Alguns anos antes, ele tinha me flagrado fazendo o que era mais ou menos comum entre a rapaziada da minha idade (sem mais detalhes, para não ser censurado). Num recanto da praia protegido por grandes pedras, calções ao lado, eu, deitado de bruços na areia, outro rapaz em cima de mim. Era um arremedo de penetração, que, na verdade, nunca se concretizava. E eu não sabia o que sentiria, caso acontecesse.
Era o meu tio, solteiro e muitos anos mais velho, que vinha todo verão passar as férias em nossa casa de praia. Eu já havia esquecido o incidente, por isso tive um sobressalto quando ele me perguntou sem preâmbulos:
— Você ainda dá a bunda?
Por falta de acomodação, ele estava hospedado no meu quarto, mais propriamente na minha cama, onde o sono quase me vencia após um dia agitado na praia. Meu sono foi instantaneamente embora, mais ainda quando senti sua mão em minha bunda.
— Mostra a bundinha pra mim?
As recordações vieram à tona. Eu apreciava o que fazia com os rapazes naquela época, não tão distante. Apreciava sentir os pintos durinhos entre as minhas nádegas. Mas as “brincadeiras” haviam acabado.
— Vai, mostra — insistia titio.
Era tão forte a nostalgia daqueles tempos, que, sem pensar, quase mecanicamente, baixei o calção. “Você tem uma bundinha bem bonita”, disse ele, apossando-se do meu calção para deslizá-lo entre as minhas pernas e retirá-lo completamente.
Não me opus.
— Quer ver o meu pau? — perguntou ele.
Virei-me. Ele se livrou também do seu calção, e eu vi, pela primeira vez, um membro adulto, com pentelhos, a glande rosácea exposta, a pele branca por não pegar sol. Era muito bonito. Estendi a mão, segurei. Era muito duro.
— Está duro por tua causa — disse ele. — Agora dá a bunda pra mim.
A mesma posição, a recordação, a sensação. Pernas abertas, bunda empinada, senti a dureza forçar meu ânus. Lentamente, forcejando e afastando-se, a glande procurava abrir caminho entre as minhas carnes. Sem sucesso.
— Você nunca deu de verdade? — quis ele saber.
— Não...
Então ele passou uma camada de cuspe no meu orifício e voltou à ação. Eu estava adorando. E adorei sentir meu cuzinho se abrir aos poucos. De repente, porém, a dor me fez abafar o gemido no travesseiro. Mas aguentei. A glande entrou, a pica foi deslizando lentamente para dentro do meu reto.
— Tá doendo? — perguntou.
— Tá...
— É porque é a primeira vez — disse ele. — Daqui a pouco para de doer.
Ele tinha razão. Sentir aquela pica bonita dentro de mim, sabê-la dura por minha causa, ouvi-lo dizer que meu cuzinho era muito gostoso, tudo me enchia de satisfação. Já não havia dor; apenas as agradáveis sensações da massagem íntima que seu pênis realizava, indo e vindo no meu esfíncter que o apertava.
— Vou gozar no teu cuzinho, Nenê.
Era esse meu apelido. Por ser pequeno e caçula. “Pequeno da bunda grande”, caçoavam minhas irmãs. Bunda que titio elogiava, antes mesmo desse dia, em que seu esperma jorrou em minhas entranhas, marcando profundamente minha personalidade.
Ainda bem que titio ficou lá ainda um mês.
Este relato foi revisado por Érika. Leia seus livros, assinados por L. Nobling, seguindo este link:
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