Sheila continuava calada, chorando de cabeça baixa. Augusto, já perdendo a paciência, a segurou pelos braços, apertando forte. Ele a sacudiu com força e perguntou mais uma vez, de forma bruta:
- Foi o Renato, aquele desgraçado filho da puta? Se você não falar, vai ser pior!
Sheila, enfim, com expressão desolada, confessou:
- Não! Foi com a Andréa.
Augusto olhava como se tivesse visto um fantasma. Seu sangue havia sumido das faces... Sheila, assustada, não reagia.
Continuando…
Parte 7: Onde foi que eu errei?
Augusto se deixou cair no sofá. As pernas bambearam, incapazes de sustentar o próprio peso. Os sentimentos eram confusos: ódio, decepção, fúria, lamento, dor e por fim, apatia. Não sabia o que dizer ou como contestar. Agredir Sheila? Era incapaz disso. Xingá-la? Não resolveria nada. Tentar entender? Talvez depois. Agora, nesse exato momento, não tinha condições psicológicas. Se sentia humilhado ao ser trocado por outra mulher. Só uma coisa passava por sua cabeça:
- Por que?
Sheila, imóvel até aquele momento, não sabia responder:
- Não sei, acho…
Augusto insistiu:
- Por que?
Sheila precisava pensar rápido. Com medo, tentou manipulá-lo:
No começo, acho que foi aquele negócio que ela colocou na minha bebida, mas…
Nesse momento, Augusto a interrompeu, fazendo um sinal com a mão estendida. Ele pensou: "aquele negócio que ela colocou na minha bebida?" Talvez, apenas talvez, Sheila fosse uma vítima de pessoas inescrupulosas. Ele, tentando achar uma desculpa para o comportamento da esposa, disse:
- Você foi dopada. Temos que dar queixa na polícia, venha!
Sheila continuou sentada no sofá, com os olhos marejados. Era apenas mais uma mentira. Sabendo das consequências de uma falsa denúncia, tentou fazer com que Augusto desistisse da ideia:
- O que eu disse foi, no começo…
Augusto começava a se enfurecer outra vez:
- Você está defendendo a Andréa? Nossa! Isso é pior e mais sujo do que eu imaginava. Você gostou, né? Como eu sou idiota. Onde foi que eu errei?
Sheila se jogou aos pés do marido e tentou se explicar:
- Não é bem assim. As situações foram se somando. Primeiro foi aquele beijo na danceteria, depois a situação na piscina…
Augusto, enojado, novamente a interrompeu:
- A situação na piscina? Então foi naquele sábado? As mentiras estão começando a se somar, percebeu? Uma vai encobrindo a outra…
Ele se levantou e de forma bruta, empurrou Sheila com a perna para poder sair de perto dela:
- Quem é você? No que você se transformou? Eu não a reconheço mais.
Sheila, desesperada, tentou conseguir empatia:
- O Renato gravou o que aconteceu e está me chantageando. Eu precisava contar…
Augusto, interrompendo outra vez, já não tinha mais condições de continuar ouvindo, as confissões só iam piorando:
- Agora eu entendi. Você só me contou porque está sem saída. Agora querem fazer de você, a puta particular deles.
Sheila tentou exigir respeito:
- Não fala assim comigo. Eu sou a sua esposa, não uma puta qualquer.
Ele tinha chegado ao limite:
- Uma puta qualquer é mais digna do que uma mentirosa traidora. Seria até uma ofensa à elas, essa comparação.
Augusto saiu em direção ao quarto. Pegou uma pequena mala em cima do guarda-roupa e começou a enchê-la com as roupas que estavam mais à mão. Sheila correu atrás dele desesperada, entrou e trancou a porta. Retirou a chave e jogou pela janela. Augusto ficou olhando para ela sem entender nada. Com a porta trancada, as grades na janela o impediam de sair dali. Em um ato de fúria impensado, ele a agarrou pelos braços, a tirando do seu caminho e a jogou com força sobre a cama. Sheila olhou para ele apavorada. Ele disse:
- Eu não vou encostar a mão em você, fique tranquila! Eu não vou lhe dar a satisfação de sair como o errado dessa história. Eu avisei, toda ação tem uma reação de igual intensidade. Se foi mulher para trair, seja mulher para lidar com as consequências.
Com apenas um chute, Augusto rachou a porta do quarto ao meio. O segundo a dividiu em duas. Ele pegou a mala e saiu, deixando Sheila aos prantos na cama. Foi até a parte traseira da casa e pegou os seus equipamentos mais importantes: ultra-som portátil, kits de castração, mais um macacão e um par de botas de borracha. Entrou na sua velha F1000 e foi embora.
.
10 anos antes:
Já faziam cinco meses que Augusto e Sheila estavam namorando. Os dois estavam no meio do primeiro semestre na faculdade. Augusto apenas estudava, pois, seu curso era em período integral. Para se manter, ajudava os tios na fazenda de laticínios durante o fim de semana. Dois dias do seu trabalho pesado e feito por gratidão, equivaliam a semana inteira de um funcionário regular.
Sheila estudava no período da manhã e trabalhava em uma creche por meio período durante a tarde. Na hora do almoço, um intervalo de quase duas horas para Augusto, entre as aulas teóricas e a prática, ele trazia Sheila de volta para casa. Namoravam alguns minutos e ele fazia novamente o percurso de trinta minutos entre uma cidade e outra. Perdia metade do seu descanso, mas preferia cuidar da namorada. Relacionamento novo sempre tem esse cuidado.
Sheila começava a se preocupar com as fofocas. Augusto, sozinho à tarde na faculdade, era assediado constantemente por outras garotas. As maldosas sempre davam um jeito de fazer com que Sheila ficasse sabendo. Foi um período difícil para ela. Precisava confiar em Augusto, mas morria de ciúme e os dois acabavam brigando.
Estava decidida a segurar seu homem de uma vez e começava a repensar, seriamente, a decisão de se casar virgem. Não fez essa opção por causa da religião, pois seus avós não tinham o costume de ir à igreja. Achava que se entregando ao amado, suas chances de manter a relação seriam maiores. Sabia o que aconteceu com Andréa, mas decidiu arriscar. As amigas mais próximas diziam que tudo aquilo era apenas fofoca e que Augusto nunca deu motivos para a falação. Mesmo assim, Sheila estava decidida. Talvez já estivesse com vontade e apenas procurando uma desculpa.
Em uma sexta-feira, enquanto Augusto a trazia da faculdade, ela foi direta:
- Acho que está na hora da gente dar o próximo passo. O que você acha?
Aquelas palavras eram música nos ouvidos de Augusto. Ele brincou:
- Se você quer, eu faço esse sacrifício.
Sheila se irritou:
- Sacrifício, é? Pois saiba…
Augusto freou o carro e parou no acostamento. Vendo a surpresa nos olhos de Sheila, a abraçou e lhe deu um beijo espetacular. Forte, molhado, apaixonado…
- Isso responde a sua pergunta?
Sheila olhou para ele apaixonada:
- Eu te amo! Você promete que não vai fazer comigo o mesmo que fez com Andrea?
Augusto tinha a resposta perfeita:
- O que eu fiz com Andréa, foi por sua causa. Eu já estava apaixonado por você, só faltava assumir.
Dessa vez, foi Sheila que o abraçou forte e lhe beijou. Deram um pequeno amasso ali mesmo e depois Augusto voltou a rodar.
Ainda se encontraram durante à noite e namoraram um pouco mais. Como sábado era dia de pagar pela ajuda do tio, Augusto já dormia na fazenda para começar a lida na manhã seguinte. Ele foi embora mais cedo naquela noite, mas antes de ir para a fazenda, passou em casa e deixou tudo preparado para o dia seguinte. Os pais estariam ajudando na quermesse e ele teria a tarde toda para ficar sozinho com Sheila.
No dia seguinte, após cumprir a sua parte no trato com o tio, conseguiu voltar para a cidade por volta das duas da tarde. Nessa época, nem ele e nem Sheila tinham o costume de beber. Passou no mercado e comprou refrigerante e alguns pacotes de salgadinhos industrializados, sem esquecer o “fandangos”, que era o preferido de Sheila. Chegou em casa e esperou os pais saírem para a quermesse da paróquia local. Assim que eles se foram, quase dezoito horas, pegou a velha pick-up e foi ao encontro de Sheila.
Em menos de meia hora, já estavam de volta à casa de Augusto, não sem antes passar na locadora para alugar um DVD para assistirem juntos. O filme escolhido e o mais alugado daquele ano foi o motoqueiro fantasma com Nicolas Cage e Eva Mendes.
Antes de sentarem abraçados no sofá, Augusto trouxe o refrigerante e o salgadinho que ela tanto gostava e depois deu play no DVD. Assistiram quietos ao filme por cerca de quarenta minutos. A verdade é que Sheila não estava nem aí para o filme, ela começou a entender que a vontade de se entregar a Augusto era genuína, e não fruto de uma desculpa tão esfarrapada e sem sentido. Seguindo o conselho de uma amiga mais experiente, começou a se insinuar para o namorado. Chegava mais perto, fingia se assustar e se agarrava a ele nas cenas mais pesadas, tocava sem querer em seu pau durantes esses sustos fingidos, deixava os seios roçarem no braço dele… não demorou nada para os hormônios dele entrarem em ebulição e sua ereção chegar ao ápice.
Sheila estava maravilhada pelo grande volume no short de Augusto. O que ele não sabia é que ela não era uma garota sem nenhum conhecimento. No tempo em que morou com os pais e viajou com o circo, ela aprendeu muito, mesmo que não tenha praticado. A vida itinerante, fazia as pessoas serem mais abertas e menos frescas. Não existia tempo a ser perdido e o sexo casual era uma constante na vida daquelas pessoas. Boas pessoas, é preciso dizer, mas todas sem tempo para se apaixonar. O jeito era satisfazer as necessidades em cada cidade e a cada temporada. Por diversas vezes, Sheila presenciou membros daquele unido grupo transando entre si ou até mesmo com os clientes e espectadores, maravilhados pelo físico sempre impecável daquela trupe.
Sheila não resistiu e levou a mão ao pau dele e o acariciou carinhosamente. Augusto, surpreso, apenas sorriu para ela, se entregando às carícias daquela mão que o tocava com desejo. Sentindo-se encorajada pela reação do namorado, Sheila tirou o pau dele do short e o admirou por alguns segundos. Uma bela rola grossa e potente. Augusto estava anestesiado pela desenvoltura de Sheila e pelo prazer que sentia. Instintivamente, ela foi abaixando a cabeça. Augusto não conseguia acreditar que ela iria fazer aquilo. Mesmo sem saber o que fazia, ela achou que devia colocá-lo na boca. Não resistiu mais e deixou os lábios tocarem na glande de um roxo mais intenso, quase púrpura. Ele resistia para não se entregar ao êxtase. Sheila abriu a boca e foi, aos poucos, engolindo aquele mastro sólido e pulsante. Augusto fechou os olhos e se entregou completamente. Mesmo extremamente excitado, sabia que só dependia dele o controle do momento e parou de se preocupar.
Sheila parecia estar em outra dimensão, um universo de prazer só dela. Tinha agora, a certeza da escolha correta. Chupou Augusto por quase dez minutos com uma certa inexperiência, mas para ele, era o dia mais feliz da sua vida. Se sentia macho de verdade. Enquanto Sheila lambia, sugava e, de vez em quando, até o arranhava com o dente, ele só sentia prazer em todos os momentos. Sentiu que ia gozar e não fez nada para interromper, somente acariciou os cabelos dela e disse:
- Você está acabando comigo, não estou aguentando mais segurar.
Sheila continuou o movimento com a boca, para baixo e para cima, sem se importar. Lembrou de ouvir as mulheres mais experientes dizendo que o sêmen era a coisa mais pura que havia no ser humano, um líquido que gera a vida não podia ser desperdiçado:
- Ah, caralho. Aaahhhh… que delícia. Hummmm… Não estou aguentando… nooosssaaa….
Augusto inundou a boca dela com sua ejaculação forte e farta. Sheila, mesmo tentando, não conseguiu dar conta de engolir todo aquele volume. A maior parte escorreu pelo canto da boca, deslizou pelo queixo e caiu no sofá.
Após aquela linda prova de amor, sim, para Augusto foi uma verdadeira prova de amor, ele estava completamente apaixonado.
Preocupado com o que ele fosse pensar daquele ato tão repentino, Sheila correu e se trancou no banheiro. Augusto foi atrás dela:
- O que aconteceu? Abre, por favor! Fala comigo.
Sheila, começando a chorar, disse:
- Me desculpe! Eu não sei o que deu em mim. Não pense que eu sou uma vagabunda.
Augusto tentou acalmá-la:
- Você está brincando, né? Isso foi incrível.
Sheila estava confusa:
- Sério? Você gostou?
Ele estava derretido:
- Lógico, sua boba! Eu te amo e essa foi uma linda prova do seu amor por mim.
Sheila abriu a porta do banheiro e olhou feliz para ele, que não deu tempo dela voltar atrás. Augusto a agarrou ali mesmo, no meio do corredor e aos beijos, foi levando Sheila em direção ao quarto. Sheila se lembrou de mais conversas que ouviu das mulheres experientes da época do circo: "homem de verdade tem que saber chupar uma xereca. Homem que tem nojinho não presta." Sheila, de novo, foi direta:
- Você tem nojo ou é homem de verdade?
Augusto não entendeu:
- Nojo do que?
Mesmo um pouco constrangida, Sheila respondeu:
- De me chupar também, ué!
Augusto não conseguiu segurar a risada. Ele disse:
- Eu sou louco para fazer isso, mas tinha medo de você ficar chateada comigo.
Os dois sorriram cúmplices. Augusto a colocou na cama com todo o carinho e foi tirando a bermuda dela. Enquanto ia puxando para baixo, beijava cada parte que ia se revelando diante dos seus olhos. Sheila estava no paraíso:
- Isso. Amor! Aahhh… Hummm… assim você me maltrata… aaahhhh…
Augusto continuou de forma calma e aos poucos, Sheila estava só de calcinha à sua frente. Ele não resistiu:
- Você é linda! Seu corpo é perfeito. Eu te amo!
Envaidecida, ela o beijou novamente. Outro beijo forte, intenso, de puro amor. Augusto foi desabotoando com cuidado a sua blusa e revelando o sutiã vermelho que dava sustentação àqueles seios delicados. Sheila mesmo se livrou da blusa no final. Ela estava agora diante dele, pronta e segura em revelar sua nudez. Não tinha nenhuma vergonha ou pudor que a parasse. Estava diante do homem que amava, o seu homem.
Augusto foi descendo as alças do sutiã e beijando carinhosamente seus ombros. Sheila o abraçava forte, apertando a cabeça dele contra o colo dos seios. Ele beijava e passava a língua em cada centímetro de pele ao seu alcance. Mais um beijo tórrido entre os dois. Augusto afastou um pouco o rosto e tirou o sutiã dela. Estava maravilhado com o que via: seios médios para pequenos, aréolas bem escuras e minúsculas, quase do tamanho dos bicos enrijecidos pela excitação. Beijou cada um deles com devoção. Passou a língua no biquinho entumecido. Sheila gemia manhosa, baixinho:
- Nossssaa… meu Deus! Aaahhhh…. Que isso… aahhh… hummmm…
Foi nesse momento que Sheila percebeu o quanto sexo era bom e o quanto ela precisava daquilo. Sua xoxota piscava e um calafrio gostoso percorria toda a sua coluna. Augusto sugou e lambeu com carinho aqueles biquinhos pontudos e durinhos arrancando pequenos espasmos do corpo dela. Sheila já sentia os primeiros sinais do clímax intenso que tomava conta do seu corpo. Augusto desceu beijando tudo o que encontrava pelo caminho. Passou a língua em sua virilha e sentiu todo o corpo de Sheila se retorcer, tremer e ela explodir sem ele ao menos chegar a sua boceta:
- Aaahhhh…. O que está acontencenddddooo..
Aaahhhh… acho que eu estou gozannnnnnndo…
Aaaaahhhhh…. Que delícia…
Augusto não estava entendendo o que acontecia. Ou Sheila era extremamente sensível, ou ele era tão foda, que ela gozou sem ele se esforçar. Sheila ansiava aquilo há tanto tempo, que o conjunto de fatores envolvidos ali, foi o suficiente para levá-la ao ápice do prazer. Amor, desejo, espera, o parceiro ideal…. vários eram os elementos envolvidos naquele gozo tão espetacular e incomum.
Augusto sabia que ainda não tinha cumprido com o combinado. Fora a promessa de chupá-la, ele queria muito olhar e sentir o gosto de Sheila. Começou a tirar a calcinha dela, que levantou o quadril para ajudar na sua intenção. Novamente, a visão era linda. Uma buceta de grandes lábios bem desenhados, delicados e um grelo protuberante e inchado pela excitação do momento. Não estava completamente depilada, mas tinha pelos bem aparados e o cheiro, ah, o cheiro! Era inebriante. Augusto foi atraído e sem perceber, sua boca já se deliciava com o mel que minava abundante de dentro daquela gruta dos prazeres. Mesmo sem saber o que fazia, ele sugava, lambia, esfregava a boca, passava a língua… daquele momento em diante, esse era o lugar preferido para Augusto em todo o mundo: a boceta de Sheila. Era o seu lugar perfeito no mundo.
- Aaahhhh…. Isssoo, meu amor! Hummmm…. Aaahhhhh… que delícia…. Está vindo de novo…. Aaahhhh….. não acrediiiiiiiittto…. Aaahhhh…. Caceteeeeee….
Augusto não conseguia acreditar, mas em menos de quatro minutos, e mesmo sem saber muito bem o que fazia, Sheila gozou outra vez e ele se sentiu invencível com tudo aquilo. Ela o puxou para um beijo desesperado de puro instinto e entrega…
Os dois estavam incrivelmente felizes e a ereção de Augusto era sentida plenamente por Sheila pressionando a sua boceta. Ela pediu:
- Vem agora. Me faz sua mulher. Eu quero, eu preciso.
Augusto tirou rapidamente o short e começou a pressionar a cabeça da pica, que latejava, na entrada da xoxota dela. A lubrificação, misturada às duas gozadas intensas, facilitou demais o acesso ao canal vaginal. Sheila estava tão relaxada e querendo tanto ser possuída por ele, que a pequena dor inicial da penetração e o rompimento do hímen, passaram quase que despercebidos por ela. Augusto bombou por cerca de dois ou três minutos e gozou intensamente dentro dela. Sheila, por já ter gozado duas vezes, nem se importou dele ter sido tão rápido. Para ela, aquilo já estava muito além da primeira vez de várias amigas. Ela estava em êxtase pela sua primeira vez ter sido tão especial e feita com o homem que ela amava. As marcas daquele dia ficaram no lençol, a mancha de sangue da virgindade perdida com prazer.
Os próximos três meses foram de sexo constante aos finais de semana. Augusto cumpria suas obrigações na fazenda dos tios e depois passava o resto do dia com Sheila. O gozo fácil na boca dele enquanto era chupada, transformava as preliminares em um ato divino. Ela nem se importava tanto com a penetração rápida. Gozava de duas a três vezes naquela língua que considerava mágica. Por longos anos, isso a manteve satisfeita. Mas no fim daqueles três meses de sexo e estudo intensos, a conta chegou.
Era uma terça-feira e Sheila ia calada no carro, de cabeça baixa. Augusto estranhou, pois Sheila falava pelos cotovelos:
- O que foi, amor? Por que você está tão triste?
Sheila pediu:
- Para o carro! Precisamos conversar.
Augusto percebeu a urgência no tom de voz dela e procurou um lugar calmo. Estacionou em uma área de mato bem aparado na rodovia entre as duas cidades. Sheila o encarou com lágrimas nos olhos:
- Você me ama de verdade? Jura que vai ficar ao meu lado, independente do que eu disser?
Augusto começou a se preocupar:
- É claro que eu te amo. Eu faço qualquer coisa por você.
Sheila soltou a bomba:
- Minha menstruação está atrasada há dois meses.
Augusto acusou o golpe, mas a educação que teve em casa, somada a retidão de caráter, não o deixariam pensar de outra forma:
- Você já fez algum teste? Estamos juntos nessa.
Sheila sorria pela primeira vez durante aquele dia:
- Ainda não tenho certeza. Só queria saber se você estaria ao meu lado.
Augusto a abraçou com ternura:
- Eu sempre estarei ao seu lado. Você não conseguiria fazer isso sozinha, biologicamente é impossível.
Sheila agora sorria divertida pela brincadeira do namorado, mas era preciso falar sério:
- Precisamos comprar um teste na farmácia e ver o que vamos fazer. Como faremos isso em casa?
Augusto tinha a solução:
- Em vez de ir para a faculdade, vamos comprar o teste. Depois que a gente souber a verdade, decidimos o que fazer.
Sheila concordou e se sentindo segura, deitou a cabeça no ombro dele. Ele voltou à rodovia e ao chegar na cidade vizinha, foi até a primeira farmácia que encontrou. Para não expor Sheila, ele mesmo entrou e comprou o teste. Pararam em um posto de gasolina e ela pediu para usar o banheiro. Voltou cerca de dez minutos depois, completamente desolada e chorando. Augusto, percebendo a realidade e sem ter outra saída, a acalmou:
- Ei, para! Eu estou aqui. Eu vou cuidar de você e do nosso filho.
Sheila sabia que não era assim tão simples:
- Sua faculdade é integral, Augusto. E eu ganho uma mixaria. Como vamos fazer?
Nada o abalava naquele momento. Ele precisava ser forte pelos dois e tinha resposta para tudo:
- Eu vou trabalhar e cuidar de tudo. Milhões de pessoas passam por isso diariamente.
De repente, ele teve uma ideia. Mesmo que forçado pela situação, era o correto a ser feito:
- Vamos nos casar. Assim a sua família saberá que eu não sou um moleque e você estará segura ao meu lado.
Sheila não estava acreditando:
- Eu não quero me casar por esse motivo, eu que…
Nesse momento, Augusto a interrompeu:
- Eu te amo, você me ama… deixa eu fazer a coisa certa. Por nós, por nosso filho.
Sheila, feliz, se agarrou em seu pescoço, mesmo diante das circunstâncias, ela estava feliz com o resultado.
Naquele mesmo dia contaram para as famílias. Sem terem como discordar, todos acharam que era o correto. Novamente, o tio de Augusto o salvou, dizendo que arcaria com os custos de sua família até o final da faculdade e quando ele se formasse, pagaria a ajuda como veterinário da fazenda.
Augusto e Sheila oficializaram a união no cartório poucos meses depois. Moraram na casa dos pais de Augusto até o oitavo mês de gravidez, quando uma fatalidade cruel levou o seu bebê. Ninguém entendeu o que aconteceu. Sheila passou por todas as dores da cesariana, mas voltou para casa sem o filho nos braços. Foi preciso alguns anos para o casal se recuperar.
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O toque do celular libertou Sheila dos seus pensamentos que começavam a ficar sombrios. Depois da dor imensa de dez anos atrás, ela voltava a sentir novamente seu coração dilacerado. Do jeito que Augusto se foi, alguma coisa lhe dizia que ele nunca mais voltaria para os seus braços. E a culpa era somente dela.
Por mais que tivesse gostado e sentido uma sensação nova, revigorante e boa com o que aconteceu com Andréa, o amor por seu marido era pleno e insubstituível. Uma vida sem Augusto seria uma vida incompleta. Mas agora precisava dar tempo a ele. Conhecia o gênio forte do marido e ir atrás só pioraria a situação. Deixou o telefone tocar e nem se preocupou em saber quem ligava. Augusto, ela tinha certeza que não era. O pranto veio forte e ela se entregou ao sofrimento, à dor e ao remorso.
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Enquanto Sheila sofria por suas próprias escolhas, Augusto pensava no que fazer e para onde ir. Quando levantou a cabeça e avistou Renato, sorridente, atravessando a rua, poucos metros à sua frente, o ódio invadiu seu coração. Tomado por uma fúria incontrolável e destrutiva, saiu do carro e foi ao seu encontro. Ao avistá-lo, Renato, sem saber o que o esperava, tentou ser cortês:
- Oi, amigo…
O primeiro soco explodiu na lateral do rosto, entre a orelha e o maxilar. Atordoado, o segundo encaixou sem defesa, no queixo, o fazendo cair violentamente. Renato era um homem forte, mas Augusto, o touro, como era conhecido na cidade, era pura massa muscular e fúria naquele momento. Noventa e quatro quilos de puro ódio. Ele só parou quando viu vários conhecidos o agarrando e o tirando de cima do Renato.
Continua..
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