Mark e Nanda
Em primeiro lugar quero parabenizá-los pela belíssima história, muito bem retratada pelo Mark (pelo que entendi, ele é o escritor). Parabéns, principalmente, por terem a coragem de sair de uma zona de conforto, em que muitas vezes a rotina esmaga e assombra os relacionamentos duradouros. Se vcs continuam juntos, felizes e de acordo, ao meu ver, vale tudo, desde que esteja dentro do contexto estabelecido por vcs. Como já disse em outros comentários, não faço parte do ”mundo liberal” (tive uma pequena experiência, quando solteiro, com uma namorada minha e alguns casais amigos dela. Gostei bastante, mas vi tb algumas brechas para azedar um casamento Como o meu casamento anda muito bem, mesmo com altos e baixos, prefiro não arriscar), mas admiro quem tem essa coragem e consegue atingir maturidade suficiente para surfar essa onda, sem deixar o relacionamento se estilhaçar.
Dito isso, atualmente prefiro comentar pouco durante o conto, deixando os comentários sobre as atitudes e decisões dos personagens mais para o final, pois muitas vezes as dúvidas e conflitos se resolvem nos capítulos seguintes (aprendi a esperar com o Lael e Leon - kkkk). Mas, no meu ponto de vista, este conto merece algumas observações…
Primeiro, mesmo que eu não tenha muita experiência no mundo liberal, minha idade e profissão me permitem analisar a conduta humana em momentos de conflito. Ao meu ver, não há nada de imoral, traiçoeiro ou maléfico na conduta e caminhos escolhidos pelo Mark, bem como pela Nanda. Os dois já deram provas que se amam e muito. Quanto aos possíveis erros cometidos durante o percurso, considero fruto da inexperiência de ambos, é um mundo de descobertas e delimitação de conduta, em conformidade com o que cada dos dois estabelece como limite, ou seja suas fantasias. Desde que a fantasia de um não ofenda ou ultrapasse os limites do outro. E isso, pelo que li até aqui, tem acontecido. Mesmo com alguns deslizes, o casal sempre deixa claro que a vida familiar deles está e estará sempre em primeiro lugar. As pessoas que participam do sexo com o casal são sempre quadjuvantes no quesito “sentimento”.
Segundo, entendo quem pense diferente, mas não há culpados específicos pelos acontecimentos que levaram a uma experiência negativa. Se foi o Mark que sugeriu a entrada do casal no mundo liberal, a Nanda aceitou e gostou muito. Se ela não quisesse, nada aconteceria. Portanto, o casal deve conversar francamente sobre isso, pois a Nanda (pode ser uma forma de se colocar na defensiva) já acusou o Mark 2 vezes de tê-la transformado em uma puta com essa ideia de transar com outros parceiros… Na primeira vez, com o garoto na motel, pediu desculpas, admitindo que eles entraram no mundo liberal por espontânea vontade. Agora com o caso do “Brunão”, voltou a acusá-lo… volto a dizer, talvez como uma forma de se defender…
Terceiro, para mim, neste capítulo, tudo se esclareceu, mas acho melhor a Nanda evitar entrar numa de defender o Brunão… Por mais explicações que o analista e a Nanda possam dar, entendo a revolta do Mark. Para o Mark, na minha visão, o que tá pegando não seria o sexo em si com o Brunão e os outros, foi a violência que ocorreu. A Nanda foi drogada (na minha visão não há dúvida quanto a isso, pois a história foi contada por três personagens ao mesmo tempo - Mark, Nanda e o segurança). Além da droga, o Bruno foi extremamente agressivo com o Mark no telefone, inclusive ameaçando dar umas porradas no Mark… pelo que li até aqui, o Mark não é um sujeito que aceita esse tipo de conduta… No decorrer da história já demonstrou várias vezes que não reage muito bem à tentativas de submissão ou humilhação (apesar de dizer para a Nanda que poderia experimentar a dominação como fantasia, deixou bem claro que existem limites…) Um homem que parte para cima de outro e dá uma surra no Brunão como o Mark fez, não tem espírito de barata… Ou seja, é difícil para o Mark ou qualquer outro homem, aceitar a mulher na primeira transa que tem após o ocorrido, (o Mark com todo o cuidado para não traumatizar a Nanda) a Nanda, no auge do prazer, chamar pelo nome do “Bruno”. Desta feita ela não estava drogada… isso está e vai ficar entalado na garganta do Mark. Agora ela ensaiou uma “peninha do Bruno”, ptz, é pra quebrar a banca!!!!! Acho que ela não deveria ir por esse caminho, pois acho que se insistir nisso, o Mark vai surtar e, ao meu ver, com razão. Acho importante essa punição do Bruno. Entendi os argumentos do casal para não denunciar, mas a verdade é que ocorreu o estupro!!!! Houve uma violência sexual extrema. Se deixasse para lá como o psiquiatra e a própria Nanda queriam, outras mulheres poderiam ser abusadas futuramente, assim como foram outras antes da Nanda. Acho um trabalho maravilhoso o dos psicólogos e psiquiatras, mas às vezes eles viajam… Se o Mark achou uma forma legal de fazer o estuprador pagar, a justiça deve ser feita!!!!!!! Duvido que se fosse com a filha médica dele o Dr deixasse para lá…
Acho que o comentário está muito grande.
Forte abraço para o Mark e Nanda e mais uma vez parabéns!!!!!