“86 páginas”. – respondi
O ar estava pesado, abafado apesar da refrigeração ligada. Havíamos ficado trancados ali já há mais de uma hora revisando alguns pontos de um grande projeto.
“Tudo isso ?” – meu chefe perguntou surpreso.
“Sim, e olha que não e dos maiores. O contrato foi revisado pelo jurídico deles e acrescentaram algumas condições.”
“Nossa. Minha época isso era mais simples...”
Meu chefe era uma figura histórica na empresa. Anos, décadas de dedicação, mas conforme as coisas aumentaram de proporção ao longo do tempo, cada vez mais ele ficou distante dos processos, da papelada. Era meu trabalho cuidar disso.
Fabiano estava ao seu lado na cadeira. Era seu braço direito, seguidor dos ensinamentos de como conquistar clientes.
“Mas o Alex cuidou de tudo já, não eh ?”– disse ele colocando a mão no ombro do meu chefe e me encarando.
Aquele sorriso circundado pela barba cerrada, o olhar castanho penetrante ornado por sobrancelhas marcadas que davam a ele a expressão intimidadora que conquistava clientes e fazia meu cuzinho piscar. Já haviam passado alguns dias desde a última foda no banheiro da garagem, onde após ser praticamente chantageado pelo Diego, que me deixou com garganta dilatada e besuntada de sua gozada farta, fui possuído contra a parede do reservado em uma comida rápida. O trabalho nesse novo projeto estava sugando a todos e tirava a possibilidade de escapadas ao longo do dia. Até o Diego havia me deixado em paz, sendo requisitado o tempo todo para alguma tarefa ou ajudando algum dos estagiários. Dois deles acompanhavam a reunião para aprenderem um pouco dos negócios.
“Bom, sem dúvida! Alex sempre muito eficiente! Aprendam com ele garotos!” – falou em direção aos estagiários, dois rapazes em seus 20 anos, com olhares um pouco assustados.
Me senti um pouco encabulado com o elogio, mas agradeci com um sorriso.
“Acho que terminamos então! Alex, você tem 90 páginas pra revisar, Fabiano temos a visita as 14, vai almoçar onde?”
“Ah... a Vanessa está perto. Vou almoçar com ela, pq chefe ?”
“Hum... Vou para casa então. Vá dar uma atenção a tua mulher...é importante! Se não...”
“Chefe” fez um sinal de chifre com os dedos e gargalhou. Olhei para os estagiários que me olhavam mais assustados. Apenas sorri de leve e sinalizei com a cabeça que esperassem um pouco enquanto os Fabiano e chefe saiam.
“Bom! O que acharam ?”
Eles se olharam procurando resposta um no outro e um deles balbuciou.
“Diferente...”
“Eh...” – concordou o outro
“Não era o que vocês esperavam ouvir de um gerente como ele?”
Novamente eles se olharam procurando resposta um no outro.
“Então... o Sr. Miguel é bastante espirituoso, vamos dizer assim, com a equipe. Mantém um clima amigável, mas ao mesmo tempo é bastante responsável e exigente em relação aos resultados. Tenham em mente isso...”
A conversa se estendeu por mais alguns minutos. Orientar os estagiários era parte do meu trabalho assim como delegar algumas atividades a eles, e logo que consegui explicar o que deviam fazer, respirei fundo e os deixei ali mesmo trabalhando em uma tarefa.
Já na minha mesa me preparava para revisar toda a documentação quando ouvi do canto uma voz feminina.
“Oi Alex!!”
Olhei em direção ao chamado e estava ali estava uma morena sorridente de cabelos longos acenando. Vanessa, esposa do Fabiano.
“O-oi! Tudo bom?”
“Si...”
“Vamos amor!?” – Fabiano surgiu vindo da sala do nosso gerente.
“Claro!”
Gentilmente ela sorriu e acenou em minha direção. Fabiano percebeu e me vendo retribuir um a cabeça o aceno, falou:
“Leco!? Não vai almoçar ?”
“86 páginas ...” – disse apontando para o calhamaço de folhas.
“E vai desmaiar em cima das 86! Bora almoçar!”
“Vem almoçar com a gente!” - disse Vanessa toda sorridente
Fabiano apenas sorriu.
Minutos depois estávamos os três em um restaurante do outro lado do prédio do trabalho. Não como negar que a sensação era estranha. Vanessa era muito simpática, um doce de pessoa e eu era a puta do marido dela, que só não tinha porra dele em algum buraco porque a semana estava corrida. Fabiano no entanto parecia estar bem confortável, sorrindo dos comentários dela e atencioso para tudo.
“Nano!!!” – era assim que ela o chamava – “Hoje depois do trabalho vou para minha irmã... Ela está toda perdida...”
“Hoje ?! Vai pegar o carro?”
“Sim... O bebê anda irritado e ela tá precisando de um apoio. Lembra que te avisei?”
“E o Renato?”
“Ele ajuda, mas o coitado trabalha aquele turnos longos...”
“Sei não! Essa história de turno longo...”
“Nano!! Que isso!?” - Ela deu um leve tapa no braço dele.
“To brincando, amor!”
“Alex não está entende nada né? Hehe!” – disse ela sorrindo e ajeitando os cabelos cacheados. – “Minha irmã teve um bebê, mas é o primeiro filho e ela está muito assustada ainda. Minha mãe vai lá às vezes, mas hoje lá pediu minha ajuda...”
“Entendi! Tenho um irmão que passou por isso. Ele e minha cunhada ficaram um bagaço nós primeiros meses...”
“Sim!! Meu cunhado ajuda, mas ele trabalha pra caramba, uns turnos bizarros e agora, mas que nunca, precisam de dinheiro...”
“Puxa mor!” - Fabiano interrompeu – “Hoje e dia do futebol eu ia precisar do carro...”
“Ai ai! Mas eu prometi pra Carla... Não pode ir com alguém ? Tu não joga Alex?”
“Não não...” – respondi
“É um ‘perna de pau’, mor. Jogou uma vez... goleiro, dei de bola na cara dele!”
Olhei espantado para o Fabiano. Nunca havia jogado com ele, mas a piscadinha e o sorriso me fizeram entender o que ele estava dizendo.
“Então, você me leva de carro até o ginásio e na volta passa e me pega?”
“Mas eu vou ficar lá essa noite... Fabiano, tinha te avisado!” – uma pitada de frustração e impaciência despontando na voz.
“Eu esqueci mesmo. Deixa que eu resolvo mor! Pego carona com um dos colegas.” – disse selando a paz com um beijinho, que me deixou desconfortável, mas não consegui não ficar encarando a tremenda cara de pau do safado. Nossos olhos se encontraram e foi quase palpável o momento em que a mente devassa dele processou algo.
“Olha só, Leco! Hoje vou no futibas mas depois, se tu quiser passar lá em casa pra gente rever o projeto...”
“Projeto?!” – não entendi de primeira a armação
Ô cabeçudo! O projeto do teu cliente! Aquele que te fez gemer!! Haha!”
“Que isso amor!?”
“Mas é verdade! Esse aí ficou todo assanhado no projetão, não é não Lecão?!”
“Ai mor! Tá deixando ele sem graça...para com essas brincadeiras bobas!”
“Tá certo! Mas o Alex já é acostumado comigo...” – disse ao mesmo tempo que piscava me deixando em uma mistura de nervosismo e vergonha
“Tu é muito bobo Nano!!”
“Concordo contigo nisso Vanessa! Esse aí eh abobado e... gosta de se arriscar.”
“Eu me arrisco... Eh bom...dá tesão de trabalhar.”
“Ai mor, mas tem que ter cuidado. Alex, tu freia esse desmiolado?!” – disse ela tomando um suco sem prestar muito atenção na gente.
“Sim...” – meus olhos e os deles se encontrando, faiscando por cima da mesa
“Ele da cada trancada em mim, mor!!” - falou Fabiano que sorriu ao ver minha expressão visivelmente incrédula
“É Alex ?! Tem que parar esse doido as vezes né?”
“Eu... Tento...”
“Mas daquele escritório eh o que mais se fode! Toma no cu direto né, Alex ?”
“Mor!!” – Vanessa quase se afoga com o suco
“Mas eh verdade mor! Sem cuspe ainda! Vai no seco, ate o talo!”
“Meu Deus! Moooor!” – o tapinha bobo no braço dele tirou um ‘ai’ dele e uma risada
Não conseguia acreditar o quão sacana ele era. Na frente da esposa, dissimulado em brincadeiras ele jogava na mesa o que fazia comigo. Sem nem perceber eu comecei a jogar o mesmo jogo
“E teu marido é o que mais me ferra!”
“Ultimamente sou mesmo” – disse erguendo o rosto quase triunfante – “Mas não sou só eu, né ?”
Senti seus olhos fixados em mim, aguardando a resposta. Ele suspeitava ou já sabia de algo e enquanto nos olhávamos sem piscar, Vanessa ria das aparentes bobagens e tiradas do marido.
“Não.” – Respondi aguardando a reação, que veio com um erguer de sobrancelha
“Ah não? E quem mais anda fudendo contigo, Lecão?”
“Para vocês dois! Está na minha hora quase! Fabiano consegue ou não uma carona?”
“Mor, se o Alex passar me pegar...”
“Mas eu não vou no jogo...”
“Tsc... Me pega depois do jogo, a gente vai lá pra casa e daí eu que te pego, hahaha!”
Meu rosto enrubesceu com o descaramento dele. Vanessa pareceu nem dar bola, ao que me percebi u estava acostumada com as piadas de duplo sentido do marido. Inclusive me olhou com um sorriso esperando o que eu diria.
“Ta bem!” – concordei – “Passo depois do jogo onde vocês jogam.
“Ótimo!” – disse ela – “Resolvido! Eu levo você e depois o Alex te dá uma carona.”
Saímos do restaurante e na porta os dois se despediram com um selinho. Vanessa se dirigiu para um lado e nós dois para o outro, não sem antes nos deixar uma recomendação.
“ não vão ficar trabalhando até tarde... e se embebedando. Beijo!!”
Quando já estávamos a uns passos de distância, Fabiano soltou.
“Ai ai... eu vou tomar umas cevas. Mas tu Lecao, vai ficar bêbado da leitada que vai levar na goela!”
“Tu é louco! Falando essas coisas....com tua esposa junto.. e se...”
“Calma! Ela nem desconfia. Vanessa é o amor da minha vida, faço tudo por ela... mas ela não atende alguns... aspectos que o macho dela precisa.” – disse da do uma apalpada discreta no saco – “Que felizmente achei um viadão safado que adora uma rola, uma gozada na boca, um mijão na cara... Não é ?”
Fiquei sem respostas, processando o que ele disse e, obviamente meu silêncio foi a confirmação. Logo entramos no prédio do escritório, passamos pelo porteiro que cordialmente nos cumprimentou.
“O Leco, a sobremesa pesou. Vou de escada.”
“Que? Escada? Sobremesa?”
“Vo de escada. ‘Bora tbm ?”
“8 andares Fabiano?”
“Exercício!!”– disse dando uma piscadela que já acendeu meu alerta...e meu cu.
Assim que subimos dois lances de escada, no patamar entre andares senti a mão firme na minha nuca me segurando.
“E aí?!”
“Fala!” – disse rosnando no meu ouvido – “Fala que tu é meu viado!”
“Fabiano... aqui não!”
“Xiu! Meu cacete não vai aguentar até de noite. Dá uma chupada aqui!”
“Fabiano!!!”
“Vai! Mostra a puta que tu é! Da uma lambida. só na cabecinha! Só pra sentir o gostinho de pica”
“Fabi...Guarda isso!” – quando olhei para baixo ele já havia tirado o cacete pra fora pela braguilha da calça.
“Só na cabecinha! Prometo! Coloca só a cabecinha...vai...faz pro teu macho...”
“Puta merda Fabiano! Tu não tem moral ?!”
“Nenhuma! Agora vai, põe essa boca no meu pau!”
Olhei para o alto e para baixo, em direção aos outros patamares, nenhum ruído. Ainda era horário de almoço e aparentemente ninguém no prédio se prestava a usar as escadas nesse momento. Fitei a pica lustrosa, com a cabeça brilhando de prégozo que começava a verter. Imediatamente senti um formigar na pele e o salivar na língua.
“Tá bom! Uma lambida!” – concordei com o olhar sério para ele.
“Isso! Um agrado pro teu macho...”
Fui me curvando, observando o cacete duro despontado para fora da calça e logo fui interrompido pela mão dele em meu ombro.
“Assim não. Sem graça assim... Fica de joelho na minha frente”
“Fabi...” – comecei, mas a resignação me tomou, seria uma discussão inútil e, apesar do tesão, queria sair dali logo como medo de alguém aparecer.
Já na frente dele, segurei o pau pela base, observei a grossura da jeba e o filete cristalino já a ponto de pingar. Fui levando a boca na direção da glande, deixei-a tocar meus lábios ainda fechados pintando-os com sua umidade. Encarei Fabiano, olhando fundo em seus olhos onde era possível ler os pensamentos devassos que passavam.
“Agora vai, abre a boca pra colocar a cabecinha...”
Fui abrindo, sentindo a pele da glande tocar o tecido da minha língua, espalhando o sabor pungente de pica, levemente salgado de pré-gozo, suor e mijo.
“Assim! Coloca só a cabecinha...na goela vadia!!!”
Em um movimento Fabiano segurou minha cabeça enquanto atolava o pau me deixando sem ar. A glande foi abrindo minha garganta, penetrando até meu nariz quase bater em sua cintura. Estapeei e empurrei ele, tossindo que foi meio desequilibrado para trás.
“Cof!Cof! Trou-xa!!Quase... me sufoca!”
“Haha” – ele ria, com a piroca para fora, dura e melada de saliva.
Fiz menção de me levantar, ainda tossindo um pouco
“Não! Não! Não faz assim Lequinho!”
“Fazer o quê, palhaço!?”
“Tu mal ficou com o pau na boca!”
“ Tu disse que era só a cabecinha, animal! Quase me mata!”
“Haha! So tu pra acreditar em lance de ‘só a cabecinha' “
Olhei sério pra ele, já em pé e limpando minha boca.
“Guarda isso!”
“’bora Leco! Ainda tem 10 minutos do almoço! Dá uma mamada!” - a mão segurando o cacete sacudia a pica dura no ar respingando baba na minha calça.
“Não! Guarda e vamos pra sala”
“ Lecoooo! Faz isso não! Tô duraço!”
“Eu tô vendo. Agora guarda e vamos!”
“ Porra Leco! Bancando o viado xarope! Eu guardo, mas só se tu pedir direito”
“Pedir direito? Fabiano guarda isso e vamos!”
“Pede direito! Não é ‘isso’ Respeita teu macho!”
Olhei meio incrédulo para ele, mas algo mais duro do que o cacete era a cabeça teimosa.
“Guarda esse ‘caralho’, e vamos”
“Caralho? Só caralho ?” – disse olhando nos meus olhos, se aproximando devagar
“Pau? Caralhão ?” – estava tão perto que o pau tocava em mim e podia sentir sua respiração próxima do meu rosto, sua mão pegou a minha e direcionou ao membro rígido o qual segurei, seduzido – Cacete...de macho...
“Macho é ?” – boca dele muito próxima da minha – “Teu macho?”
“Ah-ahammm” – minha mão segurando firme a verga quente
“Então obedece teu macho...e chupa o cacete dele...vai...” – disse com aquela voz rosnada, baixa, ao pé do ouvido.
Sua mão pesou no meu ombro, me direcionando para baixo. No instante seguinte eu estava novamente diante da pica cada vez mais úmida, que forçou meus lábios a se abrirem, e ali no vão da escada, começou a foder minha boca
“Assim! Meu viadinho boqueteiro...isso!”
Segurando minha cabeça pelas orelhas, Fabiano entrava e saia com a piroca na minha boca, indo fundo em algum momentos e em outros, deixando só a glande entre meu lábios me incentivando a sugar.
“Agora sim! Só a cabecinha do meu pau! Isso, chupa só a cabeça! Ahhh!!”
Fabiano estava no caminho de encher minha boca de leite mas o som de alguém entrando em um dos patamares logo acima fez ele ter um sobressalto.
“Merda!! – falou já sacando a pica da minha boca e guardando desajeitado dentro da calça. – Vem!Vem!
Com ajuda dele, me levantei rápido do chão e saímos apressados pela porta que levava aos corredores do andar que estávamos.
“Ali! O elevador tá nesse andar!” – apontei apressado
Em uma passada rápida nos dirigimos sem olhar para trás, como dois meliantes fugindo. Já no elevador, o coração disparado e o susto nos fez ficar parados, encostados no espelho por alguns segundos.
“Não tá subindo!”
“Nem vai... A gente não apertou nada!Hahaha!”
A risada dele aliviou a tensão, me devolvendo os movimentos para que eu conseguisse apertar o botão do nosso andar.
Ficamos em silêncio, me vi perdido no pensamento de que quase fui pego novamente chupando um homem no corredor do prédio. Que tipo de puto eu estava me tornando? O que aquele homem estava me levando a fazer com seus encantos de macho-alfa e dominador.
Meu devaneio foi interrompido pelo toque suave dele no meu queixo, limpando algo, e secando o dedo na minha própria camisa.
“Tava sujo aqui. – me deixando um pouco sem ação com a delicadeza e cuidado.
Me virei pro espelho para revisar o rosto e ajeitar o cabelo um pouco despenteado. Fabiano seguiu olhando para frente comentando.
“Melhor assim...” – disse ele
“Quê?”
“O taque fica mais cheio pra hoje de noite!” – olhou safado patolando o pau.
“Fabiano...”
“Hum?!” – acenou com os olhos
“Teu zíper tá aberto.”
“Ooops!”