Olá, pessoal! Estava lendo os comentários e vi que todos estão bastante curiosos para saber o destino da história do Joel/Juliana/Isabela, e isso aguçou até a minha curiosidade, então resolvi continuar escrevendo para saber o que aconteceu, quem eu vi ali... KKKKKKKK Vamos lá, então...
Era a Juliana. Ela estava conversando com um rapaz, que eu não conhecia, na beirada da calçada, próximo ao meio-fio, retirada uns 10 metros da entrada do bar. Logo depois dela, estava a sua amiga, a Márcia, com outro rapaz, que eu também não conhecia, só que esses dois últimos estavam se pegando, estavam abraçados, se beijando. Eu ia passando direto, quando ouvi a Juliana gritar o meu nome, e veio correndo para o carro. Ela viu o meu carro passando, reconheceu e me gritou. Como eu disse, eu estava bem devagar, tanto que ela me alcançou. Nisso, eu já tinha parado. Ela correu e entrou no carro, pela porta do carona, ficando de joelhos sobre a poltrona, pulando sobre mim, me abraçando forte. Eu também a abracei bem apertado e nos beijamos. Como eu tinha parado no meio da rua, os carros começaram a buzinar, pedindo passagem. Nós tivemos que nos soltar para eu poder estacionar direito. Depois que eu estacionei, ela, ainda de joelhos sobre o banco, voltou a me abraçar, e, já com os olhos marejados, me perguntou porque eu ia passando direto, se não a tinha visto. Então eu não tive como esconder mais os meus sentimentos, e a abraçando bem forte também, disse que, por não saber o que estava acontecendo, ia passar direto, pois ela havia dito que estaria na casa da Márcia, e, de repente, eu saio para dar uma volta e a vejo ali, aquilo me deixou meio desorientado. Não que eu pudesse cobrar algo dela, fidelidade, por exemplo. Nem namorados éramos. Na realidade eu não conseguia definir o que havia sentindo ao vê-la ali. Era um misto de surpresa, frustração, decepção, sei lá, pois eu cria que ela houvera mentido para mim. Nesta hora ela me interrompeu e, de maneira enfática, quase gritou:
-- Nós somos, sim, namorados. Você é meu namorado e eu sou sua namorada, e me abraçou mais forte. Você ainda não percebeu o quanto eu gosto de você, de estar com você? Ela perguntou, chorando novamente.
Eu fiquei bem surpreso com a reação dela, como, naquele momento, ela se abriu, expondo tudo o que ela sentia por mim. Até então, não havíamos falado sobre sentimentos. Ficamos ali abraçado e nos beijando, por um bom tempo, até que ela afrouxou o abraço, e pediu para se explicar e contar o que tinha acontecido. Eu disse que estava esperando ansioso por aquilo. Ela então começou a falar:
-- Eu e a Márcia estávamos no quarto conversando, deitadas, inclusive já com roupas de dormir, quando ela recebeu uma ligação. Era do tal rapaz com quem ela estava, um “ficante” dela. Ele ligou dizendo que estava ali próximo, no tal barzinho e queria vê-la. A menina é apaixonada no cara e ficou doida, me chamando para vir com ela ver o cara, que sozinha a mãe dela não a deixaria sair. Não tive outro jeito senão aceitar acompanhá-la. Como a Márcia mora aqui por perto, pudemos vir a pé, mesmo. Não tinha nem 10 minutos que havíamos chegado. Ao chegarmos, eu vi que o namorado da Márcia estava acompanhado. Mesmo não tendo gostado daquilo, fiquei ali conversando com o cara para que a Márcia pudesse namorar um pouco e matar a saudade. E aí você passou. O resto você já sabe. Como deveríamos voltar logo, eu deixei para te ligar e contar depois que voltássemos...
Ela parou de falar e ficou me olhando, esperando a minha reação. Eu fiquei alguns segundos digerindo o que ela disse e vi que não tinha porque eu duvidar e nem me aborrecer com o ocorrido. É que, por mais que eu não quisesse, que eu pensasse que já havia esquecido e me livrado do fantasma da triste experiência que eu havia vivido por causa da Isabela, aquilo ainda me fazia tremer e temer outra traição. Aquilo, realmente havia me marcado.
Estávamos olhando, um nos olhos do outro, quando me sobreveio um sentimento de carinho, ternura, e, não resistindo, eu disse:
-- Eu te amo!
Ela fez uma carinha de alívio, me abraçou, bem apertado, e nos beijamos com muita paixão.
É, não tinha jeito, eu havia sido fisgado, novamente, pelo “bichinho” do amor.
Nesta hora, a Márcia chegou e perguntou o que pretendíamos fazer. Nós dissemos que ela poderia namorar tranquila que esperaríamos por ela. E ficamos dentro do carro namorando felizes “iguais pinto no lixo” (desculpem, não resisti KKKKKK), pelas nossas descobertas e revelações, até que a Márcia veio e disse que podíamos ir embora.
Deixamos a Márcia na casa dela e a Juliana preferiu ir comigo, para o meu apartamento, isso sob os protestos da amiga que queria conversar mais, principalmente agora que tinha muita história para contar. Mesmo assim a Juliana não abriu mão de ficar comigo. A Márcia:
-- Bela amiga você, hein, Juliana. Agora só existe o Joel para você, né? Tem problema não. Disse tentando colocar um tom de animosidade nas palavras, mas logo arrematou: brincadeira, amiga. Vai namorar. Eu sei o quanto é bom estar com quem se gosta. Amiga falsa, finalizou, brincando.
Seguimos, eu e a Juliana, para o apartamento, onde, antes mesmo de chegar na cama, já tínhamos nos desnudado, deixando as roupas pelo caminho. Ali deitamos e nos amamos com tudo o tínhamos direito, e, se não tínhamos, fizemos assim mesmo, descarregando todo resquício de sentimento ruim, que porventura ainda persistisse em nós.
A partir daí, passamos a namorar mesmo, pois descobrimos que tínhamos muitas afinidades, muitas coisas em comum, e outras coisas que nos uniam, inclusive o sexo. Nesse ponto eu resolvi contar para ela o que havia acontecido comigo, que já houvera sido casado, embora por pouquíssimo tempo, mas aconteceu. Contei tudo, procurando não omitir nenhum detalhe. Ela me perguntou se eu ainda gostava da minha ex esposa, ao que eu retruquei, com ênfase:
-- Lógico que não, inclusive eu a odiei por muito tempo, mas, naquele momento, nem indiferença eu sentia por ela. O que ainda havia era apenas medo de que acontecesse novamente, e aproveitando o gancho, eu pedi que ela, a partir daí, fosse totalmente sincera comigo, não importando o que fosse, que ela me falasse, para que resolvêssemos juntos a situação, que fôssemos realmente companheiros, para que nenhum dois sofresse com problemas que, na maioria das vezes, poderiam ser resolvidos facilmente.
Eu percebi que ela ficou meio preocupada com o que relatei, mas eu tentei tranquilizá-la dizendo que tudo estava resolvido, ficado no passado e eu só havia contado porque, de uma forma ou de outra, aquilo viria à tona futuramente, pedindo que qualquer dúvida que ela tivesse a respeito, falasse comigo, pois poderia virar uma bola de neve.
Continuamos o namoro, agora frequentando a casa dos sogros, eu fiquei conhecendo sua família. Eram pai, mãe e um irmão mais velho 5 anos que a Juliana, já casado, morando em outro estado. Ainda bem que gostaram de mim. Eram, como na minha família, em quatro pessoas.
Quatro anos haviam passados, depois que tudo ocorreu, em Juiz de Fora. Eu agora com 25 anos e a Juliana com 24. Faltava um ano para que eu e ela nos formássemos. Só que ela ainda tinha que prestar mais dois anos de residência médica, então, por enquanto, não falávamos em casamento. Aliás, falávamos, mas para depois que ela se formasse e estivéssemos os dois trabalhando. Bem racional, pensando com a cabeça (de cima), não mais com o coração.
Passado mais algum tempo, voltando para casa, depois de deixar a Juliana na dela, ao descer do elevador e olhar em direção à minha porta, vejo lá uma pessoa sentada no chão. Logo a reconheci. Nesta hora eu não me contive e gritei a plenos pulmões: P O R R A!!!!!!!!!! Q U E... M E R D A!!!!!!!!! E quase desmaiei, qual não foi a minha surpresa...