Simplesmente acontece 6. Pensamentos impuros.

Um conto erótico de Max
Categoria: Heterossexual
Contém 2561 palavras
Data: 28/12/2021 19:45:37

Continuando...

Sandra não sabia onde enfiar a cara de tanta vergonha. Se deixou levar e com isso criou uma saia justa digna de filme de segunda.

- Está aí há quanto tempo? Perguntou de cabeça baixa.

- Algum tempo, não muito. Respondeu Gustavo se divertindo com a situação.

- Me desculpa. Não quis invadir sua privacidade. Quando dei por mim, já tinha aberto a pasta e não resisti em dar uma olhada. De verdade, me perdoa.

Pela sorriso cínico dele, sabia que ele tinha escutado. Sandra, vermelha de vergonha, continuava sem conseguir encará-lo.

- Relaxa. Eu esqueci que isso estava aí. Jamais deixaria uma coisa dessas acontecer de propósito. Minha culpa. Você não tem nada do que se desculpar. Disse um debochado, mas compreensivo gustavo.

Sandra saiu as pressas, jamais tinha passado por situação tão constrangedora na vida. Ainda bem que era fim de expediente e podia se mandar dalí sem mais explicações. E como era tarde de sexta, teria todo o fim de semana pra pensar em como ia lidar com aquilo.

Chegou em casa aflita, imaginando o quanto Gustavo estaria pensando mal dela. E mesmo assim, não conseguia tirar o que assistiu da cabeça. As cenas ficavam repassando sem parar em sua mente. Tomou um banho e se jogou na cama pra relaxar e acalmar os pensamentos. Notou a luz da secretária eletrônica piscando:

- Senhora Sandra, boa tarde! Falo da clínica de Saúde mental. O médico do seu marido pediu pra marcar uma reunião com a família amanhã cedo, podemos confirmar? Aguardo resposta.

Pegou o telefone e confirmou. De repente, se sentiu esperançosa. Se Carlos estivesse mesmo se recuperando, talvez toda aquela tentação e pensamentos libidinosos fossem uma coisa passageira criados pela carência.

Preparou alguma coisa pra comer e se jogou no sofá. Ligou a televisão, sem prestar muita atenção ao que passava, e adormeceu cansada.

Foi acordada por batidas fortes na porta. Quem seria uma hora dessas, já passava das 20h.

Ao abrir, ficou pálida. Gustavo estava parado em sua varanda.

- Não acho que nossa conversa tenha terminado, você praticamente saiu correndo de mim. Falou ele.

- Você esta ficando doido? Eu sou uma mulher casada e meus sogros e cunhados moram todos perto. Respondeu ela sem muita convicção.

Gustavo nem esperou ser convidado, entrou e fechou a porta. Antes que Sandra pudesse protestar, a beijou. Ela tentou se desvencilhar de seus braços. Com as mãos em seu peito, tentava empurrá-lo. Mas, ele era muito mais forte, assim como o desejo dentro dela. Parou de resistir e entregue, já correspondia seu beijo com a mesma intensidade. Suas línguas se misturavam em um beijo ardente, longo e cheio de volúpia. As mãos de Gustavo corriam livre pelo corpo dela, apertou sua bunda e a trouxe pra cima. Sandra obedeceu, enroscando as pernas em suas costas.

Gustavo a prensou contra a parede, apertando ainda mais seu corpo contra o dela. Queria ir de devagar, curtir a conquista. Mas, Sandra não queria perder tempo. Se abaixou e começou a abrir o cinto dele.

- Calma, temos tempo. Estamos só nós dois aqui. Disse ele tentando conter a ânsia dela.

- Cala a boca. Não é isso que você gosta? Uma puta pra abusar? Sabe há quanto tempo eu não sei o que é isso? Fica quieto e faz sua parte. Nem ela mesmo se reconhecia dizendo essas coisas.

- Você quem manda. Ele concordou.

Sandra estava feroz. Abaixou a cueca dele de uma só vez. Admirou por alguns segundos seu pau e caiu de boca. Lambia a cabeça, descia a língua por toda a extensão, voltava e fazia tudo outra vez. Punhetava sua vara enquanto chupava suas bolas, uma de cada vez. Engolia de novo e o deixava foder sua boca como uma puta profissional.

Aquilo era muito mais do que Sandra havia imaginado, ficou muito excitada com o vídeo, mas nunca imaginou que seria tão bom fazer papel de puta.

Estava precisando tanto daquilo que em nenhum momento se deixou dominar. Empurrou Gustavo em direção ao sofá e sem perder tempo, já foi sentando em seu pau.

- Era isso que você queria, seu puto? Foder a sócia casada e carente? Sandra lhe deu um tapa leve na cara, mais por provocação.

- Isso mesmo sua vadia. Acha que essa cara de santa e esse seu jeito púdico me enganam? Gustavo trançou os dedos em seu cabelo, lhe devolveu o tapa, também de leve, e a puxou com força em direção ao seu colo.

Sandra desceu gemendo sendo completamente empalada e preenchida por seu pau. A lubrificação era tanta que só sentiu prazer naquela penetração agressiva.

- Isso, seu comedor de mulher casada. Talarico desgraçado. Fode minha boceta. Me preenche toda. Aiiii, que delicia, que saudade. Mete, seu filho da puta.

Sandra quicava na rola e gemia como uma atriz pornô. Mesmo sabendo que aquilo era errado, o momento não era de se lamentar. A carência e a vontade de ser bem comida eram maiores que qualquer dor na consciência.

Gustavo se levantou ainda com o pau dentro dela e a colocou deitada no sofá. Ela trançou as pernas de novo em suas costas e o apertou. Ele entendeu o recado e começou a estocar forte.

Ela gemia ainda mais. A posição favorecia o roçar do púbis dele em seu clitóris. Estava alucinada de tesão e o gozo chegava forte.

- QUE PORRA É ESSA, SANDRA? Carlos entrava em casa, pegando a esposa em flagrante.

Acordou em um pulo assustada, suava de escorrer, a calcinha encharcada, coração disparado e com a campainha tocando.

- Meu Deus! O que foi isso? Devo estar ficando louca. Pensou ela.

- Já vai. Só um minuto... Era Vanda que tinha combinado de vir ficar com a amiga.

Contou tudo que tinha acontecido pra ela. Desde os vídeos na empresa, até o sonho erótico de minutos atrás. Vanda se acabava de rir da desgraça dela. Amiga é pra essas coisas.

- Pelo jeito você esta subindo pelas paredes. Divertia-se a amiga.

- E como. Mas, falando sério, o que eu vou fazer com Gustavo? Somos sócios e a situação foi muito chata. Não sei se terei coragem de olhar pra ele sem me sentir mal. Disse sandra.

- Ah! Desencana. Dá de louca. Finge que não aconteceu. Não tem muito o que fazer. Há não ser...

- Há não ser o quê, sua maluca? Fala vai. Sandra impaciente se preparava para o óbvio.

- Há não ser que esse sonho tenha sido uma previsão. Vanda mal terminou de falar e já caiu na risada.

- Tinha que ser você mesmo. A mais piranha de nós. E eu achando que ia sair alguma coisa que preste da sua boca. Disse sandra, no fundo preocupada se havia alguma verdade nas palavras da amiga.

- Sou mesmo. Adoro. Respondeu Vanda ainda aos risos.

Foi uma noite tensa para Sandra. Agora além dos vídeos, ainda tinha o sonho teimando em roubar seus pensamentos. Pelo menos, se confortava com o fato de que iria ter notícias do marido. Sabia que o amava, repetia isso pra si mesma o tempo todo. Aquilo tudo era só falta de rola. E o marido sempre a satisfez por completo antes de tudo ir por água abaixo. Não via a hora de reencontrar Carlos e afastar de vez aqueles pensamentos impuros que lhe passavam pela cabeça.

- Será que ele está melhor? Será que teremos uma conversa decente depois de tanto tempo? Pensava ela.

Sandra fazia planos de como seria o dia seguinte. - Será que ele ganhou peso? O tratamento está funcionando?

Se tem uma coisa que sempre manteve os dois unidos, era a amizade e o respeito entre eles. Mesmo se sentindo infiel pelos pensamentos que estava tendo, queria o melhor para Carlos, juntos ou separados.

Algumas semanas antes:

Após ter sido atendido por um clínico geral que o diagnosticou com algum tipo de transtorno psicológico, já que os reflexos e as reações físicas estavam todos presentes e nenhum exame laboratorial apresentou algum problema, Carlos foi encaminhado ao serviço de saúde mental do renomado hospital da cidade.

- Não era hora de se preocupar com dinheiro, dizia Sr. Ahmed.

Na primeira semana ficou em constante observação dos terapeutas, que aos poucos iam introduzindo tratamentos variados já que nada se mostrava eficaz. Só um medicamento havia mostrado algum tipo de melhora. Mas, somente por alguns dias.

3 semanas haviam se passado sem Carlos demonstrar nenhum reação sólida o suficiente com o diagnóstico apresentado. Um dos médicos, resolveu que era hora de fazer exames mais complexos. Cardiograma, ressonâncias e etc... Check-up total.

Pra surpresa de todos, os sintomas estavam sendo causados por vários minúsculos sangramentos em artérias cerebrais. O acúmulo de sangue estava pressionando o cérebro e fazendo com que carlos parecesse um paciente mental, quando na verdade seu cérebro estava perdendo a capacidade de funcionar plenamente devido a pressão interna que se formava. Por isso a degradação lenta. Uma operação urgente era necessária. Como o pronto socorro havia deixado passar uma coisa tão rotineira? Pensava o terapeuta.

Marcou a cirurgia e pediu que uma das secretárias entrasse em contato com a família marcando uma reunião para o próximo dia antes da operação.

De volta a sandra:

Ela acordou animada naquela manhã. Separou o vestido que carlos sempre elogiou: verde claro com flores estampadas em toda lateral. Era confortável e tinha o caimento perfeito em seu corpo. Deixava seus seios ainda mais bonitos e destacava sua bunda sem ser vulgar. Achava que seria uma ótima primeira visão dela para o marido em quase um mês.

Tomou um café da manhã rápido, não queria perder tempo. Precisava passar na padaria e comprar os sonhos que o marido adorava. Se sentia culpada pelos pensamentos que vinha tendo e queria de alguma forma compensar. Fazia isso mais pra se sentir bem consigo mesma. Mesmo sendo uma reunião com o médico, achava que ia ver o marido e ter ótimas notícias de sua recuperação. Afinal de contas, já estava há um mês lá. Já devia ter melhorado um pouco, pensava ela.

Entrando no estacionamento do hospital, viu os sogros estacionando um pouco a frente dela. Não sabia o que esperar deles. Não se falavam desde o dia da internação de Carlos.

- Oi, minha querida! Como você está? Não tive notícias suas o mês inteiro. A sogra se dirigia a ela de forma cortês.

- Estou levando. Muita saudade do meu marido. Respondeu notando a expressão zangada do sogro.

- Oi, Sr. Ahmed. Tudo bem com o senhor? Tentou puxar conversa.

- Ótimo. Respondeu de forma ríspida o velho já puxando a esposa pra entrar.

Ela se sentiu triste com a atitude do sogro. Mas, entendeu. Afinal de contas, havia pisado feio na bola em não procurar ajuda para o marido. Ainda se sentia muito culpada com a forma que tudo ocorreu. E com razão.

Foram encaminhados a sala do diretor geral do hospital, o que deixou todos bem confusos. Se sentaram e aguardaram por uns 5 minutos. O diretor entrou com uma expressão bem séria no rosto, parecia até um pouco constrangido.

- Tenho boas e más notícias a dar. Mas, primeiro preciso me desculpar em nome do hospital. Por um erro nosso, o Sr. Carlos demorou mais que o previsto a ter o tratamento necessário...

- Como assim? Um erro nosso? Sr. Ahmed nervoso interrompeu a fala do diretor.

- Quando o Sr. Carlos chegou tudo levava a crer que se tratava de uma depressão profunda, visto tudo que havia acontecido em sua vida profissional. Prosseguiu o médico.

- O senhor está fazendo rodeios demais. Vá direto ao ponto. Agora era Sandra impaciente que interrompia.

O médico explicou tudo que havia acontecido nas últimas semanas, de forma calma e respondendo a todas as perguntas que lhe eram feitas. Os nervos estavam a flor da pele. Contou da necessidade da cirurgia urgente no cérebro e entregou a Sandra o formulário de autorização.

- Não! Depois de tudo que você nos contou, acha que vou confiar o cérebro do meu filho a vocês? Você só pode estar brincando. Disse o Sr. Ahmed.

- Com todo respeito, essa decisão cabe a esposa. Ela que é a responsável legal. Antes de mais nada, sei que não é muito, mas todo o tratamento será feito de forma gratuita, é uma pequena forma de começarmos a reparar nosso erro. Disse o médico de forma sincera.

- De jeito nenhum. Não acredito que você vai concordar com isso. Disse o velho de forma agressiva para Sandra.

- Vocês precisam saber também que não é aconselhável a remoção. O risco de rompimento total de uma artéria é bem provável. Completou o médico deixando Sandra quase sem escolha.

- Você não vai cair nessa ladainha, né? Isso aí é culpa. Vou levar meu filho pra outro...

- Fica quieto. Gritou sandra interrompendo o autoritarismo do sogro.

- Você não está ouvindo o que o doutor está dizendo. Carlos pode morrer se não for operado logo. Como isso aconteceu? Completou ela já com os olhos marejados.

- Carlos deve ter tido um aumento muito rápido da pressão arterial em algum momento. E com o coração acelerado, a velocidade de bombeamento do sangue e a pressão da corrente sanguínea devem ter causado as rupturas nas artérias do cérebro. Respondeu o médico.

O sentimento de culpa agora era brutal e insuportável. Sem querer, podia ter matado o amor da sua vida por omissão. Uma dor insuportável lhe apertava o peito. Pensava que o marido era um fraco, quando na verdade estava impossibilitado de expressar qualquer reclamação sobre o que sentia. Tantas vezes teve raiva dele nos últimos 18 meses, enquanto ele estava ali indefeso, impossibilitado de se expressar adequadamente. Se sentia desprezível e abominável.

- Tudo foi ocorrendo de forma lenta e progressiva. Primeiro afetou a fala, em seguida os movimentos e por pouco não chegou a parte do cérebro que controla os movimentos involuntários, como a respiração, por exemplo. Completou o médico deixando todos ainda mais apreensivos.

- Toma! Por favor, salve o meu marido. Disse Sandra entregando ao médico a autorização da cirurgia assinada.

Sr. Ahmed saiu contrariado da sala e puxando a esposa.

- Não! Eu vou ficar aqui orando pelo meu filho. Disse ela se desvencilhando das mãos dele.

Pela primeira vez contrariava o velho.

- Posso ver o meu marido antes da cirurgia? Perguntou Sandra ao médico.

- Não vejo problema algum. Mas, saiba que ele está em um coma induzido desde que saiu o resultados dos exames, era importante cessar toda a sua movimentação para evitar riscos. Respondeu o médico saindo junto com Sandra e a mãe de Carlos em direção a sala onde ele era preparado para a cirurgia.

Carlos estava deitado na maca dormindo profundamente. A barba por fazer há algum tempo. Sandra a acariciou.

- Precisamos arrumar isso. Carlos sempre manteve a barba curta e bem aparada, era obsessivo com isso. Disse ela para a sogra que só balançou a cabeça em consentimento.

Notou também que ele já havia ganhado um bom peso, devido a alimentação por sonda forçada. Estava mais corado e não tinha mais aquele aspecto de doença. Mas, a barba descuidada a incomodava muito.

Acariciou o rosto dele delicadamente, beijou de leve seus lábios e disse baixinho em seu ouvido:

- Você vai ficar melhor. Te amo! Estarei aqui te esperando.

Continua...

Obrigado a todos que estão lendo e comentando. A opinião de vocês é muito importante pra mim.

Gostaria de informar que irei tirar alguns dias de descanso e passear com a família ( ordem da esposa ) e a próxima parte será postada no dia 4 ou 5 de janeiro.

Max.alharbi07@gmail.com

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 84 estrelas.
Incentive Max Al-Harbi a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Ótima continuação, boas festas e bom descanso para você e sua família.

0 0
Foto de perfil genérica

Muuuito bom rs...aguardaremos ancioso os próximos capítulos...👁

1 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Muito bom ,enganou a todos.

Otima história,Parabéns.

1 0
Foto de perfil de Leon-Medrado

Desejo bom descanso, boas férias com a família, e enquanto isso a cabeça vai pensando como montar a próxima parte. Muito boa a introdução do sexo via sonho erótico, pegou o leitor de surpresa. Também muito boa a descrição do processo "clínico" com um texto muito bem fundamentado. Um neurocirurgião não contaria melhor. E termina a parte num ponto de grande impasse. Depois da cirurgia um universo inteiro se abre. Muito bom e enxuto. Aposto que a maioria está torcendo para o Carlos ficar bom. Mas tem muita água passando debaixo dessa ponte.

1 0
Foto de perfil genérica

Gustavo jogou a isca e sem querer a Sandra pegou. Gente eu jurava que era vdd e não um sonho kkkkk torcendo para o Carlos se recuperar e sair dessa pra ser feliz com a Sandra.

Sua esposa está certinha kkkk vá descansar pq esse ano foi não fácil não,

Feliz ano novo pra vc e sua família

1 0
Foto de perfil de Max Al-Harbi

Temos que cuidar da Sandra. Afinal de contas, estamos na época do empoderamento feminino. Beijo, querida! Feliz ano pra você e sua família, também.

1 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil de Almafer

Amigo cada vez melhor, nota mil boas festas e bom descanso valeu.

1 0