Bia respondeu-me pouco depois e começamos uma conversa rápida, que voltou a ocorrer em outros dias. Eu não sabia bem o que estava fazendo, tinha raiva e tesão nela, que já estava separada do meu tio há anos, porém o meu lado certo (chamado de supergo em um dos ensaios de Freud) de ver as coisas não aprovava aquela aproximação, já o lado inconsequente (chamado de ID também por Freud) estava doido para dar vazão aos meus instintos selvagens e saber se de repente não rolaria uma transa rápida.
Renata tinha dado uma diminuída nas saídas com Sergio, uma vez por semana, às vezes dez dias. Eu seguia me encontrando com Andreia uma vez por semana e, às vezes, duas, o fato de não descrever essas transas é porque, apesar de ótimas não tinham nenhuma novidade ou fato impactante.
Um detalhe importante para quem não conhece o mundo liberal é que muitas vezes, o fato de muitos maridos curtirem ser chamados de cornos e outras coisas, não significa nada de humilhação, mas sim, uma forma de excitá-los ainda mais. Porém, isso deve ser combinado entre os dois como foi no nosso caso, pois realmente, há os que não gostam. Outro detalhe importante é que é preciso que o homem entenda que esses “xingamentos” ou comentários precisam vir de maneira natural, pois já ouvi de várias hotwifes que ficavam meio irritadas quando estavam quase gozando na rola de um comedor e o marido pedindo para elas falarem uma monte de coisas, isso corta o clima delas.
Bia seguia em minha mente e uma noite, após umas taças de vinho, resolvi ousar, comecei a dizer que sempre a achei linda, mas que agora parecia estar ainda mais atraente. Ela demorou um tempo a responder e achei que pudesse ter se ofendido, mas depois, respondeu dizendo que eu também tinha me tornado um homem muito bonito, que se lembrava de quando eu era mais jovem, já era bonitinho, mas magrinho e que agora estava com porte. Aproveitei a deixa e disse que meus primos e eu achávamos ela muito sensual e Bia respondeu rindo que percebia os olhares que dávamos e imaginava no que pensavam.
Depois dessa noite, foi se criando um clima mais íntimo entre nós e de maneira até surpreendente, Bia começou a contar que sua vida de casada era um tédio, pois apesar de Raul (o marido coroa) ser atencioso falhava em outras partes. Claro que aquilo parecia uma baita levantada de bola para eu cantá-la, mas procurei explorar um pouco mais o terreno para não me precipitar e ainda correr o risco dela contar a algum conhecido em comum e isso chegar ao meu tio Rodolfo. Só para novamente lembrar, ela não era minha tia de sangue, fora casada com esse meu tio que é irmão de meu pai.
Entretanto, apesar de eu estar indo devagar, Bia decidiu ousar e passou a dizer se eu não iria mais elogiá-la, pois fazia bem para o seu ego. Claro que a elogiei, mas era verdade, a mulher com 38 anos estava melhor do que aos 29, pudera, além de estar podendo se vestir melhor, se cuidar melhor, disse que fazia academia, seguia uma dieta rigorosa etc. Fomos criando um grau de intimidade cada vez maior e estava na cara que se no começo ela estava apenas sendo gentil, agora havia umas indiretas muito claras. Bia dizia brincando que tinha que tomar cuidado, pois se seu marido a visse conversando com um gato como eu, jamais acreditaria que era um ex-sobrinho. Essas e outras coisas me deram certeza de que eu poderia ter uma chance com ela.
Até que convidei-a para um dia almoçarmos ou tomarmos um café e minha ex-tia aceitou na hora. Marcamos um café num final de tarde, próximo ao meu escritório para dali a três dias.
Depois de acertar tudo, alternei momentos de muito tesão com de arrependimento, meu tio Rodolfo já estava casado há anos com outra, mas se soubesse, ficaria chateado comigo, por outro lado, era pouco provável que ele viesse a saber, já que Bia estava casada com outro e não iria querer sair espalhando.
Cheguei primeiro e cerca de dez minutos depois, vi Bia entrando com um vestido curto e branco e de sandálias brancas plataforma. Ela estava com os cabelos loiros, um pouco acima da altura dos ombros, um batom vermelho. Seu caminhar até minha mesa fez muita gente quebrar o pescoço, pois seu corpo era muito chamativo com qualquer roupa. Nos cumprimentamos com beijos no rosto e começamos a conversar. Contei da minha vida e ela da dela, e nossos olhares deixaram claro que apesar de estranho, ambos estavam querendo a mesma coisa. Bia voltou a se queixar brevemente do marido, falou também da filha que teve na adolescência, a garota agora estava com 21 anos e por coincidência estava cursando Direito na PUC, mas há alguns meses, trancou a matrícula e foi morar no Canadá com a promessa de que voltaria após um ano. Não contei obviamente sobre meu relacionamento liberal com Renata, mas deixei no ar que não era um santo.
Quando estávamos indo embora, acompanhei-a até o seu carro e quando ela pegou a chave na bolsa e se virou de costas para mim tentando colocar aa chave no buraco da fechadura, imediatamente em minha mente veio a imagem do dia em que meu tio Rodolfo e eu a pegamos com outro na cama e no momento em que ela se virou para pegar a calcinha e exibiu sua bunda maravilhosa. Agora, bem mais arrumada parecia até outra pessoa, mão resisti e num gesto impulsivo a abracei por trás, colocando as mãos em sua cintura, roçando meu pau em seu bumbum e disse baixo:
-Você não sabe o tesão que tenho em você, Bia. – Minha voz saiu ofegante, eu parecia um garoto inexperiente.
Ela não se desvencilhou, ficou uns segundos sentindo meu corpo, depois se virou e disse:
-Estamos brincando com fogo.
-Não me importo, somos adultos e podemos ser discretos.
Bia pareceu ter gostado da resposta e disse:
-Sabe que esse horário é difícil para mim, o Raul vai perceber minha demora e eu sei que se a gente for em frente com isso, levará horas.
-A gente marca outro dia, em um horário em que você possa.
Bia sorriu e disse.
-Tá mesmo doido para pegar a tia, Andersom?
-Ex-tia! Para mim você é uma mulher linda e gostosa e estou doido para te dar o que você já disse que não tem em casa.
-Tá bom, mas conversar melhor pelo Whats, ok?
Achei que talvez ela não tivesse gostado da minha pressa, mas antes de entrar no carro, Bia olhou para os lados para se certificar que não havia ninguém por perto, já tinha escurecido, sem dizer nada colocou as mãos entre o meu pescoço e me beijou com vontade, depois me olhou com um sorriso safado e entrou no carro.
Paralelamente a esse fato, Renata e eu começamos a falar sobre a possibilidade de partirmos para o swing, mas ambos não se sentiam motivados a ir a uma dessas casas, então teríamos que dar um jeito. Em conversas com vários casais, acabamos fazendo amizade com Jonas e Miriam que tinham na faixa de 30 anos e há mais de cinco praticavam troca de casais. Após conversarmos muito e contarmos que não curtíamos o ambiente da casa de swing. Jonas disse que havia uma espécie de clube secreto onde casais muito bonitos (chamados de VIP) se reuniam em um hotel discreto próximo de São Paulo, uma vez por mês. O dono do hotel sabia de tudo e dava todo suporte para que o evento ocorresse, em troca, recebia uma bela grana, pois todos os quartos eram reservados. Segundo Jonas, em média iam de 20 a 30 casais, mas algumas mulheres sozinhas podiam ir, desde que não fossem prostitutas. Ele me disse que como éramos muito apresentáveis e bom nível tentaria nos encaixar na próxima festa.
Pouco mais de uma semana depois, Jonas me ligou dizendo que ocorreria uma das tais festinhas dali a dois sábados e se nós tínhamos interesse. Dissemos que sim e ele nos passou um valor que precisava ser pago e depois o local do hotel que ficava há uns 40 minutos de São Paulo.
Estava animado com a novidade, talvez, Renata pudesse até transar com mais de um na mesma noite, pois, segundo Jonas, era comum que os casais fossem mudando durante a noite, desde que quisessem.
Enquanto isso, meu tesão em Bia só aumentava e nossas conversas foram ficando mais picantes e finalmente marcamos em um sábado. Fiquei tão ansioso que cheguei a sonhar novamente com ela. Avisei Renata que tinha um encontro e se estava tudo bem, ela disse que sim e que iria para a casa dos pais. Minha jovem esposa não gostava que eu entrasse em detalhes, por isso, eu procurava ser discreto.
A realização de uma fantasia
Peguei Bia no estacionamento de um shopping. Ela estava com um modelo de vestido semelhante ao do nosso primeiro encontro, porém verde. Em outro capítulo disse que minha ex-tia estava muito parecida com um camgirl chamada Wildtequilla tanto de rosto como de corpo. Quando entramos no carro, nos olhamos e já trocamos um beijo ali cheio de desejo. Muitas coisas se passaram na minha cabeça, pois desde que era moleque tinha tesão nela. Arranquei para o motel.
Não houve muita conversa, começamos a nos pegar antes mesmo de atravessarmos a porta. Nos beijamos com vontade por um bom tempo, depois a virei com força, deixando-a de costas para mim e com o rosto colado na parede. Fui beijando sua nuca e roçando meu pau em sua bunda, ainda vestidos. Depois comecei a passar a mão em sua bunda por baixo do vestido, nesse momento, tremi de tesão, era um sonho meio que proibido que eu estava realizando. Safada e cheia de truques, Bia começou a rebolar suavemente, buscando se inclinar para empinar mais o bumbum e assim oferece-lo com mais facilidade. Minha vontade era rasgar seu vestido e fodê-la ali mesmo entre a entrada do quarto e a garagem, mas me contive e entramos.
Ficamos em pé perto da cama. Ela tirou o vestido com jeito para não amassar e meu pau quase explodiu ao vê-la de calcinha foi dental e sutiã. Bia tinha um corpo maravilhoso, seios e bumbum grandes, coxas maravilhosas e estava em grande forma física. Fiquei só de cueca e voltamos a nos beijar e minha mão já foi para seu bumbum e passei a apertar com força. Ela deslizou a mão pelo meu corpo e segurou meu pau por cima da cueca e como sentiu que estava duro feito pedra brincou com voz melosa:
-Nossa! Já tá assim: Que gostoso...
Olhei para ela sério e disse:
-Você não sabe a vontade que eu tenho de te comer.
-Hoje você vai matar essa vontade.
Em seguida, a encaminhei até a cama e a fiz se deitar. Bia me olhou de certa forma surpresa com minha volúpia e deve ter ficado ainda mais excitada, tirei seu sutiã e após quase dez anos voltei a ver aqueles seios grandes com aréolas rosadas que me deixaram com tanto tesão no dia do flagrante. Alisei-os com muita vontade e comecei a mamá-los e tocá-los com as mãos, alternando com alguns beijos estralados. Depois de um tempo, fui descendo até a sua boceta, apesar de meu ímpeto, quis curtir aquele momento posicionei meu rosto entre as pernas dela e fiquei olhando para sua boceta que de tão grande, parte de já aparecia pelas laterais da calcinha. Arranquei lentamente sua calcinha branca e vi que sua boceta estava totalmente depilada. Fiquei admirando por muitos segundos, depois passei a beijar suas coxas, cheirar sua pele, chegando cada vez mais perto daquela gruta, finalmente comecei a chupar. Bia tinha o clitóris e os lábios vaginais grandes, talvez os maiores que já vi pessoalmente. Passei minha língua por toda boceta, depois foquei no clitóris, com muita calma minha língua fazia giros e arrancava leves suspiros de minha ex-tia. Suguei muito aquele clitóris, o fato de ser grande ajudava, logo ela passou a gemer mais alto e introduzi dois dedos em sua boceta rosada, quente e molhada. Passei a chupá-la e a socar os dedos. Bia segurou suas pernas no alto como que pedindo que a explorasse ainda mais. Em um determinado momento, tirei meus dedos, que vieram melados, olhei para ela e lambi-os, em seguida introduzi minha língua naquela boceta grade e experimentei mais do seu mel, sugando de maneiras desesperada.
Não aguentando mais, Bia implorou que a fodesse, pois estava há muito tempo sem sexo. Nem precisou me chupar, pois meu pau estava explodindo de duro. Trouxe-a para beirada da cama, ela jogou as pernas para cima bem abertas, e eu, em pé comecei a penetrá-la. Estava concretizando uma fantasia que lutei contra por muitos anos, foder aquela mulher gostosa e safada que tinha sido minha tia. Fui me mexendo devagar, sentindo o quanto era quente e molhada. Eu colocava tudo e depois tirava devagar, queria aproveitar ao máximo. Aos poucos fui aumentando o ritmo das estocas, ora olhava para sua boceta recebendo meu pau, ora, para o seu rosto, que de olhos fechados e com a boca aberta gemia dizendo baixo: “Assim...Isso...Como é gostoso”. Fui acelerando nas estocadas, Bia enlouqueceu e pediu que eu viesse para cama para transarmos no papai e mamãe. Passamos a trepar assim e a nos beijar, já mais solta, ela passou a dizer alguns palavrões com a voz muito ofegante.
-Caralho, Andersom, você tá me comendo gostoso. Tava doido para foder sua tiazinha faz tempo, né?
-Muito!
-Então me fode com força, me trata como a sua puta, seu safado!
Soquei com raiva e tesão nela. Num dado momento, simplesmente sai de dentro dela e voltei a chupar sua boceta, sugando seus líquidos, esfregando meu rosto todo naquele vulcão. Bia estranhou, mas delirou com minha arte. Voltei a penetrá-la e disse:
-O cheiro da sua boceta é maravilhoso.
-Você gosta, é? Safado demais - ela disse com voz ofegante.
Coloquei-a de quatro e finalmente pude ver melhor sua bunda que eu tanto sonhara, queria beijar e chupar, mas como ela estava quase gozando, apenas passei o dedo naquele cuzinho rosa e a peguei forte pela cintura. Lembrei-me do quanto ela fora safada nos tempos de casada com meu tio e o quanto aquilo me afetou, e passei a fodê-la com muita força, numa rapidez frenética. Bia passou a berrar e xingar, senti que ela iria gozar e usei toda minha força até que ela gozou e eu não resistindo mais também gozei, soltando muita porra dentro da maravilhosa adúltera.
Suada e descabelada, Bia caiu na cama, cobrindo o rosto com o braço e puxando a respiração. Deitei-me ao lado dela e fomos nos acalmando. Após uns dois minutos, ela se virou para mim com cara de safada feliz e disse:
-Quem diria que meu sobrinho trepava como um garanhão. Você é gostoso demais, uma tentação.
-Você também é demais, Bia. Gozei para caralho.
-Nossa! Você sabe que não sou santa, mas fazia muito tempo que não dava uma escapada.
Ficamos ali mais um tempo, bebemos uma cerveja, mas logo voltamos a nos beijar. Dessa vez, Bia resolveu mostrar os seus truques. Começou a me chupar com vontade, elogiando a rigidez e a grossura do meu pau. Ela sabia chupar e até nas bolas, passou a língua de um jeito que me arrepiou. Partimos para um 69, e decidi que era hora de lamber aquele cu rosa e suado. Sem frescura comecei a passar a língua e depois de um bom tempo, soquei meu dedo indicador nele.
Voltamos a transa e Bia subiu em meu pau, dando início a uma lenta e deliciosa caminhada. Aos poucos, ela foi aumentando o ritmo e quicava com vontade, já gemendo. Eu tinha minhas mãos em sua cinturas, mas fazia questão de vez ou outra deslizar meus dedos por aquele rego grande e cutucar seu cuzinho. Após um tempo, voltei a fodê-la de quatro e não resistindo, dei-lhe uns tapas naquela bunda branca, deixando-a marcada. Sei que muitas mulheres não curtem tapas na bunda, por isso, raramente faço, mas minha ex-tia, não só gostava como ainda rebolava em minha pica e pedia mais forte. Transamos por um bom tempo assim, depois me sentei na cama e ela se sentou por cima de mim de frente, passamos então a foder assim, ela subindo e descendo em meu pau e eu beijando seus seios e pescoço, o cheiro de sexo estava no ar. O novo orgasmo dela estava chegando e para ajudar comecei a me mexer por baixo para que a penetração fosse mais intensa. Ela passou a dizer:
-Tá vindo, tá vindo, tá vindo...AHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!.
Eu também gozei e caímos abraços totalmente ensopados na cama. Naquela tarde, após um tempo conversando. Demos mais uma e Bia após gozar sendo chupada, deixou eu comer seu cuzinho. Soquei com muita força nele e ela apenas me dizia: “Come, vou te dar sempre que quiser”. Tirei meu pau e vi o quanto aquele cu rosa estava dilatado, voltei a enfiar novamente e gozei socando com tanta força, que cheguei a ficar tonto por alguns instantes.
Mentiria se dissesse que quando sai do motel, fiquei arrependido, a minha vontade era marcar logo outra data para uma nova trepada. Bia deixou claro que poderíamos nos ver outras vezes, mas tínhamos que ser bem discretos, pois apesar do marido ter problemas de ereção e não poder tomar Viagra por ser hipertenso, ela o amava e não queria que ele descobrisse nada. Para mim, o arranjo era mais do que ótimo.
O swing
Voltando à minha rotina, finalmente havia chegado o dia de irmos ao encontro de casais liberais no hotel. Renata foi com um vestido de matar, vermelho com alcinhas finas, decotado, curto e com uma abertura lateral que chegava perto da cintura, o sapato de salto alto também era vermelho. Ela havia se maquiado muito bem e ido ao cabelereiro. Levamos uma muda de roupas de reserva, pois só voltaríamos no outro dia.
Na entrada, havia uma regra, além de apresentar o convite, todos tinham que deixar seus celulares num armário ou se quisessem poderiam deixar o aparelho no carro. Isso porque, havia gente importante ali e, vez ou outra até gente famosa aparecia e óbvio que todos não queriam correr nenhum risco. Se alguém tentasse entrar com um aparelho escondido, era imediatamente expulso pelos seguranças.
Após passarmos pela portaria, havia um salão onde os casais que chegavam iam interagindo e ao fundo uma música para quem quisesse dançar. Também havia comes e bebes. Conversamos com alguns casais, sem falsa modéstia, pela beleza e por ser uma novata, todos olhavam para Renata e queriam fazer amizade na esperança de mais tarde terem a chance de ir com ela para um dos quartos. Mas também, verdade seja dita, havia muitas mulheres lindas pelo salão, seria difícil escolher a que mais me agradou ali.
Começamos a nos entrosar, conversamos com alguns casais e fomos meio que imaginando com quem gostaríamos de transar.
Num dado momento, quando conversava com Jonas e um tal Caio com quem tinha feito amizade ali, noto um que algumas pessoas se amontoaram próximo à porta para cumprimentar um homem de quase 60 anos, mas bem conservado. Achei que o conhecia, mas antes de descobrir, Caio disse:
-Ih, chegou o Monteiro, esse cara é arrogante demais.
Fiz um esforço para juntar o nome à figura e me lembrei, esse tal de Monteiro era um empresário/político muito rico, mas rico mesmo desses de ter helicóptero, jatinho e coleção de carros importados. Seu pai deu início a um império na área de construção civil e ele e o irmão fizeram esse império se tornar ainda maior. No passado, foi deputado federal, mas não quis um segundo mandato, pois dizia que era pouco para ele, preferia ser uma espécie de mentor de políticos e de outros empresários. Na lista dos que beijavam sua mão estavam alguns deputados, senadores, prefeitos e até um ex-governador. Resumindo o coroa era o poderoso
Só não entendi o que ele fazia ali, até porque sua fama era a de mandar buscar modelos, inclusive de TV com seu jatinho apenas para passarem uma noite com ele. Perguntei aos dois:
-Mas ele não é cheio de modelos para cima e para baixo? O que faz em uma festa dede troca de casais?
Caio respondeu:
-Pois é, também já me perguntei isso certa vez, a verdade é que muitas vezes, ele vem olha todas as mulheres e sai, mas quando uma o encanta, ele simplesmente a pega como uma mercadoria e fica com ela por uns dias e os maridos aqui aceitam de boa, mas para dizer a verdade, acho que só foram umas duas que o coroa pegou, ele é exigente.
Fiquei olhando para Monteiro, um cara perto dos 60 anos, alto, relativamente em forma, tinha os cabelos impecavelmente penteados para o lado com um leve topete, metade era grisalha. Apesar dele parecer simpático, meu faro como advogado detectou que ele era um dissimulado dos grandes. Após mais uns minutos conversando com os dois, fui chamar Renata que estava com um casal.
Nos sentamos em uma das mesas e algum tempo depois, Monteiro se aproximou de nós já se apresentando. Perguntou se poderia se sentar e já foi sentando. Começou a conversar e elogiar demais a beleza de minha mulher, ele realmente tinha ficado fascinado por Renata. No começo, ainda trocou algumas palavras comigo, mas logo, de maneira acintosa, passou só a conversar com ela e a me ignorar completamente, fazendo-lhe perguntas diversas. Tentei entrar na conversa uma vez, ele me cortou abruptamente, mais um tempo, tentei e ele novamente me cortou, sorrindo para minha esposa e fazendo sua voz se impor. Tentei uma terceira vez e ele repetiu a tática, dessa vez me dando um olhar rápido de desprezo. Nesse momento pensei : “Saquei a desse filho da puta, já li que alguns caras que se acham machos alpha gostam de subjugar o marido liberal para que o mesmo entenda seu lugar de figurante ”, mas ele iria se foder legal, pois eu estava longe de ser isso e mesmo que não fosse esse o caso, detesto gente arrogante em qualquer situação, se quisesse algo com minha mulher naquele contexto liberal, precisava ao menos ser educado.
Decidi que tentaria entrar na conversa mais uma vez para tirar a prova. No momento em que ele fez uma pergunta, comecei a responder, e o coroa sem olhar para mim, me cortou e entrou em outro assunto com Renata. Nessa hora, explodi e disse:
-Renata, vamos embora agora! Não vim aqui para passar raiva por causa desse palhaço idoso.
Ambos ficaram espantados com minha reação, mas notei o olhar de raiva de quem foi desafiado e não gostou, vindo de Monteiro. Peguei na mão de minha esposa e sai. O coroa tentou falar algo, meio que se desculpando, mas nem ouvi. No caminho, Renata disse:
-O que houve para você explodir assim?
-Você não notou como o idiota estava me cortando da conversa. Ele estar interessado em você, tudo bem, viemos aqui para isso, mas não dá o direito a esse filho da puta de querer me rebaixar.
Renata pensou por alguns segundos e disse:
-Tem razão. Notei que ele não dirigia a palavra a você, mas achei que não era proposital.
-Vamos embora, esse velho me irritou, não tenho clima para ficar aqui.
Acabei gastando uma boa grana com a compra dos convites e perdi um tempo enorme à toa, mas o meu caminho ainda iria se cruzar com o do tal Monteiro.