ZOOM
Da minha janela a observo no seu quarto se preparando para seu banho matinal, estou aqui na janela do meu quarto te desejando, uma música no rádio vira meu fundo musical para este momento apoteótico, o vê-la se despindo.
Sua delicadeza ao tirar o baby-doll me deixa ansioso, por um instante se olha no espelho, estava linda, me afasto um pouco da janela com receio do meu reflexo no seu espelho ao longe, possa me revelar, mais isso é um ato involuntário.
Tirava vagarosamente o sutiã, eu aumento o Zoom, deixando amostra o belo seio com as marcas do sol, lindos e imponentes, parece que o frio da manhã ainda os deixou mais bonito, fico deslumbrando aquela cena, como desejaria tê-los ao meu alcance, as minhas mãos parecem tão perto, quero acariciá-los, beijá-los, sugá-los na verdade.
A música nos meus ouvidos entrar em cumplicidade com a sua imagem e com os meus pensamentos obscenos, ela se curva para o momento sublime e esperado, sentando na cama, retira a calcinha minúscula aos poucos, bem devagar, para mim um ritual erótico, sensual, deixando amostra seu glúteo moreno, bem torneado, levanta-se quase em câmara lenta mostrando uma bunda linda, desenhada pelo Deus Eros… Como deve ser quente... Pensei.
Aumento meu Zoom, não vou me conter de excitação, olha mais uma vez no espelho, meu coração está acelerado, em descompasso, minha respiração está ofegante, quase não consigo respirar tamanha a minha ansiedade, um nó na garganta se forma, respiro fundo, engulo um seco, me afasto outra vez da janela, não quero ser descoberto, o medo me faz pensar absurdos.
Parece que ela sorrir do meu receio e faz pose com sua imagem refletida no espelho, esplêndida concentro meu foco, como suportar tal visão, queria tocar aquele corpo… todo esse caprichosamente escultural e queimado pelo sol ficava mais tentador, mais zoom, mais zoom, preciso de mais...
Começa a chover, por que logo agora? A música continua tocando ao fundo, a vejo caminhar lentamente até o janela grande de vidro e para minha surpresa sai na varanda, mostrando seu corpo por inteiro, sinto um pingo de suor escorregando pela minha testa, revelando meu grau de ansiedade, chego a lamber meus lábios de excitação e tesão, mais zoom.
Deslumbro o seu fruto do desejo, pequeno e escondido sob suas penugens entre as pernas, a chuva vai revelando uma linda fenda que se desenha aos poucos, meu desejo agora incontrolável, me deixando mais eufórico, mais Zoom, mais Zoom, ela olha a chuva, sem interesse, despreocupada, molhando seus cabelos negros, abre os braços para os céus, parecia agradecer, se diverte com os pingos de chuva caindo em seu rosto negro, sorrindo, as águas escorrem pelo seu corpo num banho delicioso e inesperado.
Passa a mão pelos seios duros com os bicos pontiagudos e arrepiados, desce abaixo do umbigo, levemente coloca a mão na sua vulva, acariciado e a escondendo, seria uma provocação? Zoom está mais perto, estou em êxtase, ela solta um sorriso meio malicioso e enigmático, perecia me ver no meu observatório solitário, diminuo o Zoom instintivamente.
A chuva fica mais forte, seria um dilúvio de desejo? Ela continuava se deliciando com este momento maravilhoso, parecia criança, tal a sua alegria e espontaneidade, e por um momento a perco de vista pela intensidade das chuvas obstruindo minha visão, o meu espetáculo, o meu prazer, só um vulto saltando de um lado para o outro alegremente, mostrava que você ainda estava lá, parece dançar ao som da minha música, como desejaria este ai dançando nu, pulando contigo, sentindo seu corpo… Nesta música lenta feita para nós.
A chuva vai perdendo a intensidade, só uma chuva de verão, mais não conseguia mais vê-la, o brilho do sol forte e repentino forma um arco-íris que desce bem acima de sua varanda, revelando o tesouro que é você, coisa mais linda, ofuscando minha visão, que vou aos poucos me acostumando.
Zoom, você vai tomando forma e beleza conseguia vê-la penteando os cabelos ainda nua na varanda, sua cor morena jambo se mistura com as do arco-íris formando uma rara imagem de beleza, brilho e esplendor. Seu olhar fixo me descobre me sinto um pouco envergonhado, inquieto...
Você sorrir, um sorriso lindo, dá um aceno e entra, abriu ainda mais a janela, abrindo todas as cortinas, se jogando descontraída na cama, parece me convidar, escreve algo num diário, deixando seu belo glúteo moreno exposto e molhado, posso deslumbrar sua fenda escondida e linda, convidativa, a espera do meu Zoom.
Roberto Ornelas
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