- Será que havia ciumeira na Irmandade? – Morgana perguntou a Wolff.
- Havia uma certa rivalidade, sim. Todos queriam a atenção de Regina, mas o “Número Um” era sempre seu marido. Mas você deve ler os Manuscritos completos. É uma história muito, muito interessante.
- Tenho a certeza que sim. Regina provavelmente teve uma história longa e cheia de aventuras. E para ser considerada uma Deusa ...
- Ela se tornou uma Deusa. Inicialmente , era meio Humana, meio Deusa, conforme rezava a Profecia do Castelo.
- Isso é muito complicado para mim, não consigo entender como alguém pode se tornar uma Deusa, ou um Deus.
- Mas no seu tempo havia mais de uma religião com histórias semelhantes.
- Verdade. Mas em uma delas, o homem era Filho de Deus.
- Meio Humano, Meio Deus. Por que não uma Deusa?
- É, acho que estou sendo cética demais. Ela mesma me falou que...
- Não precisa continuar. Uma das características de Regina é a Humildade. Isso não a faz ser menos do que é.
Adrian levou Morgana até o Templo da Deusa. Ela preferiu descansar, afinal o dia havia sido movimentado. Mas assistiu à Cerimônia da Noite, onde as Sacerdotisas contaram algumas passagens da vida de Regina. Elas falavam sobre sexo de maneira natural, e mesmo sobre rituais que envolviam práticas BDSM. Morgana achava isso muito estranho, mas excitante. Após a cerimônia, ela perguntou a Luz e Lua:
- Regina gostava mesmo de levar chibatadas durante os rituais?
- Veja bem, esse tipo de ritual envolve uma técnica precisa. Não é só ir chicoteando de qualquer maneira, tem que ser de uma maneira onde não fiquem marcas depois. O Mestre Nguvu dominava muito bem essa técnica.
- Quando eu voltar ao meu tempo, vou tentar conversar com ele a respeito.
- Você tem sorte, é uma mulher abençoada. Conheceu um Herói, e recebeu a visita da Deusa em pessoa!
- Mas, se eu voltar, não vou poder contar a Nguvu o que sei. Ele não gostaria de saber como irá morrer. E se eu por acaso encontrar Regina nessa época, também não poderei falar nada. Ela não iria acreditar.
- Se você quiser, podemos marcar um Ritual onde você pode ser amarrada e chicoteada para estimular sua Energia Sexual.
- E quem vai me chicotear a bunda? Você?
- Não, será alguém que domine a técnica. Melhor que seja uma surpresa.
- Hmm, estou curiosa.
Nessa noite, Morgana descansou.
Na manhã seguinte, Adrian e Wolff foram buscá-la após o desjejum, se seguiram até o Centro de Pesquisas. Lá, no Hangar onde estava a grande Esfera Espelhada, Adrian estabeleceu como seriam as pesquisas sobre a Viagem no Tempo.
- Vamos deixar um espaço dentro da Esfera nas mesmas condições em que você deixou seu quarto. O Espelho, o Círculo Mágico, devem estar na mesma posição.
- Para eu me localizar, preciso chamar de Leste o local onde sua Estrela surge no Horizonte.
Mestre Wolff se adiantou:
- Os óleos e as velas vermelhas, bem como o abafador, estão aqui. Fazer parte dos itens da Irmandade Vermelha.
Eles prepararam tudo. Como antes, Morgana deveria jejuar por três dias, antes das Luas Novas. Havia apenas uma data naquele período onde as Luas ficavam escuras, então foi convencionado que seriam “Luas Novas”.
- Vamos cruzar os dedos, vai que isso altera tudo.
- Para que cruzar os dedos? Você fez isso no Ritual?
- Não, não. “Cruzar os Dedos” é só uma expressão da minha época. Achavam que dava sorte, ou algo assim.
Adrian media os níveis de energia do local, dos objetos e de Morgana regularmente. Ele precisava saber exatamente qual o papel de cada item para a Viagem no Tempo, e traduzir isso em equações matemáticas para que suas máquinas e computadores pudessem criar um sistema operacional para que a Esfera pudesse se transportar através do Tempo. Além de viajar no Espaço, claro, porque não bastaria apenas ter uma data, deveria haver também um lugar onde “pousar”. Mais tarde, haveria um sistema de coordenadas precisas. No momento, bastaria o deslocamento temporal.
Enquanto aguardavam a data, Morgana repassava na memória todas as etapas do Ritual que havia feito, ela não queria cometer nenhum deslize na hora “H”.
Ao anoitecer seguinte, as Sacerdotisas iriam levá-la ao Ritual onde ela teria a experiência BDSM.
Elas chegaram a um a construção de pedra muito antiga, e ao entrarem, acenderam tochas, visto que ali não havia luz artificial. Aquela semi-escuridão provocava um tipo de suspense e, Morgana, que só havia lido a respeito do assunto, mas nunca experimentado ou visto um lugar desses pessoalmente.
Chegaram a um calabouço , que tinha argolas de metal nas paredes, e uma mesa de madeira contendo vários tipos de chicotes, chibatas e vergastas, entre outros objetos.
Ela foi deitada de bruços sobre uma mesa de pedra em forma de “X”, depois teve seus braços e pernas presos por correntes. A Sacerdotisa Luz explicou:
- Não se preocupe, não vai acontecer lhe acontecer nenhum mal. O fator psicológico é parte da experiência.
A seguir, as duas Sacerdotisas começaram a massagear o corpo dela com o óleo dourado afrodisíaco, pressionando os pontos do prazer, como já foi descrito em contos anteriores. A excitação de Morgana foi aumentando, principalmente quando manipularam seus seios, mamilos e clitóris. Ela recebia as carícias com os olhos fechados, aproveitando aquele momento. Luz e Lua a levaram bem próximo de um orgasmo.
Enquanto isso, silenciosamente, foram entrando vários homens, vestidos com túnicas vermelhas e capuzes, certamente remanescentes da ( agora inativa) Irmandade vermelha.
Morgana sentiu que estava sendo observada por mais alguém. Ela lentamente foi abrindo os olhos, percebendo a presença daqueles monges. Embora surpresa, estava disposta a aceitar de maneira submissa o que viesse a seguir.
Estava completamente nua e cercada por vários homens. Eles então começaram a acariciá-la, e lamberam várias partes de seu corpo, em especial os pontos secretos, as nádegas , as solas e os dedos dos pés, onde ela era muito sensível e se excitava com facilidade. Ela gemia de tesão, os olhos brilhando de excitação. As carícias aumentaram, e ela passou a se contorcer . Então alguém tocou um sino, e os monges, ainda acariciando Morgana, olharam em direção à porta, e entrou no calabouço um Negão musculoso, certamente uma alusão ao Herói Nguvu e discípulo – talvez – da mesma Ordem a que ele havia pertencido – ele estava com uma vestimenta que consistia de uma túnica com tons de vermelho e dourado. Olhando para a mesa, ele escolheu alguns dos vários objetos que ali se encontravam. Um deles era uma espécie de falo curvo adornado, que vibrava ao se pressionar a base, um outro era um plug anal, e alguns chicotes, chibatas e vergastas. Ele fazia gestos rituais, como que controlando as energias do local, e a Sacerdotisa Lua, com um turíbulo, fazia desenhos com a fumaça naquele ambiente.
Morgana suspirava e se movimentava lentamente. Os estímulos naqueles pontos, o óleo especial, o estado bem próximo ao orgasmo, e aquele ambiente a deixaram numa espécie de transe erótico. O homem, então, pegou em suas mãos o falo adornado, lubrificado com o óleo dourado , e o introduziu lentamente na bucetinha dela, que gemeu alto. O plug anal foi introduzido com cuidado no cuzinho, provocou suspiros e arrepios de tesão na Viajante do Tempo. A Sacerdotiza Luz aproximou a tocha , iluminando as nádegas de Morgana. O Negão então, pegou a chibata e começou a passá-la levemente na bunda da jovem, que reagia sensualmente a esta inusitada carícia. Tudo muito lentamente, com movimentos precisamente calculados. Ela estava a poucos segundos de gozar. Quando o corpo de Morgana começou a estremecer, prenunciando o orgasmo, ele deu a primeira chibatada. Parecia em câmera lenta, mas ao atingir as nádegas dela, os músculos se contraíram. As correntes se retesaram e ela explodiu em um gozo muito intenso, seu corpo inteiro se contraiu, mas com a posição mantida pelas correntes, permitindo que o Negão acertasse com a chibata exatamente onde queria, a deliciosa bunda de Morgana. Mais ele batia, mais ela continuava gozando. Foi um orgasmo muito mais prolongado que os que ela costumava ter. Enquanto ela gozava, os outros homens beijavam as mãos dela, seu rosto, sua nuca, seus pés, suas pernas. As chibatadas precisas continuaram, e ela continuou gozando, gemendo e gritando... isso continuou por um tempo prolongado .
Então, Morgana finalmente, completamente suada e exausta, adormecendo. A Sacerdotisa tornou a fazer desenhos no ar com a fumaça do turíbulo. As nádegas dela, apesar de bem avermelhadas pelos golpes de chibata, não apresentavam hematomas ou vergões. A técnica do Negão, certamente herdada dos tempos de Nguvu, era impressionante. Após quase uma hora, Morgana foi acordada.
Embora exausta, cansada e toda suada, soltaram as suas mãos e pernas, e ela foi posta de pé . Colocaram em seu pescoço uma coleira dourada com uma argola, e nesta foi presa uma corrente. A corrente foi presa à cintura do Negão , e as Sacerdotisas a orientaram a segui-lo . Ele então, com passos lentos, foi saindo do calabouço, com ela atrás, ladeada por Luz e Lua. Os outros membros formaram uma fileira atrás delas.
A cena era muito erótica . A noite era estrelada . O grupo foi, então, caminhando em direção ao Templo da Deusa.
Quando lá chegaram , o Templo estava cheio de gente, homens e mulheres aguardavam, como parte da Cerimônia que se seguiria. Morgana estava nua, ainda com cheiro de sexo, e com as nádegas avermelhadas pelas chibatadas. Curiosamente, isso dava a ela uma sensação inesperada, ela estava toda arrepiada e ainda com um tesão imenso. Tanto que sua luminosidade havia aumentado muito ao se aproximar do Templo.
Uma música suave soava naquele ambiente. Quando eles entraram, no entanto, fez-se silêncio total . As pessoas se aproximaram de Morgana, para sentir sua Aura Luminosa, que brilhava intensamente. Muitos passavam as mãos nela, outros chegavam bem perto para sentir o perfume do sexo que ela exalava, outros davam graças à Deusa.
Então, o Negão pegou Morgana no colo e a levou até um tipo de divã dourado que havia sido colocado no centro do Salão principal do Templo, deitando-a ali. A seguir, ficou em pé , e as duas Sacerdotisas, com gestos rituais lentos, começaram a despi-lo. Tiraram sua túnica, os calçados, deixando-o totalmente nu, e expondo seu caralhão negro , que estava duro como pedra.
As duas passaram o óleo dourado no corpo dele. Morgana olhava para o homem, ainda excitada, e foi lentamente abrindo suas pernas.