Ao ouvir a gravação no meu celular, o efeito da hipnose se desvaneceu, e pude recordar tudo a meu respeito. Eu era MÖBIUS, o principal espião da Agência!
Demorei um pouco, no entanto, para entender o porquê das sessões de hipnose que me fizeram esquecer praticamente toda a minha existência como Agente. E como conseguiram me hipnotizar, já que, devido ao meu treinamento, seria impossível.
A resposta foi inusitada: Eu mesmo tinha decidido permitir a hipnose, com o uso de algumas drogas e uma psicóloga da Agência, a própria Shannah.
Há algum tempo, os especialistas da Agência, assessorados pelos melhores neurologistas do planeta, desenvolveram um nanochip, invisível a olho nu e mesmo imperceptível à Tomografia de Crânio ou Ressonância Magnética. Esse microdispositivo conectaria a mente de uma pessoa, via satélite, a uma imensa Rede Secreta que conteria todas as informações sigilosas dos maiores organismos de investigação do mundo, instantaneamente. E seria necessária uma mente privilegiada para receber esse implante neural.
Embora eu não me considerasse como tal, houve uma votação entre o Conselho Diretor da Agência, e me elegeram para a experiência.
Após vários testes, descobriram que o cérebro humano precisaria de um tempo considerável para se adaptar ao tremendo volume de informações, para que a mente receptora não fosse sobrecarregada , daí a necessidade de esquecer tudo relacionado à Agência, enquanto durasse essa fase de adaptação, ou haveria o risco de “fritar” os neurônios, comprometendo todo o processo. Mais ou menos como preparar um bolo. Se não forem seguidos todos os passos e a massa não ficar o tempo certo no forno, o bolo estraga.
Minha esposa Adeline ficou responsável por mim, cuidando para observar qualquer sinal de lembrança ou de alguma rejeição do nanochip. E a Agência criou toda aquela história do acidente para explicar minha perda seletiva de memória, também me arrumando um emprego muito bem pago, mas com várias tarefas para ocupar minha mente. Como minha esposa ainda tinha suas missões, seu trabalho como autônoma vinha a calhar.
Quando tive meu quase “Burnout”, ela, usando sugestões hipnóticas através de palavras-chave, me fez desejar tirar um mês de férias, indo justamente a um lugar onde ela teria sua missão. E então tudo aconteceu como descrevi antes.
Eu estava totalmente distraído com estas lembranças, quando ouvi a voz de Adeline:
- Nossa, amor!! Dormi demais!! Temos que voltar já para o chalé, preciso me arrumar para a Reunião antes da abertura da Conferência!
Saímos dali apressados, e ela nem se lembrou de vestir seu biquini após a placa que mostrava o final da Praia de Nudismo. Eu coloquei meu calção apressadamente. Felizmente, ninguém reclamou de ver aquela beldade nua.
Chegamos ao chalé, e ela foi direto tomar um banho. Enquanto ela não me chamava para passar o indispensável óleo em seu corpo, lembrei do fundo falso na bolsa dela. E fui direto à minha maleta. Obviamente, havia um fundo falso também. Abri o fecho oculto, e vi meu cartão, diferente do dela. Era preto, não tinha foto, mas um chip tipo NFC (Near Field Communication) ou “comunicação por campo de proximidade”. E eu lembrava como usar, só não sabia se minha mente já estaria devidamente adaptada para isso.
- Amor, vem passar meu óleo?
Fui até lá, mas sabendo que não poderíamos fazer sexo nessa hora, por causa da tal Reunião.
Ela se arrumou. Estava com um vestido prateado, lindíssimo, com sapatos de salto alto combinando. Notei que era o mesmo que ela havia usado naquela missão em Mônaco, ou talvez um bem parecido.
- O que foi, amor, não fiquei bem? Será que devo trocar por outro?
- De jeito nenhum, você está belíssima! Estou até enciumado, o grego vai ficar dando em cima de você!
(Eu sabia que seria assim, e que ela faria o necessário para cumprir a sua missão).
- Ah, mas é como você disse...como é que ele iria conseguir fazer sexo com alguém com aquele barrigão?
- Eu lembro bem que você falou que dependia da posição e do lugar, talvez uma mesa ou sofá especial...
- Que nada, não se preocupe. Vai dar tudo certo, e quando tudo terminar, poderemos descansar juntos e fazer amor gostoso.
Ela me beijou apaixonadamente, retocou o batom, e saiu em direção ao Salão de Conferências. Eu não poderia ir junto.
Assim que ela saiu, fui ver o restante do material que eu tinha no fundo falso da minha maleta. Eram coisas de uma missão antiga. Uma delas era uma roupa térmica colante, finíssima, que permitia nadar em águas geladas sem passar frio. Uma faca, também muito fina, mas afiadíssima.
Achei que era o momento de testar o cartão com o chip NFC. Aproximei o dispositivo da minha região temporal direita.
Ouvi um leve zumbido, e de repente, comecei a receber uma chuva de informações visuais e auditivas. Em meio a elas, uma espécie de sinal de alerta, e uma voz – ao menos foi o que pareceu – dizendo que a missão poderia ter um desfecho diferente do esperado, com risco de Adeline ser ferida ou morta!
Essa possibilidade me deixou transtornado, e não consegui controlar o fluxo de informações, que se tornou uma torrente, e depois um verdadeiro tsunami mental. Fiquei tonto, consegui me sentar na cama, então apaguei.
Enquanto estava desacordado, milhões de terabytes de informação percorriam meu cérebro. Imagens de conflitos internacionais, missões das quais eu já havia participado, rostos de pessoas relevantes para assuntos das diversas Agências, criminosos procurados, e eu deveria aprender a selecionar o que realmente tivesse relevância para cada tarefa que eu fosse convocado a realizar.
Imagens, sons, números, fórmulas, essa enxurrada de dados atravessava meus neurônios. Entendi o motivo pelo qual eu havia sido hipnotizado para esquecer tudo aquilo. Ainda seriam necessários alguns meses para que minhas áreas cerebrais se adaptassem para receber toda aquela carga de conhecimento global.
Entre alguns momentos de lucidez e vários de escuridão total, devem ter se passado várias horas.
Quando acordei, estava todo suado. Fiquei assustado. Já era noite alta. Minha esposa corria perigo! Olhei meu relógio, a esta altura a Conferência já devia estar no fim.
Mas ainda tive que me sentar na cama e esperar um pouco até conseguir me equilibrar e andar. Eu estava de calção, coloquei uma camiseta qualquer.
Fui correndo até o Salão de Conferências, mas já estava vazio, às escuras. Procurei um segurança, que me disse que todo mundo já havia saído. Perguntei sobre uma mulher linda, com vestido prateado, ele obviamente havia reparado nela. Falou que ela estava acompanhando o bilionário grego, e segundo o que ele havia ouvido, iam para o iate dele, acompanhados de seus dois seguranças.
Corri de volta ao chalé. Durante as fases iniciais da experiência, eu havia aprendido as técnicas para controlar seletivamente as informações da Rede.
Muito mais fácil ler do que fazer. Mas eu precisava saber como estava Adeline. Procurei, através do nanochip, focalizar minha mente no Salão de Conferências, certamente havia fotos e vídeos do evento, obtidas por agentes de diversas organizações. O dispositivo enviava as imagens diretamente para a minha área cerebral destinada à percepção visual.
Mas era difícil. Eu precisava controlar seletivamente o fluxo de informações. De acordo com meu treinamento, eu precisaria visualizar claramente o lugar ou a pessoa em questão, como em uma tela de cinema. No caso de dados, números ou objetos, vê-los da mesma maneira.
Após várias nervosas tentativas, criando uma tela mental onde estava o Salão de Conferências, consegui ver o Gordão, que era a imagem mais fácil de encontrar. Em seguida, eu a vi. Ela se aproximou dele e ficou conversando. A certa altura, ela estava abraçada a ele, e ele com as mãos acintosamente nas nádegas dela. Fiquei com raiva, mas era o seu papel nessa missão.
A seguir, vi cenas deles indo em direção à praia. Depois, estavam no iate do magnata. Através de imagens de satélite em altíssima definição, vi o nome da embarcação. A única maneira de chegar até lá seria a nado. Felizmente o iate não estava longe da costa.
Peguei na maleta o traje especial, a faca que se adaptava a uma bainha na região da coxa, e fui até a praia. Em outras missões, eu levaria um par de óculos infravermelhos para ver no escuro, mas o nanochip já me dava as imagens em tempo real.
Felizmente, durante o tempo que fiquei afastado das atividades com agente secreto, mantive o hábito da natação e exercícios físicos.
Fui nadando até o iate do bilionário, que tinha o pomposo nome de “Afrodite”. Estava às escuras, talvez o grego já tivesse saciado sua sede de sexo com Adeline e estivesse dormindo. Mas e os dois seguranças?
Subi o mais silenciosamente possível, e fui me esgueirando pelo convés. Então, vi uma cena impressionante!
Ademir estava cambaleando, com sangue escorrendo pela manga de sua camisa, e havia um homem caído no chão, aparentemente morto. Ele havia sido baleado, mas conseguira derrubar o segurança do grego.
Fui até ele, e ele me reconheceu, porém com o braço sadio apontou para o outro lado do convés. O outro segurança havia acabado de jogar alguém na água. Corri até lá, e o homem apontou sua arma, mas eu puxei rapidamente a faca e o golpeei. Assim que ele caiu, joguei-me na água, e mergulhei, agarrando o corpo de uma mulher, completamente nua. Era Adeline!
Mesmo ferido, Ademir jogou uma bóia salva-vidas, e ajudou a içar minha esposa. Ela não respirava. Imediatamente, iniciei a respiração boca-a boca, enquanto o Negão fazia a massagem cardíaca. Ela não podia ter morrido!
Após tensos minutos, ela tossiu e expeliu uma grande quantidade de água dos pulmões. Mas estava inconsciente.
Nisso, uma informação veio até minha mente, pelo chip. Adeline havia colocado uma bomba especial, que iria detonar logo. Peguei rapidamente os coletes salva-vidas da lateral do convés, mais as bóias, e falei para Ademir:
- Temos que sair daqui, rápido! O iate vai explodir!
- Mas e o grego?
- Fique aqui com ela, vou ver.
Desci correndo até a suíte do barco, e vi o volumoso homem, totalmente pelado, caído no tapete, com uma baba grossa saindo de sua boca. Em uma mesinha, o dispositivo com o relógio que mostrava a contagem regressiva. Subi às pressas, e voltei para minha esposa, levantando-a. Vesti nela o colete, e coloquei a bóia na cintura dela. Fiz o mesmo comigo, e ajudei Ademir. Rasguei um pedaço da camisa dele e amarrei em seu braço, comprimindo bem.
- Consegue nadar, Ademir?
- Acho que consigo.
Achei melhor deixar uma corda amarrada à bóia dele , para não nos afastarmos. Pulei da amurada, com Adeline nos braços, seguido por ele.
Estávamos ainda a uma curta distância da embarcação, quando ouvi uma detonação surda, e vi um clarão. Era mais uma implosão, quase sem som. O iate afundou rapidamente.
Fui nadando o mais rápido que pude, pois o mar estava gelado e Adeline estava nua. Senti um certo peso, dificultando minhas braçadas. Ademir estava fraco, havia perdido sangue.
Com muito esforço, consegui chegar à praia, por sorte não era longe da entrada do Resort.
Tirei os coletes e as bóias e joguei no mar, as correntes marítimas deveriam carregá-los para longe.
Adeline continuava desmaiada, mas respirava regularmente e seus batimentos cardíacos estavam um pouco acelerados, mas normais.
Ademir então olhou para mim, surpreso, e exclamou:
- MÖBIUS ???
- Coloquei o dedo na boca, fazendo sinal de silêncio. Respondi sussurrando:
- Não fale nada ! Adeline não pode saber! Quando ela acordar, diga que foi você que a trouxe até a praia!
- Mas... não é justo! Você é que nos salvou!
- Espere um pouco.
Peguei a faca, e fui em direção a ele. Ele arregalou os olhos.
- O que vai fazer?
- Vou tirar essa bala. Se você for parar em algum hospital, podem identificar a arma.
- Hospital não!
O projétil não havia entrado fundo, foi relativamente fácil retirá-lo. Ademir resistiu bravamente à dor. Depois, fiz um curativo rústico com outra parte de sua camisa, e amarrei bem.
Peguei Adeline no colo, e amparei o Negão até a entrada posterior do Resort, que estava às escuras. Seriam pouco metros até o nosso chalé.
- Ademir, faça o seguinte. Sente aqui e fique com ela no colo. Eu vou até o chalé e tomar um banho, depois sentar na cama e fazer de conta que estava esperando.
- Olha, Möbius, muito obrigado. Mas obrigado mesmo. Não entendo por que você não quer que eu diga a ela que você nos salvou.
- Ninguém pode saber, não ainda. Não quero ser dopado, hipnotizado e vier uma vida falsa, meio zumbi.
- Eu também não gostaria. Senti pena quando vi você daquele jeito.
- Eu sei que era necessário, mas não quero aquilo de novo.
Certifiquei-me novamente que minha esposa estava bem, e fui para o chalé. Tomei um banho rápido, guardei todas as minhas coisas de volta na maleta, dentro de um saco plástico. Felizmente ela nunca mexeu nas minhas coisas.
Não demorou muito, e ouvi um barulho na porta dos fundos do chalé. Era Ademir, que vinha com Adeline. Ela havia acordado, e parecia melhor.
- Nossa, querida!!! O que aconteceu?
- Ah, não se preocupe, amor! Depois da...conferência, fui dar uma passeada na parte nudista da praia, e quis nadar um pouco. Só que fui puxada por uma corrente gelada, e quase me afoguei. Felizmente o Ademir me salvou.
- Mas , Adeline !! Por que não veio antes e me chamou para ir junto?
- Achei que você já estava dormindo.
- E o grego, Artemios?
- Sei lá, foi embora.
Eu sabia que nada daquilo era verdade, mas fingi que acreditava .
- Ademir, o que houve com seu braço?
- Ahn... eu acho que furei em um prego que havia em uma tábua na praia, tropecei enquanto eu a carregava no colo. Rasguei minha camisa e amarrei.
- Nossa Ademir, você me carregou mesmo ferido? Quanto sangue!
Ela o beijou na boca em agradecimento. Ele olhou para mim, constrangido.
- Acho que preciso ir para o meu chalé. Tomar um banho e descansar.
- Nada disso! Você não pode andar até lá ensanguentado desse jeito, todo mundo vai desconfiar que possa ter havido alguma coisa!
- Mas o que poderia ter havido? – perguntei.
- Ahn...nada, ué. Podem pensar que ele foi assaltado ou algo assim.
- Está bem. É melhor tomar banho mesmo, depois vamos fazer um curativo melhor. E acho que tenho uma camisa grande que deve servir em você.
Era um desses “camisões” que costumamos usar quando vamos à praia. E sempre carregamos alguns remédios básicos e material para curativos, como antissépticos, compressas de gaze e faixas de crepe.
Ele tomou seu banho, depois eu limpei bem e fiz um curativo compressivo, enfaixando bem.
- Acho que não vai precisar de transfusão.
- Claro que não, imagine se só um prego faria isso.
- Se atingir uma artéria, pode sangrar muito.
Adeline então falou para ele:
- Agora você vai deitar aí e ficar quietinho.
- Não, Adeline, preciso voltar ao meu chalé.
- Que nada! Você salvou a minha vida, vou cuidar de você até melhorar. Fique aí enquanto eu tomo um banho quentinho.
Enquanto ela tomava banho, Ademir me sussurrou:
- Viu só? Ela acha que eu salvei a vida dela, isso pode complicar as coisas!
- Mas ela não pode saber que eu voltei a ser como era antes!
- Não sei não, tenho um mau pressentimento, Möbius.
Curiosamente, ela não me pediu para passar o óleo nela. Ela saiu peladinha do banho, se enxugando na nossa frente. Ademir ficou admirando a visão, e seu caralhão foi levantando.
Adeline reparou imediatamente, e comentou:
- Nossa, achei que você estava fraquinho!
- Desculpe, mas você é irresistível.
Eu também estava com uma ereção, mas ela, ao que parecia, nem notou. Foi se aproximando dele e chegou com o rosto bem perto do cacetão.
- Olha só, está até tremendo de tão duro.
- Eu não tenho como controlar.
- Precisamos fazer alguma coisa.
Ela beijou gostosamente a cabeçorra do membro, depois lambeu. Foi descendo pelo mastro, até chegar às bolas. Colocou uma de cada vez na boca, com cuidado para não doer. Ademir me olhava constrangido.
Depois de lamber bem as bolas, ela foi subindo, e a seguir passou a chupar o cacetão.
Ela viu que ele iria gozar logo se continuasse, então parou.
- Agora continue assim.
Ele ficou com o caralhão apontando para cima, e ela pegou um lubrificante e passou em toda a extensão do membro do Negão. Depois, passou na entrada do seu cuzinho. Montou em cima dele e foi abaixando as nádegas, até encostar a cabeçorra no buraquinho.
Ademir tremia de tesão. Ela então foi descendo bem devagarinho, eu vi aquele cacete entrando mais e mais na bundinha dela. Ela olhou para mim fixamente, parecia que estava com raiva.
Quando o cacetão entrou inteiro até as bolas, ela passou a se movimentar. Ele não resistiu e gozou logo, ejaculando dentro do cuzinho dela.
- UARRRGGHHHHHHH!!!! ( UI)
- O que foi? Doeu, meu querido?
- O ombro doeu um pouco. Mas foi muito gostoso.
Eu não aguentei e falei:
- O que foi essa olhada que você me deu? Você foi sozinha até a praia. Eu fiquei esperando aqui como um trouxa. E você poderia ter morrido!
- Mas não morri.
- Se você tivesse passado aqui antes, eu teria ido junto!
- E você poderia ter esperado na porta do Salão!
- Para ver o Gordão passando a mão na sua bunda?
Ela ouviu isso e ficou furiosa. Parecia que saíam faíscas dos seus olhos.
- Acho que o Ademir tem razão, ele deve voltar para o chalé dele.
- E por que?
- Aí eu vou junto com ele.
- Epa, o que é isso? Está querendo brigar e separar?
Ela levantou de cima do Negão, estava ainda com o caralho dele enfiado dentro do seu cuzinho. Saiu da cama e veio para cima de mim.
- BABACA!!!
O tapa que ela me deu na cara me fez ver estrelas.
CONTINUA