Meister esteve impressionado com o que havia acontecido, mas conseguiu dar a volta por cima ao dizer que Claudia era uma Deusa, e não deveria estar acorrentada, por isso os “Mestres do Caos” a tinham libertado. Claro que era pura balela, pois eu é que havia aberto os grilhões. Mas deixei como estava.
Com toda a certeza, ele havia sugado uma grande quantidade de energia de minha esposa, e eu não fazia ideia de que tipo de poder ele poderia ter. Eu já suspeitava daquele lance de alterar a realidade, então poderia ser perigoso confrontá-lo, ainda mais com tanta gente em volta. Meister parecia ainda um pouco confuso, mas tinha raciocínio rápido e , dirigindo-se aos presentes, falou:
- Creio que a cerimônia foi mais do que satisfatória. Podem retornar ao Salão Principal.
Estávamos acompanhando os outros, mas ele segurou nossos braços, sussurrando:
- Não vocês. Eu não estou bem certo do que realmente aconteceu aqui, mas vocês são muito mais do que aparentam, se eu não conhecesse as várias Ordens e Irmandades, diria que vocês não são simples Neófitos.
- Mas eu nem sei o que essa palavra significa, disse Claudia, e nem tenho intenção de fazer nenhuma Iniciação ou fazer parte de Ordem alguma.
Eu interferi:
- Pensei que isto fosse apenas um Clube Secreto de Sexo, mas você falou em Ordens e Irmandades. Justamente um assunto que estávamos tentando esquecer.
Ele tirou a máscara e nos olhou com um ar bem sério.
- Deixem de rodeios. Vocês sabiam muito bem quem eu era, e não é de agora. E Nguvu é inconfundível.
- Sr. Steimer! O senhor por aqui! Disse Claudia, com ar de surpresa.
- Pode me chamar de Meister mesmo. Eu costumo usar anagramas do meu nome em diferentes ocasiões. Mas eu estou interessado em realmente saber quem vocês são.
- Somos nós mesmos, um casal comum.
- Casal comum? Longe disso! A energia que vocês dois têm, não apenas Claudia, está muito acima da média da humanidade.
- E não temos ideia de como isso veio a acontecer. Sério.
- Impossível.
Para não aumentar o clima, que estava se tornando desagradável, eu argumentei:
- Olha, pode ser a Pousada. Antes de irmos lá, tudo era perfeitamente comum e normal em nossas vidas. Depois é que começou todo esse lance de energia, névoa e tudo o mais.
- Vocês têm certeza absoluta?
- Eu tenho, disse minha esposa. Foi lá que isso apareceu. Talvez seja a energia do lugar, não minha. Eu sou uma mulher comum.
Meister nos olhou longamente. Claudia ainda tinha aquele brilho dourado ao redor dela. Depois, ele ficou pensando por alguns momentos.
- Talvez. Pode ser. Podem ir ao Salão, depois pedirei que levem vocês de volta para sua casa.
- É mesmo, seu motorista nos trouxe.
Fomos até o salão, agora os convidados estavam jogando com algum tipo de baralho erótico na mesas. Várias mulheres já estavam nuas, os homens entretidos em atividades como lamber, chupar, morder as várias partes delas. E alguns já fazendo sexo nos sofás. Nós, no entanto, só pensávamos em voltar para casa, já que o tal Clube Secreto era apenas mais uma fachada para a tal Irmandade.
Nguvu se aproximou, ainda peladão, e beijou a nuca de minha esposa.
- Você não sossega mesmo, né Negão?
- Agora há pouco você beijou meu cacete e mordeu minha bunda, minha gostosa. Podemos continuar, tem um sofá vago logo ali. E já foi apertando as nádegas dela, enquanto beijava a orelha.
- Ah não, Nguvu, aquela chupada no cuzinho me deixou sem energia. Estou mesmo é a fim de voltara para casa.
- Então está bem, vou pegar um carro para levar vocês.
Esperamos alguns minutos. Nesse meio tempo, um garçom trouxe bebidas para nós, todo aquele agito havia dado sede. Bebemos, e conversamos.
- Amor, precisamos deixar claro para o Meister que não estamos a fim da tal Iniciação. Pelo menos por enquanto.
- Querida, achei que você havia decidido não perticipar mais de rituais e coisas assim.
- Pois é...mas o “Clube Secreto” faz parte disso. E a primeira vez foi bem legal. Será que o Meister não pode deixar a gente ficar só na parte física mesmo, o tal “Círculo Externo”?
- Ele não vai topar, ele quer sugar sua energia. E sabe lá qual é o limite para isso.
- Tem razão. Talvez existam outros clubes onde seja só sexo. Sem penetração, claro.
Nisso, chegou Nguvu, já vestido, e nos pediu para acompanhá-lo até o automóvel. Fomos até lá, e Claudia perguntou:
- É você que vai nos levar? Hmmm...nem pense que vou deixar você entrar em casa para “continuar”.
- Não se preocupe, disse ele rindo.
Entramos no carro, e ele nos fez colocar novamente as vendas ( no entanto, eu já tinha uma ideia relativamente boa da localização da mansão). Ficamos no bando de trás, Nguvu foi na frente, dirigindo. O veículo andou um pouco, e Claudia se lembrou que continuava completamente nua.
- Epa, e meu vestido?
Nguvu respondeu:
- Não se preocupe, certamente alguém vai entregar depois em sua casa.
- Amor, tô com muito sono, acho que vou dormir.
Ela colocou a cabeça no meu colo e dormiu quase imediatamente. Eu também estava com muito sono, e lembrei que as bebidas podiam conter algum sonífero. Mas o que poderia acontecer?
Obviamente, o pior. Adormeci também.
Quando abri os olhos, não estávamos em frente à nossa casa. E, pelo jeito, apagamos por bem mais que alguns minutos. Eu estava pelado, em cima de uma mesa dessas que são usadas para massagens, e havia uma moça terminando de raspar todos os pelos do meu corpo com uma lâmina. Inclusive os pentelhos em volta do cacete e das minhas bolas. Claudia não estava ali.
- Epa, o que é isso???
CONTINUA