PENÚLTIMO CAPÍTULO DA PRIMEIRA TEMPORADA*
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Sinto a dor aquecer meu rosto enquanto meus olhos embaçam com as lágrimas causadas pela dor. Encaro Eduardo nos olhos, seu rosto está borrado por conta das lágrimas e sinto a raiva de minutos antes voltar, ergo a mão e devolvo o tapa com toda minha força, o que não parece machucalá-lo como eu queria. Ele segura meu pulso com força.
— NUNCA MAIS ENCOSTE UM DEDO EM MIM, TÁ OUVINDO...? NUNCA MAIS! — grito sem me importar com o que os vizinhos vão pensar, puxo meu braço de volta e saio porta a fora deixando ele sozinho no meio do quarto. Enquanto caminho sinto as lágrimas caírem e uma dor estranha se espalhar por meu peito, como se tivessem me injetado ácido.
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— André? O que aconteceu ? — Feh me encara surpreso quando abre a porta e me vê plantado aqui. Provavelmente estou um caos.
— Posso entrar? — pergunto me esforçando pra não deixar a voz embargar e ele abre passagem me indicando o sofá, eu vou até lá e sento me sentindo vazio como um balão após uma festa de aniversário.
— Tudo bem, agora posso saber o porquê de você está assim? — ele senta ao meu lado e me olha preocupado, e eu volto a chorar.
— Eduardo me bateu! — digo e ele engole em seco — Ele me deu um tapa na cara...
— E como isso aconteceu? Porque diabos ele fez isso? — suspiro e começo a contar a ele, em detalhes — Então... Vocês transaram ?
— Sim! — reprimo um soluço — Mas eu não tava em plena consciência...
— O pau dele é grande? — vejo os olhos do Feh brilharem e não posso evitar sorrir, ainda que, todo movimento que eu faça, minha bunda lateje.
— É ... — digo meio contrariado — Na verdade, eu tô todo dolorido.
— Amigo do céu... E agora? — ele senta mais perto e segura minha mão me passando algum consolo.
— Eu não sei, Feh... Eu não acho que gosto dele...! — então penso um pouco melhor — Ou gosto...? Nem eu sei o que sinto por aquele idiota.
— Mas você falou que não queria ver ele nunca mais.
— Eu tô confuso, Feh...! É, talvez eu goste um pouquinho dele... Sei lá, ele tava tão... carinhoso nos últimos dias. — meu amigo ergue as sobrancelhas — Além do mais, durante o sexo ele disse... que...
— Que, o quê?
— Que me ama! — Feh solta um gritinho que até eu me assusto.
— Aí que fofo! — ele suspira sonhador — Eu já imaginava que vocês talvez transassem ... Quando saímos da boate você estava muito animadinho... Toda hora se agarrando nele! — sacudo a cabeça, nem quero imaginar a cena.
— Um cara tinha me oferecido uma bebida... E ela tava com um gosto estranho! Eu fui dopado... Eu acho!
— Hum... Mas você gostou da transa?
— Na verdade, eu não me lembro de tudo...! — uno as sobrancelhas tentando me lembrar de mais detalhes — Mas da parte que eu lembro, é, eu tava gostando. E quando eu lembro das cenas, ainda sinto cada sensação no meu corpo e o quanto ele ainda tá sensível! Parece que ele me tocou em todos os lugares que sou sensível. Eu devo tá com alguma doença! — ele solta uma risada e me encara.
— Ai amigo, eu sei o nome da sua doença! Você tá apaixonado!
— O quê? Claro que não! — olho pra ele e ele está muito sério agora — Ah meu Deus, será ? Mas ele é um chucro... Um cavalo!
— Você não falou que ele melhorou? Que tá mas gentil? E não é como se você fosse um anjo, né?! — ele rir.
— Tá! Mas daí à mudar completamente é uma outra história... Esqueceu que ele me bateu?
— Eu também bateria, você chamou ele de estrupador, sendo que foi você que praticamente se jogou em cima dele, André, além de que, você devolveu o tapa.
— É mas eu tava nervoso!
— A verdade é que você sempre gostou do Eduardo, só tinha medo de se decepcionar e é muito orgulhoso pra admitir.
— Impossível! O pior é que agora eu tô num tesão da porra, mas não tem como resolver isso!
— E o Eduardo?
— Ficou louco? Nem ferrando! Além do mais, ele não deve querer me vê nem pintado de ouro, e eu também não quero ver ele... Pelo menos, não agora!
— Cê que sabe! — dá de ombros — E os presentinhos que eu te dei...? Tinha uns brinquedinhos legais!
— Até parece que vou me sujeitar a isso!
— Você que sabe o tanto que aguenta.
***
A conversa com Feh foi esclarecedora, finalmente consegui colocar tudo pra fora. Apesar de que é estranho pensar que estou... Gostando do Eduardo.
Chego em casa e percebo que o Eduardo não está. Vou pro quarto e deito na cama, agora que tudo se acalmou e eu falei sobre minha transa mais que selvagem com ele, o tesão bate e começo a ficar inquieto. Hesito um pouco, mas qual a probabilidade do Eduardo voltar pra casa agora? Depois de uma briga daquelas? Não, olhe lá se ele voltar hoje a noite.
Ainda me sentindo excitado, desabotoo a calça e a tiro junto com a cueca, fecho os olhos lembrando da mãos grandes dele passeando no meu corpo mesmo sem querer e levo os dedos a boca umidecendo-os em seguida desço e coloco um dentro de mim. Arfo com a sensação e lentamente começo a me penetrar, porém a sensação de insatisfação só aumenta e logo eu passo a usar dois me contorcendo na cama enquanto tento abafar meus gemidos.
— Ah, droga, preciso de algo maior... — digo e com um misto de sentimentos, inclusive de culpa, pego o presente que o Feh me deu e tiro um vibrador de tamanho razoável, tiro um vidrinho de lubrificante e encharco o brinquedo, fico de quatro e começo a introduzi-lo no meu ânus, levo os dedos aos meus mamilos, que ainda estão sensíveis, provavelmente do Eduardo chupar, e sinto um arrepio percorrer meu corpo, me deixando cada vez mais excitado.
Começo a me acostumar com o brinquedo dentro e sinto meu pau pulsar de excitação, meus gemidos saem cada vez mais alto, não posso evitar, eu até tento abafar no travesseiro, mas estou com tesão acumulado e os detalhes da foda com o Eduardo cravadas na minha mente como uma tatuagem. Estou tão concentrado na sensação que não ouço os passos do lado de fora e quase morro do coração quando alguém bota a porta a baixo.
— Seu traidor, não acredito que você está mesmo me traind... — nem sei onde me enterrar. Constrangidissímo retiro o vibrador, sento tentando me cobrir o máximo que consigo e encaro o Eduardo, que parece atônito, mas ele se recupera rápido demais e entra em uma crise de riso sem fim.
— Será que dá pra parar? — saio da cama com as pernas ainda bambas e uma semi ereção e começo a vestir minha roupa apressado pra deixar o quarto, mas ele segura meu braço e fica sério. Sinto a tensão subir deixando tudo ao redor quente e engulo em seco encarando seus lábios.
— Desculpa por ter te batido!
— Tudo bem... Eu devolvi o tapa! — ele rir concordando.
— E bem mas forte! — é a minha vez de rir — Pensei que cê tava me traindo!
— Jamais! — respondo tão rápido, que até eu me assusto. Desde quando trair ele é assim tão inviável pra mim?
— Posso te perguntar uma coisa?
— Pode!
— Porque estava com esse... Hum.. com isso... — aponta pro vibrador e minhas bochechas queimam.
— Digamos que foi... preciso! Tinha que aliviar um pouco.
— Eu posso fazer isso, você sabe? — eu o encaro — Quer dizer... Hum... Foi mal eu não queria insinuar que...
— Calma! Eu entendi... e pra falar a verdade, eu até gostei de ontem, acho que até queria mais.. — crio coragem pra levar minha mão até o seu membro, que já está meio duro, ele se contrai sob meu toque — Acho que eu também te amo sabe... — sussurro sem olhá-lo nos olhos e sinto sua respiração quente acariciar meu rosto, se aproximando.
Continua...
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