Sandra, pensativa, dirigia rumo à sua casa. Se lembrava dos milhares de pequenos detalhes, que reunidos, transformavam Carlos no único homem que amou verdadeiramente durante a vida: seu jeito tímido e romântico. Seu humor leve e natural, que sempre a fazia sorrir. Sua generosidade com os familiares e amigos. E principalmente, Carlos era seu melhor amigo. Sempre conversaram sobre tudo, e tudo era decidido de comum acordo na vida deles. "Como pude me deixar levar por pensamentos infiéis dessa forma? Talvez, seja o tempo sem sexo, o cansaço por ter trabalhado tanto durante esse último ano. A falta do meu marido ao meu lado." - Pensava ela, enquanto estacionava o carro na garagem de sua casa. Sandra entrou pela porta dos fundos que dava na cozinha.
- Boa tarde, cunhada. - Júlia a recebia de bom humor.
- Oi, querida! Carlos descansou? Não teve mais nenhum pico de pressão?
Sandra reparou que interrompera uma conversa animada entre a cunhada e um enfermeiro negro, alto e muito bonito que estava de plantão naquele horário. Preferiu não dizer nada. "Júlia está na idade da curtição. Tem que aproveitar mesmo" - pensou Sandra, sorrindo de forma marota para os dois.
- Sr. Carlos está dormindo agora, senhora. No começo da manhã aferi sua pressão de hora em hora. Está tudo bem, pressão normal. Ele também almoçou muito bem. - disse o enfermeiro tranquilizando-a.
Sandra precisava ficar sozinha com o marido na casa, não queria que ninguém soubesse o que tinham para conversar. Principalmente familiares. Teve uma ideia, vendo que Júlia e o enfermeiro estavam em um clima gostoso de paquera, chamou a cunhada na sala, entregou duas notas de cem, as chaves e os documentos do carro e disse:
- Preciso de um tempo a sós com meu marido. Leve o rapaz pra dar uma volta com você. Vá ao cinema ou talvez, dar uma volta no shopping. Só preciso que você demore algumas horas.
Júlia feliz, não queria nem saber o motivo. Só queria aproveitar o passeio com despesa paga e tirar onda com o carrão da cunhada.
Sandra entrou no quarto do casal tentando não fazer barulho e vendo que Carlos dormia, aproveitou para tomar um banho.
A água morna que caía sobre seu corpo, ajudava a diminuir a tensão do momento. Sandra simulava em sua mente, vários cenários possíveis para a conversa que teria com o marido. Em nenhum deles, via a possibilidade do casamento acabar. Afinal de contas, se manteve fiel à Carlos durante todo o tempo. Mesmo que seus pensamentos a tenham traído. Desligou o chuveiro, se enrolou na toalha e voltou ao quarto. Carlos ainda parecia dormir.
Se livrou da toalha a colocando na cadeira de sua penteadeira. De costas para o marido, começou o ritual diário que fazia após o banho: Nua, se auto massageava com seus cremes de hidratação.
- É incrível como você consegue ficar cada dia mais linda. Resolveu me torturar? - Carlos, muito acordado, a olhava com admiração. E muito tesão.
Mesmo surpresa, achava que ele estaria muito bravo, um desejo incontrolável começou a tomar o controle de seu corpo. Sandra subiu na cama e foi engatinhando em direção a Carlos com cara de tarada. Sabia das dificuldades dele, mas estava subindo pelas paredes. Carlos, que após a conversa com Lucas, já estava mais tranquilo, também estava com muita saudade da esposa. Nenhum dos dois falava uma palavra sequer. Os olhares diziam tudo um para o outro. Ela queria demais e ele queria também.
Sandra sentou com cuidado no colo do marido e lhe acariciou o rosto com uma mão. A outra percorreu seus cabelos em direção à nuca. Carlos acariciava suas coxas que estavam ainda um pouco oleosas pelo creme recém passado que não fora totalmente absorvido pela pele.
- Ah! Esse cheiro.... Foi tão bom senti-lo quando acordei desorientado naquele hospital. - Carlos, de olhos fechados e com o pau duro, se entregava as carícias da esposa.
- Opa! Acho que alguém despertou aqui em baixo. - Disse Sandra enquanto dava uma reboladinha cuidadosa na rola dura dele.
Carlos notou o extremo cuidado com que a esposa o tratava. E disse:
- Não sou de vidro. Pode abusar um pouco mais.
Sandra, encorajada pelas palavras dele, se levantou e começou a despir o marido. À cada peça de roupa tirada, cada parte do corpo dele era beijada, cheirada e lambida demoradamente.
O deixou só de cueca. Esfregava o rosto e dava beijinhos na pica dura do marido através do fino tecido. Sentia o pau pulsar a cada contato de seu rosto e sua boca.
- Tem certeza que está bem? Depois eu não vou conseguir mais parar. Já faz muito tempo e eu estou precisando demais. Não precisa se esforçar, só fica quietinho aí e deixa o resto comigo. - Sandra dizia quase implorando por uma resposta positiva.
Carlos a puxou para um beijo longo, saudoso. Suas línguas se misturavam como há muito não faziam.
Sandra desceu novamente beijando todo o corpo dele, da boca até a barriga, aproveitando para já tirar o pau dele para fora e começar uma punheta carinhosa. Esfregou a rola nos seios e no rosto por alguns minutos.
- Que saudade do meu macho. Saudade dessa piroca que me leva a loucura. Ah! Meu amor. Como eu tenho sonhado com isso... - Disse Sandra esquecendo de medir as palavras.
Carlos fez a conexão das palavras dela com o que tinha presenciado na última noite. Mas, estava também com tanta saudade de fazer amor com sua esposa, que preferiu relevar.
Sandra, sem perder mais tempo, se livrou da cueca de Carlos e enfiou a rola na boca. Mamava com vontade babando o pau todinho. Enfiava o máximo que conseguia na boca até quase engasgar e depois tirava dando uma chupada estalada na cabeça do pau. Carlos gemia satisfeito.
Sandra voltou a sentar no colo do marido deixando o cacete muito duro no meio de sua xoxota melada, dividindo os grandes lábios. Balançava o corpo devagar sentindo o roçar da cabeça da pica em seu grelo entumecido pela excitação. Se beijavam como se fossem adolescentes, descobrindo pela primeira vez o prazer de estar com o outro.
- Nossa, amor! Que delícia. Como eu senti falta de você. Teve momentos que eu pensei que não ia mais voltar pra mim. - Sandra dizia sem parar de se esfregar no pau dele.
Carlos curtia o momento. Não queria falar nada. Tinha medo que suas palavras estragassem aquele momento tão esperado.
Sandra, muito excitada e com seu mel escorrendo pela rola de Carlos, levantou um pouco o quadril e pegando no pau do marido apontou para a entrada de sua boceta. Precisava ser penetrada sem mais demora. Foi sentando devagar e no começo sentiu um certo desconforto, normal para quem está a quase dois anos sem ser penetrada.
Carlos também sentiu uma grande dificuldade na penetração, e isso o deixou muito contente. Para ele era sinal que Sandra realmente estava a muito tempo sem sexo.
Mesmo com o desconforto, Sandra continuou segurando a rola na entrada de sua xoxota e forçando com calma o corpo para baixo. Pensava que a lubrificação intensa ajudaria. Sentiu a cabeça entrando e uma pequena ardência. Carlos começou a masturbar seu grelo ao notar a expressão de dor da esposa. Fez menção de parar, mas Sandra o encorajou:
- Não desiste. A cabeça já está dentro, falta pouco. Eu preciso muito de você agora. Não pare.
Carlos continuou dedilhando seu clitóris enquanto Sandra já tinha agasalhado mais da metade da rola dele. Em poucos segundos, já estava tudo dentro. Sandra olhou para ele com ar de vitória. Lhe deu um beijo que o deixou sem ar e disse:
- Não falei. Ela estava sem uso, por isso se fez de difícil. Mas, ela sabe que é sua. E sempre será.
Carlos não aguentou segurar o riso, que logo foi interrompido pelo sobe e desce lento de Sandra e pela sensação indescritível de prazer que voltava a sentir.
- Ai, que saudade! Não faz mais isso comigo não. Não posso mais passar tanto tempo sem você. Promete que vai se cuidar? - Sandra dizia baixinho no ouvido dele, gemendo gostoso para o marido.
- Prometo, minha gostosa. Um homem que tem uma mulher igual a você em casa, não pode ficar dando essas bobeiras. - Agora era Carlos que não media direito as palavras para responder.
Sandra continuava a cavalgar carinhosamente a rola do marido. Mas, ao mesmo tempo entendeu o sentido de sua resposta. Precisava mostrar que ele era o único. Não existia concorrência. Sabia, pelo que Vanda contou, que ele tinha falado com Lucas. O único para quem Carlos se abriria sem restrição.
Sandra acelerou um pouco mais os movimentos. Após subir, descia rebolando na piroca de Carlos, fazendo o marido soltar pequenos urros de prazer.
Após uns 8 minutos de cavalgada lenta e constante no pau de Carlos, que manteve os carinhos em seu grelo o tempo todo, Sandra gozou primeiro. Não conseguiu resistir muito tempo. Carlos também gozou dentro dela poucos minutos depois. Não foi um sexo intenso e safado. Foi um amor gostoso entre um casal que precisava se redescobrir e se reconectar e que nunca deixou de se amar.
Sandra se deitou ao seu lado, buscando o conforto e a proteção de seus braços e repousando a cabeça no peito do marido. Nenhum dos dois queria começar a falar. Sabiam que o assunto era inevitável e estavam dando um tempo para o corpo se livrar do torpor do orgasmo.
Após uns 15 minutos em que ficaram ali abraçados, Carlos tomou a iniciativa. Precisava tirar toda aquela sensação ruim do peito. Não tinha outra alternativa, há não ser resolver logo. Então disse:
- Isso foi muito bom. Mesmo que não tenha sido tão demorado. Eu precisava tanto quanto você. Já estava enlouquecendo só de ficar ao seu lado todos esses dias. Mas, você sabe que precisamos conversar, né? E tem que ser agora, não posso esperar.
- Você falou com Lucas? Eu tive uma conversa muito boa com a Vanda. Me ajudou a colocar a cabeça no lugar. - Disse Sandra tentando obter informações que a ajudassem.
- Falei, sim. E é por causa disso que estou um pouco mais calmo. Eu não vou fazer rodeios e preciso de uma resposta direta. Você sempre foi o mundo pra mim, sei que por mais doloroso que seja, você vai me dizer a verdade. Sempre fomos honestos, e principalmente sempre tivemos enorme respeito um pelo outro...
- Antes eu preciso que você me responda uma coisa: você confia em mim? - Disse Sandra, já o interrompendo.
- Sim. Muito. É por isso que estamos tendo essa conversa. Só peço que seja totalmente honesta e não me esconda nada. Seja o que for. Podemos lidar com tudo, para o bem ou para o mal. - Carlos a tranquilizou com sua resposta.
Após esse começo de uma conversa que prometia ser difícil e bastante sofrida, Sandra sabia que o melhor seria colocar todas as cartas na mesa. Contar tudo.
Primeiro, Carlos contou a Sandra tudo o que viu, ouviu e pensou, desde a noite do jantar até o final da conversa com Lucas aquela manhã. E terminou dizendo:
- Ouvir você dizer aquelas palavras dormindo, foi o que me fez passar mal. Eu jamais podia imaginar que você teria motivos para me trair. Se não fosse Lucas, estaria até agora pensando nisso.
Depois, foi a vez de Sandra abrir o coração para o marido. Contou tudo também. Desde o dia que Gustavo a viu chorando na sala de reuniões e dividiram algumas doses de whisky. Passando pelos vídeos eróticos que assistira e terminando pelo alerta de Vanda para ela. Contou que ali surgiu uma amizade entre os dois. E que achava que os pensamentos e os sonhos eróticos não eram por causa dele, e sim porque ele estava ali presente. Poderia ser qualquer outro. E concluiu dizendo:
- Eu não posso negar que a situação com Gustavo mexeu comigo. Eu tive muitos sonhos eróticos nos últimos meses. Mas, eu nunca o trairia. Eu amo você desde que éramos adolescentes. Você sabe disso. Eu não sei se foi a carência afetiva, ou ver aqueles vídeos, ou até mesmo a falta de sexo. Em nossa vida juntos, nunca ficamos mais de três dias sem fazer amor. Imagina ficar quase dois anos?
Carlos ouvia atentamente a fala de Sandra. Não tinha motivos para duvidar da esposa. Lucas havia deixado bem claro que ela era fiel. Estranhou ele não ter contado dos vídeos. "Se a Vanda sabe, ele também deve saber." Pensou Carlos antes de voltar a atenção para Sandra. E disse:
- Ainda bem que hoje cedo quando acordei do desmaio, estavam todos aqui no quarto. Eu estava com vontade de te esganar. Ainda bem que pude conversar com Lucas e me acalmar. Essa conversa podia ter tido um rumo bem diferente com nós dois de cabeça quente.
- Eu saí de casa hoje muito triste. O primeiro baque foi quando você recusou me dar a mão. Depois você foi grosseiro na frente de todo mundo. Eu também fiquei muito brava com você, tá? Não pense que só você tem motivos para cobrança aqui. - Sandra realmente o estava cobrando pela atitude.
- Me desculpe. Mas, se coloque no meu lugar. E se fosse você ouvindo eu falar que delícia e usando o nome de outra mulher...
- Eu cortava o seu saco na mesma hora. - Sandra o interrompeu de imediato e os dois caíram na risada.
O clima já estava muito melhor entre os dois. Carlos estava satisfeito com as explicações de Sandra e ela só queria namorar um pouquinho. Ficaram ali abraçados e fazendo carinhos um no outro. Sem entender o porquê e tomado por uma curiosidade que não era normal dele, Carlos perguntou:
- Você bem que podia me contar como foram esses sonhos, hein? Agora que estamos bem, fiquei curioso. Os vídeos também.
Continua...
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