O CASAMENTO
Minha vida sempre foi normal. Quer dizer, quase normal. Cresci como qualquer garoto da minha época em meio a uma família muito bem estruturada. Meu pai, Antonio, funcionário com alto cargo em uma multinacional, minha mãe, Olga, psicóloga trabalhando na área de recursos humanos de uma grande instituição financeira e uma irmã adotiva, Patricia, dois anos mais nova que eu. O fato de nunca ter nenhuma dúvida de que Paty era adotiva residia no fato dela ser sansei, ou seja, neta de japoneses. Meu nome é Robson.
Apesar de não possuirmos a mesma genética, entretanto, nunca foi empecilho para que o relacionamento entre Paty e eu fosse excelente. Quer dizer, ela sempre fez o papel de fã incondicional, fazendo de tudo para que minha vida se tornasse mais fácil enquanto eu, por outro lado, cumpria bem o papel de irmão mais velho superprotetor. Isso foi durante a infância e a pré adolescência, pois bastou chegar a adolescência para entendermos que as coisas não eram assim tão simples.
Em virtude de ser dois anos mais velho, senti o problema antes, pois, assim que comecei a demonstrar interesse em alguma menina, Paty deu início a uma campanha de depreciação na garota eleita. Eram sempre feias, não eram inteligentes e outros defeitos que ela não cansava de encontrar em qualquer uma que se tornasse alvo de meu interesse e, para piorar, logo descobri que minha mãe era cúmplice dela nessa campanha de depreciação.
Como lutar contra duas mulheres unidas no intuito de te afastar das meninas da sua idade. Na época, pensava que era uma simples implicância dela e isso acabou por ocasionar nossas primeiras discussões feias. Para contornar esse problema, principalmente depois de perceber que, mesmo as garotas que se sobressaiam, seja pela beleza, seja pela postura, também acabavam sendo vítima dessa campanha, fiz algumas tentativas de esconder minhas namoradinhas, porém, ela sempre acabava descobrindo e fazia da minha vida um inferno.
Foi nessa época que nos distanciamos um pouco e a liberdade que tínhamos foi desaparecendo. Não que tivéssemos liberdade irrestrita antes. Os banhos juntos já haviam ficado no tempo de nossa infância e o que costumávamos fazer um diante do outro era ela sentar sem nenhum cuidado diante de mim, mostrando suas calcinhas infantis ou brincarmos descontraídos, chegando até mesmo a simular uma luta e rolávamos pelo chão grudados uns nos outros. Mas nessa época não havia nenhuma malícia entre nós. Depois de atingir a puberdade, esses comportamentos foram se escasseando até cessarem de vez. Como disse, éramos uma família normal.
Fui tocando a vida, sobrevivendo às implicâncias de minha irmã adotiva com as namoradas que arrumava, não sem ter ficado com uma ou outra onde beijos ardentes e toques nos corpos um do outro acontecesse, até que perdi a virgindade com uma garota de vinte e um anos, Não éramos sequer namorados. Tudo aconteceu na festa de aniversário de quinze anos de Paty e eu, já com quase dezessete, notei que uma garota morena, com os traços, cor da pele, cabelo e corpo que lembrava uma índia, me olhando insistentemente. Como era tímido, a idade dela me deixou constrangido e mantive distância. Porém, isso não adiantou. Ela se aproximou de mim e puxou assunto. Começou me elogiando, dizendo que eu era bonito e tinha um corpo que chamava a atenção de qualquer garota. Expliquei que talvez fosse em virtude da natação que eu praticava, chegando até mesmo a participar de algumas competições. Ela disse que eu era modesto. Tudo teria terminado aí não fosse o fato dela falar isso tocando no meu peito. Não foi simplesmente um toque, pois ela colocou a palma da mão no meu peito e foi descendo, fazendo uma leve pressão em minha barriga e continuando a descer.
Interrompi aquela ousadia da desconhecida e saí à francesa, deixando-a falando sozinha, mas eu não sabia que ela era insistente e logo estava novamente ao meu lado, tecendo elogios e até mesmo dizendo que adoraria ficar comigo em um lugar onde pudéssemos desfrutar da companhia um do outro.
Bem, eu podia ser tímido, mas não era nenhum desinformado a respeito de sexo, pois além das palestras curtas e diretas de meu pai sobre educação sexual, eu tinha completado essas informações com filmes pornôs e revistinhas do gênero, que assistia ou lia escondido deles. Dessa forma, foi impossível não sentir a sensação que sinto até os dias de hoje, quando percebo que uma mulher esteja demonstrando interesse por mim. Então, aceitei o assédio dela, deixei que ela me conduzisse para a piscina e, finalmente, para um quarto que havia mais ao fundo que servia como local para se guardava a bagunça, ou seja, onde ficavam as velharias que meus pais não queriam mais, porém, mantinham guardados ali até que a falta de espaço os obrigassem a se desfazerem de tudo.
No quarto havia um sofá antigo e foi nele que perdi a virgindade. Ao contrário do que normalmente leio aqui, não foi a grande foda da minha vida, não houve sexo oral e anal então, nem pensar. Mas foi marcante por ter sido o primeiro da minha vida. Aquela garota demonstrou, primeiro uma experiência, que não era de se estranhar diante da idade dela ser bem superior à minha e, depois, uma paciência e cuidado comigo, parecendo que estava ali apenas para fazer com que eu atingisse o prazer. Gozei, gozei muito e depois nos limpamos e voltamos para a festa. Essa foi a minha primeira vez. Nunca soube o nome dela, nem onde morava e nem sequer o motivo dela, sem fazer parte do círculo de amizade de qualquer pessoa da família estivesse entre os convidados da festa de aniversário da minha irmã. Só muitos anos depois me dei conta que poderia se tratar de uma prostituta contratada por meus pais para cumprir esse papel. Como já havia decorrido muito tempo desde o ocorrido, não me preocupei com isso e segui em frente. Entretanto, aquele rosto lindo, somado ao corpo perfeito daquela que comecei a me referir como ‘minha indiazinha’, fez com que jamais tivesse esquecido dela, apesar de considerar hoje que tudo não passou de uma foda comum e sem grandes peripécias.
Apesar de todo o cuidado para não ser descoberto, Paty ficou sabendo da minha transa com a desconhecida e, a partir daí, começou a agir com o firme propósito de fazer da minha vida um inferno. Se antes eu era o ídolo, cujo único defeito aos olhos dela era não saber escolher minhas namoradinhas, tudo o que passei a fazer passou a ser criticado por ela e foi o pior período da minha vida, pois chegamos a ter discussões bastante estressantes e até mesmo a ficar por longos períodos sem nos dirigirmos um ao outro e tudo isso foi agravado por um fato novo que veio complicar ainda mais o relacionamento com minha irmã.
Paty, aos quinze anos era tudo aquilo que um homem pode desejar. Apesar de sua pequena estatura em virtude de sua ascendência oriental, essa mesma ascendência a presenteou com um rosto lindo que, emoldurado por longos cabelos pretos como a noite mais escura e os olhos oblíquos da mesma cor. Toda delicada, com seu nariz pequeno enquanto a boca era sensual e a pele, ao contrário do que seria de se esperar, era de um tom oliva que destacava ainda mais sua beleza. Seu corpo, então, era uma obra de arte. Seios pequenos, corpo esguio com cintura fina que se alargava abaixo da cintura formando quadris largos e uma bunda empinada e durinha, tudo isso apoiado em pernas firmes que se destacavam mais ainda por causa dos pelos que ela fazia questão de descolorir e isso dava um destaque especial ao seu tom de pele. Para piorar ainda mais, ela passou a usar roupas mais ousadas e dava para perceber quando ela não estava usando sutiã por causa dos seus mamilos se destacarem e estarem sempre parecendo querer furar as camisetas apertadas que ela usava, além de shorts pequenos e apertados, assim como roupas de ginásticas e nunca soube se usava calcinha ou não, mas o volume de sua buceta se destacando por baixo do tecido, muitas vezes mostrando a rachinha estavam sempre ali, presentes. Alguns anos mais tarde tive a revelação de que a mãe de Paty era filha de japoneses, porém, seu pai era descendente de espanhóis e, ao que tudo indica, ela herdou o que cada uma dessas duas raças tem de melhor.
Com tudo isso que descrevi, a minha situação ficou ainda mais complicada, pois além de ter que aturar os ataques dela que implicava com tudo que se referia a mim, ainda tinha que disfarçar o tesão que sentia sempre que a via. E como tudo o que não está bom, sempre pode ficar pior ainda, comecei a manifestar um ciúmes difícil de controlar. Bastava ver um de seus colegas homens muito próximo dela para que fosse dominado por uma raiva, onde em meu desvario me via agredindo o idiota, que nem sei se era idiota mesmo, fazendo com que ele jamais se aproximasse da minha irmã. Pensando muito sobre isso e com medo de uma hora fazer uma besteira das grandes, tive a ideia de agir como ela agia comigo e passei a implicar com todos os colegas dela. Uns eram feios e desinteligentes, assim como ela dizia pensar das minhas namoradinhas e outros, eu subia ainda mais o nível, dizendo que se tratavam de caras sem caráter que, na verdade, só queriam tirar o sarro dela. No começo não tive coragem de dizer o que realmente desejava. Então usava apenas o termo ‘sarro’, quando na verdade a vontade era de dizer que eles queriam apenas era foder com ela. Nessa altura, nosso relacionamento ficou tão deteriorado que acabou sendo necessário a intervenção de nossos pais. Muitas reuniões para discutirmos nossa relação familiar, muitos conselhos e um número muito maior de broncas por parte de Antônio e Olga, promessas feitas por nós dois e sempre quebradas de que agiríamos como bons irmãos ocorreram até que o motivo dos problemas vieram à tona.
O que ninguém se dava conta era que os problemas de relacionamento entre Paty e eu ficavam sempre mais problemáticos quando ela ou eu demonstrávamos um interesse maior, eu pelas meninas da escola e ela, além dos colegas de escola, os caras do condomínio onde residíamos. Aí, como se costuma dizer, o bicho pegava pra valer.
Então um fato isolado veio a acontecer e se tornou o responsável pela mudança desse relacionamento. Não foi de uma hora para outra, mas uma sucessão de acontecimentos que provocaram uma mudança em nosso comportamento.
Estávamos na casa de praia que meus pais adquiriram no litoral norte do Estado de São Paulo, quando meu pai recebeu um telefonema informando-lhe de um problema na empresa que demonstrava urgência, obrigando-nos a interromper o passeio que era para ser de uma semana cheia (de sábado de uma semana até o domingo da outra, totalizando nove dias) e ainda estávamos no terceiro dia. Muitas reclamações da minha parte que já tinha me enturmado com um pessoal que praticava mergulho, mais pela presença de umas gatinhas de fechar o comércio do que propriamente pela curiosidade de ver o que tem no fundo do mar, enquanto Paty batia o pé e demonstrava uma revolta muito maior que a minha, alegando que sequer tinha bronzeado seu corpo e agora teria que retornar toda branquela para nossa cidade, que fica um pouco distante da Capital. Meu pai se viu em meio a uma encrenca daquelas e, talvez pela primeira vez na vida, minha mãe não marcou posição ao lado dele, dizendo que o problema era dele e ele que se virasse. Então ele cedeu e sugeriu que ele voltasse até nossa cidade enquanto nós ficássemos ali, com ele retornando assim que solucionasse os problemas. Minha mãe gostou da ideia de ficarmos, porém, a ideia de deixar meu pai sozinho na nossa cidade não era uma opção. Estávamos novamente no ponto de partida e foi Paty quem deu a sugestão que eu, em um primeiro momento, achei totalmente impossível de ser aceito. Ela disse:
– Por que não podemos ficar, o Robson e eu?
– Nem fu… er… Nem sonhando! – Comentou meu pai vermelho por quase ter soltado um palavrão.
Não gostei da sugestão dela. Ficar convivendo apenas com Paty, e ainda ter que ser responsável por ela não era o que eu tinha em mente como um passeio legal. Porém, nem tive tempo de me expressar, pois minha mãe saiu em defesa da ideia de Paty:
– Não vejo porque. O Robson já completou dezoito anos e a Paty tem dezesseis. Acho que eles podem muito bem se cuidarem, e cuidarem um do outro – ela frisou bem essa parte dos cuidados – até voltarmos para buscá-los.
Nesse momento soube que estava ferrado. Já tinha idade suficiente para saber que minha mãe sempre convencia meu pai e torcia para ela estar fazendo apenas uma cena para posar como a melhor mãe do mundo para nós, ou se ela realmente acreditava no que estava falando e fiquei pasmo quando ela insistiu em sua ideia até que meu pai concordou, porém, só depois de impor um monte de regras. A principal delas era que iriam conversar com uns amigos, tão amigos que meus pais eram padrinhos do filho recém nascido deles, e que eles ficariam de olhos em nós. Então tínhamos que entrar em contato com aquele casal pelo menos duas vezes por dia e eles teriam a liberdade de entrar na nossa no momento que quisessem para acompanhar nossos dias. Tínhamos que fazer ligações todos os dias antes das vinte e duas horas para eles e ainda tivemos que prometer que, sob nenhum pretexto, entraríamos em atrito e que tudo o que fizéssemos seria de comum acordo. Isso tudo queria dizer apenas uma coisa. Era para ser bom, só que não. Já previa Paty fazendo coisas com a única intenção de me irritar, sem querer admitir que, no íntimo, também já estava imaginando algumas ações que a deixariam muito contrariada. Então ficou tudo acertado e, como já tinha conta no banco que meu pai trabalhava, ele transferiu um valor para que comprássemos comida e suprisse outras necessidades, dizendo que qualquer coisa era só ligar para ele que providenciaria outra transferência.
Fiquei eufórico. Pela primeira vez ficaria no controle da grana e, mesmo naquela idade, já tinha noção de que isso é o primeiro passo para ter o poder. Mas logo veio o balde de água fria nas minhas intenções de ser o chefão, pois ele já foi logo informando que era para eu anotar tudo e prestar contas quando ele regressasse.
“Porra!” – pensei: – “vou ter que ficar anotando tudo. Mas que merda!” – Por outro lado, sabia que resistir a isso era o mesmo que malhar em ferro frio, então concordei calado.
Meus pais viajaram na madrugada do dia seguinte e, pelo tanto de bilhetes de recomendações que Paty e eu íamos encontrando pela casa, deduzi que eles não dormiram e ficaram a noite inteira editando o seu manual de instruções, pois foi assim que nos referíamos às suas recomendações.
Como era de se esperar, nossa primeira atividade daquele dia começou com problemas. Estava me preparando para ir até o local de onde saia o barco levando os mergulhadores e seus aprendizes, quando ela perguntou onde eu ia. Respondi falando a verdade e ela perguntou como ela ficaria. Respondi que poderia fazer o que quisesse, mas ela foi logo contestando:
– Negativo. Não concordo com isso e a ordem do nosso pai era que faríamos apenas o que fosse de comum acordo.
– O papai não precisa saber. – Me defendi.
– Mas eu sei. E sei também que está errado. Então, não pode.
– Se você pensa que vou ficar rolando na areia só para te satisfazer, vai sonhando.
– Bom, você não precisa fazer o que quero, mas pode me levar junto para esse mergulho.
– Nem a pau, Juvenal. – Falei irritado. – Você só vai me dar trabalho.
– Não vou não. Se der trabalho vai ser para o instrutor, não para você.
– Mas isso não é barato. Desse jeito o dinheiro que nosso pai deixou não vai aguentar nem dois dias.
– Aguenta sim. Podemos economizar em outras coisas. E também peço com jeitinho para ele mandar mais grana.
– Tudo bem então. – Concordei sabendo que não ia adiantar discutir e que meus pais poderiam dar razão a ela caso não concordasse e ela contasse para eles, mas fiz questão de fazer uma ressalva: – Só tem uma coisa. Se você ficar enchendo o saco, eu vou dar um jeito de te afogar.
– Ui! Que irmão malvado eu tenho! – Disse ela zombando da minha ameaça.
Para minha surpresa, o comportamento de Paty foi perfeito. Ela foi divertida, engraçada e muito aplicada nas orientações dos instrutores, não dando nenhum problema para nós. Foi um dia muito divertido, porém, eu não me dei conta que, com a presença dela, não tive nenhuma oportunidade de me aproximar daquelas gatinhas deliciosas que ali estavam.
Passamos em uma lanchonete e degustamos dois sanduíches cada um. Nadar dá muita fome. Depois fomos para casa, tomamos um banho e fomos descansar. Fui para o quarto de meus pais que era o único com ar condicionado, porém, Paty já estava lá esparramada na cama. Reclamei:
– Nem pensar! Pode dar o fora daí. Sou o mais velho e sou eu que vou ficar aqui.
– Onde é que está escrito que, por ser o mais velho, você tem mais direito que eu.
Pensei naquela hora em argumentar que tinha mais direito por ser filho legítimo e ela não, entretanto, esse foi um assunto que nunca era comentado em casa e, mesmo querendo alfinetar, sabia que isso a magoaria muito e me segurei. Então só falei.
– Não quero nem saber. Pode ir caindo fora.
– Deixe de ser chato, Robson. Olha o tamanho dessa cama. Deita aí e não perturba.
Paty estava vestida com uma camiseta curta, deixando sua barriga chapada à mostra e seus mamilos denunciavam que não usava sutiã e a parte de baixo de um biquini que, embora normal, deixava parte de sua bunda durinha à mostra. Admirei aquela beleza, o que vinha fazendo com certa frequência nos últimos tempos. Depois, cansado demais para entrar em uma interminável discussão a respeito de direitos da primogenitura, deitei sem falar mais nada e logo estava ferrado no sono.
Acordei quando já anoitecia, com Paty me chamando ao mesmo tempo que sacudia meu ombro. Quando finalmente consegui focar o ambiente notei que ela acabara de tomar outro banho e estava usando um vestido leve cujo comprimento estava acima do joelho e descalça. Seu cabelo molhado a deixava ainda mais bonita. Sorrindo, ela informou:
– Levanta. Toma um banho e vem para a cozinha me ajudar. Estou preparando a janta.
– Você cozinhando! Virgem santa! O mundo deve estar nos seus últimos dias. – Caçoei dela.
– Seu bobo. – E depois ficou séria e se explicou: – Eu não te prometi que ia economizar o dinheiro do instrutor de mergulho? Então. Preparando comida para nós já economizamos a metade e, como já verifiquei que na cozinha tem tudo o que preciso, vai ser uma economia e tanto.
– Por esse lado pode até ser, mas quando penso no que vai sair dessa cozinha, já sinto o estômago ficar embrulhado.
– Cuidado com o que você fala. Pode se arrepender e vai ter que me pedir desculpas depois.
Quando cheguei na cozinha a Paty estava toda empenhada em prestar atenção na comadre de meu pai que preparava um jantar rápido, passando instruções para ela.
– Ah! Então é assim? Desse jeito até mesmo eu faço um jantar excelente.
– Não ria dela não. – Disse a mulher saindo em sua defesa. – Ela estava se saindo muito bem, eu que quis dar uma incrementada.
Logo a mulher foi embora insistindo que deveríamos ligar para ela a qualquer hora que precisássemos, colocando o número do seu celular e do seu marido em um papel e prendendo com um imã na geladeira, bem ao lado de outro papel que minha mãe deixara com os mesmos números. Aliás, se ela desse uma voltinha pela casa, encontraria tantos papéis de recado com o seu próprio número que ela não o esqueceria mais mesmo que vivesse por toda a eternidade.
O jantar foi simples, porém, muito saboroso e havia uma variedade de sucos para nossa escolha. Nos alimentamos, assistimos um pouco de televisão e depois fomos nos deitar. Fui para o quarto de meus pais e logo ela apareceu com um pijaminha bem leve, quase transparente, dizendo que estava muito calor e que iria dormir ali. Não reclamei e, quando olhei para ela, percebi novamente os mamilos marcando a camiseta que usava e, olhando mais, pude perceber o quanto sua xoxota marcava o short levinho do pijama. Fiquei pasmo e apenas o que veio na minha memória é que tinha tirado a dúvida quanto a ela usar calcinhas ou não, pois dessa vez dava para notar que ela não usava e tive a visão nítida da sua xoxota marcando o leve tecido do short. Ela percebeu onde estava minha atenção, porém, apenas olhou em meus olhos sorrindo e se deitou ao meu lado. Durante aquela noite acordei com Paty deitada de lado e totalmente encostada em mim. Não resisti e me virei também, o que fez com que ficássemos deitados de conchinha e senti meu pau crescer. Era a primeira vez que sentia abertamente tesão pela minha irmãzinha e fiquei um pouco incomodado, porém, não tive nenhuma reação e acabei dormindo naquela posição.
Acordei em uma situação ainda pior. Meu pau estava totalmente duro e cutucava a bundinha de Paty. Ela repousava a cabeça sobre meu braço esquerdo e a minha mão direita estava apoiada em um de seus seios. Assustado e, ao mesmo tempo, sentindo um tesão incrível, fiquei fingindo que ainda dormia para não desfazer aquele momento, até que Patrícia acordou.
Seu despertar foi idílico. Notei que ela acordara por sentir sua respiração se alterando, mas ela continuava imóvel. Virei a cabeça para olhar para seu rosto e ela abriu os seus lentamente me encarando com seus lindos olhos negros e puxados e sorriu o sorriso mais lindo que eu já vi na vida, em seguida, sem se afastar um mílimetro de mim, ela esticou os braços para cima da cabeça e se espreguiçou fazendo com que sua bundinha fizesse pressão no meu pau e minha mão exercesse uma apertasse ainda mais seu peitinho. O meu tesão foi às alturas o que fez com que me assustasse, retirasse a mão de seu seio e rolasse para o outro lado, afastando-me dela. Quando olhei novamente, ela me olhou com uma expressão enigmática nos olhos e sorriu. Espreguiçou outra vez, levantou-se e saiu do quarto falando:
– Vou escovar os dentes e depois preparar algo para comermos. Te espero na cozinha.
Falou e saiu com um andar que nunca antes me dei conta do quão insinuante era. Quando ela chegou à porta parou, olhou para trás, e me presenteou novamente com seu belo sorriso e dessa vez pude notar seus olhos brilhando como se contivesse um convite ou uma promessa. Não sei. Naquela época ainda não tinha experiência para poder definir direito as expressões das mulheres. Porém, senti pela primeira vez um sentimento contraditório em relação à Paty. Um misto de respeito e desejo, de ternura e necessidade de beijar sua boca.
Fui até a cozinha meia hora depois e encontrei um café da manhã que, se não chamava atenção pela fartura, pois tudo fora preparado em pequenas quantidades, o fazia por ser muito saboroso e tudo preparado com esmero. Apesar da quantidade ser pouca, foi o suficiente para que me sentisse satisfeito. Quando já acabava, vi o celular dela sobre a pia e arrisquei.
– Pelo jeito a comadre teve trabalho em te orientar de novo.
– Nada disso seu bobo. Dessa vez foi a mamãe que me disse o que você mais gosta e como fazer do jeito que você gosta.
Aquilo me deixou tranquilo, pois dava a impressão que minha mãe estava concordando com o que estávamos fazendo até então. Mas a tranquilidade logo foi para o espaço, quando ele perguntou:
– O que vamos fazer hoje?
– Você eu não sei. Eu vou caminhar na praia e depois explorar aquelas pedras.
No lado leste da praia havia um morro, porém, antes de chegar à base, havia pedras e Paty sempre teve medo de brincar ali. Então ela falou:
– Isso não é justo! Ontem eu fui onde você queria. Pensei que hoje fosse minha vez.
– Sua vez de que? Você só sabe ficar deitada na areia se torrando. Eu que não vou ficar parado.
– A gente podia ir junto. Um pouco de sol, depois a gente brincava pegando umas ondas. Essas coisas podem ser boas, você vai ver.
– Só se eu puder tomar umas cervejas.
– Como você vai conseguir? Você é menor e o cara do quiosque não vai querer vender pra nós.
– Sei lá. Sempre tem um jeito. Tem aqueles caras que ficam com um isopor oferecendo e, você sabe como é, eles nunca dizem não para uma gatinha linda.
– E essa gatinha linda sou eu?
– É sim. – Respondi já arrependido por ter dito aquilo.
– Muito obrigada pelo elogio. Gostei. Você também não fica atrás, mas acho que isso não vai fazer o cara que vende a cerveja se arriscar a vender para nós. – disse Paty se referindo ao fato de ainda sermos menores de idade
– Quem sabe a gente não acha uma gata vendendo cerveja.
Patrícia olhou para mim séria e respondeu com firmeza.
– Nem pensar, seu assanhado. Pode deixar que dou um jeito. Mas vou avisando, no máximo, duas cervejas para cada um de nós e nem adianta insistir que não vou deixar você tomar mais que isso.
Concordei com Paty me convencendo que duas cervejas era melhor que nenhuma. Também veio à minha mente o fato de que ela, por não acostumar a beber, dificilmente aguentaria duas e isso me daria uma cerveja extra.
Patrícia foi tão dengosa e insinuante que o cara das cervejas sequer pensou em saber nossa idade e atendeu ao pedido dela. Ela comprou duas e tomamos enquanto ela ficava deitada na sua esteira se expondo ao sol e eu sentado sob o guarda-sol. Fiquei surpreso ao ver ela esvaziar a sua cerveja antes que eu. Então ela me pediu o impensável. Disse que queria queimar as costas, mas que não conseguia passar o protetor solar ali, pedindo para que eu fizesse isso por ela.
Atendi a ela, procurando controlar a emoção de tocar seu corpo coberto apenas por um biquíni que, embora de tamanho normal, ficava quase que inteiramente preso em suas nádegas, deixando à mostra aquele belo bumbum arrebitado e durinho. Passei rapidamente o protetor em suas costas e nas pernas e quando disse que tinha terminado ela reclamou que não tinha passado em sua bunda. Disse que isso não era o combinado e ela insistiu dizendo que se eu não passasse ela ia ficar com a bunda vermelha. Sem poder responder, atendi ao pedido dela e passei rapidamente o produto, sentindo a firmeza e, ao mesmo tempo, a maciez daquele bumbum perfeito. Depois andei meio curvado até a cadeira que estava antes, tentando disfarçar a situação de meu pau que parecia que ia fugir de sua prisão. Quando sentei, ela me olhava com um estranho brilho nos olhos.
Só fomos para dentro da água depois que tomamos a segunda cerveja. Dessa vez, ela não deu conta de tomar toda e fui beneficiado por mais meia cerveja além das duas que já tomara. Dentro da água, talvez por causa do efeito da bebida, Paty ficou grudada em mim. Sentia seus peitinhos pressionar meu ventre, outras vezes minha costa e ela agia como se aquele fosse o dia mais feliz da sua vida. Ria muito, brincava comigo, fez questão de montar em meus ombros se agarrando aos meus cabelos. Então veio o momento crucial. De frente para mim, ela se segurou em meu pescoço cruzando ambas as mãos atrás dele, deu um impulso com o corpo e abraçou meu quadril com suas pernas. O contato de nosso sexo foi inevitável e olhei para ela para ver sua reação. Com a boca entreaberta, ela respirava ofegante e me olhava com aquele brilho que eu começava a definir em seus olhos. Então ela começou a esfregar sua xoxota de encontro ao meu pau, inclinou a cabeça para o lado e pousou a boca na base do meu pescoço. Os movimentos foram ficando mais rápidos, sua respiração que já era alta se transformou em gemidos e então senti seu corpo estremecer enquanto seu corpo grudava ao meu, enquanto a dor que senti com seus dentes cravados no meu ombro me pareceu suportável.
Ficamos parados enquanto ela voltava ao normal e desprendeu as pernas, porém, sem soltar meu pescoço. Fez pressão para que eu me abaixasse e encostou seus lábios aos meus. Foi um beijo cheio de ternura, leve, com sua língua passando em meus lábios e depois invadindo minha boca. No final do beijo, ela ficou nas pontas dos pés, encostou sua boca ao meu ouvido e disse com uma voz carregada de desejo:
– Por favor. Me leve pra casa. Vamos depressa, antes que eu faça uma loucura aqui.
De repente sair da praia se tornou uma necessidade urgente. Sem se importar com mais nada, pegamos as coisas da praia e corremos os quase trezentos metros que era a distância até nossa casa, jogamos as coisas de qualquer forma na área de serviço e entramos embaixo de uma ducha que fora instalada ao lado da piscina e tiramos a areia e o sal do corpo enquanto nos beijávamos e nossa roupa de banho eram abandonada ali mesmo. Entramos pela porta dos fundos que foi trancada por Paty e, quando passávamos pelo quarto, ambos nus, ela se separou de mim, foi até a sala da porta, pegou a chave que estava em um suporte na parede, colocou na fechadura e deu meia volta. Quando perguntei porque ela tinha feito isso, ela explicou que assim a ‘comadre’ não conseguiria abrir a porta e tocaria a campainha, o que nos daria tempo de disfarçarmos. Enquanto ela fazia isso, eu olhava para seu corpinho, totalmente nu, com sua bunda exposta e, enquanto ela andava até mim depois de fazer o que pretendia, viu meu olhar e falou sem som, apenas movendo os lábios:
– Seu safado!
Seguimos abraçados até o quarto de meus pais, ela se soltou de mim e se atirou na cama antes, rolando e ficando deitada de costas. Seus pequenos seios saltavam a cada respiração arfante dela e ela foi abrindo as pernas expondo sua buceta e falando com uma voz que jamais tinha ouvido:
– Vem aqui e me chupa. Meu sonho é ser chupada antes de perder minha virgindade.
Meu Deus! Imaginei. Ela é virgem. Todo esse ciúme que sempre senti não tinha sentido, ela é virgem.
Sem pensar em mais nada, me atirei também sobre a cama, ficando com minha cabeça a centímetros de sua buceta. Eu não tinha muita experiência em bucetas, pois havia transado com poucas mulheres e muitas vezes em locais inapropriados e com muita pressa e as revistas e filmes pornôs que assistira não serviam de comparação naquela hora, pois nada se comparava com a beleza de Paty nua. Sua xoxota estava inchada e se destacava. Os pelos pubianos eram abundantes e tirava um pouco da visão, porém, abaixo deles dava para ver os grandes lábios um pouco abertos com um grelinho se mostrando entre eles.
Lambi aquela bucetinha começando em baixo e subindo até chegar ao grelo onde, primeiro passei a língua, e depois prendi entre os lábios fazendo uma leve sucção. Paty estremeceu e levantou o quadril espremendo sua buceta ao encontro de minha boca. Senti sua umidade minar e o gosto delicioso invadiu minha boca. Não resisti e abandonei o grelinho levando a língua até a abertura e enfiando o máximo que consegui. Tudo o que queria naquele momento era sentir o gosto daquela buceta. Era um sabor de mel, misturado com desejo e amor. Não sei dizer quantas vezes Paty gozou com minha boca colada em sua xoxota, porém, estava preparado para ficar ali até a eternidade, pois a cada vez que sentia o corpo dela estremecer e sua buceta soltar mais do seu líquido saboroso que era colhido por minha boca, sentia uma alegria imensa em saber que era eu a lhe proporcionar tanto prazer e só parei quando ela, com a voz ofegante, pediu:
– Por favor. Para um pouco, senão eu vou morrer de tanto gozar.
Com muita força de vontade, afastei meu rosto do meio de suas pernas e fui me arrastando sobre ela, beijando seu corpo até que nossas bocas se encontrassem em um beijo selvagem. O sabor da xoxota dela em minha boca parecia que dava ainda mais tesão nela que parecia querer engolir todo o meu rosto, tal a volúpia que me beijava.
Depois de se saciar com o beijo, ela lambeu todo o meu rosto, colhendo o mel de sua buceta que estava nele. Em seguida, foi beijando meu corpo, passando pelo pescoço e beijou a marca de seus dentes em meu ombro, depois dizendo:
– Nossa, ficou muito marcado. Perdão amor. Prometo que vou cuidar disso depois.
Sorriu e depois continuou beijando, beijou os dois mamilos, desceu pelo ventre, umbigo até chegar na altura do meu pau. Segurou com a mão e voltou a falar, olhando para mim:
– Hum! Também está bem meladinho por aqui. Vou precisar limpar tudo direitinho.
Então lambeu a cabeça antes de dar um beijinho só com o lábios na cabeça, antes de abrir os lábios e cercar a glande com eles, fazendo uma leve sucção enquanto sua língua se movimentava febrilmente tocando apenas a ponta. Gemi e ela sentiu a minha situação, com o pau novamente duro e pulsando, então foi abaixando o rosto até o máximo que conseguiu, ainda usando a tática de sugar fortemente. Ficou assim por um breve instante e depois começou a movimentar a cabeça, subindo e descendo, me fazendo ter a sensação de que estava fodendo uma buceta. Gemi alto, retorci o corpo, porém, ela segurava com firmeza o pau e continuava o ato de fazer com que eu fodesse sua boquinha. Tentei me controlar para manter aquele momento maravilhoso por mais tempo, porém, foi impossível, pois logo meu pau pulsava e começou a expelir uma enormidade de porra que ela direcionava para o rosto e depois para os seios, movimentando meu pau como se a caprichar na mira. Um momento de timidez a dominou e ela falou evitando encarar meus olhos:
– Desculpe amor, eu não consegui na boca. Me perdoe,
Nem respondi. Naquele momento estava impossibilitado de falar.
Quando finalmente ela me encarou, fiquei impressionado. Parecia que ela estava ainda mais bela, com a porra escorrendo pelo seu rosto e os seios melados, com os mamilos parecendo que iam estourar de tão durinhos que estavam. Uma gota de porra escorreu pelo seu rosto e parou sobre o lábio superior, ela então tocou o dedo ali e o recolheu no dedo. Depois, sem desviar os olhos dos meus, levou o dedo à boca e sugou com volúpia. No final, disse sorrindo:
– Que delícia! Agora estou arrependida de não ter engolido tudo.
Aquela safadeza dela mexia demais comigo e já comecei a sentir o pau dar sinal de vida, porém, nesse exato momento, a campainha tocou. Ela não vacilou. Disse para eu vestir o short e ir abrir enquanto tomava banho e saiu correndo. Fui abrir a porta e a amiga da minha mãe entrou. Na época não podia saber que o cheiro de sexo fica presente e ela sentiu e chegou até a dar uma franzida no nariz. Perguntou pela Patrícia e disse que não sabia, pois estava dormindo. ela saiu andando em direção aos quartos e bateu na porta do quarto dela que gritou do banheiro que ficava em outra porta, no corredor, que estava no banho. Falei que ia voltar a dormir e ainda estava entrando quando a porta do banheiro se abriu e a Paty saiu enrolada na toalha, sorrindo para a mulher enquanto perguntava se estava tudo bem. Fiquei parado e vi a mulher olhar para a Paty toda molhada, com água pingando os cabelos e depois para mim. Fechei a porta e fui deitar.
Mais tarde, Paty me contou que ela fez umas perguntas estranhas, demonstrando que estava desconfiada de alguma coisa. Fiquei preocupado, porém, isso não alterou em nada o nosso comportamento, pois ainda naquela noite, dormimos juntos e tirei a virgindade de Paty.
Foi lindo, foi mágico, foi inesquecível. Repetimos a mesma coisa que antes, eu a chupando e ela gozando muito. Depois ela chupou meu pau e não resisti, puxando o corpo dela para cima de mim e ficamos nos chupando em um sessenta e nove maravilhoso, que culminou com nós dois gozando juntos e ela, dessa vez, recebendo toda a minha porra em sua boquinha e engolindo tudo com prazer. Depois nos abraçamos e ficamos nos beijando e tocando um o corpo do outro, até que o tesão voltasse. Ela então se deitou, abriu bem as pernas e falou:
– Vem meu amor. Tira esse cabaço que eu guardei para você. Sempre foi seu. Eu sempre fui sua e não queria outra menina mexendo no que é meu. Mete gostoso nessa buceta que vai ser sua para sempre.
Não resisti e fui enfiando lentamente. Ela gemeu e fez uma careta de dor quando seu hímen se rompeu, mas pediu com voz tremida que eu continuasse. Continuei a enfiar e quando senti que estava todo dentro, fiquei parado sentindo aquela buceta quente apertando meu pau, ela pediu para que eu não parasse e comecei a socar.
Paty não parou de falar em nenhum momento. Dizia que era tudo o que ela sempre quis, que a buceta dela era minha para toda a vida e que eu era o amor da vida dela. Entre uma e outra fala carinhosa, ela soltava outras mais depravadas, implorando que eu a fodesse com força, que ela queria que eu fodesse ela de todos os jeitos, que tudo o que ela sempre quis era o meu pau dentro da sua buceta. Disse que era minha putinha e que me queria para foder de todos os jeitos.
Eu também falava algumas coisas, de como ela era gostosa, que sua xoxota era quentinha e que eu queria encher ela de porra. Também confessei que tinha muito ciúmes dela e que, só de ver outro cara perto dela tinha ganas de socar o cara e dar uma surra nela, mas que seria uma surra de piroca.
Assim gozamos feito dois malucos diante dos gritos que dávamos. Depois dormimos abraçados, acordamos para transar novamente e depois dormir.
O resto do tempo em que ficamos sozinhos, o que durou até sábado. Nossa vida se resumiu a três coisas: foder, dormir e comer. Como a amiga de minha mãe costumava vir sempre no mesmo horário, era essa a hora que reservávamos para comer alguma coisa, assim, ela sempre nos encontrava já em plena refeição, ou com a Paty preparando alguma coisa, agora, com a minha ajuda.
Com a presença dos meus pais, tivemos que nos controlar, não sem dar uns beijinhos escondidos ou a Paty ir até meu quarto onde, mordendo o travesseiro para não gritar, gozava com minha boca em sua bucetinha. Assim passamos o final de semana e retornamos para nossa cidade, onde dava para a gente transar escondidos em locais que nos protegiam da visão de intrusos.
Minha mãe, que já demonstrava alguma desconfiança, nos confrontou e, diante dos indícios que não eram poucos, somado ao fato de sua comadre ter lhe falado de suas suspeitas, o que a fez ficar atenta, chegando a nos ver em nosso quarto, deixando para resolver depois, quando nosso pai não estivesse presente. Sem saída, confessamos tudo, com Patrícia cometendo o exagero de dizer que nos amávamos e que fugiríamos para poder vivermos juntos. Minha mãe ficou muito brava com ela, dizendo que isso seria uma estupidez. Depois, perguntou se nos amávamos de verdade e, diante da nossa confissão de que sim, ela prometeu que ia resolver tudo.
Meu pai ficou possesso em saber e, apenas com muita astúcia e carinho, minha mãe o controlou, fazendo com que ele enxergasse que, diante do fato de não sermos irmãos genéticos, tudo poderia ser resolvido, além de que, se não tivéssemos a permissão deles, continuaríamos a fazer escondidos. Convencido, meu pai consultou um advogado e acabou encontrando uma solução, pois naquela época ainda não se alteravam as certidões de nascimento nos casos de adoções e, sendo assim, os documentos serviam como provas de que não éramos parentes consanguíneos. não havendo, no entanto, nenhum impedimento que Patrícia e eu pudéssemos nos casar.
Na lua de mel, ela me cobrou de que eu havia prometido ser fiel para sempre. Até brinquei que, para sempre era tempo demais, ela me socou o peito dizendo que eu era muito safado, mas que, se um dia eu a traísse, que ela pagaria na mesma moeda e iria para a cama com o primeiro que encontrasse.
Continuamos residindo em companhia de nossos pais até concluirmos a faculdade, eu como engenheiro e ela como professora. Construímos nossas vidas e tivemos dois filhos. Nasceram quando já tínhamos mais de três anos de casados e eram gêmeos. A menina saiu a mim, pele clara, cabelos loiros que, com o passar do tempo ficaram de um tom castanho, porém, os olhos eram idênticos ao de Paty, negros e puxados, enquanto o menino era a cópia exata dela, também com excessão aos olhos que, como o de minha mãe, eram de um tom castanho esverdeado que mudava dependendo da claridade do dia, pois em dias claros eram de um tom dourado, nos dias sombrios eram de um verde mais escuro.
Nossa vida seguia bem estruturada e é até hoje. Entretanto, alguns conceitos tiveram que ser modificados ao longo desses últimos vinte anos.
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