Muitas histórias escrevi até aqui e fiquei muitos anos parada, porém bateu aquela saudade de todos vocês aqui, e resolvi voltar, mais adulta, com mais experiências e com muito mais vontade de conhecer cada um aqui, e levar para vocês as melhores histórias eróticas vindas do amor. Agradeço a casa dos contos aos vários amigos que conheci. Inúmeros mimos na época de caixa postal, todos guardados com o maior amor do mundo. Deixarei uma rede social fake, para conversarmos por lá se for do interesse a troca de experiências. ( Formanda em psicologia, voltada para o mundo LGBT, e atuante para quem queira).
Muitos projetos estão sendo cogitados, quem sabe um futuro livro? Para quem quiser apoiar a causa, ou mesmo apoiar a autora de livre vontade, o PIX É email: mypageseven@gmail.com
MAS AGORA VAMOS LÁ, NÃO É MESMO?
Essa história se passou há algum tempo, na época de escola, onde as coisas eram muito difíceis, muita homofobia e falta de conhecimento geral. Eu era assumida, e nesta época estava com meus 17 anos. As pessoas me evitavam e viviam de piadinhas, sem graças e depreciativas.
A escola, todos os anos, fazia um acampamento, onde o entretenimento era ensinar a sobrevivência, por alguns escoteiros e professora de educação física. Na cidade onde eu morava, havia um lugar onde sempre realizavam esse tipo de viagem. Eu odiava ir, pois sempre, sempre mesmo, era horrível e me arrumavam confusão comigo.
Lucas Brenner, este era o nome do garoto mais popular da escola na época, mais quisto pelas garotas, atlético, com fama do macho alfa. Era o cara que mais me odiava, desde quando me assumi, pois de certa forma, por um tempo ele deixou de ser o centro das atenções, agravando mesmo com a chegada de uma garota chamada Melina, que passou a ser o foco dos garotos na escola, uma novata misteriosa, muito séria e que não dava devidas atenções para ninguém, onde passou a ser o sonho dos garotos e pesadelo das garotas da escola.
Naquela época, houve muitos problemas no acampamento envolvendo até mesmo gravidez de alunas, então passou a ser norma que o acampamento fosse realizado em semanas distintas, uma só para garotas e outra só para os garotos. Não havia como fugir disso, pois valia ponto em todas as matérias, e eu sempre dava meu melhor e me esforçava para ser boa aluna, logo eu acabava indo. O que eu não contava seria o que então me aconteceria...
Chegou a tão esperada Segunda Feira, onde viajaríamos até o acampamento durante 7 longos dias. Levei uma mochila abarrotada de coisas, ficaríamos em chalés em grupos, levei meu melhor cobertor, grande e bem quentinho, roupas levinhas, e algumas guloseimas escondidas, já que eu já havia passado por péssimas experiências lá.
Sentei dentro do ônibus, com tudo pronto, esperando o restante da turma entrar para partirmos. Fiquei olhando o movimento das pessoas, enquanto ouvia música no fone do celular. E Eis que descendo do carro da mãe, vinha Melina, um carro simples, que aliás gerou deboche entre as garotas mesquinhas da sala, que já haviam declarado guerra contra a garota, mediante coisas que nem ela tinha culpa.
Prendi meu cabelo, deixando a mostra aquela mecha que sempre ficava escondida, logo acima da parte raspada, colorida de um azul escuro, quase da tonalidade do cabelo. Foi o suficiente para virar a piada da vez. Ao menos a Melina já não era o foco.
Meu cabelo incomodava, o piercing na lateral do nariz, e uma singela tatuagem no ombro, típico de adolescentes com pais que já não se importam tanto. Eu era julgada pelas minhas roupas, e meu modo de me portar, eu trazia junto de mim, o medo das pessoas, que até poderiam falar de mim, mas tinham medo de me encarar... digamos que meu jeito fechado fazia eu parecer alguém rude. Não havia amigos na escola.
Por fim Melina sentou no banco da frente, sozinha, assim como eu. Nossa, seu perfume estava no ar, aroma de quem acabou de tomar um banho bem quentinho. O cabelo solto, com leves ondas, sumindo abaixo do banco, de tão grande, Poucas Malas.
A professora soltou que haveríam poucos chalés disponíveis e que ela montaria equipes para dormirem juntas, e claro, fiquei em um quarteto, de garotas que me odiavam, para variar.
Já chegamos na boquinha da noite. A professora nos encaminhou para o refeitório, para jantarmos. Logo após, nos entregou saquinho de mantimentos básicos, que seriam o arroz e o feijão, e um pacotinho de sal, que seriam para toda aquela semana ( nós cozinhávamos nossa própria comida nos chalés, modo arcaico e tudo mais, pegando lenha e aprendendo, típico do terceirão).
Quando a professora nos encaminhou cada qual para um chalé e sumiu, eu e o tal quarteto designado a dormirmos juntas, logo se desfez, com cada garota se encaminhando para outros chalés das amigas, e me deixando sozinha, como já havia imaginado. Abri o chalé e fui colocando minhas coisas nos lugares. Até ouvir uma algazarra lá fora, e uma confusão aparentemente, apareci na janela e vi aquela cena que me deixou desconfortável, e mal, sem saber o que fazer.... Sim, expulsaram a Melina do chalé, óbvio, e como nenhuma garota gostava dela, ela estava sentada sobre sua mala, com os cotovelos nas pernas, tampando o rosto com as mãos, parecia tentar pensar em algo... fiquei com receio no inicio, mas sabia que eu precisava fazer algo.
Esperei mais um pouco e nada, realmente ela estava isolada, no entanto abriu sua mala e começou a forrar a grama... ai foi demais. Tomei coragem e fui andando devagar até ela...
Chegando bem perto ela até se assustou, e eu já fui dizendo sem enrolar...
- Melina né? Eu sou a Fernanda, já deve saber quem sou. Então, as garotas preferiram dormir em outros chalés, e me deixaram sozinha, tem muito espaço nele, se não ficar incomodo para você, se realmente não se importar, você pode dormir lá.
Ela ficou um tempo me olhando sem esboçar reação, fiquei muito sem graça e com um sorriso amarelo, saí andando devagar de volta pro chalé me sentido super envergonhada, até que ela soltou meio assustada porém com voz trêmula, devido ao imenso frio que fazia naquele campo:
- Fernanda, realmente não se importa se eu ficar lá? Aqui está muito frio, e eu não estou conseguindo me manter aquecida.
Eu gaguejei e fiquei sem reação mais logo soltei:
- De jeito nenhum, é até perigoso você ficar aqui fora, por causa de animais, e até mesmo alguma doença, está muito frio aqui. E com toda certeza você vai precisar se banhar e cozinhar...
Ela se levantou meio desajeitada, talvez pelo frio e foi juntando suas coisas que havia forrado o chão... eu ofereci ajuda para levar as malas, e ela só concordou com a cabeça em sinal positivo.
Para não deixá-la envergonhada, deixei todas as malas sobre a cama que ela ficaria, e apesar de haver outras no mesmo ambiente, deitei na que ficava mais distante para não deixá-la desconfortável.
Dei boa noite e me deitei... fiquei quietinha, ouvindo o barulhinho dos animais e da água corrente que passava no fundo do chalé, eu apesar das más experiências, adorava um mato, uma vida mais natural e de roça, aliás, fui criada nesse tipo de ambiente.
O dia amanheceu, e a Melina não estava na cama, tudo estava muito bem arrumado, ela havia se levantado antes, e não estava no chalé, eu acordei com o sinal sonoro da professora, nos acordando para as tarefas do dia. Logo vi que ela estava sentada em um banco no campo, com sua uma manta, olhando os animais. Ela escutou o sinal e veio até junto de todas, deixando a manta em canto.
As tarefas envolvia caçada, ou ao menos uma simulação já que nenhuma das garotas se dispunha a praticar a caça, cabos de guerra, escaladas, rapel, andar a cavalo, e tudo isso. Em todos ambientes, chamadas de presença... sempre todas ficavam bem longe. Como pude observar, Melina era uma garota bem frágil e tinha dificuldade para as tarefas.
Durante as atividades de caça e sobrevivencia, guardei na sacolinha algumas leguminosas que encontrei, algumas verduras frescas, e levei alguns baldes de água para o chalé, baldes que peguei na nascente do corrégo pequenino que havia ali. o Banho poderia ser tomado na pequena cachoeira que ali havia somente, pois o banheiro dos chalés, eram biombos de madeira fina, improvisados que não tampavam nada.
Tá, fechem os olhos e imaginem o chalé: São pequenas casinhas de madeira, com um ambiente único, com 2 beliches nas extremidades das paredes, um foguão a lenha, na lateral da varandinha, uma mesinha com 4 cadeiras, tudo em madeira, no centro do chalé, e um baúzinho com algumas vasilhas pequenas, pratos e talheres. E bem no finalzinho do chalé, um biombo que tampa somente a metade do corpo, de madeira, com um recipiente que imita uma banheira, porém mais para um cercado de madeira, simulando um lugarzinho para banho, e uma casinha no lado de fora, no centro do campo, com um sanitário, que atende todos os chalés.
O dia foi puxado, mas não vi a Melina durante o dia todo.
Quando a hora de nos recolher, coloquei água no fogo, iria usá-la para cozinhar um para um belo banho. E nesse exato momento Melina entrou porta a dentro, e eu não acreditei no que vi....
PRÓXIMO CONTO PESSOAL.
ESTAREI POSTANDO SEMPRE QUE CONSEGUIR ATÉ FINALIZAR A HISTORIA
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Beijos,Fernanda Araújo