Fadas madrinhas existem PARTE 1

Um conto erótico de Karyna CD
Categoria: Crossdresser
Contém 1409 palavras
Data: 21/11/2021 16:43:46
Última revisão: 21/11/2021 17:07:58

Olá gente, aqui é a Karyna, estou de volta. Para quem já me conhece, já conversou comigo, será muito bom retomar as conversas, saber suas opiniões! Meu querido escritor Daniel e querida Michele, espero que apareçam!

Para quem ainda não leu o que escrevi, deixo o convite para lerem as estórias anteriores e espero que essa agrade!

É sobre uma mocinha muito especial e será contada em primeira pessoa.

O conto tem apenas pitadas de erotismo, mas está longe ser sexualizado. Entendo quem busca, mas não é nessa história que encontrarão. O foco é no deixar de ser uma crossdresser e se perceber trans.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Aqui começa meu relato, acho importante citar que hoje tenho 21 anos, sou mulher trans, mas durante muito, muito tempo fui crossdresser... talvez fosse até hoje não fossem pessoas maravilhosas em minha vida, mas especialmente uma delas, que agradeço sempre o destino por ter nos unido. LUANA foi tudo ou mais que tudo, e por essa razão seu nome aparecerá em letras maiúsculas. Ela foi e é minha FADA MADRINHA.

A vontade de estar vestida de menina sempre existiu em mim. Desde sempre eu tinha uma vontade louca de usar coisas femininas.

Era tudo injusto: por que só as meninas podiam usar sandálias delicadinhas? Por que só elas podiam usar brincos e colares? Passar baton...

Eu achava aquilo tão lindo e quando em casa eu gostava de usar....

Minhas primeiras lembranças remetem a quando eu era bem nova... A babá que cuidava de mim tolerava, as vezes até entrava na brincadeira, mas sempre me orientava para parar, pois os outros não poderiam ver, que eu não deveria mostrar pra minha mãe....

O tempo foi passando e a partir de 2012 não precisei mais de babás... mas o gosto pelo mundo feminino continuou.

Morávamos apenas eu e minha mãe, que sempre trabalhou fora e muito! Não tenho irmãos ou irmãs e nunca contamos com meu pai, que nem sequer assumiu a gravidez de minha mãe. O nome de minha mãe é Lucia... ela tinha folgas apenas nas segundas. E no trabalho chegava sempre as 18. Eu ficava em casa sozinha nas tardes de terça a quinta. Sexta, sábado e domingo eu ficava na casa de minha tia Rose e minha prima Michele, que ficava a três ruas de onde eu morava.

Mamãe chegou a me pegar vestida umas duas vezes, mas nunca falou nada demais, apenas perguntou algo do tipo: o que é isso? Eu respondi coisas do tipo curiosidade, surpresa, teatro da escola e ficou por isso mesmo.

O que foi falar aconteceu quando eu estava no último ano do ensino fundamental (ou período escolar, enfim) e... eu tinha a casa livre para mim durante algumas tardes depois da escola.

E eu caprichava mais e mais... eu começava a ficar maior e as roupas de minha mãe deixavam de estar muito maiores que eu... começavam a se assentar melhor em mim.

E eram mil técnicas para não dar bandeira: especialmente a usar roupas do cesto de peças pra lavar (principalmente calcinhas), até decorar a posição das peças no guarda roupa. Quando ganhei meu celular, eu fotografava a posição antes de usá-las, de modo a colocar exatamente no mesmo local depois.

Adorava gesticular femininamente, e nem era forçado: era natural andar de modo mais suave em saltinhos, se movimentar de modo mais delicado com aquelas blusinhas maravilhosas, se sentar com cuidado quando usava saia. Aquilo era simplesmente meu natural....

Tinha semana que aproveitava todos dias vivendo minhas tardes de menina.

A porta da frente dava para a garagem, o que me dava segurança! A parte com vidro era só a janela, mas era só deixar a cortina bem fechada e eu tinha a casa toda pra mim.

Eu lutava cada vez mais para entender minhas vontades.

Por medo de minha mãe, me controlava para não parecer muito afeminada, mas também não conseguia me encaixar no estereótipo dos meninos.

Meu visual era meio andrógino: tinha cabelo comprido até perto do ombro, e orelhas furadas.

Eu quase não tinha amigos. Minha grande amiga era minha prima Michelle que sempre passava as sextas feiras comigo!! Ela tinha 18 anos e ela era uma referência pra mim. Sempre se vestia bem menininha, não dispensava uma saia, uma blusinha delicada e eu só a via de tênis na escola, fora isso era sempre se sapatinhas e sandálias.

Em nossas tardes juntas, eu nunca me revelei pra ela, mas dei inúmeras bandeiras, especialmente por me interessar demais em conhecer o universo feminino: querer saber de tendencias, ler revistas de moda que ela tinha etc.... também existiram alguns dias que ela apareceu de repente em casa... e quando Michelle chegou eu tirei minha maquiagem na correria e desconfiei que ela percebeu vestígios em mim, mas nunca comentou nada.

Minhas rotinas nos dias sem minha prima eram boas: depois da escola e depois de almoçar, eu fazia as tarefas e... assumia meu posto de mulher da casa!!!

Já tinha até “minhas” calcinhas e soutien prediletos, os vestidos que eu adorava e que assentavam melhor em mim...

E eu ficava assistindo TV, arrumando a casa ou me maquiando por um bom tempo! As vezes desfilava pra mim mesmo!

Ali não haviam problemas, dores, nada! O mundo por 2 ou 3 horas era perfeito, eu ficava tão linda...

E se eu já me produzia melhor, meu corpo reagia de modo mais intenso. Eu ficava louca ao colocar calcinhas, minha pepekinha ficava duríssima, eu aprendi a me tocar... colocava as mãos na pepeka, o dedinho no ânus... massageava meus peitinhos.... nunca me imaginava menino, me sentia uma menina apesar daquela coisinha dura que eu tinha... e eu não a odiava, até suportava: quanto mais eu tocava ali, mais dura ficava... e quando saíam alguns líquidos diferentes, era gostoso quando saía, eu colocava na boca e adorava...

Muitas vezes eu passava num posto de saúde perto de casa e pegava algumas camisinhas grátis, mas eu não fazia o uso que um homem faria... eu apenas colocava para evitar molhar demais as calcinhas de mamãe.

Não era propriamente um gozo, mas saía o tal líquido... e era bom estar vestida lindamente, era olhar no espelho e ver uma menina se molhando!!!

Mesmo quando de noite acontecia de eu meio que me excitar, eu não pensava em garotas, eu pensava em mim mesma, toda linda, toda maquiada e... sim, alguns meninos começaram a povoar minha mente...

Que doce rotina... como era bom ser menina!

Um belo dia, aconteceu um episódio que me marcou, que foi decisivo! Toda trans, toda cross, por mais cuidado que tenha, sempre acaba sendo pega um dia, não é?

Como disse, minha mãe já tinha me visto quando criança, minha prima quase certeza que sabia de algo, mas não comentava... então pela rotina eu tinha uma certa segurança.

Mas, enfim... uma tarde lá estava eu, vendo TV... com make, baton cor de rosa...de vestidinho e calcinha, quando...

Não é o que vocês estão pensado (kkkk) minha mãe NÃO chegou de repente (kkkkk).

Na verdade, a campainha tocou, eu olhei pelo interfone e era uma mulher com uma mochila vendendo algo. Eu atendi e ela me disse que era vendedora de produtos de beleza, que queria deixar uns produtos para as mulheres da casa avaliarem! As mulheres da casa!!!!! Nem sei explicar o que me aconteceu, só sei que eu era uma mulher naquela casa!!! Falei pra ela já vou!!!

Meu coração ficou a mil... e agora? Eu ia lá receber a vendedora? Mas eu não podia ir de menina, pois por mais rápido que fosse o abrir e fechar da porta, alguém da rua podia me ver.

Iria de menino? Mas eu iria ter que desfazer minha make... me desesperei, não sabia o que fazer, eu só sentia meu coração batendo... acabei indo ao interfone e dizendo que naquela hora eu não podia atender. A vendedora foi super gentil, abriu um sorriso e disse se poderia voltar dali 20 minutos, pois iria tocar em outras casas... e eu, sem saber como nem por que, eu... eu disse sim.

Eis que, se por um lado resolvi a situação, por outro apenas adiei minha angústia.

Pensei: E agora?

Mandar a mulher embora? Puxa, ela foi mega gentil...

Voltou a dúvida: Ir de menino? Seria o ideal, mas não era um menino que desejava aqueles catálogos e produtos...

E no interfone a vendedora tinha citado as mulheres da casa. E eu me sentia mulher...

O que fazer?

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 27 estrelas.
Incentive KARYNA a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil de Michelle🍒sapequinha

Karina,como vc nos retrata de maneira sutil e exata. Antes fui cdzinha da tenra e inocência infância até a minha fase adulta. Já fui casada com uma mulher maravilhosa a qual abriu a porta do meu armário e convidou-me a sair e me tornar a mulher trans que sou hoje. Se quiser leia alguns de meus contos todos reais... o primeiro conto foi o início de tudo. Meu primeiro homem.

Esses contos foram escritos enquanto eu era apenas uma cdzinha.

💖Michelle_cd

Bjs e parabéns.

1 0
Foto de perfil genérica

Obrigada! Você viu que eu citei VOCÊ no começo??? Que saudade de vc....

1 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Puxa, que bom receber tua mensagem!!!!! Que saudade! Vc viu quem eu citei no primeiro parágrafo????

1 0
Foto de perfil genérica

Meninas, Veronica e Gabizinha, muito obrigada!

1 0