Arquivos Ocultos - Os Detetives Eróticos - A História de Karen

Um conto erótico de Paulo_Claudia
Categoria: Grupal
Contém 1499 palavras
Data: 26/01/2022 16:37:05

O Detetive Lobo Guará estava caído no chão. Karen olhava para ele e para Diana, impassível, como se tivesse sido tomada por uma força estranha. Ela ergueu o braço e apontou um dos dedos da mão em direção a Diana, mas ela já estava em posição defensiva, desenhando um círculo com a mão direita. Curiosamente, o círculo era bem visível, como se fosse feito de fogo.

- Calma, Karen. Não queremos fazer mal a você.

- Você também é diferente, como eu?

- Acho que sim...mas não quero brigar com você. Estamos atrás de Meister.

- Ele é perigoso. Morgana avisou meu marido.

- Morgana? Quem é Morgana?

- Uma Viajante do Tempo.

A coisa parecia muito mais complicada. Não bastava um Mago Negro, tinha que haver uma Viajante do Tempo envolvida também.

- Karen...ouça... vou ser rápida, antes que meu parceiro acorde. Não conte a ele sobre o escudo que eu fiz. E eu vou dizer que ele sofreu uma descarga de eletricidade estática e escorregou. Não é bom que ele saiba que você tem essas habilidades, pelo menos por enquanto.

- Mas vocês não trabalham juntos?

- Trabalhamos. Mas ele é meio cético. Vamos esperar ele acordar.

- Mas espere. Você falou em Meister. Ele realmente está envolvido. E o Nguvu também.

- Nguvu, o negão. Eu já esperava por isso.

- Conhece os dois?

- Eles são suspeitos em vários casos que investiguei.

Nisso, Guará começou a se levantar.

- O...que... foi isso? O que você fez?

- Nada, Chefe. Ela está com uma blusa de tecido sintético, deve ter sido eletricidade estática. Aí o Senhor escorregou e caiu.

- Não...foi o que pareceu...

- Você achou que ela fosse “A Feiticeira” da tevê?

Karen riu.

- Não, acho que não. Tem um copo d´água?

Ah, sim, venham comigo.

Na verdade, Guará pediu a água para observar melhor a casa dela. Ela retornou com um copo d´água.

- Desculpe. Querem sentar? Ela apontou para o sofá da sala de estar.

Guará, aparentemente ainda meio tonto, sentou-se primeiro.

- Então, Karen... o que pode nos contar a respeito do que falei antes?

- A tal Criatura... é uma história complicada. Eu fico com vergonha de contar, mas eu e meu marido estávamos interessados em experimentar...bem... a gente havia lido sobre BDSM...

- BDSM? Mas o que isso teria a ver... perguntou Guará.

- Calma, chefe! Tem tudo a ver! Deixe que ela continue!

Ele olhou com um ar meio confuso para as duas. Diana realmente sabia muito sobre essas coisas.

- Bom... então a gente resolveu ir a um clube e conhecemos esse homem, que era o “Mestre Omar” mas que depois descobrimos ser o tal Meister.

- Devagar, Karen – disse Diana – conte primeiro sobre esse Omar.

- Pois bem, combinamos que ele seria o nosso Dominador em um final de semana.

- Vocês seriam Escravos Sexuais dele. É isso? Ele faria tudo o que quisesse com vocês?

- Mais ou menos, meu marido não aceitou várias coisas. Um carro veio nos levar até um local, fomos vendados para não saber onde era. Depois ele nos fez ficar pelados, colocou coleiras em nós. Prendeu o pênis do meu marido em uma gaiola de castidade, e em mim colocou piercings nos mamilos e uma tornozeleira. E depois um...plug anal.

- E o que havia escrito nas coleiras? Geralmente há algum nome.

- Ahn... que vergonha... era “Minha Putinha” e “Escravo Inútil”. Aí ele algemou meu marido na parede, ele poderia apenas olhar. Depois foram várias horas de sexo comigo, e bateu , deu socos, chicoteou meu marido.

Karen foi contando detalhadamente tudo o que aconteceu com o casal ( para todos os detalhes, ler os contos “Dominados Pelo Mestre Omar”). O Detetive ouvia atentamente, por vezes com os olhos arregalados. Já Diana parecia não se impressionar muito, exceto na parte onde o Negão fez a lavagem intestinal nela e ordenou que ela chupasse o seu caralho.

Então eles se deram conta que ela estava descrevendo o que ocorreu no filme que eles haviam assistido no “Canal Secreto”.

- Karen... então tudo o que aconteceu naquele filme exibido no “Canal Secreto” foi consentido? Pelo menos no início?

- Vocês assistiram ao filme! Ai que vergonha! Mas como descobriram que era eu? Os rostos foram mudados por computador!

- Calma... eu explico – disse Diana. Ao ver o filme, onde os suspeitos aparecem, achei que você poderia ser uma moça que havia sido descrita na Pousada como “muito linda”. E as várias horas de sexo selvagem me deram a impressão de que você seria uma das mulheres multiorgásticas que os dois procuravam para seus Rituais. Os efeitos de computador puderam ser descobertos pelos equipamentos da nossa Agência.

- Vocês falaram na Pousada...realmente estivemos lá, mas foi bem depois do filme. Meu marido não queria mais saber dessas coisas. Mas o Mestre Omar...desculpe, ainda é difícil falar sem me arrepiar... ele usou uma espécie de Controle Mental comigo...

- Eu sei. Usou drogas e palavras- passe para manter o domínio dele sobre você.

- Foi isso.

- Mas vamos pular para a Pousada. Há relatos de que ocorrem Rituais Sexuais naquela área, e que o Mosteiro seria sede de algumas Seitas Secretas.

- Não sei de nada disso. O que M...Omar...havia dito é que iríamos descansar, para depois combinar um novo filme. Não sei se vocês sabem, mas esse filme rendeu muito dinheiro, e chegamos a ganhar uma boa porcentagem.

- Uma maneira de evitar a polícia e um processo judicial – falou Guará.

- Mas meu marido não queria saber disso, de jeito nenhum. Como eu ainda estava sob o controle mental, sugeri a ida à Pousada. E foi à noite que ocorreu o tal Ritual onde surgiu a Criatura.

- Como foi que aconteceu?

- Nós tínhamos jantado e estávamos passeando no gramado da pousada. Eu estava totalmente pelada, porque lá era permitido. Aí vimos uma fogueira, havia várias pessoas nuas, e um altar de pedra. E o Negão.

- Nguvu.

Em seguida, ela descreveu o que aconteceu, e que ela se jogou para a frente no momento que o Negão ia ejacular dentro do cuzinho dela.

- Mas você se desviou dele por algum motivo?

- Ah, foi um tipo de aviso...sei lá.

- Não consegue lembrar?

Karen resolveu não contar sobre a Deusa, achou que iam achar que ela era maluca.

- Não sei, talvez eu tenha escorregado, sei lá. Só sei que ele gozou em cima da barriga da moça, uma quantidade enorme de porra, e aquilo virou um tipo de larva que foi crescendo e tomando uma forma meio grotesca, e gosmenta.

- Então foi assim que a Criatura apareceu! Ainda bem que não foi dentro de você!

- Credo! Nem quero pensar! Mas depois disso, eu fiquei acho que em transe, porque as pessoas ficaram meio paralisadas. Depois viemos embora, e não vimos mais nenhum deles.

O Detetive Guará se levantou, aparentemente pronto para ir embora.

- Muito obrigado, Senhora. Acho que já temos informações suficientes. Talvez tenhamos que entrevistar seu marido, mas só em último caso.

- Ahn...tudo bem. Achei que iam querer que eu fosse de novo até lá. Sei lá, para algum Ritual que fosse “desmanchar” o bicho.

- Hum...eu não havia pensado nisso. Talvez...

- Que nada, Chefe! Quem fez a Criatura foi o Negão e não ela!

Diana piscou para Karen. Na verdade, a Energia Sexual dela foi parte do processo. E talvez fosse preciso que ela fosse até a Pousada. Mas em condições especiais, e não naquele momento.

Eles se despediram da moça. No carro de Diana, Guará comentou:

- Há muito mais nesse caso do que apenas a história dela, e você sabe mais do que me contou.

- Como assim, Chefe?

- Quando eu caí, não desmaiei. Fingi que havia perdido os sentidos para ver o que ela fazia.

- Ah NÃO!!!!

- Ah, sim. E fiquei surpreso ao ver que não era apenas ela que possuía esses “poderes místicos”, mas você também!!! O que foi aquele Escudo de Fogo???

- Bom...Chefe...o Senhor sabe que eu sou apenas uma Aprendiz dessas coisas.

- Não me pareceu coisa de “Aprendiz”. Você fez bem rápido, como se já esperasse por aquilo.

- É...eu esperava mesmo. E sobre o filme...eu tenho um tipo de intuição“Sexto Sentido”?

- Isso. As coisas se interligam na minha mente, às vezes recebo uma imagem mental do que pose ser.

- Tá. Mas essa Karen deixou de contar alguma coisa. Ele ficou pensando muito na hora de contar o que ocorreu imediatamente antes do Negão ejacular.

- Talvez ela tenha recebido um aviso para não deixar ele gozar dentro dela.

- Um aviso do Além?

- Pode ser. Ela estava com a Energia Sexual em um nível bem alto.

- Então...temos duas Bruxas. E uma Criatura feita de Esperma.

- Nada de “Bruxas”. E a tal criatura já deve ter se alimentado de bichos da Mata. Já não é só Esperma.

- O próximo passo é irmos até aquela Pousada. Passar um fim de semana lá. Você vai ter que se vestir de um jeito bem mais simples, não pode ir como uma “Socialite”.

- Posso ir peladona, como a Karen foi.

- Pode mesmo?

- Não tenho problema nenhum em ficar nua, Chefe. O Senhor tem?

CONTINUA

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 9 estrelas.
Incentive P.G.Wolff a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários