Jornada de um Casal ao Liberal - Capítulo 11 - O Destino se Encarrega - Parte 3

Um conto erótico de Mark
Categoria: Heterossexual
Contém 3125 palavras
Data: 02/04/2022 22:49:37
Última revisão: 03/04/2022 07:59:04

[...]

Com um sorriso amarelo, despedi-me dizendo para ele ficar tranquilo. Pelo olhar dele, não ficou. Meu amigo Paulinho me recebeu perguntando se eu estava melhor e confirmei. E estava mesmo: aquelas palavras haviam aliviado um pouco minha dor. Mas agora, meu foco seria a Nanda. Ela precisava de apoio. Teria que deixar meu acerto com o Bruno e seus amigos para depois.

Cheguei em casa e Nanda cuidava de lavar algumas louças e panelas. Me aproximei dela por trás e a abracei, dando um beijo em seu pescoço:

- Só um? - Perguntou.

Ganhou outro, lógico. Reagir positivamente ao toque era um bom sinal. Talvez o trauma nem fosse tão grande assim. Nossas filhas ainda estavam fora então resolvi ser direto. Sentei-me na mesa e me servi de um café:

- Nanda eu procurei um psicanalista?

Ela fechou a torneira e se virou para mim, ainda encostada na pia:

- Pra quê? - Perguntou.

- Senta. - Pedi.

Ela se sentou, mas não parecia muito disposta a falar. Um semblante sério se instalou em seu rosto. Era visível que ela estava tensa. Então falei:

- Eu só achei que precisava desabafar, por pra fora, tentar entender o que ainda estava me agoniando e isso me fez bem. Acho que poderia fazer bem para você também…

- Eu não quero falar disso com ninguém. Lembrar de tudo o que passamos não me faz nada bem. Até acho que consigo conversar com você uma coisa ou outra, mas não tenho coragem de repetir tudo para outra pessoa. - Tomou um pouco do café da minha xícara e ainda olhando para ela em suas mãos continuou: - O que tanto você contou?

Fiz um resumo da conversa que tive com ele. Falei que tinha sentido uma grande confiança nele e me abri, por isso contei tudo, desde o início:

- Das nossas aventuras? - Perguntou.

- Sim, uai! Tudo.

- Você está louco! Agora é que eu não vou mesmo! Nunca teria coragem de sentar na frente de um homem que sabe que transei com outros homens depois de casada e na frente do meu marido, e o pior ele gostando. Ele vai pensar que sou uma vadia.

- Que é isso, Nanda!?...

- Pode esquecer! - Levantou-se e saiu pisando duro.

No outro dia, liguei para o Dr. Galeano relatando minha inexitosa tentativa. Ele disse que eu teria que ter muita paciência com ela. A negativa fazia parte de um processo inconsciente de autodefesa. Explicou-me ainda que pessoas que estão passando por problemas psicológicos ou emocionais muitas vezes procuram se isolar e assumem uma posição relutante para receber ajuda e, principalmente, para admitir que estão com algum problema:

- Você deverá ter muita paciência. Cada pessoa reage de uma forma e pelo que você me falou ela não irá aceitar do dia para a noite a orientação de um terceiro, mesmo que profissional. Então o trabalho de convencimento deverá ser feito de maneira delicada para que a pessoa não se revolte, fique ofendida e se isole, principalmente de você. - Me disse e sugeriu: - Porque você não diz a ela que você virá em meu consultório amanhã e a convida para vir com você, nem que seja para ficar na antessala. Se ela vier, ótimo, me apresento e a convido para participar conosco, deixando-a livre para decidir; se não, você vem e nós conversamos mais um pouco sobre como proceder.

Depois do jantar, quando as meninas foram para o quarto brincar, informei que eu teria uma consulta e a convidei:

- Nem pensar. Eu não vou! Não insista, por favor. Só me deixa ficar quieta no meu canto. Eu vou ficar bem, juro pra você…

Como orientado, não insisti e no seguinte eu me encontrei novamente com o Dr. Galeano:

- Boa tarde, meu jovem. Vejo que não deu certo?

- Não mesmo, doutor.

- Eu já esperava. E você, como está?

- Vou levando, doutor.

- Já desistiu daquela ideia de vingança?

- Foco, doutor. Foco! Vim aqui para ajudar ela, eu não preciso de ajuda. - Respondi, encerrando o assunto.

O Dr. Galeano era experiente e sabia que teria dois problemas para resolver: convencer Nanda a se abrir para aliviar sua carga e me convencer que a vingança é uma ideia errada. Sua experiência o mandou não bater de frente comigo, porque poderia perder o único aliado com condições de trazer Nanda até ele:

- Tudo bem, Mark. Falaremos sobre isso depois, mas ainda falaremos. Sobre a Nanda, vamos mudar a abordagem, para aliviar a tensão sobre ela e evitar que ela possa se distanciar de você que é hoje o principal arrimo que a mantém de pé.

- E as filhas...

- E as filhas, claro. Mas como elas não estão cientes do acontecido, não é? - Perguntou, me encarando e óbvio que neguei: - Então, você é a única válvula de escape que ela possui.

- Entendi...

- Mas antes disso, aceita um café? - Me perguntou sorridente.

- Claro, por que não?

Dirigiu-se à mesinha e fez o mesmo ritual da primeira consulta. Logo, retornava com duas xícaras e me entregava uma, novamente se sentando à minha frente:

- Primeira coisa, como já conversamos pelo telefone, você terá que ter muita paciência com ela. Lembre-se que ela é nosso objetivo principal.

- Sim. Espero que o senhor também se lembre disso. - Rebati e ele entendeu o recado.

- Segundo, dê liberdade e abertura para que ela possa se sentir livre para falar de seus sentimentos e problemas, alegrias e tristezas, mas não a force. Ela sabendo que você está do seu lado, quando ela se sentir pronta, certamente se abrirá com você.

- Mas ela já se abriu, doutor. Lembra, eu te contei tudo o que ela me contou que se lembrava do fato.

- Exatamente. Mas será que ela se lembra de tudo mesmo, ou será que seu inconsciente já estava bloqueando alguma lembrança?

Essa informação já me deixou cabreiro. Considerando que ela estava dopada, drogada, haveria sim a possibilidade de ter acontecido coisa das quais ela não se lembrava ou não queria se lembrar. Vendo meu silêncio ele continuou:

- Mas é só uma hipótese, nem deveria tê-la adiantado. Vamos trabalhar com a que ela tenha te falado tudo o que se lembrava e torcer para que só tenha acontecido exatamente isso.

- “só tenha acontecido”... - Repeti inadvertidamente.

- Por favor, não estou tentando fazer pouco da dor de vocês. Foi só uma forma de falar. Talvez eu não tenha sido bem claro...

- Não. Não. Está tudo bem.

- Ok, então. Terceiro, você não deve julgá-la. Críticas e julgamentos de nada ajudam a quem está passando por um período de confusão, contradição e/ou culpa. Criticá-la só a faria se afastar de você.

- Tudo bem.

- Quarto, você não pode tomar as dores dela.

- Isso é impossível, doutor.!

- Não. Não quero dizer que você não esteja machucado, dolorido com o que aconteceu, o que quero dizer é que ela pode, mesmo sem querer, se tornar agressiva, irritada e até te ofender, mas você não deve levar para o lado pessoal. Tenha em mente que ela está passando por um período delicado que a faz reagir assim. Se sentir que uma discussão ou briga está para se instalar, e principalmente se ela tentar relacionar o fato te culpando, se afaste um pouco e retorne quando a situação estiver mais calma.

- Certo.

- O evento ainda é recente, mas queria te pedir para não deixá-la se isolar. Você precisa incentivá-la a se relacionar com outras pessoas e que não sejam as do seu convívio familiar. Tente convencê-la a sair de casa, praticar alguma atividade física, algo que ela goste de fazer.

- É. Ela ainda não quis voltar para a academia...

- Isso é comum, mas não é bom. Ela não pode cair numa espiral de autopiedade. Se ela não quiser reiniciar a atividade física, que é uma atividade dela, proponha fazerem um passeio, pois a mudança de ambiente e de foco pode ajudar a esquecer dos problemas, mesmo que momentaneamente.

- Doutor, de certa forma o problema todo aconteceu porque inventei de fazer um passeio para sair da rotina. Ela poderia correlacionar uma coisa com a outra e o efeito ser o inverso?

- Sim, mas não se os atores do passeio forem outros, por isso seria interessante levar suas filhas juntos.

- É. Pode ser.

- Como ela está em casa, nas atividades domésticas?

- Aparentemente normal.

- Isso é bom, porque os traumas, às vezes, podem deixar a pessoa incapacitada para realizar até mesmo tarefas corriqueiras. Ajude-a, se ela pedir, mas não faça por ela. Ela precisa ter iniciativa, precisa ser pró-ativa: - Tomou um pouco de seu café: - Vocês voltaram a fazer sexo depois do evento?

- Eu não a procurei, doutor. Achei que seria melhor dar um tempo para ela. - Respondi timidamente.

- Pois a procure. Vítimas, principalmente as de violência sexual, têm uma tendência de se sentirem sujas para seus parceiros e, se você não a procurar, poderá potencializar esse efeito negativo. - Parou por um momento, pensando, e emendou: - Você tem algum receio de procurá-la?

- De forma alguma, doutor. Tinha e continuo tendo o maior tesão na minha esposa.

- Ótimo! Ela chegou a fazer exames para se certificar que não foi contagiada por alguma doença sexualmente transmissível?

- Não, doutor. Ela não quer tocar no assunto e quando tentei ela se esquivou. Então, tive medo de insistir e ela se ofender.

- Entendo...

Ele parou por um minuto pensando, pesando essa última informação, olhava ao longe parecendo montar uma estratégia. Sabia que tinha que agir o quanto antes porque a saúde dela poderia estar em risco e a minha também, por consequência:

- Quero tentar uma outra abordagem, mas vou ter que usar seu nome e usar uma abordagem não muito ética. - Disse enquanto me encarava: - Posso ligar para ela?

- Pode. Mas o que o senhor está pensando em fazer?

- Quero trazê-la aqui para te ajudar.

- Como é que é?

- Você já vai entender. Me passa o número do telefone dela. Vou deixá-lo ouvir, mas desde que fique em total silêncio, ok?

Concordei e passei o número dela. Fiquei observando enquanto ele teclava e colocava o aparelho no ouvido. Colocou-o em cima da mesa e ativou o viva-voz. Um toque, dois, três:

- Alô? - Ouvimos a voz da Nanda.

- Dona Fernanda?

- Sim, sou eu. Quem fala?

- Dona Fernanda, não nos conhecemos pessoalmente ainda. Sou o doutor Josué Galeano, psicanalista que está atendendo seu marido Mark. Tudo bem como a senhora?

Um breve silêncio:

- Dona Fernanda?

- Oi. Tudo. - Falou claramente incomodada.

- Dona Fernanda, eu gostaria de conversar com a senhora…

- Desculpe, doutor. - Interrompeu-o: - Eu não quero conversar sobre nada com o senhor. Já falei pro Mark que ele pode fazer a terapia que quiser com quem ele quiser, mas eu não quero. Só preciso ficar em paz para esquecer.

- Ah, sim, claro. Mas, na verdade, ligo porque preciso da sua ajuda com ele.

- Ajuda? Por que? O que aconteceu? Ele está bem?

- Em nossas entrevistas, identifiquei uma forte tendência vingativa no seu marido e acho que preciso da sua ajuda para tentar demovê-lo de algumas ideias nocivas com relação ao fato que vitimou vocês.

Eu o encarei com olhos arregalados:

- Vingança!? Mas eu já falei para ele esquecer disso. A gente só precisa de tempo. - Ela falou no telefone.

- Dona Fernanda, há um trauma que precisa ser tratado. Fico feliz por saber que a senhora está se recuperando bem, mas ele não está. Ele precisa de apoio e não estou conseguindo alcançá-lo. Por isso estou te ligando. Preciso de sua ajuda.

Fiz menção de querer protestar e ele mandou manter o silêncio. Depois de um tempo ela fala, parecendo ter chorado:

- Esse inferno parece que não vai ter fim! Saco! Eu não sei o que poderia fazer, doutor?

- Ele ficou arredio hoje depois que eu apresentei algumas ponderações e me disse que não voltaria mais por já estar bem, mas não se iluda: ele não está! É apenas uma imagem, um personagem que ele criou para não preocupar a senhora. - Parou por um momento e continuou: - Ele não pode parar agora, porque seria arriscado o Mark fazer algo impensado, impensável.

- Ai, meu Deus! - Disse aflita.

- Será que a senhora poderia trazê-lo amanhã em meu consultório, por volta deste mesmo horário? Talvez se a senhora falar para ele que pensou melhor e gostaria de vir em meu consultório, e pedir para que ele a acompanhe, ele também venha.

Nessa hora, comecei a me indagar se ele não estaria realmente tentando aplicar alguma terapia em mim mesmo, porque eu realmente tinha pretensões nada elogiáveis para com o Bruno e seus amigos. Mas não para já, não para agora:

- Tudo bem. É… Doutor o quê mesmo? - Perguntou.

- Galeano, Dr. Josué Galeano.

- Eu vou dar um jeito de convencê-lo a ir aí, nem que eu tenha que levá-lo, mas não vou para falar com o senhor..

- É claro, eu entendo. Mas a senhora vindo com ele, pedirei que ele aguarde um pouco na antessala, para não desconfiar, e enquanto isso, irei orientá-la da melhor forma sobre como procederemos com ele, entende? Posso contar com sua colaboração? - Perguntou.

- Pode, doutor. Farei o possível.

- Ok, então. Qualquer coisa, a senhora pode me ligar nesse mesmo número, ok?

- Ok.

- Obrigado, então, Dona Fernanda. Passar bem.

Desligaram:

- Doutor, o senhor está tentando me tratar a minha revelia? - Perguntei, encarando-o.

- Oras, Mark, se a cura de sua esposa depender do seu processo de cura, você não se submeteria? - Respondeu, com uma pergunta, também me encarando.

Ele era esperto, mais do que eu havia imaginado. Por mais estranhos que fossem seus meios, era claro que ele tentaria curar nós dois, mesmo que contra nossa própria vontade. Infelizmente capricorniano genioso que sou, não seria uma presa tão fácil para os joguinhos mentais dele, pelo menos era o que eu pensava. Minha objetividade atacou:

- Não gostei disso. Realmente não é ético. Não vou mentir para minha esposa e sua resposta é sim. Vou me vingar daqueles filhos da puta! Ainda não me decidi como, mas eu vou. Queria a verdade, agora o senhor a tem. - Disse, com a cara fechada.

- Mark, doutor Mark. O senhor é um advogado, conhece as leis. - Disse tentando trazer-me a realidade com base em meu conhecimento.

- Sim, e o senhor está muito próximo de deixar de ser meu psicanalista.

Acho que ele não esperava essa resposta. O enfrentamento foi duro e ele viu que eu não estava brincando. Parou por um momento, me encarando e resolveu mudar de tática:

- Tudo bem. Mas eu quero que o senhor entenda que a saúde de sua esposa pode estar em risco. Ela foi violentada e não fez exames para ter certeza de que não foi infectada com alguma doenças sexualmente transmissível. Isso deveria ter sido feito logo em seguida e ela não fez. Ela se bloqueou para esse assunto, como o senhor mesmo me contou. Tomei a atitude que tomei por não ter tempo a perder. É errado? É antiético? Sim. Mas o fim justifica o meio.

Eu não esperava aquela invertida. Ele tinha razão. Não havia tempo a perder:

- Eu vou entrar no seu joguinho. Vou trazê-la. Mas não pense que pode me convencer tão facilmente a desistir de meus planos..

- Rapaz, eu só quero ajudá-los. - Disse enquanto me dava dois tapinhas no ombro, mas percebi um leve sorriso em seus lábios enquanto se virava na direção de sua cafeteira: - Nos vemos amanhã, então.

Saí do consultório dele pisando alto, nem me lembro de ter me despedido. Voltei com a cabeça quente para casa porque sabia que ele tentaria alguma coisa para me convencer a desistir de me vingar daqueles monstros. “Ele não me conhece”, pensei. Se fosse necessário, mostraria para ele que sou um estrategista melhor do que aparento.

Estacionei meu carro e fui recebido pela Nanda logo na porta de entrada:

- Oi, “Mor”. Que saudades. Como foi seu dia? - Perguntou-me toda melosa.

- O que está acontecendo, Nanda? - Perguntei porque ela não era assim, nem mesmo antes do acontecido.

- Nada. Só estou com saudades… - Disse pegando minha pasta de documentos: - Acabei de passar um cafezinho. Quer?

Realmente aquele cheirinho almiscarado e inconfundível se espalhava pelo ar. A tentação era grande:

- Obrigado, mas agora não. Vou tomar um banho… - Respondi.

- Mark, o que está acontecendo? Você nunca recusa um café?

- Não está acontecendo nada. Só cansaço mesmo, eu acho… - Disse já me dirigindo para nossa suíte.

- Eu te conheço, Mark. Fala comigo.

- Quero tomar banho!

Tirei minha roupa no quarto e ela ali me olhando. Entrei no banheiro e já fui direto para baixo da ducha, que regulei para temperatura mínima. Aquela água fria me lembrava da chuva daquele dia que havia me feito tão bem. Comecei a me ensaboar e ouvi dois toques na porta:

- Mark, posso entrar? - Nanda perguntou.

Antes que eu pudesse falar algo, ela abriu a porta e entrou, fechando-a atrás de si. Depois se aproximou e se sentou sobre o vaso sanitário:

- Você podia usar outro banheiro, né? - Falei.

- Não quero fazer xixi!

- Pior ainda! Sai já!

- Não quero fazer cocô também!

- Então, você quer o quê?

- Conversar…

A olhei pelo vidro do box e ela me encarava. Sua expressão até era boa. Quase vi um pingo de safadeza no seu olhar:

- Pode falar, então.

- A gente sempre fala a verdade um para o outro, não é?

- Claro.

- Seu psicanalista me ligou hoje e me disse que você quer desistir da terapia. Isso é verdade?

- Ééé, É! - Respondi surpreso, porque não imaginava que ela fosse me contar sobre o telefonema: - Vamos dizer que eu não esteja muito de acordo com o caminho que ele queria tomar.

- Ele me disse que você está com uma ideia fixa de se vingar do… - Ela engasgou nessa hora pela lembrança: - Bruno e dos outros. É verdade?

- Nanda, não quero falar sobre esse assunto…

- Então, é verdade. Você está mesmo pensando em fazer alguma besteira. - Agora enfatizava: - Para com isso, pelo amor de Deus! A gente esquece tudo aquilo e continua.

- Desculpa, mas não é justo eles saírem sem nenhuma punição. Eu não concordo. Eu não aceito isso. Eles tem que pagar. - Disse enquanto pegava uma toalha e saía do box.

Comecei a enxugar minha cabeça e senti duas mãos em minha cintura. Quando olhei ela me encarava de frente:

- Eu sei que você quer Justiça, mas eu não podia denunciá-los. Isso ia acabar com a nossa vida. - Me disse com os olhos marejados.

- Não estou te culpando. Hoje, depois de bem pensar, entendi que você estava certa em não querer fazer a denúncia. Você se sacrificou por nós, pela nossa família, nosso nome, honra, pelas nossas filhas, e eu te agradeço muito por ter feito isso. Mas ainda assim não é certo que eles saiam sem nenhuma punição.

Tirei suas mãos de minha cintura e fui até o quarto me vestir. Enquanto pegava uma bermuda, ela também voltou e se sentou na beirada da cama:

- Me desculpa se não sou o homem que você sonhou, mas eu não vou deixá-los impunes. Sinto muito, mesmo. - Disse saindo do quarto.

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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 266Seguidores: 629Seguindo: 22Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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Eu concordo com Dany1401. Vingança, sim, mas sem pressa. De repente, isso aconteceria até por acaso, mas aconteceria. Num cômpito geral, continua interessantíssimo, tal como ainda não tinha visto por aqui. Nota 1000.

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Fica difícil comentar sua posição sem dar um "spoiler". Continua acompanhando que você vai entender o que estou dizendo. Forte abraço.

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Mark e Nanda me parece que chegou ao ponto alto da história, vingança superação do acontecido tudo isso é duro de roer cara nota mil parabéns ao casal.

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Mark, uma parte que complementa muito bem a anterior, muito bem fundamentada, com argumentos cabíveis numa relação com um especialista. Nisto a condução está muito boa. Mas seu conto é erótico, e você poderia "inserir" alguma coisa, para não deixar esse deserto... me entende? Me perdoe, mas é uma impressão sincera. O conto está ótimo agora. Muito real. Adorei. 3 strelas.

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Concordo com o Leon Mark... E pelo menos nisso siga o médico, procure Nanda, volte a rotina sexual... Mais do que uma depressão que você e ela estão entrando, o teu casamento pode estar indo para o espaço desse jeito... Bora transar meu amigo

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Dany1401, fica tranquila. Você vai entender tudo nos próximos capítulos.

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Nada a perdoar, Leon. Gosto do seu ponto de vista. Você tem uma forma muito equilibrada de orientar, e eu agradeço isso. Às vezes é necessária uma visão de fora para melhorar todo o contexto do texto. Mas fica tranquilo. O sexo vai voltar.

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Meu amigo! Excelente. 3 estrelas merecidas. Gosto desse ritmo dos seus contos. Aprendi muito aqui hoje. Grande abraço para você e para a Nanda.

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A denúncia é valida Mark... A vingança sua tem meu total apoio aqui como leitor. Mas honre sua profissão de advogado e faça tudo conforme manda a lei... Essa galera merece sim uma punição exemplar por isso e nem mesmo a Nanda pode impedir isso

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