Respondendo à vários - Bola 15, Negão450, Alexandre33 - É certo que vocês acabam interpretando o que o autor escreve e coloca nas ações e bocas dos personagens, então, se entenderam errado, parte da culpa é do autor que não soube deixar claro - Acho lícito um leitor desconfiar de um personagem que fala uma coisa e diz outra. Nessa história, a única que fez isso é a Liz, algumas vezes, mas o autor já disse e afirmou algumas vezes, não é por ser falsa, nem por mau-caráter, mas por ser insegura e despreparada. Não se trata de um problema de conduta moral, mas de idiossincrasia da personalidade daquela personagem, conflitiva e conflitada, em torno da qual a história transcorre. Então, ela, a Liz, e suas contradições, são sempre o elemento gerador de tensão ou reviravoltas. Mas mesmo podendo parecer egoísta, não é esse o caso da Liz, eu autor acho isso. Segundo: Eu acredito, pois já vivi isso mais de uma vez, na possibilidade real de uma pessoa gostar imensamente de duas ou até três. EU não acredito nessa mentira que o marketing inventou sobre o conceito de AMOR, alma gêmea, felizes para sempre, criado para obrigar as pessoas a amar a deus, e depois amar um único cônjuge até que a morte os separe. Invenções da maior praga que existe na sociedade humana - as religiões - criadas pelo homem para manipular o homem. São a causa de discórdias, brigas, guerras e intolerância há mais de 5 mil anos. Pensem apenas na Palestina e já terão a prova. Se existir um DEUS, não é de uma religião, é de tudo e todos, e não tem exigências, se depender de DEUS, cada um age e colhe o que planta. Assim, se o leitor achar que o modelo que guia meus personagens se encaixa no amor romântico e único, está sempre enganado. Eu acredito e procuro difundir um conceito de liberdade, de liberalidade. O que os meus personagens fazem, em toda as histórias que eu escrevo, é criar um processo de seu aprendizado para a vida liberal. Não existe só felicidade na vida. A vida é feita de ganhos e perdas, conquistas e derrotas. E isso ensina as pessoas o que é melhor para elas. Estou esclarecendo isto, pois se tentarem ver a minha história sob um prisma do vosso código próprio de conduta, sempre estarão contrariados. Eu tento criar personagens onde o caráter é sempre o melhor possível embora cometam erros. E se não acreditarem no que dizem os personagens, esperem para ver onde vai dar a história. Se gostarem. Eu não escrevo histórias para GOSTAREM, eu escrevo histórias para mexer com o leitor, tirar o leitor do seu mundinho protegido e seguro, confrontá-lo com questões que podem ser um tapa na cara, ou uma grande satisfação. O que eu acho é que o sexo, o mundo da libido, do erotismo, é um caminho para eu praticar esse exercício de quebrar paradigmas, e defender que a vida liberal é o futuro, e salvação e a glória. Louvada seja a liberdade. Fim.