As aventuras de Claudia - Dentro do Mosteiro parte 8

Um conto erótico de ClaudiaRegina
Categoria: Grupal
Contém 1789 palavras
Data: 14/09/2021 15:46:40

Sem saber direito para onde ir, resolvi procurar Mestre Oleandro, que me pareceu ser o mais sensato naquele Mosteiro. Enquanto íamos até lá, minha esposa foi se recuperando devagar, e conseguiu ficar em pé. Só fiz o tempo retornar ao normal quando estávamos na sala do Mestre Zelador, que estava sozinho. Ele levou um grande susto ao nos ver surgindo de repente, como que teletransportados.

- O que vocês fazem aqui? Ele falou, em tom de repreensão.

- Mestre, esta é minha esposa. Eu admito que procurei emprego aqui para poder encontrá-la e, se possível, tirá-la daqui.

- Eu já suspeitava que você era o marido dela. Infelizmente, vocês saírem daqui para uma vida normal não será possível. Se Meister e Nguvu trouxeram vocês contra sua vontade, não descansarão enquanto não terminarem o que começaram, a Irmandade tem membros e ramificações por toda parte.

- Mas o Senhor concorda com isso?

- De forma alguma. Existem vários grupos aqui no Mosteiro, e várias dissidências. Às vezes, a convivência entre essas diferentes Ordens fica difícil. Já tivemos Adeptos que quiseram dominar tudo por aqui. E chegamos a um acordo de não interferir nas atividades uns dos outros, desde que não haja essas tentativas de golpe.

- Então, temos que nos submeter a eles?

- Isso só depende de vocês. Pelo que eu vi, percebi e senti, vocês têm recursos e energia que nem imaginam. Só falta saberem como e quando usar. Venham comigo.

Não tínhamos outra alternativa a não ser segui-lo. Peguei um manto com capuz para Claudia e outro para mim. Fomos andando por vários corredores, parecia que em alguns deles não havia passado ninguém há um bom tempo.

- Esta ala pertencia a uma outra Ordem, mas o líder dela desapareceu repentinamente e ela acabou se dissolvendo. Alguns acham que morreu, outros que ele foi transportado para outra dimensão por um mago rival.

- Então existem magos de verdade por aqui...

- Claro que sim. Mas muito desse conhecimento foi sendo perdido ou desvirtuado com o passar do tempo. Então, passaram a usar efeitos especiais e cenários para impressionar as pessoas.

Claudia, um pouco mais recuperada, falou:

- Então, eles acham que usando minha energia, vão conseguir fazer magia real.

- A Energia Sexual pode modificar a realidade como a conhecemos. Ou a percepção das pessoas sobre o que é a realidade, o que é muito parecido. Imagine acordar de manhã sem saber quem você é, em um lugar totalmente estranho.

- Que podemos alterar a percepção das pessoas, isso para mim já é fato.

- Ah, é assim que você faz o que fez agora há pouco...

Eu não sabia se poderia confiar realmente em Oleandro. Afinal, seu nome era o mesmo de uma planta extremamente tóxica. Mas não havia outro jeito.

- Mais ou menos. Não sei exatamente como é, mas descobri por acaso que podia fazer algumas coisas.

Seguimos por um longo corredor, até chegarmos a uma sala escura. Não havia luz elétrica, então ele acendeu algumas velas que havia trazido consigo.

- Vocês podem esperar por aqui algum tempo. Procurem pensar no que podem fazer se forem encontrados, ou melhor, quando forem, porque isso certamente acontecerá. Vou trazer alguma coisa para vocês comerem e beberem daqui a algum tempo, quando for seguro.

- Obrigado, Mestre. Nem sei como poderemos retribuir o que está fazendo.

- Talvez algum dia eu venha a precisar de sua ajuda. Isso se vocês sobreviverem.

Claudia ficou apreensiva.

- Aiii... então eles querem nos matar?

- Eu suspeito seriamente que, se eles não conseguirem absorver sua energia, vão tentar eliminá-los, já que sabem muito sobre este lugar. Mas, como eu disse, vocês têm recursos imensos. Se eu tivesse uma fração da sua energia, seria um páreo duro para eles.

Após dizer isso, Mestre Zelador saiu da sala, deixando-nos a sós.

- Bom, querida, pelo jeito vamos ter que nos preparar para enfrentar o Nguvu.

- É, porque Meister e Astra estão em coma. Mas o que o Negão pode fazer?

- Olha, eu vi ele absorvendo uma boa quantidade daquela névoa dourada quando chupou o seu cuzinho.

- Danado! E com aquela língua grandona!

- Eu fico imaginando que tipo de habilidade ele pode ter conseguido...mas agora você precisa descansar. Não tenho ideia se eles vão nos encontrar logo, ou de vai demorar. E mais, se podemos confiar realmente em Mestre Oleandro.

- Ele me pareceu confiável. Mas você tem razão, ele pode ter feito isso apenas para nos deixar desprevenidos. Apesar de ter recomendado que pensemos em como usar nossas habilidades.

- Bom, eu já tenho algum controle sobre a percepção do tempo. E da clarividência.

- Essa eu ainda não sabia...quer dizer que você consegue ver o que está acontecendo em outros lugares?

- É, isso começou logo depois daquela massagem com a Leovani. Eu via como que um filme passando em alta velocidade. Depois, prestando atenção, eu percebi que poderia fazer essas imagens passarem em velocidade normal.

- Então você viu tudo o que aconteceu comigo ? Ela ficou ruborizada.

- Vi. Até quando você acertou o plug no nariz do Negão.

- Aii...e o cacetão dele querendo entrar no meu cuzinho.

- Isso também. Mas você se saiu muito bem. Mas acho que você agora deve descansar, e depois treinar como controlar a energia eletromagnética que você pode gerar.

- E como é que eu poderia fazer isso?

- Acho que você pode começar com uma técnica de relaxamento, respirando de uma maneira rítmica e concentrando sua mente nos vários centros de energia, usando a imaginação para fazer com que ela circule e depois tentando projetar para uma direção determinada.

- Tá bom.

Claudia se sentou no chão, as pernas cruzadas como em uma posição de Yoga, respirou fundo e começou a relaxar, respirando profundamente e de maneira regular. Eu notava a energia dourada ao redor dela, naquele ambiente escuro.

De início, nada aconteceu.

- Não sei não, acho que não vou conseguir nada.

- Então descanse. Depois você tenta de novo.

Ela se deitou no chão, já que não havia nenhum móvel naquela sala. Eu procurei “ver” onde estaria Nguvu. Na minha tela mental, parecia que ele estava do outro lado do Mosteiro, conversando com outros monges, talvez os dois Mestres que eu havia visto antes. Resolvi testar minha habilidade à distância, para ver se conseguiria parar o tempo para eles. Curiosamente, os dois Mestres ficaram imóveis, mas Nguvu não, ele se movia como que em câmera lenta. Parei imediatamente o que estava fazendo. O que quer que tenha acontecido com o Negão, ele estava desenvolvendo resistência à minha habilidade. E isso não era bom.

Olhei para minha esposa, que dormia. Eu havia, há pouco, sugerido que ela usasse a imaginação para tentar projetar sua energia. E se ela rememorasse o que aconteceu no barzinho de Rock ou na mansão? Se ela conseguisse visualizar aquelas cenas como aconteceram, talvez seu corpo reagisse da mesma maneira.

Quando ela acordou, falei isso a ela.

- Boa ideia, vou tentar.

Ela se sentou novamente, e fez a mesma sequência – respirando ritmicamente, foi relaxando o corpo e mentalizando. Dali a pouco, o rosto dela fez uma expressão diferente, e faíscas elétricas surgiram ao redor do corpo dela, formando-se a partir da névoa dourada.

- Isso – falei em um tom de voz baixo, para não quebrar a concentração dela – procure agora direcionar para algum lugar à sua frente.

A energia elétrica, como um pequeno relâmpago, saiu da testa dela em direção à parede de pedra, chegando a fazer um furo.

- Você conseguiu!

- É, mas depois de relaxar e respirar... eu preciso fazer com que isso seja mais rápido.

- Eu li em um livro que os mentalistas criam um tipo de “sinal” que faz com que entrem nesse estado imediatamente.

Claudia tentou novamente. Mas era difícil, sempre demorava um tempo até conseguir direcionar a energia.

- Vamos descansar. Ainda vai dar certo.

- Isso se não nos pegarem antes.

Dali a algum tempo, Metre Zelador trouxe uma caixa com alimentos, água e talheres. Era uma boa refeição, a mesma que eu comia no refeitório. Procuramos nos alimentar bem, afinal não sabíamos o que aconteceria depois.

No entanto, notei uma certa ansiedade em Oleandro, como se estivesse ansioso por comermos e bebermos. Mas poderia ser apenas impressão. Depois que comemos, ele pareceu meio entristecido.

- O que foi, Mestre?

Claudia olhou para mim e apertou meu braço, de repente. Estava assustada.

- Amor, eu estou me sentindo esquisita! Acho que ele colocou alguma coisa na água!

Então, ouvimos uma voz conhecida.

- Burundanga. O Sopro do Diabo.

Era Meister, e com Astra ao seu lado! Eles haviam se recuperado!

- Burundanga é uma droga originária do Caribe, e que tem o poder de anular a vontade da pessoa que a bebe, em uma dose de menos de um grama. Neste estado, a pessoa é capaz de executar ordens de forma consicente, mas sem poder se negar a elas. Uma dose maior é capaz de paralisar completamente uma pessoa.

- Mas como vocês podem estar aqui?

- Vocês foram enganados desde o início. Sabíamos quem você era, desde que Mestre Zelador o encontrou. Astra sorria ao lado dele.

- Traidor! – disse Claudia – a gente nunca devia ter confiado nele.

- Não, bela Godiva – continuou Meister. Oleandro não sabia de nada até há pouco tempo. Mas foi minha a ideia de fazer uma Gaiola de Faraday, não para isolar sua energia , mas sim amplificá-la , e seu marido ajudou mais ainda , com a Bobina de Tesla.

- Puta que pariu! Como pude ser tão ingênuo?

- Havia um Círculo Mágico no chão do Templo, e outro em uma sala no andar de cima, exatamente no mesmo lugar. O líquido que havia nos frascos que foram introduzidos em você, Claudia, foi usado para ativar a energia dos dois círculos. Eu e Astra fomos colocados sobre o Círculo superior. A energia dourada ascendente, mais as descargas eletromagnéticas, nos trouxeram de volta do coma, e muito mais saudáveis que antes.

A Sacerdotisa Astra continuou:

- Assim que despertamos, fomos até Oleandro, e dissemos que, se não fizesse o que ordenássemos, vocês teriam morte imediata. E, se nos obedecesse, vocês teriam uma chance.

Já estava difícil falar, mas fiz um esforço.

- E...qual é...essa chance?

- Vocês irão enfrentar o “Terror do Abismo”. Se sobreviverem, poderão escolher se continuam na Irmandade, fazendo Iniciações e evoluindo , desenvolvendo suas habilidades, ou se desejam ir para sua casa, e voltar a levar sua vida monótona e insossa.

- Mas...quem pode...garantir que isso ...é verdade? Perguntou minha esposa, meio grogue.

- Eu posso!

Era a voz de Nguvu, que nesse momento entrou pela porta.

- Eu juro pela minha honra que, se vocês sobreviverem ao “Terror do Abismo”, vocês poderão escolher, e o que escolherem será cumprido!

Meister e Astra olharam para ele com um ar de curiosidade. E Mestre Oleandro, de cabeça baixa, parecia ainda mais triste.

- Agora, tirem esses mantos. Vocês precisam estar totalmente nus para o que vai acontecer em seguida.

CONTINUA

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 15 estrelas.
Incentive ClaudiaRegina a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Uau isso esta ficando perigoso e exitante vamos ver onde isso vai acabar.

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Carai... rs...que sacanagem véi...rs...ainda mais com este sobrenome eu jamais acharia que o mestre zelador seria um traidor...kkkkkkkkkkkk

0 0
Foto de perfil de Almafer

Nossa Claudia que loucura gostosa cada vez melhor e os aguarda kkkkk nota mil parabéns

0 0