-- Eu imaginei que seria assim, que, naquele momento, vocês iriam foder. Só as preliminares, ali no balcão, demonstraram o tesão que vocês estavam, por isso eu preferi sair dali. Talvez se eu tivesse ficado, eu poderia cometer uma insanidade. Mas, me esclarece: porquê, realmente que você veio aqui? Foi só para me fazer esse relato?
-- Deixa eu terminar de te contar, depois a gente fala sobre isso.
-- Já é a segunda pergunta que eu te faço e você se esquiva de responder, deixando para depois. Será que depois nós teremos oportunidade para a resposta?
-- Eu espero que sim, senão não tem problema... Posso continuar?
-- À vontade. Continua...
-- Antes, eu quero ir ao banheiro fazer xixi, ela disse. Logo ela, voltou, bebeu mais um gole de água, e continuou:
-- Bem, quando eu puxei o Júlio para dentro da casa, primeiro foi porque ele ia acabar me comendo na frente dos outros, tal era o ímpeto com que ele me agarrou. Ele, como minha irmã havia dito, estava com tesão saindo pelos poros, e depois eu não tinha intenção, realmente, de dar para ele, apesar do tesão que eu também estava sentindo. Já tinha uma semana que nós não transávamos e eu estava subindo pelas paredes. Aquilo que aconteceu ali fora, eu permiti para que a Cíntia pensasse que o ato em si já estivesse consumado. Tanto que ela bateu palmas quando eu e o Júlio entramos. O outro motivo que eu o levei para dentro, porque, como eu disse, eu estava realmente pensando em não transar com ele, enrolá-lo de alguma forma, mas teria fazê-lo longe dos olhos da minha irmã, para que ela não visse a minha recusa. Então nós entramos. Nós fomo para o quarto, eu me sentei na cama e pedi que ele ficasse em pé, à minha frente. Foi quando eu disse que não queria e nem podia dar para ele. Ele perguntou se eu estava brincando. Olha como eu estou, ele disse apontando para o pau, que estava tão duro que a cabeça até brilhava e escorria pré gozo do meato urinário, tanto que até pingava. Eu disse que, para ele não sair daquele jeito, eu bateria uma punheta para ele, mas assim que ele gozasse ele fosse embora dali. Ele não aceitou e disse que, pelo menos, eu fizesse um boquete nele, e logo, já puxou a minha cabeça, introduzindo a pau na minha boca. Não tive outro jeito senão chupá-lo. Enquanto isso, ele já tirou a bermuda, ficando nu, como eu estava. Ele puxava e empurrava minha cabeça, indo até o fundo, na minha garganta, usando minha boca como se fosse uma buceta. Logo ele gozou, enchendo minha boca de porra, pois estava ainda me segurando, e não permitiu que eu tirasse o pau da boca para ele esporrar fora. Mas parece que ele tinha tomado viagra, pois o pau dele permaneceu duro e ele disse que agora eu não escapava e me empurrou para que eu deitasse. Entrou no meio das minhas pernas, abrindo-as. Eu estava muito molhada e a introdução não foi difícil, apesar da grossura do pau do Júlio. Nunca eu tinha dado para um pau daquele calibre. Eu tive que me abrir toda para recebe-lo. Doeu um pouco, a princípio, pois ele foi muito afoito, não pensava em nada, só queria meter, introduziu até o fundo e eu senti a cabeça do pau forçar meu útero e começou o entra e sai. Assim que eu me acostumei com a grossura daquele pênis, eu tive um gozo fenomenal, conforme minha irmã previra...
Nessa altura do relato, eu precisava me segurar, desviar minha atenção do que ela falava, para não ficar de pau duro e ela percebesse o tesão que eu estava sentindo. Ela também estava assim, pois eu percebi que, discretamente, ela esfregava uma perna na outra... Ela continuou falando:
-- Ele continuou me fodendo com força, enfiando todo o cacete, como se quisesse entrar junto na minha boceta, e, aquela impetuosidade dele e a grossura do pau me preenchendo como não tinha sentido antes, me faziam ter um gozo contínuo. Eu gozava e gozava sem parar, até que ele, mais uma vez, derramou sua carga de porra dentro de mim. Ele saiu de cima, caindo do lado e ficamos ali, descansamos um pouco, quando, depois de tanto gozar, já saciada, eu recobrei a razão e falei de maneira firme e peremptória, para que eles saíssem dali, fossem embora, uma vez que ele já tinha conseguido o que queria. Eu nem os acompanhei na saída. Minha irmã fez as honras. Em me levantei, fui tomar um banho pois estava bastante suada, do meu suor e do dele, foi quando você ligou...
Ela parou de falar como se tivesse terminado o que tinha para dizer sobre aquilo e ficamos nos olhando, por uns instantes, como se esperando a reação ou a impressão um do outro. Minha vontade, naquele momento, era pular sobre ela e fudê-la. Eu estava com muito tesão e não conseguia mais conter a ereção, que estava bastante proeminente, mas eu não podia e nem devia, cometer qualquer insensatez, naquela hora. Lembrei da Juliana, o que me deu força para resistir. Inventei que precisava ir ao banheiro, mais para quebrar o clima do que por necessidade mesmo. Fiquei lá, mais tempo do que o necessário, até que me acalmasse e voltasse a mim. Voltei e quando olhei, ela estava com um sorriso maroto no rosto, como que dizendo: Eu vi, eu percebi o seu estado, mas, para minha sorte, ela não tocou no assunto.
-- Agora vamos voltar às perguntas, que agora são três, mas tudo bem se você não quiser responder, não vai alterar muita coisa. E aí? Como você me achou? O que realmente você veio fazer aqui? E qual a sua intenção em relatar tão minuciosamente a sua traição?
-- Bem, como eu te achei foi o mais difícil. Na noite que aconteceu tudo, eu fiz minha irmã me levar de volta para Juiz de Fora, pois eu queria conversar com você, uma vez que você não atendia mais o telefone. Chegando lá, primeiro eu fui na nossa casa, você não estava, lógico. Aí fomos para casa da sua família, você não mais ali, também, e ninguém da sua família se dispôs a dizer onde você estava. Desde então, eu cobrava da Cíntia, uma vez que ela que provocou toda tragédia, que eu queria falar com você. E aquilo quase que se tornou uma obsessão para mim. E continuadamente eu insistia com ela. Até que, conversando com uma pessoa muito próximo da sua irmã, a Cíntia explicou a situação, falou que eu estava sofrendo muito, há muito tempo, se essa pessoa não se dispunha a ajudá-la. A pessoa disse que tentaria e conseguiu saber que você estudava e em que faculdade. Daí não foi tão difícil conseguir o seu endereço. Sobre o que eu vim fazer aqui, foi o que eu disse: conseguir o seu perdão e, se possível, voltarmos o relacionamento., mas da forma fria como você me recebeu, ali eu já percebi que seria difícil uma volta. E quanto ao seu perdão? Você me perdoou?
-- Foi difícil, mas, sim, eu te perdoei, só não esqueci e creio que nunca vou esquecer. Aquilo me magoou muito, bem como me marcou, também e eu creio que para sempre. E a terceira pergunta?
-- Qual foi mesmo? Ela perguntou já esboçando um sorriso.
Eu repeti a pergunta.
– Ah, tá. Sabe, eu não vim com essa intenção, de reviver aquilo, mas, quando eu comecei a falar sobre o assunto, explicando porque aconteceu, você passou a me dar ouvidos com uma certa atenção, então eu fui falando e acabei me envolvendo assim como, eu percebi que você também se envolveu. Ela disse, com um certo sarcasmo na voz. Foi só isso.
Eu tinha outras perguntas, por exemplo, se ela continuava dando para o Júlio, mas achei por demais inoportuno e não queria suscitar nenhuma intimidade maior. Falei com ela que eu precisava ir, precisava descansar e desejei que ela também descansasse. Quando eu ia saindo ela pediu que eu ficasse ali com ela, dormisse ali. Eu disse que não, não podia nem queria. Porque não pode, está com alguém? Ela perguntou. Eu disse que ficar seria fazer renascer ou reviver algo que tinha nos magoado muito e isso não era bom, então era melhor deixar como estava. Desejei boa noite, mas antes de sair eu disse que no outro dia cedo a pegaria para levá-la para a rodoviária, que ela me esperasse, e saí.
Corri para casa, para dali ligar para a Juliana e colocá-la a par daquilo. Já era quase uma da manhã. Mesmo assim eu liguei. Ela já estava dormindo, mas eu não queria deixar para depois. Ela atendeu preocupada, dado o horário, eu expliquei e explanei o que tinha acontecido, quando eu parei de falar, ela ficou um tempo sem falar nada como que remoendo o que eu havia dito. Então eu complementei que, se ela preferisse, no outro dia a gente conversava. Ela disse não, que era para eu ir na casa dela, naquela hora. Tá bom, estou indo, eu disse como que resignado. Fui, ela fez algumas perguntas, como eu me senti vendo a minha ex. Eu disse que com total indiferença e pude deixá-la sossegada, principalmente quando eu disse que a Isabela tinha prometido nunca mais me procurar. Prometemos que, no outro dia, quando eu voltasse da rodoviária, a gente continuaria a conversa.
Ao me despedir da Isabela, eu recomendei que ela se cuidasse, que desse um bom destino à sua vida. Pois ela merecia ser feliz. Ela prometeu que assim o faria. Ela embarcou e nunca mais a vi e nem soube dela.
Ao voltar da rodoviária, eu e a Juliana nos encontramos e eu senti que ela estava bem apreensiva querendo saber todos os detalhes, mas eu consegui tranquilizá-la.
Isso aconteceu em 2002. Em 2005, eu e a Juliana nos casamos. Eu já estava trabalhando, logo ela também começou trabalhar. Cinco anos depois, tivemos um casal de gêmeos, lindos como a mãe. Nessa época, 2010, meu pai resolveu descansar e se aposentou. Vendeu o comércio, por um bom valor e mudou-se, com toda a família, para Florianópolis, também. Minha irmã também se casou, E desde então, temos sido felizes.
Obrigado a quem acompanhou essa saga. Sei que não satisfez a todos, mas, “só sei que foi assim”.
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