A semana de aulas foi um verdadeiro inferno para Sheila. Enquanto ela não criava coragem para ser honesta com o marido, Renato não perdia nenhuma oportunidade de constrangê-la. Seus ataques eram diretos e intermitentes. Na sexta-feira, durante o intervalo, ela resolveu contra-atacar, pegou Renato pelo braço e o puxou para uma área externa mais reservada da escola. Se não o confrontasse de uma vez, ficaria refém daquele jogo doentio indefinidamente:
- Qual é o seu problema?
- Qual o problema?
Sheila não estava para enrolação:
- Tá, eu já entendi que você sabe o que aconteceu. Mas qual é o seu objetivo?
Renato brincava com ela:
- Se você não sabe ainda, não sabe de nada...
Sheila estava perdendo a paciência:
- Quer infernizar a minha vida? Destruir o meu casamento?
Renato, completamente calmo, com um sorriso malicioso, disse:
- Eu quero você.
Continuando…
Parte 6: O começo do fim?
Sheila travou de imediato. Passara a semana imaginando milhões de cenários possíveis para aquela conversa com Renato. Esse era o pior deles. Tentou colocar os pensamentos em ordem e buscar uma solução que não afetasse o seu casamento, mas ao mesmo tempo, a livrasse daquela situação. Teve uma ideia. Usando o seu poder de mulher e com um tom sedutor de voz, perguntou:
- E por que você me quer?
Renato achou que as intenções dela eram similares a dele:
- E como não querer? Olha só para você. Linda, gostosa…
Sheila percebeu a armação do que havia ocorrido e achou que precisava saber mais:
- Nada do que aconteceu até hoje foi espontâneo, né?
Renato tentou se esquivar:
- Não é bem assim.
Sheila questionou:
- Tudo isso sempre foi uma armação sua e da Andréa?
Renato, pela primeira vez, se sentiu acuado:
- Andréa tem as razões dela. Eu tenho as minhas.
Sheila estava indignada:
- Vocês não conseguiram deixar o passado para trás e agora querem vingança?
Renato achou que ia conseguir influenciar Sheila:
- Vendo vocês na piscina, eu não resisti e gravei o que aconteceu.
Sheila havia conseguido a informação que queria. Já sabia que os dois não agiam juntos no momento, mas ela precisava continuar:
- Você é um homem lindo, poderia ter me ganhado sem essa manipulação. Você já parou para pensar que eu posso ter me entregado à Andréa por vontade própria? Ou você acha que aqui na roça somos todos ignorantes que não sabem nada do mundo?
Renato estava confuso com aquele jogo. Ou Sheila blefava de forma magistral ou ela era pior do que ele e Andréa. Ele arriscou:
- E se eu sair daqui agora e for contar para o Augusto da brincadeirinha de vocês? Tenho um vídeo ótimo para mostrar a ele.
Sheila, fervendo de ódio por dentro, provocou:
- E se eu disser que a brincadeira não foi só com a Andréa? Já imaginou se eu contar para o Augusto que você me seduziu? Logo eu, sua doce e inocente esposa do interior? Sabe como os homens resolvem traição por aqui, você ainda se lembra?
Renato parou assustado. Estava em uma sinuca de bico. Acreditar em Sheila ou pagar para ver? Mas Sheila sabia que precisava ganhar tempo. Ela jogou:
- Eu queria tanto estar com você também. Uma pena o que você está fazendo. Passou de homem atraente para o papel de um moleque chantagista. Uma pena mesmo. Andréa me disse que você é um ótimo amante.
Renato foi pego na armadilha. Pensando com a cabeça errada, mordeu a isca:
- E se eu voltar atrás? Ainda há tempo para a gente recomeçar? Você quer, eu quero, podemos nos ajudar.
Sheila estava com a situação dominada. Seu jogo parecia estar dando certo. Por dentro, a tensão era explosiva. Um passo em falso e todo aquele fingimento cairia por terra. No fundo, ela estava aterrorizada com a possibilidade de ceder às chantagens do babaca. E mais ainda, com a possível perda do marido. Ela achou que deveria se manter firme no blefe:
- Se você se comportar, prometo que vamos nos entender muito bem. Eu só preciso de tempo para ajeitar as coisas.
Renato queria uma posição sólida:
- E de quanto tempo estamos falando?
Sheila falou imprimindo firmeza nas palavras:
- Augusto tem ficado no meu pé. Se você for paciente, a recompensa virá.
Renato a observava em dúvida do que fazer. Sheila pensou por alguns instantes e por fim, deu uma piscadela safada para ele e disse:
- Só me dê alguns dias. Se você me mostrar que merece, podemos ser grandes amigos.
Renato parecia rendido. Sem esperar a resposta ela se virou e saiu.
Ela caminhou de cabeça erguida e impassível até o banheiro dos professores, trancou a porta e finalmente, desmontou. Desabou em um choro pesado. Sheila pensava: Sua vida pacata, tinha se transformado em um furacão. Traíra o marido com uma mulher, o que poderia ser visto por ele como ainda mais humilhante, e agora estava sendo assediada e chantageada por uma pessoa que sempre se dizia amiga. Precisava pensar com calma e avaliar melhor qual caminho tomar.
Enquanto Sheila chorava e tentava colocar os pensamentos em ordem, Renato saíra daquela conversa satisfeito, se achando invencível.
Renato, naquele momento, se sentia nas nuvens. Se achava um estrategista perfeito.
Sheila criou coragem, enxugou as lágrimas e retocou a maquiagem. Abriu a porta do banheiro e saiu caminhando novamente de cabeça erguida. Ainda tinha mais uma aula a dar e se cruzasse com Renato, não poderia deixar que ele suspeitasse de nada. Com uma determinação incrível, passou pela última hora restante de trabalho e em vez de voltar para casa, foi direto ao encontro de Andréa.
Chegou à UBS, próxima à escola, em poucos minutos e perguntou pela amiga. A atendente disse que ela havia saído para uma reunião com um corretor de imóveis. Como na cidade só havia uma única imobiliária, não quis perder tempo e partiu decidida para lá. Após dez minutos de uma caminhada tranquila, nem foi preciso entrar no estabelecimento, Andréa deixava o local naquele momento. Andou até ela e com seriedade, disse:
- Precisamos conversar.
Ao olhar para Sheila, Andréa entendeu, por sua expressão zangada, que se tratava de um assunto sério. Andréa, preocupada, concordou e pediu:
- Venha comigo! Falaremos com privacidade na sala que eu acabei de alugar.
Andréa caminhou até o seu o carro e Sheila a acompanhou. Entrou e destrancou a porta do carona. Assim que Sheila entrou, ela arrancou com o carro. Curiosa, perguntou:
- O que aconteceu? Qual a urgência? Por que você está tão tensa?
Sheila estava cansada de enrolar. Não tinha mais forças para fazer o mesmo jogo que fizera com Renato, outra vez. Ela foi direta:
- Depois de dez anos vocês resolveram voltar para destruir a minha vida?
Andréa não estava entendendo:
- O que aconteceu, criatura?
Sheila continuou falando:
- Éramos, praticamente, adolescentes começando a vida adulta. Eu mereço tudo isso?
Andréa insistiu:
- Eu não sei do que você está falando.
Sheila continuou o seu desabafo, não iria se deixar enganar outra vez:
- Acho que está na hora de vocês aprenderem que não somos tão burros como vocês imaginam. Eu vou perder o meu marido, mas vocês também sentirão as consequências. – Sheila, finalmente emocionada e nervosa começou a chorar.
Andréa freou o carro de forma brusca. Precisava achar uma forma de explicar para a amiga. Ela não tinha mais a intenção de prejudicar o casamento de Sheila. O que começou como vingança, se transformara em interesse. Aquele envolvimento na piscina, mexera bastante com os sentimentos de Andréa. Ela estacionou e tentou consolar Sheila:
- Espera! Me conte o que está acontecendo. Você me acusa, sem eu saber do que.
Sheila explodiu:
- Deixa de ser falsa. Você sabe muito bem do que eu estou falando. Você me seduziu para o seu namorado poder gravar o que aconteceu e me chantagear.
No mesmo instante, Andréa se deu conta do que estava acontecendo. Sheila falava e ela não acreditava no que o Renato poderia ter dito e no que ele estava fazendo. Sheila ainda insistiu:
- Você ainda quer o Augusto? Foi para isso que você voltou?
Andréa olhava admirada sem saber o que dizer. Sheila disparou:
- Pois saiba que eu vou lutar por ele. Mesmo que eu perca a batalha no começo, a guerra será longa.
Andréa acordou. Era sua a obrigação de pôr fim naquela chantagem. Ela disse imperiosa:
- Olha para mim!
Sheila, ainda com os olhos marejados e a maquiagem borrada, a encarou. Andréa com olhar de arrependimento abriu o coração e expôs tudo:
- Renato e eu somos uma farsa. Não temos nada sério um com o outro. Eu confesso que voltei com o objetivo de lhe fazer sofrer, mas naquele sábado, algo mudou.
Sheila estava confusa. Olhava para Andréa sem entender. Andréa continuou:
- Eu não sei o que aconteceu, mas eu me senti tão bem ao estar com você.
Sheila também se sentira diferente ao estar com Andréa. Ouvia as palavras dela:
- Um sentimento novo e quente invadiu o meu peito. Eu não quero mais lhe prejudicar. Por favor, deixa eu provar que estou falando a verdade.
Sheila sabia que não era amor, disso ela tinha certeza. Mas admitia que foi bom, foi diferente e inexplicável. Sheila resolveu questionar:
- E como você vai me provar que está falando a verdade?
Andréa só queria a chance de mostrar a ela, suas novas intenções:
- Me deixa falar com o Renato. Eu sei como lidar com ele. Ele se acha esperto, mas no fundo, só está com inveja. Ele não deve estar aceitando o fato de que a gente teve uma ligação, um vínculo especial. Me deixa fazer isso?
Sheila não estava se sentindo confortável com aquela hipótese. Num reflexo rápido, decidiu que ia fazer as coisas à sua maneira, mas sem deixar Andréa e Renato anteciparem os seus movimentos. Voltando ao modo atriz, ela disse:
- Ok! Vou confiar em você.
Sem dar tempo de Andréa falar nada, aproveitou que o carro estava parado. Abriu a porta e saiu. Chegara a hora de acabar com a vantagem dos adversários. Vendo que estava próxima de sua casa, resolveu voltar caminhando mesmo. Em menos de dez minutos, já pensava sentada no sofá em sua sala se estava mesmo prestes a tomar a atitude correta.
Lembrar das palavras que Andréa dissera no carro, mexia com a sua imaginação. Pensou: "Será mesmo que ela falou a verdade? Por que eu me deixei envolver nessa teia sórdida?" Lembrou também do que Andréa falou depois: "naquele sábado, algo mudou. Um sentimento novo e quente invadiu o meu peito."
Sentiu novamente as comichões do desejo em seu corpo que refletiam num pulsar da sua xoxota. Andréa tinha mesmo o poder de mexer com ela. Diferente de Renato, que ela via apenas como um canalha oportunista.
Não resistiu e levou a mão até o seu ventre. Estava novamente sentindo uma excitação crescente. Lentamente seus dedos tocaram seu clitóris. Estava sensível e saliente. Ela começou uma massagem suave, lembrando daquele sábado e das palavras de Andréa. Se tocava com muita vontade, imaginando aquela loucura gostosa. Seu estado de excitação se ampliou, tomando conta de sua razão. De repente, em sua mente, as imagens ficaram confusas: Andréa e Augusto a possuíam juntos. Enquanto o marido estocava forte em sua xaninha, Andréa chupava os seus seios e beijava a sua boca, falando com ela palavras provocantes: "Goza minha tesudinha, você gosta de uma boa safadeza!" Aqueles pensamentos foram se transformando em sensações avassaladoras e poucos minutos depois, Sheila gozou de forma alucinada sobre o sofá. Depois, lentamente, ofegante e assustada, se viu imaginando o quanto o marido, tão conservador, repudiaria aquela ideia.
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Enquanto Sheila se preparava para o inevitável momento de falar com o marido, Augusto chegava na fazenda de laticínios do seu primo Oscar. Um dos maiores produtores de queijos da região. Após a automação do sistema de ordenha, seus chamados ali eram menos frequentes, mas hoje era dia de vacinar o gado do primo contra a brucelose. Não era uma situação que necessitava da atenção especial de um veterinário, pois os funcionários eram experientes e já estavam acostumados a lidar com aquilo. Era mais uma desculpa para ver os familiares.
Estacionou sua F 1000, 1980, que apesar de demonstrar um certo desgaste no motor, pela lida diária, era sua fiel companheira naquelas estradas de terra do interior. Sabia que o dia de a aposentar estava chegando, mas resistia fortemente à ideia. Ao sair, notou uma negra de traços graciosos que o encarava, sorrindo de forma cortês para ele. Retribuiu o sorriso e foi ao encontro do primo no curral. Teve a impressão de conhecer aquela mulher. Encontrou Oscar fazendo a contagem das doses necessárias para o rebanho. Augusto brincou com ele:
- E aí, bode velho?
Oscar, surpreso, foi ao seu encontro e deu um abraço apertado nele. Há mais de um mês não se viam. Ele devolveu a brincadeira:
- Eu não chamei veterinário nenhum. Quem foi que ligou para esse bezerrão desmamado? - Oscar olhava para os funcionários e dava risada.
Augusto assumiu a preparação da pistola de vacina, enquanto o primo começava a mover as vacas pelo cercado. Conversavam animados, relembravam os bons tempos da infância e adolescência e riam um com o outro.
A esposa de Oscar não tardou a aparecer e com ela, novamente a negra de feições bonitas. Maria, a esposa do primo, veio cumprimentá-lo:
- E aí, sumido? Não vem mais visitar os pobres, não? Só vem para trabalhar?
Oscar brincou novamente:
- Não fala isso, não! Desse jeito ele vai cobrar a visita. - E deu risada outra vez.
Maria aproveitou para apresentar:
- Primo, essa é a Fátima. Uma amiga de infância que veio passar um tempo aqui com a gente.
Augusto estendeu a mão com um sorriso simpático no rosto. Olhando para Fátima, pode avaliar melhor sua aparência. Ela deveria ter por volta de quarenta anos, 1,75m de altura, um sorriso de dentes brancos claríssimos e um corpo maduro de formas muito bonitas. Seios médios, coxas grossas e quadril largo. Gostou do que viu, mas ele logo desviou o olhar e voltou a conversar com o primo. Fátima, no entanto, percebeu seu olhar atento sobre o corpo dela.
Augusto ainda permaneceu ali na lida da fazenda com o primo por mais algumas horas. Não gostava de chegar muito cedo em casa e o dia estava muito fraco de trabalho. Só havia sido chamado durante a manhã e nas duas vezes, foi mais para dar instruções do que propriamente atendimento.
Finalmente, ele se despediu de todos e deu uma última olhada para Fátima antes de entrar na sua pick-up. Algo o incomodava: "Eu acho que conheço essa mulher. Mas de onde?"
Augusto afastou aquele pensamento, ligou o carro e partiu para casa, encerrando o dia de trabalho.
Enquanto voltava para casa intrigado com a mulher negra que acabara de conhecer, Sheila esperava ansiosa por ele. Avaliava se era hora de abrir o jogo, ou deixar Andréa cumprir sua palavra. A dúvida a corroía por dentro. Sabia que se Augusto descobrisse a traição por outra pessoa, seria ainda pior e o desfecho poderia ser trágico. Mas acreditava também, que a possibilidade de ele a perdoar, mesmo que fosse ela a contar, seria muito pequena.
Estava muito confusa e não tinha certeza se teria a coragem necessária para fazer o certo. Tinha a convicção de que, com Augusto, nenhum cenário a favorecia. Em sua avaliação, qualquer hipótese terminaria destruindo o seu casamento. Se culpava por ter deixado as coisas terem saído de controle. Se odiava por ter sido fraca e não ter avaliado a situação de forma racional. Se deixou levar por uma aventura passageira e mesmo que tivesse gostado de estar com Andréa, perder Augusto seria devastador. Agora que estava ciente dos riscos e das escolhas que precisava fazer, amaldiçoava ferozmente a chegada daqueles dois fantasmas do passado na sua vida.
Ouviu o ronco inconfundível do motor da pick-up do marido e se desesperou. Em um ato de autopreservação, voltou a vestir a máscara invisível de atriz que usara com Renato mais cedo. Ainda não tinha decidido se falaria a verdade ou seguiria enrolando. Se sentiu ainda pior. Nunca imaginou que a dor que lhe invadia pudesse ser tão aguda.
Augusto entrou em casa com o mesmo sorriso de sempre ao ver a esposa. Foi até ela e lhe deu um beijo de novela. Forte, apaixonado, saudoso… acariciou seu rosto e disse:
- Eu sou mesmo um homem de sorte.
Sheila tentava relaxar:
- É? Por que diz isso?
- Veja que mulher linda eu tenho em casa me esperando.
Augusto deu mais um beijo na esposa e se preparava para ir tomar banho.
Aquelas palavras entraram no coração de Sheila como um punhal. Ela não conseguiu mais resistir às mentiras e desabou em lágrimas. Soluçando, deixou o pranto rolar. Augusto olhou assustado, tentando entender o que acontecia:
- O que houve? Sheila, o que aconteceu, mulher? Fiz algo errado?
Por mais de cinco minutos, Sheila permaneceu chorando. Um choro pesado, forte, quase convulsivo. Augusto, sentado no sofá ao seu lado, tentava entender e acalmar a esposa:
- Conversa comigo. Diz o que aconteceu. Por favor, você está me assustando.
Sheila, começou a se recompor aos poucos:
- Me desculpe! Eu não queria te magoar.
Augusto estava ainda mais confuso:
- E desculpar por que? O que você fez?
Vendo que Sheila não conseguia olhar nos seus olhos, Augusto começava a desconfiar, mas não queria acreditar. Sua preocupação com a esposa começava a se transformar em ódio:
- Eu vou perguntar só uma vez: O que foi que você fez?
Sheila ainda não tinha coragem de falar. Augusto insistiu:
- Foi o Renato?
Sheila continuava calada, chorando de cabeça baixa. Augusto, já perdendo a paciência, a segurou pelos braços, apertando forte. Ele a sacudiu com força e perguntou mais uma vez, de forma bruta:
- Foi o Renato, aquele desgraçado filho da puta? Se você não falar, vai ser pior!
Sheila, enfim, com expressão desolada confessou:
- Não! Foi com a Andréa.
Augusto olhava como se tivesse visto um fantasma. Seu sangue havia sumido das faces... Sheila assustada não tinha reação.
Continua…
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