Metamorfose 2. Explicações e pensamentos de vingança.

Um conto erótico de Jen
Categoria: Heterossexual
Contém 2624 palavras
Data: 04/03/2022 14:08:20

Metamorfose 2. Depressão e pensamentos de vingança.

Olá, amigos leitores! Jen aqui. Eu disse para vocês que esse conto seria narrado por vários personagens. Mas, ainda segue sendo a minha vez de contar.

Boa leitura!

Continuando:

Malu ainda continuava chorando em silêncio dentro do carro. E eu, estava pensando em como iria explicar minha atitude impensada para o San.

Eu sabia que primeiro, ele ia ficar muito bravo. Mas depois que eu explicasse e ele colocasse seus olhos em Malu, ele concordaria com meu ato de desespero. Disso, eu não tinha a menor dúvida. De qualquer forma, ainda era manhã e eu teria o dia todo para pensar e ensaiar o discurso para o meu marido. Ele só volta dos atendimentos, por volta das dezoito, dezenove horas.

Nessa época, San e eu já tínhamos nos mudado do pequeno apartamento próximo a mãe dele. Usamos aquele imóvel, como entrada em uma casa. Ela ficava em um bairro periférico ao bairro central que morávamos antes. A região era mais barata, e assim foi possível financiar uma casa maior e com três quartos. O pequeno apartamento já nos livrou de quase cinquenta por cento do valor de compra da casa. O resto financiamos a perder de vista. Fizemos essa compra já planejando o futuro. San é louco para ter um segundo filho. De preferência, uma menina.

Esse quarto, geralmente era usado pelos meus pais, quando nos visitavam. Agora, seria o quarto da Malu, pelo tempo que ela precisasse.

O Uber parou em frente ao portão de casa. O pagamento seria feito pelo cartão cadastrado no aplicativo. Como o cartão estava no nome do San, naquele momento ele já receberia uma notificação. Enquanto eu entrava em casa, apoiando a chorosa Malu, já ouvi o toque de mensagem exclusivo do San no meu celular. Sentei Malu no sofá e fui ler a mensagem:

"Achei que você ia descansar na sua folga. Aconteceu alguma coisa?"

Eu preferi adiar aquela conversa. Ela precisava ser cara a cara e só após o San ver a Malu com seus próprios olhos. Respondi:

"Está tudo bem, querido! Conversamos quando você chegar. Não se preocupe. Bom serviço. Amo você."

Esperei um pouco, mas San aceitou na boa minha resposta. Voltei a me concentrar em Malu. Eu disse:

- Você não quer tomar um banho? Se você quiser, eu preparo um banho de descarrego com sal grosso para você?

Como boa carioca que sou, aquele pezinho na umbanda, sempre estava presente em minha vida. Malu respondeu:

- Você que sabe. Eu só queria morrer nesse momento. Estou destruída, amiga. - Novamente, Malu caía em um choro pesado.

Eu a abracei bem apertado, dizendo:

- Para com isso! Você ainda tem muitas pessoas que te amam. Eu, o San, sua irmã e seus sobrinhos, que estão muito preocupados com você, sua mãezinha…

Deixei que ela colocasse tudo de ruim para fora. Ficamos ali no sofá abraçadas, por pelo menos uns quinze minutos. Eu queria animá-la:

- Vem! Você fica no quarto desocupado até a gente resolver os próximos passos. Enquanto eu vou preparar o almoço, você toma um banho, tira essa roupa horrorosa e volta a se vestir como você mesma. Meu guarda-roupas está a sua disposição.

Ao falar da roupa horrorosa, foi a primeira vez que vi Malu esboçar um pequeno sorriso. Levei-a até o quarto e deixei que ela se instalasse. Ouvi da cozinha, ela entrando no banheiro do corredor, alguns minutos depois. Lembrei que não tinha lhe dado uma toalha. Fui até a cômoda que eu guardo a roupa de cama e de banho, separei uma toalha para ela e também peguei uma roupa bem fresca, pois fazia calor aquele dia.

Ao entrar no banheiro sem me anunciar, coisa que era muito normal entre nós duas, Malu tentou esconder o corpo. Meu chão sumiu outra vez. Não era só o olho de Malu que estava machucado, ela tinha hematomas por todo o corpo: braços, costas, costela… aquilo me revoltou de uma tal maneira que eu nem consigo me expressar. Eu só conseguia chorar, ajoelhada no chão do banheiro. Eu seria capaz de matar o filho da puta do Jonas se voltasse a encontrar com ele.

Malu me olhava envergonhada. Eu tentei apoiá-la:

- Nada disso é culpa sua. Aquele monstro vai ter o que merece. Isso eu te garanto.

Malu, vendo meu desespero por ela, ainda encontrou forças para me consolar.

Eu me recompus e voltei para a cozinha. Cozinhar é uma paixão e me acalma. Comecei a bolar planos de vingança. Um mais cruel que o outro. E ao mesmo tempo, um pior que o outro também.

Terminei de preparar o almoço já um pouco mais calma. Malu comeu muito pouco e falou menos ainda. Seu olhar passava mais tempo perdido no vazio do que vendo o que acontecia ao redor. Tentei levá-la para denunciar o Jonas e fazer um exame de corpo de delito. Mas, não tive sucesso. Ela não queria encarar a vergonha que sentia por deixar a situação chegar a tal ponto. Ela passou o resto do dia deitada no quarto virada para a parede sem querer me encarar.

San chegou e eu expliquei tudo o que havia acontecido para ele. Sua reação foi de revolta. Ele queria ir atrás do Jonas, mas eu não deixei. Eu disse:

- Vamos pensar na Malu. Ela já disse que não quer fazer nada. Vamos só lhe dar carinho e tempo para se recuperar.

San estava transtornado. Até socou a parede de raiva, machucando algumas articulações dos dedos.

Eu passei uns dez dias cuidando dos hematomas da Malu com compressas de água quente para melhorar a circulação e diminuir a coagulação nos locais afetados. Passei esses dez dias também, conspirando com o San para darmos uma lição no Jonas. Eu queria vê-lo sofrer.

San me lembrou de um fato importante: será que Jonas estaria esperando a polícia em sua porta? Em um certo ponto, o desespero por não saber o que vem a seguir, deve ser tão ruim quanto a sensação de ser preso por agressão. San começou a buscar informações com conhecidos sem realmente contar o que acontecia. Eu já tinha um começo de plano de ação na cabeça. Mas isso, ainda ia depender da melhora da Malu e do quanto ela estava disposta a se vingar do crápula, já que ela não quis denunciá-lo.

Após mais alguns dias, Malu começou a se insinuar sexualmente para mim e para o San. Ela já estava livre dos hematomas, e também já tinha ganhando um peso considerável. Já voltava a se parecer com a Malu de sempre. No começo, achamos que ela estava começando a se recuperar e de tão acostumados em fazer sexo com ela, cedemos a tentação.

Estávamos sozinhas em casa durante uma manhã de quarta-feira e eu havia deixado, mais cedo, meu filho na creche. Malu já veio se sentando no meu colo no sofá e beijando minha boca. Confesso que estava com saudades da minha amante preferida. Malu sempre teve um beijo muito gostoso. Um dos melhores, na verdade. Acho que só perdendo para o San. Mas, essa não é uma avaliação técnica, é puramente passional. Ela me beijava com muito desejo e muita vontade. Achei que era saudade também e me entreguei.

Malu continuava me beijando e se esfregava em mim, rebolando no meu colo. Eu comecei a tirar sua blusa e apalpava seus lindos seios naturais e bem formados. Mordia de leve os biquinhos que logo se enrijeceram. Ela estava toda arrepiada. Eu passava a ponta da língua bem devagar pelos biquinhos pontudos de tesão.

Malu começou a beijar meu pescoço, tentando retribuir as carícias. Comecei a pensar em quanto tempo ela deveria estar carente de sexo. Eu precisava lhe dar um dia inesquecível. Como Malu era bem menor do que eu, a peguei no colo com facilidade e ela se agarrou em mim. Levei-a para a cama no seu quarto e arranquei o resto da sua roupa. Pela primeira vez, olhei para a xoxota da Malu sem estar depilada. Não estava feia, mas estava mal cuidada. Acho que depois de tanto sofrimento, quem ia se preocupar com uma coisa tão banal?

Pedi que ela esperasse e fui buscar um kit caseiro de depilação feminina. Eu precisava cuidar dela. Depilei cuidadosamente sua bocetinha delicada com a gilete, enquanto ia, de vez em quando, massageando seu clitóris. Malu gemia gostoso acariciando meus cabelos. Terminei e apliquei uma loção pós depilação para evitar que os pelos inflamassem. Gilete é um terror para as mulheres. Sequei o excesso com um lenço umedecido e nem dei tempo para Malu pensar: Enfiei com vontade a língua naquela xoxotinha cheirosa e toda melada pelos meus carinhos anteriores. Como eu adorava sugar aquele mel ácido e abundante que Malu produzia. Aquela xoxota pequena e toda rosadinha, tinha textura lisinha e gosto de pecado.

Chupei, suguei, lambi, enfiei os dedos, dedilhei seu clitóris, lambi seu cuzinho… Malu gemia alto e rebolava ainda mais, esfregando aquela boceta encharcada na minha cara. Ela gozou muito satisfeita na minha boca e me abraçou forte depois. Ficamos um bom tempo assim. Malu não queria me soltar. Ela disse:

- Posso te pedir uma coisa? Promete que não vai ficar brava?

Eu senti um pouco de constrangimento nela. Mas, a acalmei:

- Claro que sim. Antes de tudo, nós somos amigas. Eu estou aqui para o que você quiser.

Malu, me deixando muito intrigada, pediu:

- Você deixa o San passar uma noite comigo?

Porra! Sério mesmo? Na lata assim? Nem amaciou a carne antes? Ela ficar com o San não era um problema. Só estranhei a forma de pedir. Eu perguntei, tentando entender melhor:

- Você e o San já transaram várias vezes. Mas, eu confesso que fiquei curiosa com esse pedido. O que você está me escondendo?

Malu pensou por um instante. Parecia buscar as palavras certas. Por fim, ela disse:

- Me desculpa, amiga! Eu sei que não fui muito correta com você na última vez que falamos. Mas, fazem meses que eu não sei o que é ser bem comida. E San é um homem que gosta de dar prazer a mulher. Por isso você é tão feliz no seu casamento. Sempre te invejei. Tive vários relacionamentos horríveis. E você, de cara, encontrou sua metade.

Apesar de entender bem o que Malu disse, uma coisa me intrigava. Eu perguntei:

- Nem para te comer direito o filho da puta prestou?

Malu resolveu se abrir de vez:

- Você não tem noção do quanto eu me arrependo por não lhe ouvir. Se eu não fosse idiota, hoje não estaria nessa situação.

Malu respirou fundo, limpou uma lágrima que escorria por sua bochecha e voltou a falar:

- No começo, até que foi bom. Jonas era um ótimo amante e um cavaleiro. Me comia gostoso e me tratava como rainha. Eu não tinha do que reclamar. As coisas começaram a mudar no terceiro mês, assim que eu resolvi aceitar o convite para morar com ele. Alí foi minha perdição. Foi o dia que eu descobri o quanto uma pessoa pode ser cruel e sádica.

Eu ouvia Malu falar sem conseguir imaginar um por cento do que ela havia passado. Eu não tive um passado que me dava orgulho, mas graças ao San, minha vida seguiu por rumos maravilhosos e seguros. Ela continuou:

- Primeiro, foram as minhas roupas. Jonas conseguia me criticar sem ser direto. Ela fazia eu me sentir suja e infiel. Era um jogo psicológico que eu não estava preparada para jogar. Em questão de semanas, eu já tinha mudado todo o guarda roupa. Eu passei de uma mulher sexy para um clone de testemunha de Jeová.

Eu pedi que ela esperasse um pouco antes de continuar. Eu já estava me sentindo mal. Ainda tinha mais. Malu voltou a desabafar:

- Depois que ele conseguiu a primeira vitória, minha auto estima e minha segurança já tinham sido violadas. À partir daí, as coisas só pioravam. Jonas começou a criticar meu horário de serviço. Ele dizia que queria formar uma família e que se eu quisesse continuar com ele, teria que abrir mão do trabalho e me tornar uma mãe e esposa de verdade.

Eu não conseguia acreditar no que ouvia. Malu não era uma mulher idiota. Como ela se deixou levar dessa forma. Eu perguntei:

- Você foi aceitando tudo sem questionar? Quem é essa pessoa? Essa não é você.

Malu, envergonhada, voltou a contar:

- Eu tentei resistir no começo. Mas, você sabe que eu sempre tive o sonho de me casar e ter uma família, igual a você. Você tem tudo o que eu sempre quis.

Eu interrompi:

- A culpa é minha, então?

Malu, assustada, tratou logo de se explicar:

- Não, amiga! Claro que não. Você é meu exemplo de mulher. É tudo que eu sonho um dia ser.

Ela vendo que eu me acalmei e sorri para ela pelo elogio, se tranquilizou e voltou a falar:

- Jonas vai entrando na cabeça da gente aos poucos. Ele vai manipulando e fechando o cerco. Quando dei por mim, eu já havia pedido conta do serviço e estava em casa entediada e ociosa. Foi aí que começou a pior parte.

"Caralho! Ainda não era a pior parte. O cara já te roubou a vida e destruiu seu espírito. Só falta agora abusar do seu corpo." Pensei. Malu voltou a falar:

- Depois de me tirar tudo, ele começou a reclamar da limpeza da casa, que a roupa estava mal lavada, que as contas estavam apertadas, que eu dava muita despesa, que eu não merecia a vida boa que eu tinha… aos poucos ele foi minando o resto de alegria que havia em mim.

Nesse momento, eu voltei a interromper:

- Porque você não nos pediu ajuda? Ou para sua família?

Malu, de cabeça baixa e com os olhos marejados, disse:

- Nesse ponto, eu já estava completamente dominada e destruída. Eu já não existia mais. Ou melhor, aquela Malu que você conhecia não existia mais.

Malu fez uma pausa. Parecia escolher as palavras e a forma de dizer sem parecer ainda mais triste do que já era. Por fim, ela disse:

- O pior de tudo foi que ele nunca me agrediu deliberadamente. Ele ia me provocando até eu não aguentar mais e explodir. Como uma fera encurralada, ele me tornou agressiva. Somente quando eu reagia a sua manipulação e ofensas, é que ele me batia, ou como vizinho presenciou, "se defendia." Até nisso, o desgraçado era um especialista. A polícia veio algumas vezes, mas sempre por que eu estava descontrolada. Ninguém sabia o que acontecia de verdade. Para todos, eu era a louca ciumenta.

Eu não conseguia acreditar que alguém se permitisse chegar a tal ponto. Ainda tinha mais. Malu, com grossas lágrimas escorrendo pelo rosto, falou:

- Na noite anterior a manhã que você me resgatou, eu cheguei ao limite. Depois de longas horas de insultos e acusações, eu decidi que ia matar o Jonas.

Nesse instante, eu fiquei completamente chocada com a revelação dela. Ela se explicou mais uma vez:

- Foi o pior dia de todos. Ele me chamou de porca, de vagabunda, de traidora… ficava rindo da minha roupa, debochava da minha aparência, dizia que eu era fútil e que ele jamais teria uma família comigo. Eu olhei a faca grande na pia, peguei e parti para cima dele. Ele correu até o quintal da frente e vendo que tinha platéia, deixou que todos me vissem descontrolada. Tomou a faca com facilidade da minha mão e me arrastou pelos cabelos para dentro de casa. Como ele já tinha as testemunhas que precisava, dessa vez ele me bateu sem culpa. Foram socos e chutes, sempre no corpo. Apanhei muito. Só o último que foi no rosto. Esse me fez apagar. Só acordei no outro dia, com você batendo na porta e eu sem saber o que dizer.

Continua…

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Comentários

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nossa que top esse capitulo, sempre fica com gostinho de quero mais, tomara que ele sofra muito por ter causado tanto dor na coitada

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Caraaalho véi, covardia da porra !! 😡😡

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Nossa pirei com essa menina submissa amigo só do céu, ainda bem que tem gente boa nesse mundo kkkk nota mil.

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Você está bem? Um comentário tão elogioso assim... Gosto da sua versão implicante e sarcástica. 😂😂😂

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Tem pessoas que merecem castigos piores do que a morte. Esse cara é um deles. Eu só sossego se tiver 5 capítulos bem detalhados de como ele perdeu tudo.

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Será bem detalhado. Pode aguardar. Jonas jamais esquecerá da Malu... E da Jen também, lógico.

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nossa não queria estar na pele dele com certeza irá sofrer e muito,

mas o principal é que vai ser merecido todo sofrimento

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Fique tranquila! As consequências virão. Talvez, não do jeito que a maioria queira. Uma coisa eu garanto, não será só dor e sofrimento. Teremos romance, diversão, sacanagem e muito amor também.

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E eu querendo arrumar a casa? Parece um complô: todo mundo postando capítulo novo das histórias...

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Obrigado às duas. Acabei de lembrar que preciso lavar a louça antes da minha esposa chegar. 😂😂😂😂

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