A Estranha Viagem - Parte IX - Os Segredos de Adeline - Pelada na Mansão

Um conto erótico de Paulo_Claudia
Categoria: Grupal
Contém 1752 palavras
Data: 22/04/2022 14:56:23
Última revisão: 17/07/2024 16:42:32

- BABACA!!

Adeline me deu um tapa que me fez quase cair.

- Querida, o que foi isso?

- SAFADO ! MENTIROSO!!!

- Mas o que foi que deu em você??

- Como é que você sabia que o grego passou a mão na minha bunda? Olhei várias vezes para as janelas do Salão e você não estava lá!

- Foi força de expressão, todo mundo tem vontade de apertar as suas nádegas.

- MENTIRA! E TEM MAIS UMA COISA!

- O que foi agora?

Ela mudou de expressão, e lágrimas começaram a escorrer dos seus olhos.

- Eu...eu sei que foi você que me salvou ! E ao Ademir!

Olhei para o Negão, decepcionado.

- Você contou a ela, Ademir? Por que?

- Eu não contei nada! Juro!!

- Mas então como...

- Eu senti ( suspiro) sua boca na minha quando fez respiração boca a boca!

- Mas como...

- Sua boca é muito diferente da dele!!

Ela continuava chorando.

- Você estava fingindo que estava desmaiada?

- Claro que não! Mas mesmo inconsciente eu senti que era sua boca!

- E por que está tão furiosa??

- Porque você estava tentando me esconder que lembrou de tudo! Que sabe que é o Agente Möbius!

- Calma. O importante é que vocês dois estão bem, o iate explodiu e o grego já era.

- Mas você não está totalmente adaptado! Seu cérebro pode sofrer danos graves!

- Você não pode ter certeza disso. Estou me sentindo bem. No início foi um pouco difícil, tanto que apaguei, e quando acordei a conferência já tinha terminado. Por isso eu não estava lá esperando.

- Aí você usou o chip para ver as imagens da conferência.

- Antes disso eu recebi um tipo de alarme, que dizia que você poderia correr risco de ser ferida ou morta. Por isso fui em frente.

- Mas eu não estava preocupada com isso. O importante sempre foi a missão, sempre soubemos dos riscos.

- Mas eu não podia deixar você morrer.

Ela me abraçou forte.

- Ai meu amor!! Por que você fez isso? Eu não quero perder você!

- Mas você ia morrer! O Ademir não ia conseguir salvar você, ferido daquele jeito!

Ademir confirmou:

- Não ia mesmo, Adeline . Nós dois iríamos morrer se Möbius não nos salvasse.

Ela me olhou bem nos olhos.

- Se seu cérebro virar uma goiaba mole, eu mato você.

- Não vai, querida.

Nisso, recebi um sinal de alerta através do nanochip.

- Artemios Odysséas está vivo!

- Mas como? Ele foi envenenado e o iate explodiu!

- Deve ter acontecido alguma coisa.

Minha esposa pensou um pouco.

- Talvez a dose de veneno tenha sido pouca para o peso enorme dele, e ele tenha apenas desmaiado, com a boca espumando. Na hora em que fui conferir os dados vitais dele, o segurança

me golpeou por trás e me jogou no mar.

- Mas como ele poderia escapar?

Focalizei minha mente na imagem do iate antes de explodir, o nanochip automaticamente buscou imagens de satélite e dados de radar daqueles momentos.

- Incrível! Ao que parece, ele possuía um minissubmarino holandês “Nemo”, que podia acessar diretamente de sua suíte em caso de emergência! As imagens mostram o veículo se afastando segundos antes da explosão!

- Bom, agora vamos ter que aguardar as novas instruções da Agência.

Nesse momento, senti um sinal diferente, uma espécie de vibração dentro da cabeça. Recebi algumas mensagens através do chip.

- As instruções já chegaram. Infelizmente, não são boas.

- O que foi, amor?

- Querem que o nanochip seja desativado imediatamente, e que em seguida nos dirijamos para a sede da Agência para uma reunião.

- Para a sede? Em Londres?

- Pois é. Disseram que é urgente. Que, entre outras coisas, vou ter que passar por uma série de exames. E vocês terão que detalhar seus relatórios sobre a missão.

Adeline estava espantada.

- Credo! Nunca tivemos que fazer isso pessoalmente, não nos últimos anos! Vamos ter que ir até La Habana para conseguir um vôo o mais rapidamente possível, mas vai ser difícil.

- Não vamos precisar ir até lá. Um jato da Agência virá até aqui na Ilha, pousará em uma pista particular de uma Hacienda aqui na Ilha.

- Mas então a coisa é grave!

Mais mensagens vieram.

- Eles devem chegar aqui antes que as autoridades locais tenham conhecimento pleno do que aconteceu. Daqui a pouco vai amanhecer. O avião já saiu de lá , logo depois que houve a explosão e o minissubmarino foi detectado. Se nadamos cerca de uma hora, e depois disso transcorreram mais duas, então estarão aqui no máximo em seis. Até o meio dia, temos que disfarçar e fingir que nada aconteceu conosco.

- Podemos ficar na praia após o café da manhã, eles certamente nos localizarão através do seu chip.

- Pode ser.

Tentamos descansar um pouco. Ademir foi ao seu chalé, para não dar na vista. Assim que amanheceu, fomos tomar nosso café no restaurante do Resort.

Como o Negão havia sido contratado pela própria Agência para poder trabalhar em parceria com minha esposa, não houve problema para ele ir à praia um pouco depois que nós, combinamos de nos encontrar no setor nudista.

Chegamos lá e procuramos ficar na parte mais afastada, longe das pessoas. O ideal seria não termos contato com ninguém mais até nossa “extração”.

Adeline ficou se bronzeando deitada em uma toalha de praia, e eu fiquei sentado, embaixo do guarda-sol de palha.

A certa altura, um casal se aproximou de mim, e perguntou em espanhol se éramos swingers, assim na cara dura. Perguntei:

- E por que vocês acham isso?

- (traduzido) Ah, vimos vocês chegando com um homem negro alto, de madrugada, pareciam cansados. Deve ter sido uma noite e tanto!

- E vocês também devem ter se divertido, pelo visto. Passeando de madrugada...

- Ah sim... conhecemos uns brasileiros muito amistosos. Vão ficar quanto tempo por aqui? Poderíamos marcar alguma coisa.

- Infelizmente, surgiu um compromisso de trabalho e teremos que ir embora hoje. Estamos apenas tomando um pouco de sol antes de partirmos.

- Uma pena.

Eles se despediram e se afastaram. Por via das dúvidas, acionei o chip para ver se não seriam agentes de alguma organização rival, disfarçados. Aparentemente não.

Um pouco mais tarde, chegou Ademir. Assim como meu codinome é Möbius, o dele é Black Python, por motivos óbvios. Adeline era “Djinn” devido à sua capacidade de realizar missões e desaparecer facilmente. Mas creio que, devido à sua preocupação comigo, começou a cometer deslizes, comprometendo o resultado de suas ações. Talvez esse fosse o motivo da tal reunião.

- Então, Möbius, tudo em ordem para nossa extração mais tarde?

- Creio que sim, Python.

- Hmm, não ouço esse codinome há algum tempo.

-Adeline interferiu:

- Mas a cobra está bem visível , hehe.

- Não me provoque, Adeline. Ou a cobra vai entrar de novo no seu cuzinho.

- Agora é que eu vou provocar mesmo.

Ela levou a mão até o caralhão dele, e segurou. O membro ficou ereto imediatamente.

- Calma que pode vir gente.

- Uma pena desperdiçar essa ereção.

Nisso, vimos dois homens vestidos com terno e gravata se aproximando. Ambos com óculos escuros. Eles chegaram mais perto, um deles falou:

- Viemos buscá-los. A condução está perto.

- A que horas o avião sai de La Habana?

- Hã... uma hora da tarde. Dá tempo de chegarmos lá.

Adeline entendeu imediatamente. Ela deu um salto mortal de onde estava, dando um golpe de tesoura em um deles, nocauteando-o. O outro sacou a arma, mas eu o desarmei rapidamente, ficando com a arma, e também o deixei desacordado. Ademir disse:

- Não deixaram nada para mim. Mas como eles souberam que éramos agentes?

- O casal que veio antes. Devem ter informado os caras.

- E agora?

- Agora temos que amarrar estes dois e correr até o campo de pouso particular onde nosso jato irá pousar.

- Eu tenho abraçadeiras de nylon na minha bolsa, sempre carrego.

A bolsa de Adeline era grande, mas muito útil.

Amarramos e amordaçamos os indivíduos, que ainda estavam desacordados, e os arrastamos até um canto onde seria difícil serem vistos. Depois fomos rapidamente até o chalé, onde pegamos nossas coisas. O “check-out” já havia sido feito logo cedo. Em frente ao Resort, havia vários veículos que levavam os turistas para conhecer outras praias da Ilha, pegamos um deles e pedimos para nos levar à propriedade de um escritor inglês, que para todos os fins havia se mudado para lá para escrever melhor e com mais tranquilidade seus livros, porém era secretamente um membro da Agência.

- Ah, el escritor! Mas ele nunca recebe ninguém!

- Somos antigos amigos dele. Ele nos receberá.

O motorista nos levou, mas não acreditou muito quando falamos isso. No entanto, ficou surpreso quando o homem nos recebeu pessoalmente na entrada de sua “Hacienda”, ao lado de seu Rolls-Royce.

Ele disse ao motorista:

- Pode deixá-los aqui, “mi camarada”. Eu os levo em meu carro.

Vocês podem não acreditar, mas o asfalto na Ilha era perfeito, sem buraco algum. Mesmo no trajeto até a casa do escritor. Ele falou comigo:

- Não vai demorar muito, meus amigos. E...com todo o respeito...sua esposa é maravilhosa! Uma verdadeira Deusa!

- Ah...muito obrigada! Você também é muito charmoso, parece aquele ator de cinema...

- Ah, você assistiu meus filmes?

- É você???

- Eu mesmo. Quando entrei para a Agência, parei de filmar e me estabeleci como escritor. Assim, podia fazer as duas coisas.

- E o isolamento da Ilha também ajudou.

- Exato.

Chegamos dali a pouco. Na verdade, a residência do ator/escritor era uma Mansão estilo colonial, e contava com segurança reforçada. Como se fosse, na verdade, uma sucursal da Agência no Caribe. Ao menos foi o que pensei. As questões políticas, ao que parece, não eram importantes aqui, seria como uma zona neutra.

Ao entrarmos, passamos por uma grande piscina. Não havia ninguém por ali. Provavelmente estavam apenas o escritor e alguns seguranças em suas guaritas. Adeline falou:

- Que pena, poderíamos tomar sol aqui, se soubéssemos...senhor B...

Ele a interrompeu.

- Aqui, sou conhecido como Mr. Pierce.

- Mas esse é o outro... ela sorriu ao dizer isso.

- Ele não vai se importar. Mas você pode se bronzear e nadar na piscina, se quiser. Na verdade, a reunião será aqui.

Fiquei confuso ao ouvir isso.

- Mas as instruções eram para que nos dirigíssemos até a sede da Agência.

- E a sede local é aqui.

- Mas e o jato?

- O jato é para trazer o Diretor e o especialista que fará os exames. Como deve demorar um pouco para montar os equipamentos, você pode ficar na piscina.

- Ah bom...

Ele nos levou até uma suíte luxuosa, onde deixamos nossas malas. Adeline estava de biquíni. Pierce comentou:

- Se quiser, pode tomar sol nua, aqui não tem problema nenhum.

- Ah, obrigada!

Ela já tirou tudo, ficando pelada.

CONTINUA

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Comentários

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Este conto, na minha opinião, foi da lavra de um escritor de suspense/ficção/policial, pelo excelente desenrolar da trama. Nota mil. Espero para breve a parte X.

Marcela Alencar Araujo, (uma leitora e que também escreve contos aqui)

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Muito obrigado! A continuação está demorando um pouco, por motivos de trabalho. Mas logo deve sair.

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Pois é, as heroínas dos meus contos gostam de ficar peladas, hehe

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