Ela, ainda molinha, falou:
- Nguvu...você por aqui? E já vem com a mão boba, seu safado.
Ele não falou nada. Lentamente, caminhou com ela entre as mesas, sob os olhares de todos os convidados. Novamente, sobraram elogios e carícias o corpo de Claudia. E, claro, os murmúrios a respeito da névoa e da descarga elétrica. Eu e Rimster ( Meister?) seguimos atrás. Fomos até o outro lado do Salão, e foi aberta uma porta que dava em um ambiente quase que totalmente escuro. E isso parecia ter sido proposital, porque a névoa dourada que envolvia minha esposa apareceu nitidamente na escuridão.
- A Dama Luminosa...
- Como se já não tivessem visto antes, pensei comigo mesmo.
Nguvu a levou até o que me pareceu ser o centro deste salão, e cuidadosamente a colocou em pé, claro que aproveitando para passar as mãos nos seios e nas nádegas dela.
- Olha a mão boba, Negão... mas ela sorriu.
Aí, aconteceu como se fosse no Teatro. Os pulsos dela foram presos a correntes que pendiam do teto, ligadas a pulseiras , e os tornozelos em grilhões, todos forrados de veludo macio.
- Não se preocupe, suas mãos e pés não ficarão machucados, disse Rimster. Você vai sentir muito prazer.
Ela não reclamou, parecia aceitar passivamente aquilo. Foi então que percebi: a garrafinha da qual bebemos deveria ter algum tipo de droga! Senti um certo torpor, não era desagradável, mas a vontade de reagir e sair dali praticamente sumiu. Procurei me controlar, eu tinha que estar desperto o suficiente caso alguma coisa grave fosse acontecer.
CONTINUA