Confesso que na semana seguinte foi muito difícil olhar Gustavo andando pela minha casa, como sempre costumava aparecer a noite pra visitar minha irmã.
Olhava aquela tatoo na perna dele, as mãos e só imaginava ele me pegando no último sábado. Só piorava quando ele aproveitava qualquer momento que se encontrasse a sós comigo, pra me chamar de Sandrinha e me dar um tapinha elogiando minha raba e falando que estava com saudade dela.
Nos sábados seguintes, o ritual se repetia sempre. Eu acordava cedo, me prepara e montava com todo cuidado, esperando meu macho vir me encontrar. Ele dizia que eu estava cada vez mais gostosa e boa de cama.
Num desses sábados, Gustavo entrou e deu um tapinha na minha bunda, elogiando meu shortinho, que pegava metade da polpa da minha bunda. Ele me fez femea novamente, dessa vez na minha cama. Já tínhamos transado pela casa toda, inclusive na cama da minha irmã, onde ele me tratou como verdadeira puta, parece que mais atiçado ainda pela situação. Escolhemos minha cama nesse dia, pois não podíamos demorar muito. Minha mãe tinha ido ao supermercado, então podia demorar muito ou pouco.
Apesar do meu pai, minha mãe e irmã trabalharem num horário mais ou menos fixo; trabalhavam no negócio próprio da família. Meu pai era dono de um escritório, minha irmã trabalhava de secretária e minha mãe era uma faz tudo na área de contabilidade e recursos humanos. Geralmente minha mãe e irmã trabalhavam de segunda a sexta-feira apenas. Meu pai que costumava trabalhar sábado, pelo menos até o almoço.
Assim, por mais que tivéssemos uma segurança nesses encontros de sábado de manhã, sempre tinha um pequeno risco. Nesse sábado específico, Gustavo gozou me comendo de bruços, urrando no meu ouvido e logo rolou pro lado com a respiração pesada.
- Tenho que ir, bebe – ele falou quando fui deitar no peito dele – Fiquei de buscar a Sara (minha irmã).
- Gustavo – falei sentada com uma calcinha e sutiã, olhando ele pegar as roupas, que tinham ficado pelo chão e vestir – Quero te ver mais, fico a semana toda esperando e você vem rapidinho só no sábado.
- Eita, safada. Não tá suficiente tomar rolada uma semana não é? – ele falou rindo debochado, calçando os tenis.
- VocÊ tá me saindo uma bela putinha, hein – ele falou se abaixando e me dando um tapinha no rosto e um selinho. Cada vez que ficávamos ele parecia me tratar mais sacana e menos cheio de jeitinho comigo – Mas lembra que essa cuceta é só minha, aiai se eu souber que tá dando esse rabinho por aí.
- Não estou dando pra ninguém – falei meio ofendida, mas logo levei a mão pra pegar na rola dele – só pra você, meu macho.
- Acho bom - ele falou meio brincando, meio ameaçador e tirou minha mão da sua rola – agora deixa de ser egoísta, que já te dei piroca hoje, tenho que dar pra sua irmã mais tarde também.
- Mas como vamos fazer? Pra nos vermos mais? – falei não deixando o assunto morrer, estava decidida antes desse encontro a insistir nisso.
Gustavo deu uma bufada, vestindo a camiseta e virou pra mim vendo minha expressão triste com o jeito desligado dele.
- Eu vou pensar, tá, Sandrinha – Ele falou acariciando meu queixo e levantando meu rosto – Prometo! você sabe que seu macho adora estar com você também. Essa semana vou pensar o melhor jeito de te dar mais piroca. Agora vou indo, porque sua mãe já deve tá chegando – ele falou e nos despedimos.
Mais tarde naquele dia, pensei em Gustavo falando com ciúme pra eu não dar pra ninguém. Confesso que adorei esse lado possessivo dele.
Não que houvesse algum risco, visto que eu estava apaixonadinha nele e nem pensava em ficar com ninguém mesmo. Eu até percebia uns olhares libidinosos de uns homens do meu dia a dia, mas nada que passasse disso.
Entre eles, tinha seu Antonio. O dono da mercearia da esquina, que eu sempre ia comprar coisas de última hora, quando minha mãe esquecia algo na compra do mês. Ele era sempre carinhoso comigo. Já tinha flagrado várias vezes ele babando pela minha bunda e confesso ia de propósito as vezes com uns shortinhos justos pra provoca-lo. Ele costumava me agradar tanto, que até dava um picolé pro seu “cliente preferido”, alegando que a condição era eu ficar lá pela mercearia até terminar, só pra ter o prazer da minha companhia.
Eu além de adorar o mimo e o jeitinho carinhoso dele comigo, coisa que não tinha em casa, ficava com dó. Seu Antonio era um homem de 42 anos, que, tirando a barriga avantajada, tinha um corpo todo em cima. Pernas e braços grossos, um peitoral largo. Ele era todo boa pinta e casado com uma mulher bem acima do peso, desleixada e mau humorada. Vez ou outra ela aparecia pra ajudar ele na mercearia em dia de movimento e ficava reclamando de tudo. Por isso, eu sempre gostava de ficar um pouquinho por lá fazendo companhia quando ele estava sozinho.
Outro homem que eu sempre percebia me olhando diferente era Henrique, um primo de Gustavo que dividia apartamento com ele e frequentemente aparecia pela minha casa junto com Gustavo pra arrastar meu pai pro bar ou estádio.
Henrique tinha 34 anos, branco estilo parrudo de academia, um peitoral totalmente peludo, alto e uma cara de safado. Ele olhava totalmente descarado pra minha bunda e ainda me dizia com os olhos, que sabia que eu curtia um macho sempre que nos víamos.
Outro mais específico que sempre percebia com segundas intenções era Pedro. Um colega da escola, que sempre dava um jeito de me bulinar e falar coisas de duplo sentido. Pedro não tinha o corpo de homem feito de Gustavo, Seu Antonio ou Henrique, mas era mais alto que eu e tinha um corpinho bacana também pela prática de exercícios físicos.
Mas como disse, só pensava no meu cunhado e foi com um sorriso no rosto que dormi aquela noite lembrando do ciúme dele.
Na segunda-feira recebemos uma lista em dupla na escola e Pedro logo se ofereceu pra fazer comigo. Marcamos na terça-feira mesmo na minha casa para a tardinha, quando minha mãe já estaria em casa. Ficamos até a noite pra conseguir terminar. Com minha mãe em casa, Pedro se limitava a brincadeiras gerais sem duplo sentido entre um exercício e outro.
Meu pai chegou e pouco depois Sara chegou junto com Gustavo também, que cumprimentou Pedro desconfiado, ao nos ver estudando na mesa da sala.
Terminamos depois de mais uns trinta minutos e fui acompanhar Pedro até o portão.
- Putz, estou até com a bunda doendo depois desse tempão sentado fazendo essa porcaria de lista – ele falou assumindo o ar machinho quando estávamos a sós.
- Nossa, eu também
- Mas você tem bom amortecimento – ele falou brincando e encheu a mão na minha bunda dando uma apertada, como costumava me bulinar as vezes que tinha oportunidade.
Escutei a voz de Gustavo questionando o que era aquilo, enquanto Pedro assustado tirou a mão rapidamente da minha bunda.
- Gustavo...
- você fica quieto e fica aqui – ele falou sem me olhar – você vem comigo – ele falou olhando Pedro com os olhos brilhando e saiu com ele pra rua.
Fiquei apreensivo uns minutos congelado na posição, que ele tinha falado. Poucos minutos depois ele apareceu de volta.
- Gustavo, eu não...
- Cala a boca, putinha – ele falou agarrando meu braço – não falei que não quero saber de você sair dando por aí – ele falava aquilo baixo, pra ninguém em casa ouvir, mas ao mesmo tempo imponente
- Mas eu não fiz nada...
- que não fez o que?!! O frouxo ali falou que você que fica provocando ele.
- é mentira, nunca fiz nada – falei já sentindo os olhos molhados.
Ele ficou emburrado um pouco ainda segurando firme meu braço, mas logo foi amolecendo a pressão.
- tá bom tá bom, não chora, Sandrinha – ele falou me puxando pra um abraço – eu já pus o babaca pra correr, tremeu tanto que acho que nem olha mais na sua direção.
- Mas não fiz nada, só fico com você.
- tá bom, ok, eu me exaltei. Agora acalma, pra poder voltar lá pra dentro sem suspeitas. Amanhã você vai lá pra casa, a tardinha. Inventa alguma coisa que tem que sair pra fazer trabalho.
- Amanhã?! – falei me iluminando toda.
- não prometi ia dar um jeito?
- Mas e o Henrique? – falei desanimando de novo lembrando desse detalhe.
- O que tem ele?
- ele vai estranhar me ver lá e vestida ainda ou você não quer vestida?
- Deixa o Henrique comigo, e é claro que quero você vestida, como a femea que você é.
- Mas Gustavo, o Henrique...
- O Henrique já sabe que você é minha menininha
- Gustavo, como você foi contar...
- Relaxa, princesa, todo macho faz isso...se você fosse macho saberia. Ele é meu brother e já sacou na hora que era você, quando falei que estava pegando uma cdzinha deliciosa.
- Mas você não devia contar sem me ...
- Já falei, isso é entre nós, coisa de macho..não se mete Sandrinha. Agora vamos entrar. Seca esse olho direito. – ele falou e foi andando na frente pra dentro de casa me deixando plantada perto do portão.
Eu sentia um mix de sensações, que não sabia descrever. Mas aquela noite, abri um sorriso e fiquei excitada lembrando o jeito dominante e ciumento de Gustavo. Acho que ele gostava mesmo de mim. Do jeito bruto, meio ogro dele, mas gostava.