A Princesinha do Shopping e o Motorista — Parte 1

Um conto erótico de J. CA$H
Categoria: Heterossexual
Contém 1762 palavras
Data: 24/04/2022 02:24:28

Foi fácil virar puta nas mãos daquele homem e isso eu preciso admitir, sabia o que estava fazendo desde o segundo em que botei meus olhos naquele macho. E o mais irônico, quando vi meu namorado chorando naquela noite, é que eu sabia que não teria conhecido aquele homem se não fosse por ele. Quase o agradeci antes de fechar as portas na sua cara, mas lembrei que não lhe devia nada e estava muito bem comida para me importar com alguma coisa.

Meu carro quebrou nas duas últimas semanas de dezembro, exatamente na época infernal pra quem, como eu, trabalha em shopping. Fui rápida e consegui carona para ir, durante aquelas semanas, agora só precisava de carona para voltar e pensei que poderia pedir ao meu namorado esse favor, já que estávamos juntos há três anos, e ele apenas estudava a noite. Mas se mostrou indisposto logo de cara, me deixando irritada mas consciente de que não era obrigação dele, mas era de bom tom que estivesse disponível para isso.

Desliguei o telefone com um grande foda-se entalado na garganta, não era a primeira vez que ele me irritava dessa forma, mas aquela, pareceu para mim a gota d'água. A mesma amiga que me daria carona para ir, fez um acordo comigo, eu ajudava no combustível e ela me deixava num ponto onde eu teria que pegar um ônibus e em 15 minutos estaria em casa. Não era o ideal, ainda mais porque sempre saia usando as roupas extravagantes que a loja de luxo que eu trabalhava exigia, havia decotes demais para se preocupar em puxar a cordinha pra descer no ponto certo. Mas foi o que consegui. E o que parecia um pesadelo, se mostrou algo que eu não esperava, naquela primeira noite em que nos vimos pela primeira vez, a porta do ônibus se abriu com um chiado suave, enquanto ele ainda parava o ônibus completamente vazio.

Vladimir sorria para mim mesmo no fim do expediente, um sorriso grande e largo que brilhava naquela infinidade de dentes brancos. Subi os degraus daquele ônibus usando salto alto, segurando a bolsa em uma mão e o celular na outra. Ele não tinha pressa, assistiu sorrindo enquanto eu me ajeitava na sua frente.

— Boa noite, Motorista — eu disse e não pude deixar de reparar nos braços potentes daquele homem quase rasgando o tecido azul da camisa do uniforme, e vi em seguida uma aliança dourada na mão pesada que segurava firme o volante — Eu preciso parar no ponto da Rua Garcia, sabe?

Ele se ajeitou no assento, para poder olhar direto nos meus olhos.

— Sei sim, princesa — e aquilo ardeu na pele tão rápido que achei que estivesse ficando louca — É tão pertinho que eu não vou deixar você passar a roleta, ok?

— Como assim? — e ele olhou com demora para minhas coxas, e eu gostei daqueles olhos, gostei e deixei ele perceber.

— Você joga uma conversa fora com o motô e a viagem sai de graça, entendeu?

Vladimir já estava na casa dos cinquenta, talvez já tivesse uns cinquenta e dois anos, era grande e pesado, seu rosto másculo gritava experiência, sua pele negra brilhava com as luzes do trânsito, o jeito que sua voz havia soado para dizer aquilo, foi o que me deixou ainda mais encantada, falou aquilo com luxúria nas entrelinhas, e não teve vergonha de me olhar, de me querer, de me deixar ver seu desejo. Não me deixou constrangida, me deixou tranquila, conversou amenindades e quando eu disse tchau, ele disse até amanhã.

E naquela noite, pensei no motorista de um jeito que nunca tinha pensado com homens daquela idade. Eu tinha apenas dezenove anos, namorava um cara da mesma idade, mas aquele homem, aquilo me parecia curioso, me deixou excitada, me toquei imaginando como seria ser sua puta, e até planejei qual roupa usaria para que ele me visse, tudo como se nada pudesse ser real, afinal ele era casado, e eu namorava, ele era o motorista do ônibus e eu a princesinha do shopping.

Mas todas as vezes que eu subia naquele ônibus, sentindo um tesão imenso com o olhar daquele macho, entendi que ali não existia motorista ou princesinha, ali o jogo era claro, e foi a partir da terceira noite que eu também entrei no jogo dele. Ali estava um homem e uma mulher, não havia impedimento. E foi libertador quando percebi isso. Desligava o celular assim que subia no ônibus, odiava quando meu namorado ligava interrompendo a conversa que eu estava tendo com Vladimir, que já chamava de Vlad.

Naquela noite no entanto, esqueci de desligar o celular, estava puta porque tinha comprado um vestido para passar o natal com a bosta da família dele e ele tinha falado que estava muito curto.

Fiquei tão possessa com aquilo que até fiquei olhando para a foto que eu tinha mandado para ele tentando entender se a roupa tinha mesmo algo de errado.

Ainda pensava nisso quando Vlad abriu as portas para mim naquela noite, me disse boa noite, disse que eu estava bonita, e eu disse que ele também estava.

Agradeceu e fechou as portas sorrindo, mas meu celular tocou bem na hora que ele ia dizer mais alguma coisa.

Olhei irritada pro celular, era ele, meu namorado.

— Desculpa, vou atender rapidinho — disse dando satisfação para aquele homem de um jeito que nem eu esperava— Alô? — ele disse desculpa, disse que as vezes tinha ciumes de mim, que era muito pra ele, e essas coisas de cara babaca, fui monossilábica, pra deixar claro que eu tava puta.

Desliguei. E Vlad riu olhando pra mim.

— Caralho, que gelo que cê deu nesse cara— sua voz grossa era alta.

— to puta, Vlad.

— Porquê princesa?

Falei do vestido, e ele já chamou meu namorado de babaca, não sabia o que estava acontecendo ali, mas fiquei molhada com o tom daquela voz xingando meu namorado.

Ele quis ver a foto, e eu tava louca pra mostrar. Achei a foto, o puto estacionou o ônibus pra ver aquilo, segurou o celular naquela mãozona forte, a aliança dourada brilhando e mesmo assim minha xota balbuciava palavras silenciosas babando na minha calcinha.

Vlad era um macho gostoso da porra, e eu não conseguia mais disfarçar meus olhos, estava curiosa em saber como seria ser de um homem de verdade como aquele. E fiquei ali, sentindo o frio da noite, o barulho do motor havia cessado e um silêncio se fazia enquanto aquele macho olhava pra tela do meu celular como se eu estivesse completamente nua naquela foto.

Depois olhou nos meus olhos, devolvendo o celular para as minhas mãos. Seus olhos foram de encontro as minhas pernas, depois ele parou nos meus lábios, e eu fui desvendando ele com meus olhos, ficamos ali nos encarando, sem dizer nada, sem constrangimento, não havia palavra a ser dita ali que não causasse uma loucura. Eu não entendia como aquela tensão havia sido criada em tão pouco tempo, mas ela estava ali e gritava.

— Sabe qual é o problema? — disse então, ligando o motor do ônibus — É que Mulheres como você se envolvem com moleques como esse, e você não precisa de um moleque, o que você precisa é de um homem.

Não disse que era ele, mas seus olhos me disseram, sua voz, seu corpo másculo. E o jeito como ficou em silêncio, me deixando ali, sem saber o que falar, sentindo a minha buceta completamente babada. Dessa vez ele foi um pouco mais pra frente, parou na porta da minha casa.

Abriu a porta do ônibus, e quando o chiado cessou ele sorriu de novo pra mim.

Vlad estava com a camisa azul do uniforme, adorava o jeito como ele virava a manga só pra deixar aqueles braços ainda mais expostos, a pele dele tinha um brilho único e era linda de ver junto as veias que subiam pelos seus braços. A barriga saliente só o deixava ainda mais interessante. E por mais que aparentasse ser mais novo, as pequenas rugas nos seus olhos denotavam que ele já havia visto muita coisa nessa vida. Quando sorriu naquela noite, depois de ter trabalhado o dia todo, a correntinha dourada brilhava junto ao suor que escorria devagarinho. Senti o cheiro dele, e ele estava cheiroso, e seu suor completava aquele aroma de homem.

— Boa noite, princesa! — disse simplesmente.

Desci cada degrau daquele ônibus consciente que aquele macho estava me devorando, sentia as pernas tremendo e meu celular voltava a tocar. Ele estava parado com aquele ônibus, enquanto eu andava até a porta da minha casa na rua vazia. Me virei para dizer tchau, e ele estava olhando pra mim. A luz do ônibus me iluminava e eu não sei o que me deu mas levantei todo o vestido diante daquele macho, arranquei ali na rua, ficando apenas de calcinha e soutien.

Ele foi tão rápido que eu me assustei quando senti suas mãos agarrando meu corpo com tanta facilidade, me encostou na porta da minha casa, colocou minha calcinha de ladinho e seus dedos foram devorados pela minha buceta completamente encharcada. Olho no olho, boca com boca, sentindo sua força ao me segurar tão firme com seus dedos entrando e saindo de mim. Lambi sua boca, e ele devorou a minha, foi intenso e ele tinha uns movimentos com a língua que me deixaran afoita para acompanha-lo. Gemia dentro de sua boca, seus dedos grossos entravam e saiam de mim, e agora que eu lambia seu pescoço suado, sentindo o sal do seu suor, ele aproveitava para se dedicar ainda mais aquilo.

E então me colocou no chão, estava de pau duro, aquele uniforme o exibia tão bem que parecia feito para aquilo. Me ajudou a colocar o vestido, respirando fundo, me olhando com olhos severos.

E então catou no meu rosto usando apenas uma das mãos.

— Eu não vou te comer assim, não, princesa merece tratamento real, não acha? — falou de um jeito tão safado que parecia que ainda socava aqueles dedos em mim.

— Aham — foi o que consegui dizer.

— Amanhã eu to de folga — ele disse.

— Eu também — eu disse.

— Eu sei — eu contava tudo pro motô.

— Vamos pra um motelzinho, com tempo, eu não sou de comer mulher, eu sou de degustar — deu um selinho na minha boca— O que cê acha princesa?

Respondi catando naquele volume vulgar que ainda tentava rasgar aquela calça social. Ele me olhou fundo. Beijou minha boca deixando que eu segurasse aquilo.

E aquela foi a resposta que ele queria.

E aquela foi a resposta que eu queria dar.

Eu queria dar.

Continua...

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Comentários

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Que delícia de introdução!!! Essa história vai render muito!!! 😍👍🌟🌟🌟

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Hum hum hum

Contos assim viciam

Não demora a postar

Não fica preocupada se vai fucar muito grande

Tres estrelas 🌟

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Muito bom maravilhoso nota mil Maravilha parabéns

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