Uma carona inesperada ㅡ Cap 3

Um conto erótico de LuCley.
Categoria: Gay
Contém 2718 palavras
Data: 27/08/2021 10:45:27
Assuntos: Gay, Homossexual

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Eu estava há mais de 700 km de casa, já fazia quinze dias, pernoitando cada cidadezinha por onde eu passava.

Enquanto dirigia, fiquei recordando das festas de final de ano que passei em familia e de nossa despedida emocionante.

Meu coração apertou de uma forma, que jamais imaginei que seria possível. Pensei que seria mais fácil, mas me enganei completamente.

Deixar o ninho não é tão simples assim, ainda mais da forma como eu o fiz.

Antes de entrar no motor home, meu tio e eu ficamos a sós por um tempo ㅡ longe dos olhares atentos de meu avós ㅡ para que ele pudesse me dar o sermão que tanto queria.

Me alertou sobre os perigos da estrada, com animais na pista e o fato de eu encontrar pelo caminho pessoas dispostas a me ajudar, mas também dispostas a me passarem a perna, ainda mais por eu estar sozinho.

Ele ainda me fez prometer que se eu fosse assaltado, jamais reagiria e para eu me esforçar ao máximo para que esse tipo de situação não acontecesse, evitando ficar em lugares com pouco movimento.

Obviamente também não deixou de me aconselhar sobre os possíveis relacionamentos que eu teria durante minha incrível jornada.

ㅡ Não sei se você sabe, mas eu sou virgem. ㅡ Disse e ele me olhava incrédulo.

ㅡ Pensei que já...bom, mas você nunca ficou com nenhum garoto?

ㅡ Sim, mas só beijei e uma pegação. Nunca comi ou dei pra nenhum deles, mas já rolou uns boquetes.

ㅡ Okay, tá legal, não precisa me contar detalhes da tua vida sexual. Dispenso saber de tudo. ㅡ Comecei a rir e ele me abraçou.

ㅡ Estou rindo, mas é de nervoso e vergonha. Sei nem se algum dia vou conseguir transar com um cara. Acho que vou travar.

ㅡ Vai nada! Uma hora vai acontecer e não se esqueça de usar camisinha. Está me ouvindo??

ㅡ Claro que vou usar, pode deixar. Acho que está na hora de eu ir, tio. Já disse que te amo, hoje? ㅡ Ele tinha lágrimas nos olhos e as sequei.

ㅡ Umas trinta vezes! Fique longe de confusão e não dirige a noite. Pense que estará desobedecendo sua vó. ㅡ Mais chantagista impossível.

ㅡ Eu prometo não fazer nenhuma besteira.

ㅡ Acho bom!

Nos despedimos e meus avós me olhavam com aqueles olhos de piedade. Quase desisti, mas entrei na Lata Velha e botei o pé na estrada.

Eu estava me sentindo um pouco cansado. Queria parar em algum posto de gasolina e comer alguma coisa; estava morrendo de fome.

Dirigi mais uns vinte quilômetros e avistei um posto com um restaurante ao lado e ali mesmo estacionei.

Dei uma ajeitada no meu cabelo e fui primeiro em direção ao restaurante.

Já passava das 15hrs, queria muito comer comida de verdade e por sorte ainda estavam servindo.

Avistei uma mesa num canto e assim que me sentei, vieram me atender.

Uma garçonete muito simpática me trouxe o cardápio e também me sugeriu o buffet.

Perguntei se tinha como ela arrumar uma marmita pra eu levar pra viagem e disse que era só eu avisar, antes de partir, que ela mesmo arrumaria. Agradeci a gentileza e fui me servir.

Eu saboreava meu almoço, quando vi entrar um homem alto e de boa aparência.

Confesso que o tal cara me chamou muito a atenção. Ele olhou em minha direção, acenou com a cabeça e retribuí com um meio sorriso.

Na minha cabeça, eu estava imaginando uma noite tórrida de amor com aquele cara em cima de mim, me dominando e suando sobre meu corpo nu, me cobrindo por inteiro e eu delirando de prazer, quando de repente, uma voz rouca me chamou e ergui os olhos saindo de um transe maravilhoso para me deparar com a visão daquele deus grego bem a minha frente.

Tremi na base e tentando não demostrar nervosismo, o cumprimentei e ele perguntou se poderia se sentar comigo, pois ele odiava comer sozinho.

Obviamente lhe ofereci assento e entre uma garfada e outra, começamos a conversar sobre nossas vidas.

Ele achou um máximo eu me aventurar pelo nosso país e admirou eu fazendo isso sendo tão jovem.

Perguntou se eu tinha um destino programando e disse que iria para a cidade de São Sebastião.

ㅡ Eu vou carregar a soja um pouco depois de São Sebastião, se você quiser ir me seguindo, cola em mim. ㅡ Ele disse e agradeci a oferta.

ㅡ Acho que é uma boa ideia, pelo menos posso te pedir ajuda se acontecer de furar um pneu, sei lá. Nunca se sabe.

ㅡ Claro! Cola em mim que é sucesso, rapaz! A gente se ajuda. A vida nas estradas é muito difícil às vezes, mas tem muita camaradagem. Se é que me entende?! ㅡ Ele deu uma piscadela e um sorrisinho malandro que me fez arrepiar a espinha.

O cara tinha bom papo, era simpático e divertido. Tínhamos ainda uns cento e vinte quilômetros até São Sebastião e ele acabou me convencendo de que seria uma boa ideia segui-lo até lá.

Eu realmente estava encantado com o Fernando, mas uma coisa não saia da minha cabeça: eu não o conhecia e era melhor tomar cuidado, para o caso dele querer me passar a perna.

Almoçamos e, como ele estava com o caminhão estacionando a poucos metros do motor home, pegamos duas cadeiras e ficamos de papo no estacionamento só esperando a comida baixar um pouco.

Ficamos mais de uma hora conversando e descobri que ele era filho de um cliente da loja da minha família e morávamos na mesmo cidade.

Quando eu disse que a loja era minha, ele perguntou se meu tio ainda estava solteiro. Fiquei meio encabulado e perguntei o porquê do interesse.

ㅡ Eu tinha uma queda pelo seu tio, todas as vezes que ia na loja, mas nunca tive coragem de chegar nele. Caramba, eu acho que acabei falando demais. ㅡ Ele achou que eu não sabia sobre a sexualidade do meu tio.

ㅡ Não se preocupe, não existe segredos entre meu tio e eu. Mas agora ele está namorando. ㅡ Ele se sentiu aliviado por não ter tirado meu tio do armário.

ㅡ E você, não namora? Um rapaz bonito assim...ㅡ Fiquei com um pouco de vergonha, mas resolvi ir na dele.

ㅡ Sou solteiro e muito obrigado pelo elogio, você também é um cara muito bonito. Nunca namorei, pra falar a verdade, mas tô aí, quem quiser me namorar é só chegar. ㅡ Disse rindo e ele puxou a cadeira para mais perto de onde eu estava.

Nosso papo estava ficando cada vez mais interessante, pois com a maior naturalidade do mundo, ele disse que era bissexual e me senti seguro em dizer a ele que, assim como meu tio, eu também era gay, mas meus avós ainda não sabiam.

Ele disse que a pouco mais de 3 meses, acabara de terminar um relacionamento de 1 ano com uma mulher e que gostava muito dela, mas não a ponto de casar, pois esse tipo de relação, ele só conseguia imaginar se fosse com algum homem.

Pelo menos foi honesto em deixar a tal mulher seguir seu caminho e não ficar segurando ela em um relacionamento sem futuro.

Depois de descansarmos e conversar por um bom tempo, pegamos estrada novamente e chegamos quase anoitecendo em São Sebastião.

Estacionamos em um posto de combustível e perguntei onde ele iria passar a noite e disse que continuaria, pois carregaria o caminhão bem cedinho.

Ele comprou algumas coisas na loja de conveniência e se despediu de mim com um abraço bastante carinhoso.

ㅡ Estou indo, mas saiba que minha vontade, era de passar a noite contigo. Se você quisesse, claro. ㅡ Ele me disse ao pé do ouvido e fui atrevido lhe dando um selinho.

ㅡ Também queria que ficasse por aqui, mas fazer o quê, não é? Quem sabe na próxima vez?

ㅡ Adoraria te ver novamente, garoto, você é um encanto; além de bonito, é muito inteligente.

ㅡ Pena nossos caminhos serem opostos, ou te seguiria até Veraneio, mas pretendo ficar uns dias por aqui. Tem lindas cachoeiras e queria aproveitá-las um pouco.

Ele segurou meu queixo e senti minhas pernas tremerem. Cuidadosamente se inclinou e meu beijou.

Eu confesso que estava adorando ter um homem do seu porte em meus braços e desejei muito que ele ficasse, mas infelizmente, ele precisou partir, pois tinha hora para chegar até a tal fazenda.

Depois que o Fernando se foi, entrei no motor home e liguei para meu tio.

Ele estava extremamente feliz por eu ter ligado e perguntou se estava tudo bem. Parecia que não nos falávamos há anos, mas foi bom saber que ele sentia me falta.

Conversamos por um tempo e fui até a loja de conveniência comprar um suco pra eu tomar.

Aproveitei pra comer a marmita que a garçonete tinha preparado pra eu levar na viagem e perguntei ao atendente se tinha problema eu passar a noite no estacionamento e ele disse que não.

Na verdade, ele até gostou, pois ficaria trabalhando a noite toda e ofereci fazer-lhe companhia até a hora de eu ir dormir.

Jantei, voltei ao motor home pra tentar assistir alguma série enquanto o movimento do posto acalmasse, mas não consegui.

Eu estava um pouco ansioso e resolvi me deitar um pouco.

Tirei um breve cochilo, quando ouvi passos no lado de fora e acendi a luz no interior da Lata Velha.

De repente, os passos foram se afastando e abri a porta devagar.

Não acreditei quando vi o Fernando se afastando lentamente e o chamei.

Percebi que ele se assustou e se virou para falar comigo.

ㅡ Me pegou! ㅡ Ele disse e fiquei sem entender absolutamente nada.

ㅡ O quê aconteceu? Se arrependeu de algo e estava indo embora? Nem ia falar comigo.

ㅡ Não, está tudo bem! Bom, não é nisso, não me arrependi. É que eu não queria te incomodar. Sei lá!

ㅡ Voltou sabe-se lá de onde para me dizer que não quer me incomodar? Veio de tão longe só para isso?

ㅡ Eu não estava longe. Fiquei no próximo posto, há uns seis quilômetros daqui.

ㅡ E ainda mentiu pra mim. ㅡ Disse rindo e ele ficou sem graça.

ㅡ Me desculpe! Eu não queria...bom...eu não queria correr o risco de cair em tentação contigo. Desculpa a sinceridade, mas até acho que você ainda é virgem, mas queria muitos estar contigo e não precisamos transar se não quiser. Além do mais, eu seria muito burro se não voltasse aqui. Quero ficar essa noite contigo, topa? Se me achar muito velho pra você, eu finjo demência e vou embora.

Antes que ele fosse embora, o convidei a entrar no motor home; ele de imediato aceitou. Estávamos ambos com um sorriso besta no rosto.

Fechei a porta e ele se sentou na minha cama.

Confirmei que eu realmente ainda era virgem e ele perguntou se era mesmo verdade.

Afirmei que sim com a cabeça e, me puxando pela cintura, me fez sentar em seu colo.

Confortavelmente me e coloquei os braços em volta de seu pescoço o beijando.

Confesso que jamais havia beijado um homem como ele antes. Os pouquíssimos rapazes da minha idade que fiquei, não me atraia em absolutamente nada. Eram apenas pegação de moleques.

Estar com um homem mais velho me excitava de uma maneira inexplicável.

Seu beijo era forte, másculo, mas não de um jeito rude; ele era muito carinhoso e sabia usar sua gentileza a seu favor muito bem.

Ficamos nos pegando por um tempo, até que ele parou o beijo e, me olhando, disse:

ㅡ Quero ser fodido por você, garoto! ㅡ Um misto de tesão e timidez inundou meu corpo e, me vendo inseguro, me beijou novamente.

ㅡ Eu nunca...

ㅡ Eu sei! Só quero que você esteja de acordo e faça o quê eu te pedir.

ㅡ Vai me ensinar? ㅡ Ele fez um carinho no meu rosto e comecei a tirar sua camisa devagar.

ㅡ Vou! Vou te ensinar a foder um homem, a me foder. Você vai gostar e muito. E não se preocupe, não quero nada além de você dentro de mim.

No meu imaginário, era ele dentro de mim quem eu queria, mas meu subconsciente me pedia para esperar sei lá no quê.

Nos despimos e conhecemos nossos corpos mutuamente.

Sua boca percorria cada centímetro de pele que poderia alcançar de meu corpo.

Eu me arrepiava a cada toque, a cada investida em explorar meu cu e me deliciava com sua boca massageando meu pau.

Que sensação maravilhosa!!

Pedi que se deitasse e fiz com ele tudo que havia feito comigo.

Fiquei entre suas pernas e subia e descia minha boca em sua pica.

Nos deliciamos bebendo do nosso desejo, até que ele pegou a carteira que estava no bolso do jeans e tirou uma camisinha que estava dentro.

Perguntou se poderia colocar em mim e sorri dizendo que sim.

Ele me encapou, me beijou e se deitou novamente.

Por instinto, cai de boca em seu rabo e fui lhe abrindo as pregas com a língua.

Eu sentia tanto tesão em ouvi-lo gemer, que poderia ter gozado ali mesmo, sem ao menos me tocar, mas eu queria estar dentro dele e o vendo cheio de tesão, dei a ele o quê me pedia.

ㅡ Me fode, não aguento mais, quero você em mim!

Não pensei duas vezes e fui entrando nele devagar, pois não tinha lubrificante.

Perguntei se estava machucando e disse para eu não me preocupar, pois falaria se doesse.

Era uma sensação maravilhosa vendo em seu rosto um misto de prazer e dor ao mesmo tempo.

Quando eu senti que estava todo dentro dele, me pediu para esperar e, nesse tempo, eu acariciava seu corpo para que ele se sentisse mais relaxado.

ㅡ Meu garoto além de lindo, é carinhoso. ㅡ Sorri envergonhado e comecei a me mexer bem devagar.

ㅡ Seu garoto está com muito tesão!

ㅡ Eu estou vendo e amando essa cara de safado. Fode gostoso...vai!

Comecei a fazer conforme ele me pedia e fiquei com medo de não conseguir me controlar pelo tesão que estava sentindo e gozar antes dele.

Fui fazendo pequenas pausas, para beijá-lo e admirar seu corpo; assim me distraía.

Pediu para come-lo de 4 e quando vi seu rabo empinado, não resisti e o devorei com minha língua. Ele delirava e pedia mais.

Entrei nele novamente e me explicando como se fazia, pediu que eu movimentasse o quadril, como uma serpente. Fomos a loucura com minha desenvoltura e, acelerando o rítmo, senti seu corpo se desfalecendo aos poucos e também acabei gozando logo em seguida.

Caí por cima dele e ficamos em silêncio por alguns minutos.

Eu estava extasiado, mas também querendo saber se ele havia gostado.

Senti ele se mexendo e fui saindo de cima dele lentamente, mas ele me abraçou e me levou até seu peito, me fazendo descansar sobre ele.

ㅡ Jamais imaginei sentir tanta coisa boa em um único dia. ㅡ Ele disse e fiquei extremamente envergonhado, porém feliz.

ㅡ Eu não sei descrever o quê acabou de acontecer, só sei que foi muito bom. ㅡ Ele beijou minha testa e fazia carinho nas minhas costas.

ㅡ Foi tão bom que vou querer mais. ㅡ Ele sorria e eu afundava minha cara em seu peito.

ㅡ Não parece estar dizendo só para me agradar.

ㅡ E não estou. Eu jamais faria isso. Você foi maravilhoso! Seu beijo é a coisa mais gostosa que já senti.

Lhe enchi de beijos, ele ria feito um bobo e eu também. Passamos a noite juntos e foi muito bom dormir em seus braços.

Fernando se foi logo pela manhã, bem cedo, pois precisava carregar o caminhão.

Nos despedimos com a quase certeza de que nos veríamos novamente em qualquer outro lugar.

Depois que ele se foi, fui até a loja de conveniência comprar alguma coisa para beber e só então me lembrei de que quebrara a promessa que tinha feito; de fazer companhia para Miguel.

Me desculpei o levando para casa e no caminho, ele foi me explicando como chegar até às cachoeiras.

Continua...

Muito obrigado a todos pela leitura.

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